Buscar

MEDICAÇÃO INTRACANAL - ENDO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MEDICAÇÃO INTRACANAL(MI) MONTEIRO 
 
Consiste na aplicação de um medicamento 
no interior do canal radicular por um 
período mais longo que uma consulta e 
que visa exercer algum efeito terapêutico, 
o medicamento deve permanecer ativo 
durante todo o período entre as consultas 
do tratamento endodôntico. 
UM MEDICAMENTO PODE SER APLICADO 
PELAS SEGUINTES RAZÕES: 
a) Eliminar microrganismos que 
sobreviveram ao preparo químico-
mecânico. 
b) Atuar como barreira físico-química 
contra a infecção ou reinfecção por 
microrganismos da saliva. 
c) Reduzir a inflamação perirradicular e 
consequente sintomatologia. 
d) Controlar a exsudação persistente. 
e) Solubilizar a matéria orgânica. 
f) Inativar produtos microbianos. 
g) Controlar a reabsorção dentária 
inflamatória externa. 
h) Estimular a reparação por tecido 
mineralizado. 
 
➢ ELIMINAR MICRORGANISMOS QUE 
SOBREVIVERAM AO PREPARO 
QUÍMICO-MECÂNICO. 
O medicamento deve possuir ação 
antimicrobiana, para destruir 
microrganismo remanescente após 
preparo químico-mecânico, que 
encontram-se alojando em áreas não 
atingidas pelos instrumentos e subs. 
química auxiliar. 
OBS1: patógenos tem a capacidade de 
invadir túbulos dentinários, e outras 
regiões do canal radicular como: istmos, 
delta apical e irregularidades não são 
totalmente limpos e desinfectado. 
OBS2. Pelo fato de permanecer por muito 
tempo no interior do canal radicular tem + 
chances de atingir tais áreas não afetadas 
pela instrumentação e pela subs. química 
auxiliar. 
 
➢ ATUAR COMO BARREIRA FÍSICO-
QUÍMICA CONTRA A INFECÇÃO OU 
REINFECÇÃO POR MICRORGANISMOS 
DA SALIVA. 
Canais instrumentados podem ser 
conta/recontaminados e infec/reifectados 
entre as sessões de tt. por “N” razões. MI 
impedem a penetração do organismo da 
saliva por duas formas. 
1. BARREIRA QUÍMICA. 
Justamente por possuir ação 
antimicrobiana. Subs. aplicadas em 
mechas de algodão colocadas nas câmra 
pulpar. EX: tricresol formalina e 
paramonoclorofenol canforado. 
OBS3: A saliva pode diluir o MI e neutralizar 
seus efeitos, os medicamentos citados não 
conseguem retardar por muito tempo a 
contaminação após exposto a saliva. 
2. BARREIRA FÍSICA. 
Medicamentos que preenchem todo o 
canal servem como barreira física, já que a 
contaminação pela saliva ocorre por 
solubilização e permeabilidade do 
medicamento e as paredes do canal. 
HIDROXIDO DE CÁLCIO → funcionam 
como barreira Físico-química. 
EFEITO FÍSICO > EFEITO QUÍMICO na 
prevenção de reinfecção. 
 
➢ REDUZIR A INFLAMAÇÃO 
PERIRRADICULAR E A CONSEQUENTE 
SINTOMATOLOGIA. 
Situações clínicas como: periodontite 
apical aguda e no abscesso perirradicular 
agudo. Faz-se uso de MI para reduzir direta 
ou indiretamente a intensidade da 
resposta inflamatória. 
 
 
CORTICOIDES→ +eficazes. 
INFECÇAO DO CANAL → MI com atividade 
antimicrobiana, que vai agir indiretamente 
sobre a resposta inflamatória (eliminando 
a causa). 
 
têm um consequente 
efeito analgésico 
MEDICAÇÃO INTRACANAL(MI) MONTEIRO 
 
➢ CONTROLAR A EXSUDAÇÃO 
PERSISTENTE. 
O exsudato é considerado persistente 
quando é observado no canal após 
irrigação com NaOCl e secagem com pelo 
menos uns 3 a 4 cones de papel 
absorvente. 
Presença de exsudato → ambiente úmido 
→ impede selamento do canal radicular→ 
tt. ñ está sendo eficaz em eliminar a causa. 
Deve-se refazer o preparo químico-
mecânico com o CRT reavaliado e MI com 
atividade antimicribiana em toda 
extensão. 
PASTAS DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO AGEM 
DESSA FORMA. 
➢ SOLUBILIZAR A MATÉRIA ORGÂNICA. 
Limpeza dos canais radiculares é uma 
finalidade do preparo Q-M (só atua no 
canal principal) removendo todo conteúdo 
orgânico, a permanência do mesmo pode 
servir como reservatórios ou fonte de 
nutrientes para os microorganismos. 
OBS4: os canais laterais, ramificações 
apicais, istmos e áreas de reabsorções 
dentárias não são acessados, a remoção do 
tecido vital ou necrosado que preenche 
estas áreas dependerá da ação solvente da 
solução química auxiliar, do fluxo da 
solução irrigadora durante a aspiração e 
da ação de substâncias empregadas como 
medicamento intracanal. 
 
➢ INATIVAR PRODUTOS MICROBIANOS. 
PRODUTOS TOXICOS. 
1. lipopolissacarídeo (LPS ou 
endotoxina) de bactérias Gram-
negativas. 
2. ácido lipoteicoico (LTA) de Gram-
positivas. 
Os MI possuem efeito neutralizante. EX 
HIDROXIDO DE CÁLCIO neutraliza o LPS e 
LTA. 
 
➢ CONTROLAR A REABSORÇÃO 
DENTÁRIA INFLAMATÓRIA EXTERNA. 
Pode ocorrer após traumatismo dentário 
ou associado a lesão perirradicular. 
Perda do cemento → exposição dos 
túbulos dentinários infectados ou assoc. a 
polpa infectada → manutenção da 
inflamação perirradicular → progressão da 
reabsorção radicular. 
TT. → Após o preparo Q-M, uso de MI com 
ação antimicrobiana. 
 
➢ ESTIMULAR A REPARAÇÃO POR 
TECIDO MINERALIZADO. 
Casos de perfurações, reabsorções 
radiculares e dentes com rizogênese 
incompleta → MI são usados para 
favorecer a reparação através da 
deposição de tec. Mineralizado. 
 
❖ CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS 
MEDICAMENTOS INTRACANAIS. 
1. Derivados Fenólicos: Estes 
compostos são potentes agentes 
antimicrobianos e podem exercer 
seus efeitos não somente pelo 
contato direto, mas também 
através da liberação de vapores. 
Apenas PMCC é recomendado na 
ENDO. 
2. Aldeídos: São potentes agentes 
antimicrobianos, exercendo seus 
efeitos tanto pelo contato direto 
quanto pela liberação de vapores 
ativos. FORMALDEÍDO (usado em 
combinação com o cresol, 
conhecido como tricresol formalina 
ou formocresol). 
OBS5: Pode ser mutagênico e 
carninogênio/ difícil controlar área 
de atuação/ antimicrobiano e de 
fixação celular. 
3. Corticosteroides: Efeito inibitório 
potente sobre a exsudação e a 
vasodilatação associadas à 
inflamação. Usadas por meio de 
aplicações tópicas para o controle 
da reação inflamatória. Ex: 
MEDICAÇÃO INTRACANAL(MI) MONTEIRO 
 
hidrocortisona, a prednisolona e a 
dexametasona. 
4. Clorexidina: Gluconato de 
clorexidina (antimicrobiano) 2 g 
Polietilenoglicol 400 ou Natrosol 
(veículo) – situações de polpa 
mortificada onde os métodos 
tradicionais não permitem o 
controle de sintomas e sinais. 
5. Antibioticos: têm sido pouco 
empregados como medicamento 
intracanal, pois são semelhantes a 
antissépticos no tt, intracanal e no 
uso tópico (penicilina), causar 
sensibilização do pct e predispor 
reação alérgica. Uma combinação 
de três antibióticos − ciprofloxacin, 
metronidazol e minociclina (uma 
tetraciclina) − tem sido utilizada em 
casos de revascularização ou 
revitalização em dentes com polpa 
necrosada e rizogênese 
incompleta. 
6. Associações: CORTICOSTERÓIDE-
ANTIBIOTICO(OSTOPORIN). 
Atenua a intensidade da reação 
inflamatória provocada pelo ato 
cirúrgico e uso de drogas, favorecendo 
a eliminação de dor pós-operatória e o 
mecanismo de reparação? 
- Preserva a vitalidade e a neoformação 
de coto pulpar e 
- Grande poder de penetração; 
- Hidrossolúvel; 
- froma? liquida; 
7. Hidróxido de cálcio: 1.pó branco, 
2.alcalino (pH 12,8), 3.pouco 
solúvel em água; 
- Ação antimicrobiana; 
-Indução da mineralização → Liberação 
de íons; 
Íons Ca++ 
Ca++ +CO2 (tecido) =Carbonato de cálcio 
→ (casos de rarefação ossea) 
Íons OH- 
↑ o pH local → causa uma lise da 
membrana celular e estrutura 
protética → neutralização do LPS. 
ALTERA: 
▪ Metabolismo celular (atv 
enzimática); 
▪ Substrato; 
▪ Afeta o crescimento e 
proliferação celular. 
✓ FATORES QUE AFETAM A 
DIFUSÃO DE ÍONS OH- 
- Hidrossolubilidade do veículo; 
- Característica ácido-base; 
- Permeabilidade dentinária; 
- Calcificação presente. 
✓ FATORES CONDICIONANTES: 
- PERMANÊNCIA DA MI; 
- SUBSTITUIÇÃO DA MEDICAÇÃO; 
- ESVAZIAMENTO; 
- ARMAZENAMENTO E 
DISTRIBUIÇÃO. 
✓ VEÍCULOS: 
Ñ DEVEM INTERFERIR: 
1. Associação iónica do produto; 
2. Na compatibilidade tecidual; 
3. Na capacidade indutora de tec. 
Mineralizado. 
DEVEM: 
1. Possibilitara dissociação iônica 
Ca(OH)2 em Ca++ e OH- 
• Podem ser HIDROSSOLUVIES 
(AQUOSO, VISCOSO) E OLEOSO. 
Aquoso→dissociação 
rápida→↑difusão → ↑ação com 
os tec. e microorganismo. 
1.Água destilada; 2. Propilenoglicol; 3. 
Metilcelulose; 4. Solução anestésica; 
5. Óleo de oliva; 6. Soro fisiológico; 7. 
Cresatina; 8. Polietilenoglicol 400. 
- PARACLOROFENOL CANFORADO 
(PMCC): 
1. destrói a membrana celular – 
desnaturação da proteína; 
2. inativação de enzimas – pela 
liberação do cloro; 
OBS: Não muito utilizado como MI 
pois possui elevada toxicidade e 
MEDICAÇÃO INTRACANAL(MI) MONTEIRO 
 
efeitos antibacterianos efêmeros, 
usado mais como veículos. 
 
➢ BIOPULPECTOMIA 
Geralmente infecção restrita a superfície, 
e a radicular apenas inflamada sem 
microorganismo, isso devido ao 
mecanismo de defesa do hospedeiro 
(enquanto a polpa estiver viva) que 
avanço da infecção em direção ao ápice. 
 
- FATORES DE PREDICATOS TÉCNICOS. 
Sobreinstrumentação?? 
Sol. Irrigadoras irritantes; 
Condições anatômicas do dente; 
Comportamento do pct. 
 
 
 
OBS: Se o tt não encerrar na mesma 
sessão, recomenda-se o uso do MI para 
impedir contaminação entre as 
sessões. 
CORTICOSTERÓIDES/ ANTIBIÓTICO: 
Otosporin consiste na associação de 
hidrocortisona com os antibióticos sulfato 
de polimixina B e sulfato de neomicina, em 
um veículo aquoso. 
Decadron colírio é composto de 
dexametasona e o antibiótico sulfato de 
neomicina. 
❖ Casos em que o canal não foi 
totalmente instrumentado. 
- Quanto a solução de 
corticosteoides/antibióticos (ostoporim ou 
decadron colírio). 
1. Acesso coronário e à remoção da 
polpa coronária, mas o canal não 
foi instrumentado; 
2. Uma instrumentação parcial do 
canal. 
❖ Casos em que o canal foi totalmente 
instrumentado. 
Hidróxido de cálcio: pode ser usado em 
associação com veículos inertes, uma vez 
que não há infecção do canal. Pasta 
hidróxido de cálcio + iodofórmio, na 
proporção de 3:1 e 
veículo a glicerina (pasta 
HG), a qual permite um 
adequado preenchimento 
do canal, levada ao canal, 
por meio de espirais de 
Lentulo. 
 
➢ NECROPULPECTOMIA E 
RETRATAMENTO. 
Após o preparo químico-mecânico, 
emprega-se o uso de MI para eliminação 
de microorganismo. 
❖ Casos em que o Canal Foi Totalmente 
Instrumentado. 
1. Canal seco e preenchido com ETDA 
a 17% por 3min e agitada no 
interior com um instrumento de 
peq. Calibre; 
2. Retira-se o etda por aspiração-
irrigação com 5-10 ml de um sol. de 
NaOcl 2,5% seca-se 0 canal e 
prepara a pasta HPG (Hidroxido de 
cálcio + PMCC + glicerina). 
TEMPO MININO DO MEDICAMENTO 
NO CANAL É 7 DIAS. 
❖ Casos em que o Canal não Foi 
Totalmente Instrumentado. 
Seleciona uma mecha de algodão do 
tamanho da câmara pulpar, umedecida 
com NaOcl 2,5% e colocada na câmara 
pulpar → permitindo um espaço de 3-5 
mm p/ material obturador. 
NaOCl → permite desinfecção e forma 
uma barreira química contra 
recontaminação por microorganismos da 
saliva. 
 
➢ SELAMENTO CORONÁRIO 
Cimentos à base de Zinco/eugenol – pó/liq. 
“prontos para uso” (Cavit, Coltosol) - forma 
de pasta e endurecem por hidratação. 
PASTA DE HIDROXIDO DE CÁLCIO 
CORTICOSTERÓIDES/ ANTIBIÓTICO

Continue navegando