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TRABALHISTA SEÇÃO 3

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EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA/GO
N° DO PROCESSO: 0010001-10.2017.518.0002
Albano Machado, já devidamente qualificado nos autos do processo em epigrafe, através de seu procurador ao final subscrito, na Reclamação Trabalhista, inconformado com a respeitável sentença, vem tempestivamente e respeitosamente, a Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com base no artigo 895 inciso I da CLT, de acordo com as razões em anexo, as qual requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal Regional da _ Região. 
Termos em que,
Pede deferimento.
Goiânia, 25 de setembro de 2020.
Goiânia – GO, Data.
Assinatura do Advogado, OAB
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) DESEMBARGADOR (A) PRESIDENTE DO EGRÉGRIO TRIBUNAL REGIONAL DA _ REGIÃO DO ESTADO DE GOIAS.
PROCESSO DE ORIGEM N° 0010001-10.2017.518.0002 - RECURSO ORDINÁRIO - 895 I DA CLT
RECORRENTE: ALBANO MACHADO 
RECORRIDO: MARIA JOSE PEREIRA 
COLENDA TURMA
NOBRES JULGADORES
1- HISTÓRICO PROCESSUAL
Foi ajuizada reclamação trabalhista em face do recorrido pleiteando o pagamento de danos, em virtude da demissão sem justa causa bem como pleiteia recebimento de horas extras decorrentes da extrapolação da jornada máxima diária de oito horas; pagamento em dobro dos domingos e feriados trabalhados; pagamento de uma hora extra por dia em razão da inobservância do intervalo intrajornada; reversão da justa causa em dispensa imotivada com o pagamento das verbas rescisórias que lhe foram sonegadas; indenização por danos morais; honorários advocatícios.
Neste caso a referida decisão julgou parcialmente os pedidos acima, sendo assim não deve prosperar, motivo pelo qual deve a sentença ser reformada conforme os fundamentos que a seguir serão expostos:
2 - CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO ORDINÁRIO
A decisão proferida na 2° Vara do Trabalho trata-se de uma sentença, dessa forma encerrando a atividade jurisdicional do Doutor (a) Juiz “a” de primeira instância. Neste contexto, o reexame da decisão supra citada só poderia ser feita através do Recurso Ordinário, além do presente recurso ter sido interposto tempestivamente.
Dessa forma, preenchidos os pressupostos de admissibilidade, requer que seja o presente recurso processado e o seu mérito apreciado. 
3 - TEMPESTIVIDADE 
O presente recurso é tempestivo uma vez que o prazo que a parte tem para apresentar ao Poder Judiciário o seu inconformismo com a decisão prolatada, via de regra, os prazos recursais trabalhistas são de 08 dias.
O novo Código de Processo Civil prevê, em seu art. 219, que os prazos devem ser contados em dias úteis. Entretanto, esta regra não se aplicava ao Direito Processual do Trabalho, uma vez que contraria o princípio da celeridade processual. Todavia, a Lei n. 13.467/17, alterou a redação do art. 795, da CLT, passando a prever que os prazos no Direito Processual do Trabalho também devem ser contados em dias úteis. Dessa forma, o recuso é tempestivo.
4 - regular representação processual
Antes do advento do novo Código de Processo Civil o Direito Processual do Trabalho não admitia a regularização da representação processual na fase recursal. Dessa forma, se o recurso fosse assinado por advogado não constituído nos autos, por exemplo, ele não era conhecido, não tendo a parte prazo para sanar o vício.
O CPC de 2015 prevê, em seu art. 76, a possibilidade de regularização da representação processual também na fase recursal, o que foi admitido pelo Processo do Trabalho. Diante da nova previsão legal o TST alterou a redação da Súmula n. 383, que passou a ter a seguinte redação:
Súmula nº 383 do TST
RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016 I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).
Dessa forma, a parte autora esta devidamente qualificada nos autos do processo em epigrafe, através de seu advogado ao final subscrito tendo a procuração em anexo, cumprindo assim os requisitos para interpor o recurso ordinário.
5 - LEGITIMIDADE PARA INTERPOR RECURSO
Legitimidade recursal é a habilitação legal conferida à parte que pretende recorrer de uma decisão judicial. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público conforme aplicação subsidiária do art. 996 do CPC de 2015. Dessa forma a recorrente se enquadra neste requisito sendo que faz parte legitima para interpor recurso ordinário.
 2- BREVE SINTENSE DOS FATOS 
Albano Machado ajuizou a reclamação trabalhista n. 0010001-10.2017.518.0002 contra Maria José Pereira, alegando que foi contratado em 01/02/2014 e dispensado por justa causa em 06/02/2017.
Alega que laborava em regime 12x36, sempre de 07h00min às 19h00min, sem autorização por norma coletiva, razão pela qual faz jus as horas extras excedentes à 8ª diária, desde sua contratação até 01/06/2015, com reflexos em aviso prévio, férias + 1/3, décimo terceiro salário e na multa de 40% do FGTS. Em virtude do labor no citado regime, pleiteia o pagamento em dobro dos domingos e feriados trabalhados.
O reclamante aduz que nunca usufruiu de uma hora de intervalo para refeição e descanso, tendo direito a uma hora extra por dia de trabalho, nos termos da Súmula n. 437, do TST, desde a publicação da Lei Complementar n. 150, em 02/06/2015, até o término do contrato de trabalho, com reflexos em aviso prévio, férias + 1/3, décimo terceiros salário e na multa de 40% do FGTS.
Requer, ainda, a reversão da justa causa que lhe foi aplicada, ao fundamento de que não houve qualquer conduta grave a ponto de ensejar a medida extrema. Pugna, ainda, pela condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, haja vista que foi registrado em sua CTPS a modalidade da dispensa. Proposta a conciliação, não foi aceita.
A Reclamada apresentou contestação rechaçando a pretensão de horas extras ao fundamento de que a jornada 12x36 foi autorizada pelo contrato individual de trabalho. Afirma que neste sistema de trabalho os domingos e feriados trabalhados são compensados, não sendo devido o seu pagamento em dobro.
No tocante ao intervalo intrajornada assevera que foi regularmente usufruído.
No que fiz respeito à justa causa afirma que ela se deu, na verdade, em razão do obreiro ter comparecido ao trabalho completamente embriagado. Assim, não é devida a reversão da dispensa e, consequentemente, a multa do art. 477, §8º, da CLT. Neste particular, sustenta que a multa em questão somente é devida pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias, o que não ocorreu.
Em relação ao pleito de reparação civil, afirma que as anotações que foram feitas na CTPS obedecem ao disposto no art. 29, parágrafo 2º, “c”, da CLT. Sucessivamente, aduz que, mesmo que tivesse havido equívoco na anotação, não é devida indenização por danos morais, pois não foi demonstrada a existência de qualquer constrangimento que tenha sido causado pela aposição da informação da dispensa por justa causa em sua CTPS.
Fixados os pontos controvertidos e definido o ônus da prova, consensualmente, procedeu-se à oitiva daspartes e de uma testemunha de cada parte.
Como declararam que não desejavam produzir outras provas, encerrou-se a instrução. Alegações finais remissivas. Renovada a tentativa de conciliação, não foi aceita.
2 - RAZÕES PARA REFORMA
2.1 - HORAS EXTRAS 
A Lei Complementar n. 150/15 prevê em seu art. 10 a possibilidade de adoção da mencionada jornada mediante previsão no contrato de trabalho. Todavia, a legislação invocada não pode ser aplicada retroativamente, razão pela qual também a validade do regime 12x36 antes de sua vigência. 
Neste período vigorava o entendimento jurisprudencial a Súmula n. 444, do TST de que o regime 12x36 somente tinha validade jurídica se previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho, diante do caso concreto, a parte autora trabalhava 12x36, sendo que não houve pactuação por norma coletiva bem como sem haver além da observância do gozo ou da indenização do horário de intervalo intrajornada (repouso e alimentação).
Excelência há uma invalidade do regime 12x36 é a falta de amparo em norma convencional, o que é exigido pelo art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988 e pela Súmula n. 444 do TST.
2.2 - TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS
Nos termos da Lei n. 605/49:
empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local”.
O empregado doméstico tem direito ao descanso remunerado nos finais de semana bem como aos feriados. Se porventura houver a necessidade o empregado doméstico ter que trabalhar no dia da sua folga ou no feriado, precisa haver a concessão da folga em outro dia na semana. É inaceitável que o empregado trabalhe 7 dias por semana sem qualquer descanso ou folga.
Descanso semanal remunerado correspondente a 24 horas consecutivas, de preferência aos domingos e feriados, conforme trás a Lei Complementar 150 assegura o descanso semanal remunerado à base de 24 horas consecutivas.
No trabalho no regime 12x36 há, inevitavelmente, coincidência de labor em domingos e feriados, o que ocorre pela própria natureza da jornada adotada. Tendo em vista a existência de labor nestes dias que são destinados ao descanso e diante da inexistência de folga compensatória, requer que o pagamento em dobro do trabalho nestes dias. 
Em relação aos domingos, no caso em comento a jornada 12x36 não é válida, eis que não amparada por lei ou norma coletiva. Assim, a eventual compensação do domingo por folga noutro dia da semana não tem validade jurídica.
 2.3 JUSTA CAUSA
A dispensa com justa causa ou dispensa motivada é o fim do contrato de trabalho pelo fato definido como falta grave pelo legislador. Do ponto de vista jurídico, quando o empregado não cumpre suas obrigações contratuais, está sujeito às punições.
Considerando a gravidade das faltas cometidas pelo empregado, as punições aplicáveis são: 
(a) advertência verbal ou escrita; 
(b) suspensão; 
(c) dispensa com justa causa.
Embora não haja previsão expressa na CLT, pode o empregador aplicar penalidade de advertência (verbal ou escrita). Isto deriva do poder disciplinar decorrente do contrato de trabalho. Penalidade mais grave é a suspensão, que conforme dicção do art. 474, da CLT, não pode ser superior a 30 (trinta dias). No período de suspensão o trabalhador não recebe salário, isto é, considera-se como se tivesse faltado ao trabalho. 
No artigo no art. 482, da CLT estão as hipóteses de justa causa, no presente caso a parte autora foi dispensado por justa causa no referido dia, com o fundamento de que houve insubordinação, o mesmo relata que nunca foi advertido por escrito ou suspenso de suas atividades laborativas por qualquer conduta, sendo assim a conduta não é crítica de forma a autorizar a rescisão do contrato de trabalho por justa causa, esta é hipótese evidente de advertência.
Excelência houve uma desproporcionalidade da pena, entre a medida e o ato do trabalhador, ainda mais que ele não tinha qualquer prévia advertência ou suspensão. Requer dessa forma, pelo fato de não tendo sido observados os requisitos legais para a aplicação da justa causa, peço a reversão da justa causa, com o consequente pagamento das verbas rescisórias que lhe foram sonegadas (aviso prévio, férias proporcionais +1/3, décimo terceiro salário proporcional e multa de 40% sobre o saldo.
2.4 Multa do art. 477, 8º, da CLT
Conforme o artigo o 447 da CLT traz o seguinte entendimento: 
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. 
§ 8º- A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. 
Foi observada Excelência que a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) não ha o devido nas verbas rescisórias em virtude da dispensa por justa causa, dessa forma, requer que seja a reclamada condenada ao pagamento da multa prevista no § 8º do artigo 477 da CLT, correspondente ao salário do reclamante devidamente corrigido. 
Pleitear o pagamento da multa do art. 477, da CLT, pois no caso da Justiça do Trabalho constatar o equívoco na rescisão do contrato de trabalho, o reclamante não terá recebido todas as verbas rescisórias a que fazia jus no prazo previsto no citado dispositivo legal. A jurisprudência do TST é pacífica neste sentido.
Requer o seu deferimento justamente com fulcro na reversão da justa causa, ou seja, como consectário lógico desta, conforme jurisprudência majoritária.
2.5 Honorários advocatícios
Deve se ressaltar, que a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não deve se prosperar uma vez que, a petição inicial foi distribuída antes da vigência da Lei n. 13.467/17, que o instituiu.
A parte autora requer os benefícios da justiça gratuita, pois não possuí condições financeiras de demandar sem prejuízo do próprio sustento e da sua respectiva família.
O pedido encontra amparo no artigo 5º da Constituição, onde está previsto que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, bem como a própria Constituição estabelece a gratuidade judiciária para quem comprova não ter recursos para o pagamento das despesas do processo, o que é caso dos autos.
A justiça gratuita é, portanto, “um gênero de primeira necessidade na esfera do acesso substancial à justiça, ainda mais em um país como o nosso, que tem um enorme contingente de pessoas carentes, de resto um número que tende a crescer neste momento de crise” (DIDIER JR; OLIVEIRA, 2016, p. 08). No mesmo sentindo, a gratuidade judiciária é a “dispensa do adiantamento de despesas processuais (em sentido amplo). O seu objetivo é evitar que a falta de recursos financeiros constitua um óbice intransponível ao acesso à justiça” (DIDIER; OLIVEIRA, 2016, p. 57).
 A Ação Direta de Inconstitucionalidade 5766/2017 tem como um de seus propósitos contestar a constitucionalidade da redação do parágrafo 4º do artigo 791-A, da Reformada Consolidação das Leis do Trabalho, que veio a ser introduzido com o advento da Lei n.º 13.467/17 (chamada de Reforma Trabalhista).
No entendimento do Delgado (2017 pagina 48) referente a reforma é que “ O primeiro aspecto a ser destacado diz respeito à grave restrição ao princípio constitucional do acesso à justiça às pessoas humanas trabalhadoras no País promovida pela Lei da Reforma Trabalhista”, no mesmo sentindo Delgado acrescenta que a nova lei, ao tratar sobre os honorários advocatícios sucumbências foi uma das alterações mais significativas da nova legislação, bem como muito desfavorável ao trabalhador economicamente hipossuficiente. Ressalta-se que um beneficiárioda justiça gratuita é reconhecido pelo Poder Judiciário como incapaz de arcar com os custos processuais, dessa forma como pode ser determinado o pagamento dos honorários mesmo sendo hipossuficiente?
Assim, o pedido de isenção de custas e despesas processuais, bem como, dos honorários advocatícios e periciais, em atendimento aos ditames constitucionais artigo 5º, LXXIV e pelas Leis 1.060/50, Lei 7.515/93, e Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes, restando informado nos autos, seu estado de pobreza através de declaração de hipossuficiência anexada.
O reclamante atualmente encontra desempregado, dependendo das parcelas do seguro desemprego no valor R$ XXXX para subsistência própria e de sua família. Portanto, requer a concessão dos benefícios já justiça gratuita na forma parágrafo 3° do artigo 790 da CLT.
3 - DOS PEDIDOS
Em virtude do exposto, o recorrente requer que seja conhecido e provido o RECURSO ORDINÁRIO, a fim de reformar a decisão que julgou parcialmente os pedidos. 
Para tanto se requer:
a) Que sejam julgadas procedentes as horas extras;
b) Requer que da diante da inexistência de folga compensatória nos domingos e feriados, requer que o pagamento em dobro do trabalho nestes dias, assim, a eventual compensação do domingo por folga noutro dia da semana não tem validade jurídica;
c) Requer Excelência, pelo fato de não tendo sido observados os requisitos legais para a aplicação da justa causa, peço a reversão da justa causa, com o consequente pagamento das verbas rescisórias que lhe foram sonegadas (aviso prévio, férias proporcionais +1/3, décimo terceiro salário proporcional e multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
d) A condenação da reclamada ao pagamento da multa prevista no § 8º do artigo 477 da CLT, correspondente ao salário do (a) reclamante devidamente corrigido;
e) Sejam concedidos ao reclamante os benefícios da justiça gratuita na forma do artigo 790 parágrafo 3° da CLT bem como o artigo 5º, LXXIV e pelas Leis 1.060/50, Lei 7.515/93, e Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes.
Termos em que,
Pede deferimento.
Goiânia – GO, Data.
Assinatura do Advogado, OAB

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