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Análises laboratoriais - avaliação cardíaca, pós aula

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A V A L I A Ç Ã O C A R D Í A C A 
 
Os marcadores de lesões miocárdicas, são macromoléculas intracelulares liberadas após a lesão da membrana do 
sarcolema dos miócitos (células musculares) decorrentes de necrose. Essa liberação na circulação periférica, depende 
de vários fatores, como localização intracelular do miócito, fluxo sanguíneo e linfático, taxa de eliminação no sangue 
(clearence)... Os principais marcadores, são: 
- Creatino quinase CK-MB (enzima); 
- Mioglobina (proteína - precoce); 
- Troponina T (proteína); 
- Troponina I (proteína - específica). 
 
Quais as características dos marcadores cardíacos? 
Pro diagnóstico, apresentam alta sensibilidade (uns mais que outros), alta especificidade, rápida detecção, correlacionam 
com a extensão da lesão e é um teste fácil, rápido e barato. 
 
CREATINO QUINASE: 
Uma enzima que está envolvida no processo de refosforilação da ADP em ATP (geração de energia em sistemas 
contráteis ou de transporte). É um marcador tradicional de limitações do músculo esquelético, cérebro e tecido cardíaco 
do miocárdio e apresenta isoenzimas (é dímero, ou seja, tem 2 subunidades: M (músculo) e B (cerebral)) que são 
encontradas no citosol associadas as estruturas miofibrilares. 
As isoenzimas da CK, são: 
- CK-3 CK MM (músculo esquelético 95%); 
- CK-2 CK MB (híbrida, predominantemente no miocárdio); 
- CK-1 CK BB (cérebro) 
 
A CK-MB é um marcador de escolha e é o indicador mais específico de lesão no miocárdio, principalmente em infarto 
agudo do miocárdio. Começa a subir após 4-6 horas do início dos sintomas, seu pico é em 12 horas e começa a voltar 
ao normal em 24-36 horas. Um ponto negativo da CK-MB é que ela em alguns casos pode apresentar características de 
falso positivo (em cardiopatias, traumatismos e cirurgias cardíacas, hipotireoidismo ...). 
O método de medição pode ser, por método enzimático, imunológico (melhor sensibilidade e menos falsos positivos) ou 
por eletroforese. 
As interferências na reação CK-MB são, procedimentos invasivos, cateterismo cardíaco, choques elétricos, 
eletromiografia (avalia a função muscular através de sinais elétricos). 
É um indicador de reinfarto precoce. 
 
É um marcador intermediário (4-6hs). 
 
 
 MIOGLOBINA: 
É uma hemoproteína citoplasmática transportadora de O2 nos músculos esqueléticos e cardíacos. Ela é liberada 
rapidamente na corrente circulatória pelo miocárdio necrosado. Começa a subir após 1-2 horas do início dos sintomas, 
seu pico é entre 6-9 horas e retorna ao valor normal, após 12-24 horas. É rapidamente eliminada pelos rins, é mais 
sensível que a CK-MB, porém é menos específica. 
Ela pode ser liberada em diferentes situações, como: lesões ou danos musculares esqueléticos, após cirurgias e 
exercícios intensos, insuficiência renal grave, entre outros. 
É um marcador precoce (1-2hs) 
A coleta é feita por soro/plasma e o valor de referência para homem é 16-96ng/ml e mulheres é 9-82 ng/ml. 
 
 
TROPONINAS: 
Proteínas continas nos miofibrilas do sarcômero (unidade contrátil) do músculo cardíaco e esquelético e que permitem a 
ligação entre a actina e miosina para causar a contração muscular. Quando ocorre uma lesão muscular, as proteínas 
são liberadas na corrente sanguínea. Elas se dividem em: 
- Troponina I: se liga com a actina; 
- Troponina C: se liga com o cálcio; 
- Troponina T: se liga com a tropomiosina. 
 
A troponina T, é útil para o diagnóstico de infarto do miocárdio, começa a aumentar entre 4-6 horas após o IAM, seu pico 
é com 12 horas e se estabiliza com 7 dias. Apresenta vantagens em relação ao CK-MB como, maior especificidade ao 
tecido cardíaco. 
 
A troponina I, é o teste mais específico para detectar lesão no miocárdio, começa a aumentar com 4-6 horas, seu pico é 
em 12 horas e se estabiliza com 7 dias. É menos sensível que a mioglobina. 
OBSERVAÇÃO: a CK-MB só se eleva após lesão isquêmica irreversível, já as troponinas se elevam mesmo em situação 
de isquemia reversível. 
Os métodos de medição são, imunoturbidimetria (utilizada para medir a concentração plasmática de diversas 
proteínas) e nefelometria (um aparelho específico que mede a turbidez é utilizado e mede a difração (desvio) da luz ao passar 
por uma solução contendo complexos imunológicos). A principal diferença entre nefelometria e turbidimetria é que na 
nefelometria a luz difundida, ou seja, aquela que atravessa a solução é medida. 
 
 CK-MB MIOGLOBINA TROPONINA T TROPONINA I 
TEMPO DE 
ALTERAÇÃO 
INICIAL 
4-6 HORAS 1-2 HORAS 4-6 HORAS 4-6 HORAS 
TEMPO DE PICO 12 HORAS 6-9 HORAS 12 HORAS 12 HORAS 
TEMPO DE 
RETORNO AO 
NORMAL 
24-36 HORAS 12-24 HORAS 7 DIAS 7 DIAS

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