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Manual de Boas PráticasBoas PráticasBoas Práticas ManualManualde PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR TEIXEIRA DE FREITAS / BAHIA MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Para serviços de alimentação escolar Elaboração: Nathalya Silva Teixeira Cordenadora de etágio: Raianne Paixão Precptora de estágio: Juliane Hipólito 2021 Estagiária de Nutrição APRESENTAÇÃO Esse manual será seu compan heiro do dia- a-dia, auxiliando-o em vários m omentos do seu trabalho . O (A ) merendeiro (a) desemp enha papel fundamental , não só por preparar a a limentação, m as, principalm ente, pela res ponsabilidad e que tem em garantir a oferta de alimentos s eguros aos alunos. Pens ando nisso, elaboramos e sse manual v isando esclar ecer sobre os cuidados durante a ma nipulação do s alimentos. Caro leitor: Esse MANUAL DE BOAS PRÁTIC AS foi feito para auxiliar os (as) cozinheiros (a s) responsáve is pelos serviç os de aliment ação escolar a preparar, armazenar e s ervir os alime ntos de forma adequada, hi giênica e segu ra, com o objetivo de o ferecer alimen tos saudáveis aos alunos. T udo isso, por meio do cumprimento das regras da RDC nº 216/04, vol tadas aos se rviços de alimentação e nutrição. Cuide bem del e. Boa leitura! SUMÁRIO 1 Introdução ........................................................................................ ....3 2 Contaminação de alimentos ................................................................. ....4 2.1 O que é contaminação de alimentos? ............................................. ....4 2.2 Quais são as principais causas? .................................................... ....5 2.3 medidas precisas para reduzir a contaminação ............................... ....5 3 Higiene pessoal dos manipuladores ..................................................... ....6 3.1 Cuidados básicos de higiene pessoal ............................................. ....6 3.2 Quando higienizar as mãos? ........................................................ ....7 3.3 Como higienizar as mãos corretamente? ........................................ ....7 3.4 Uso do uniforme e EPIs ............................................................... ....8 3.5 Conduta pessoal dos manipuladores ............................................. ....9 4 Controle de saúde dos manipuladores ................................................... ..10 5 Cuidados relacionados aos alimentos .................................................... . 11 5.1 Armazenamento .......................................................................... ..11 6 Higiene dos alimentos ......................................................................... ..12 6.1 Como evitar a contaminação dos alimentos? .................................... ..12 7 Controle integrado de vetores e pragas urbanas ..................................... ..13 8 Manejo de lixo e resíduos .................................................................... ..14 8.1 Como realizar o descarte dos resíduos? ................................... ....... ..14 9 Controle da Água ............................................................................... ..15 9.1 Higiene das caixas de água e reservatórios .................................... ..15 10 Métodos de higienização de instalações, equipamentos e utensílios ........ ..16 10.1 Higiene de pisos, ralos, paredes e prateleiras ................................ ..16 10.2 Higiene dos utensílios ................................................................. ..17 10.3 Higiene dos equipamentos ........................................................... ..17 11 Anexos - POPs ................................................................................ ..18 12 Referências .................................................................................... ..25 1 INTRODUÇÃO A finalidade desse manual é oferecer métodos que devem ser adotados pelos serviços de alimentação escolar em uma linguagem acessível, incluindo: métodos de higienização de instalações, equipamentos, utensílios, controle da água de abastecimento, controle integrado de vetores e pragas urbanas, controle da higiene e saúde dos manipuladores. O Manual de Boas Práticas (MBP) é um material descritivo e explicativo das atividades a serem realizadas pelos manipuladores de alimentos na execução de suas funções, representam uma importante ferramenta para que sejam alcançados os níveis de segurança alimentar exigidos pela legislação. É uma forma eficiente de garantir a qualidade e a segurança dos alimentos, devido a sua importância para a saúde e satisfação dos consumidores. Essas práticas abrangem desde a escolha das matérias-primas até o produto final, visando à qualidade sanitária e a preservação da saúde do consumidor (SEBRAE, 2010). Esse documento é importante e deve ser seguido por tratar-se da legislação RDC 216. A partir dessa perspectiva, foi elaborado esse Manual de Boas Práticas visando realizar uma intervenção de apoio às Boas Práticas de Fabricação (BPF) em serviços de alimentação escolar no município de Teixeira de Freitas – Bahia, cumprindo com a atual legislação sanitária e contribuindo no aumento da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e da qualidade dos alimentos. 3 2 CONTAMINAÇÃO DE ALIMENTOS 2.1 O que é contaminação de alimentos? A contaminação de alimentos ocorre quando uma determinada comida contém substâncias ou objetos que são prejudiciais para a saúde quando ingeridas. Podendo ser causadas por agentes de origem biológica, como bactérias, vírus, parasitas, algumas toxinas e também por diversos agentes químicos. Os principais sintomas causados pela ingestão destes alimentos contami- nados são relatados como náuseas, diarréia e vômito. No entanto, ao longo prazo, pode-se ocasionar quadros clínicos mais graves como câncer, falência hepática e renal, epilepsia, distúrbios neurológicos, dentre outros (FUNG; CLARK, 2004). De acordo com a WHO (2015), 600 milhões de pessoas adoecem anualmente por ingestão de alimentos contaminados, sendo uma a cada 10 pessoas no mundo inteiro. Estudos também revelam que mais de 400 mil pessoas morrem por decor- rência das contaminações, majoritariamente por crianças. Um dos fatores mais comuns para a contaminação dos alimentos é a desqualificação da mão de obra por parte dos manipuladores. 4 5 2.2 Quais são principais causas? Quando falamos de contaminação de alimentos, existem quatro tipos de agentes contaminantes, são eles: Físico Presença de madeira, cabelo, acessórios, pedras e outros objetos na refeição. Químico Biológico Ambiental São produtos de limpeza, Inseticidas deixados exposto perto dos alimentos. A presença de microrganismos patogênicos nos alimentos, como: parasitas, animais venenosos, bactérias causa- doras de doenças. Locais com odor de Fezes e urina, muita fumaça e lixo exposto, atraindo insetos e roedores. IMPORTANTE Esses tipos de contaminação são causados por possíveis descuidos por parte dos manipuladores. No caso da física, é possível que caia algum acessório ou fio de cabelo, da pessoa que produziu o alimento, no momento do preparo, no caso das contaminações biológicas, químicas e ambientais, geralmente, o alimento exposto aos agentes não foi higienizado corretamente ou cozido em temperatura adequada antes de ser preparada e consumida. Além disso, também existe a possibilidade de que a refeição tenha sido preparada e armazenada incorretamente, feita em equipamentos sem manutenção ou limpeza em dia e consumidas sem considerar o prazo de validade, fazendo com que o alimento estrague e se torne impróprio para o consumo. 2.3 Medidas precisas para reduzir a contaminação Éimportante atentar-se tanto à higiene pessoal, quanto do ambiente de trabalho, utensílios, alimentos e realizar o armazenamento correto dos alimentos. Por meio dessas medidas preventivas, as principais fontes de contaminação podem ser evitadas! 6 3 HIGIENE PESSOAL DOS MANIPULADORES Cuidar da higiene pessoal é fundamental para combater uma série de doenças causadas por vírus e bactérias ainda mais ao manipulador que tem o contato direto com alimento. 3.1 Cuidados básicos de higiene pessoal Tomar banho todos os dias. Evitar o uso de pulseiras, anéis, perfume. Manter a unhas sempre curtas e limpas, e sem esmalte. Utilizar uniforme apropriado com avental, luvas e touca e, se necessário, máscara. Não secar a mão no uniforme é importante para não acumular sujeiras na vestimenta do trabalho. Cuidar para não passar as mãos nos cabelos enquanto se está na cozinha ou manipulando algum alimento. Homens com barbas e ou bigodes devem mantê-los sempre aparados. 7 3.2 Quando higienizar as mãos? Quando chegar ao trabalho. Sempre que utilizar os sanitários. Após tossir, espirrar ou assoar o nariz. Depois de utilizar esfregões, panos ou materiais de limpeza. Após recolher lixo ou outros resíduos. Se tocar em alimentos não higienizados ou crus. Toda vez que, manusear dinheiro e outros objetos sujos. Sempre que mudar de serviço e iniciaroutro. (Ver POP 001- Higienização das mãos - Pág. 20). (Ver POP 001- Higienização das mãos - Pág. 20). Aplicar na palma das mãos o sabonete líquido Ensaboar as palmas das mãos esfregando-as entre si Esfregar as partes de cima das mãos e entre os dedos Esfregar o polegar direito com o auxilio da mão esquerda fazendo movimentos circulares Esfregue as polpas digitais e unhas contra a palma das mãos Direita/Esquerda Esfregar os punhos e anti-braço Esquerdo/Direito Enxaguar bem as mãos retirando o resíduo do sabonete, evitando contato direto das mãos ensaboadas com a torneira Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos O processo de esfregar as mãos deve durar, pelo menos, 2 minutos. 3.3 Como as mãos corretamente?higienizar Abra a torneira e molhe as mãos evitando encostar na pia 8 3.4 Uso do uniforme e EPIs Em locais de manipulação dos alimentos, os funcionário deverão usar sempre roupas e EPIs de maneira adequada, conforme descrito abaixo. Esses devem ser mantidos limpos e trocados todos os dias ou sempre que estiver sujas: Sapatos fechados e antiderrapante. Calças de cores claras. Camisa / camiseta de manga curta ou longa com cores claras. Avental em tecido de cor clara resistente (sem bolso) para atividades de cozimento. Touca protetora para os cabelos. Luvas de látex, descartáveis e em borracha quando necessário. Avental napa de cor clara, para atividades com grande quantidade de água. Ao usar uniformes, as seguintes regras devem ser observadas: Usar o uniforme completo, somente nas instalações internas da empresa, o uniforme deve ser conservado, limpo e trocado diariamente. Não use panos ou sacolas plásticas para proteger os uniformes. A touca deve ser utilizada constantemente, no ambiente de serviço. Não devem ser carregados no bolsos dos uniformes: batons, escovas, canetas, lápis, isqueiros e cigarros. Não utilizar no ambiente de trabalho: relógios, pulseiras, anéis, brincos e outros adornos que possam cair nos alimentos. Esses pertences pessoais devem ser deixados em um local específico, deixando distante da área de manipulação dos alimentos. 9 3.5 Conduta pessoal dos manipuladores Falar, cantar, assobiar, tossir, espirrar, cuspir, fumar. Experimentar alimentos diretamente com as mãos. Mascar goma, palito, fósforo ou similares, chupar balas, comer. EVITEEVITEEVITEEVITE NÃONÃONÃONÃO Assoar nem colocar o dedo no nariz ou ouvido, mexer no cabelo ou se pentear. Deixar roupas e objetos pessoais nas áreas de manipulação de alimentos. Utilizar nenhum tipo de loção ou creme nas mãos. Enxugar o suor com as mãos, panos ou qualquer peça da vestimenta. Fazer uso de utensílios e equipamentos sujos. NUNCANUNCANUNCANUNCA Trabalhar diretamente com alimento quando apresentar problemas de saúde ou qualquer tipo de lesão nas mãos, sem comunicar à direção, para que o mesmo tome a providência cabível. Os manipuladores, durante o preparo dos alimentos devem evitar hábitos rotineiros para evitar a contaminação. 10 4 CONTROLE DE SAÚDE DOS MANIPULADORES O Controle de Saúde dos manipuladores tem como objetivo a promoção e a prevenção da saúde dos manipuladores de alimentos, realizando um rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais, evitando o risco de contaminação dos alimentos. Os manipuladores de alimentos com seu estado de saúde em dias não apresentarão riscos à produção dos alimentos. Exames médicos que devem ser realizados obrigatoriamente pelos manipuladores: Avaliação clínicaAvaliação clínica Hemograma Hemograma CoproculturaCoprocultura CoproparasitológicoCoproparasitológico VDRLVDRL Esses exames devem ser realizados obrigatoriamente em casos de: E outros conforme determinação médica Admissão ao ser contratado. Em casos de retorno ao trabalho após, férias, licença maternidade ou afasta- mento por doença. Em casos de mudança de função no ambiente de trabalho (qualquer alteração de função que envolva a exposição do manipulador de alimentos a risco diferente do que ele estava exposto anteriormente). Esses exames devem se realizados de forma periódica (semestralmente). Os exames deverão ser acompanhados de análises laboratoriais, a critério médico, de acordo com as atividades desenvolvidas pelo manipulador de alimentos. Os exames deverão ser acompanhados de análises laboratoriais, a critério médico, de acordo com as atividades desenvolvidas pelo manipulador de alimentos. Os manipuladores de alimentos que apresentarem diarréia ou disenteria, assim como os que estiverem acometidos de infecções pulmonares ou faringite não deverão manipular alimentos, e serão afastados para iniciar um tratamento médico e evitar a contaminação dos alimentos. Em casos cortes e ferimentos só poderá manipular alimentos se as lesões estiverem protegidas com cobertura à prova de água e com luvas de borracha. 11 5 CUIDADOS RELACIONADOS AOS ALIMENTOS A matéria-prima de qualidade é indispensável para a garantia da segurança dos alimentos produzido pelos manipuladores dentro da unidade escolar. Deve ser verificada a embalagem dos produtos quanto à presença de data de validade, lote, data de fabricação, informação nutricional, entre outros. Estar atento quanto as condições de higiene e manipulação do fornecedor. Possuir uma lista dos fornecedores, para ter opções de escolha dos produtos. Verificar as condições das embalagens dos produtos, não receber produtos com embalagens amassadas, rasgadas, molhadas, embo- loradas ou violadas. 5.1 Armazenamento Os alimentos recebidos devem ser armazenados de acordo com a temperatura necessária para o seu acondicionamento. Assim, existirá o armazenamento à temperatura ambiente e o armazenamento sob refrigeração. Como deve ser feito? Retirar os alimentos das caixas de papelão e armazená-los nas prateleiras ou estrados, deixar os alimentos afastados da parede e com espaço entre as pilhas de alimentos. Não forrar as prateleiras com papel ou plástico, pois dificulta a limpeza e pode servir de abrigo aos insetos. pra-Agrupar todos os alimentos iguais (do mesmo gênero) no mesmo local na sejamteleira e colocar na frente os alimentos que irão vencer antes, para que usados em primeiro lugar. Separar produtos doces e salgados em prateleiras distantes para que não alte- rem o sabor e o odor entre si e dos demais alimentos. Nunca armazenar no mesmo local os alimentos, produtos de limpeza e inseticidas. 1º 2º3º 4º (Ver POP 004- Seleção de materias primas, ingredientes e embalagens Pág. 23). (Ver POP 004- Seleção de materias primas, ingredientes e embalagens Pág. 23). 12 6 HIGIENE DOS ALIMENTOS Os legumes, verduras e frutas quando processados e ingeridos crus, devem antes ser lavados e desinfetados, da seguinte forma: 1º 2º 3º 4º 5º 6º Primeiramente deve ser higienizada a bancada ou pia onde será realizada a higienização dos alimentos. Retirar todas as partes estragadas que não estão próprias para o consumo. Des olhar as verduras, lavar todas as partes do alimento, umf por um, em água potável (retirar todas as sujeiras). Em uma vasilha deixar os alimentos de molho por 30 minutos em solução clorada para realizar a sanitização dos alimentos. Enxaguar em água corrente potável, escorrer bem. Guardar os alimentos em um recipiente higienizado. 6.1 Como evitar a contaminação dos alimentos? Evite tocar nos alimentos com as mãos sujas ou com ferimentos expostos. higienize as mãos ao manipular os alimentos e ao trocar de atividade. Alimentos caírem no chão devem ser sempre jogados fora. Nunca utilizar nenhum alimento estragado ou vencido. S i r v a a l i m e n t o s b e m cozidos, temperatura de cocção indicada é de 74º C. Quando possível evitar , tocar nos alimentos. Usar sempre um utensílio limpo. 13 7 CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS São medidas preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e a proliferação de vetores e pragas urbanas. Prevenindo a presença de insetos e roedores. Manter as áreas livres de sujeiras e resíduos alimentares. O descarte do lixo deve ser realizado com frequência e da maneira correta. Evite lixeiras sujas, e descobertas. As lixeiras devem ser lavadas desinfetadas regularmente. Armazenar os alimentos de maneira adequada para não atrair insetos. As áreas internas e seus arredores devem ser mantidas limpas e livres de papel, papelão ou embalagens e materiais em desuso, que possam servir de abrigo. A cozinha e depósito devem possuir: Qualquer abertura para áreas externas devem ser fechadas ou teladas. As portas devem ser dotadas de sistema abre e fecha automático. Os ralos devem ser sifonados e com sistema de fechamento. Instalações livres de fendas e frestas, evitando o abrigo de pragas e vetores no local de armazenamento dos, a fim de evitar a contaminação de alimentos. (Ver POP 3- Controle integrado de vetores e pragas urbanas- Pág. 22). (Ver POP 3- Controle integrado de vetores e pragas urbanas- Pág. 22). 14 8 MANEJO DE LIXO E RESÍDUOS Unidades de alimentação escolar devem dispor de lixeiras identificadas e íntegras, de fácil higienização e transporte, as lixeiras utilizadas para deposição dos resíduos devem possuir tampas acionadas sem contato manual e as latas de lixo fora da cozinha devem ficar em local fechado, livre de moscas, roedores e outros animais. 8.1 Como realizar o descarte dos resíduos: Descartar os resíduos de acordo com a classificação (orgânico, reciclável e não reciclável). Objetos cortantes, quebrados e perfurantes devem ser separados e embalados, de forma a não romper os sacos plásticos, evitando acidentes. Realizar higienização retirando toda sujidade grossa e restos de alimentos dos recipientes e enxaguar com água corrente, esfregar com uma esponja específica para a atividade, com detergente, até que a recipiente esteja limpo. Enxaguar em bastante água corrente até sair todo o detergente, deixar de molho em solução clorada por 15 minutos, e enxaguar com água corrente. Borrifar álcool 70% e deixar secar naturalmente e repor os sacos de lixo limpos. Essa higienização deve ser realizada diariamente e/ou sempre que necessário.Essa higienização deve ser realizada diariamente e/ou sempre que necessário. 9 CONTROLE DA ÁGUA Em unidades de alimentação escolar deve ser utilizada somente água potável para manipulação de alimentos, proveniente do abastecimento público ou de sistema alternativo, como poços artesianos. 9.1 Higiene das caixas de água e reservatórios A higiene das caixas de água e reservatórios devem ser realizada semestral- mente ou sempre que necessário, por empresa especializada ou os próprios funci- onários da escola, conforme o procedimento a seguir: 1º 2º 3º 4º 5º 6º 15 Esvazie o reservatório de água com altura de cerca de um palmo de água e feixe a saída de água. Escove as paredes internas e o fundo com a água que restou utilizando escova de fibra vegetal ou sintética, desprendendo todo o resíduo e matéria orgânica (não usar sabão, detergente ou outro produto). Utilize um balde e um pano limpo para retirar os resíduos do fundo do reservatório. Cuidado para não danificar as paredes. Abrir os registros de saída e entrada da água e enxaguar bem as paredes com água limpa, mantendo as torneiras abertas para que não sobre nenhum resíduos nos canos. Banhar todo reservatório com solução clorada, deixando as torneiras abertas para que esta solução escorra pelos canos. Após 30 minutos, enxaguar com água limpa, mantendo todas as torneiras abertas para enxaguar bem toda a tubulação. Abrir a entrada da água para encher o reservatório, depois de cheio fechar e manter o bem tampado.7º 10.1 Higiene de pisos, ralos, paredes e prateleiras Limpeza Parcial - SemiúmidaLimpeza Parcial - Semiúmida Limpar piso com rodo e pano, recolher os resíduos com pá e desprezar no lixo. Nunca varrer a seco, principalmente no horário de expediente. Ralos: retirar as grades de proteção, recolher os resíduos e esfregar com solução detergente neutro/clorado. Se o piso estiver engordurado, passar pano embebido com detergente desengordurante. 111 222 333 444 16 Higienização Completa - ÚmidaHigienização Completa - Úmida Esfregar as Paredes e Prateleiras de cima para baixo, com esponja própria e detergente neutro, e enxaguar com água limpa. Desinfetar, com solução clorada a 200 ppm e deixar secar. Limpar todo o piso (rodo com pano), recolher os resíduos com pá e jogar no lixo; nunca varrer a seco. Umedecer o local com a solução detergente neutro/clorado Esfregar com vassoura todo o piso, incluindo áreas sob equipamentos, laterais e afastando equipamentos e móveis. Enxaguar e eliminar o excesso de água com um rodo e eliminar resíduos dos ralos (Quando necessário: Utilizar auxílio de jato de água). 111 333 444 555 666 222 A higienização do local, equipamentos e utensílios é de suma importância, nela está incluso os cuidados com o piso, paredes, prateleiras, ralos, banheiros e tudo que estiver próximo ao local de preparo dos alimentos. 10 MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS Para realizar a higienização completa, com água corrente, deve ser somente nos horários em que os profissionais não estiverem manipulando os alimentos. Durante o pré-preparo e processamento, realizar a limpeza com pano limpo e úmido. (Ver POP 2- Higienização de pisos, ralos, paredes e preteleira - Pág. 21). (Ver POP 2- Higienização de pisos, ralos, paredes e preteleira - Pág. 21). 17 10.2 Higiene dos utensílios Lavar os utensílios com água e detergente neutro, logo após o término do preparo, para evitar que os resíduos grudem. Secar os utensílios naturalmente, sem a utilização de panos. Não deixar os utensílios expostos à poeira. Guardar os caldeirões e formas de maneira organizada nas prateleiras e armários. Manter as prateleiras sem nenhum tipo de revestimento de pano ou papel. Lavar bem os utensílios que caírem no chão. Fonte: Manual Técnico para Manipuladores - Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Seduc - TO, 2001. 10.3 Higiene dos equipamentos Limpar diariamente o fogão, depois que a chapa estiver fria. Limpar a pia com bucha e sabão, depois que terminar de lavar os utensílios. Descongelar e limpar a geladeira pelo menos umavez por semana, retirando antecipadamente os alimentos dela. Desmontar o liquidificador e lavar as peças com cuidado. 18 11 ANEXOS POPs - Pocedimentos Operacionais Padronizados Os POPs são documentos destinados ao registro e procedimentos para o controle dos itens de maior criticidade para a segurança alimentar. Deverão descrever a frequência dos procedimentos, o responsável pela realização, o tipo de monitoração e a ação corretiva. São peças fundamentais para a organização, efetivação e eficácia dos procedimentos adotados pelas unidades escolares, já que devem estar ao alcance dos manipuladores de alimentos, dirigentes e fiscalização da sociedade como um todo. POP 001- Higienização das mãos POP 002- Higienização pisos, ralos, paredes e prateleiras POP 003- Controle integrado de vetores e pragas urbanas POP 004- Seleção de matérias primas, ingredientes e embalagens 19 POP 01POP 01 Higienização das mãos OBJETIVO: Diminuir em parte o número de microrganismos presentes nas mãos dos colaboradores com o intuito de evitar a contaminação e prováveis casos de DTAs. FREQUÊNCIA DE EXECUÇÃO: Quando chegar ao trabalho; após utilizar os sanitários; o tossir, espirrar ou assoar o nariz; após o uso esfregões, panos ou materiais de limpeza; fumar; recolher lixo e outros resíduos; tocar em sacarias, caixas, garrafas e sapatos; tocar em alimentos não higienizados ou crus; houver interrupção do serviço e iniciar um outro; pegar em dinheiro e sempre que fizer necessário. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Cozinheiros (as) e Manipuladores de alimentos. CAMPO DE APLICAÇÃO: Em todos os setores da unidade de alimentação e nutrição, e principalmente na área de cocção.. MATERIAIS Água Sabonete líquido, neutro, inodoro e com ação antisséptica; Papel toalha descartável não reciclável. TAREFAS Abrir a torneira, molhar as mãos e anti-braços evitando de encostar- se na pia. Aplicar na palma das mãos o sabonete líquido. Ensaboar as palmas das mãos esfregando-as entre si. Esfregar as partes de cima das mãos e entre os dedos. Esfregar o polegar direito com o auxilio da mão esquerda fazendo movimentos circulares. Limpar em baixo das unhas, (Que deve esta curtas e sem esmaltes, afim de avitar o acumulos de sujeiras). Esfregar os punhos e anti-braço esquerdo e direito . Enxaguar bem as mãos retirando o resíduo do sabonete, evitando contato direto das mãos ensaboadas com a torneira. Secar as mãos com papel toalha descartável , iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. E eliminar o papel utilizado no coletor de lixo acionado sem contato manual. ATENÇÃO: O processo de esfregar as mãos deve durar, pelo menos, 2 minutos. 20 POP 02POP 02 Higienização pisos, ralos, paredes e prateleiras OBJETIVO: Proporcionar a correta execução da atividade de higienização de pisos e paredes evitando causar acidentes aos colaboradores. Manter o ambiente em condições higiênico-sanitárias satisfatórias. FREQUÊNCIA DE EXECUÇÃO: Pisos e ralos devem ser higienizados diariamente, a cada turno (higienização completa–úmida) ou sempre que necessário (higienização parcial – semiúmida). Nas paredes e prateleiras a higienização completa – úmida de ser realizada semanalmente. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Resposáveis pela higienização da UAN. CAMPO DE APLICAÇÃO: Em todos os setores manipulação e cocção da UAN. MATERIAIS Água Solução de detergente neutro/clorado, diluídos conforme a especificação do fabricante. Esponja dupla face/fibra natural. Solução clorada 200 ppm ou álcool 70 °GL. Vassoura, Rodo e Pano. Sabonete líquido, neutro, inodoro e com ação antisséptica. Papel toalha descartável não reciclável. TAREFAS LIMPEZA PARCIAL – SEMIÚMIDA – DURANTE O PROCESSO Limpar piso com rodo com pano, recolher os resíduos com pá e desprezar no lixo, nunca varrer a seco. Ralos: retirar as grades de proteção, recolher os resíduos e esfregar com solução detergente neutro/clorado. Quando utilizado detergente neutro, desinfetar com soluçã clorada, não enxaguar. o Se o piso estiver engordurado, passar pano embebido com detergente desengordurante. HIGIENIZAÇÃO COMPLETA – ÚMIDA – FORA DO HORÁRIO DE PROCESSO Esfregar as Paredes e Prateleiras de cima para baixo, com esponja própria e detergente neutro, e enxaguar com água limpa. 21 POP 02POP 02 Higienização pisos, ralos, paredes e prateleiras Desinfetar, com solução clorada a 200 ppm e deixar secar. Limpar todo o piso (rodo com pano), recolher os resíduos com pá e jogar no lixo, nunca varrer a seco. Umedecer o local com a solução detergente neutro/clorado. Esfregar com vassoura todo o piso, incluindo áreas sob equipamentos, laterais e afastando equipamentos e móveis. Caso seja necessário, utilizar produtos específicos para sujidades/incrustações mais difíceis. Enxaguar e eliminar o excesso de água com um rodo e eliminar resíduos dos ralos. Aplicar a solução clorada 200 ppm, deixando agir por 15 minutos, quando utilizada solução clorada. Remover o desinfetante com auxílio de um rodo e deixar secar. Quando nescessario, utilizar auxílio de jato de água. Observação: Para realizar a higienização completa, com água corrente, deve ser somente nos horários em que os profissionais não estiverem manipulando os alimentos. Durante o pré-preparo e processamento, realizar a limpeza com pano limpo e úmido. 22 POP 03POP 03 Controle integrado de vetores e pragas urbanas OBJETIVO: Estabelecer sistemas para assegurar ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e proliferação de vetores e pragas urbanas. Assegurando o controle integrado e eficiente de pragas, prevenindo a contaminação de alimentos. FREQUÊNCIA DE EXECUÇÃO: Semanalmente, com exceção ao combate químico que pode ocorrer mensalmente. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Coordenador Geral da UAN. CAMPO DE APLICAÇÃO: Áreas internas e externas da unidade. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO Instalações estão livres de fendas e frestas. Aberturas para áreas externas fechadas ou teladas com telas milimétricas removível. Portas estão ajustadas ao batente. Possuir ralos sifonados. Certificar que as áreas estão livre de sujidades e resíduos alimentares. Verificar se está ocorrendo o descarte de lixo com frequência e de maneira correta. Verificar a higiene das latas de lixo, em boas condições e bem cobertas. Devem guardar adequadamente os alimentos para não atrair insetos. Devem manter as áreas internas e seus arredores livres de papel, papelão ou embalagens e materiais em desuso. PROCEDIMETO Tratamento químico: Deve contratar uma empresa especializada e legalizada para aplicação de tratamen- toquímico das áreas internas e próximas à empresa. A empresa especializada deve emitir certificado de garantia do serviço, comprovan- do a execução do serviço e contendo as informações “estabelecidas em legislação sanitária especifica”. Monitoramento de: 23 POP 04POP 04 Seleção de matérias primas, ingredientes e embalagens OBJETIVO: Este método tem por finalidade qualificar os fornecedores de matérias primas, ingredientes e outros itens. Os mesmos devem seguir os padrões de qualidade da legislação vigente, garantindo assim um produto final seguro e de qualidade. FREQUÊNCIA DE EXECUÇÃO: Sempre que receber à matéria prima. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: A equipe de controle de qualidade e o responsável tecnico são responsáveis pela seleção, aprovação e monitoramento dos fornecedores de materias primas, embalagens e ingrendietes. CAMPO DE APLICAÇÃO: Todas as matérias primas ingredientes e embalagens da empresa. PROCEDIMENTOS O acompanhamento dos fornecedores através das análises do seus produtos, o conhecimento dos procedimentos empregados e o controle de qualidade ultilizados pelos mesmos. A- Quandoreceber uma oferta de matéria-prima de um determinado fornecedor, solicitar algumas amostras e enviar para análises microbiológicas ou físico-quimi- cas para se ter parâmetros para melhor avaliar o ingrediente. B- Verificar o resultado das análises e comparar a viabilidade econômica e as demais informações obtidas, podendo assim adquirir ou não a matéria-prima ofertada. C- Registrar no formulário o cadastro de qualificação de fornecedores, as informações das análises solicitadas, nome do fornecedor, do produto e outras informações relevantes que possam comprovar sua confiabilidade no mercado. D- O item recebido será conferido pelo responsável do estoque, o qual irá verificar a quantidade e o tipo de produto recebido conforme a nota fiscal, número de lote, data de validade ou fabricação, registrando na planilha. O laudo de análise do fornecedor deve ser entregue ao controle de qualidade para a liberação da entrega . E- Para as matérias-primas que são submetidas á análises rápidas, as mesmas deverão aguardar o resultado antes da descarga. F- As análises poderão ser imediatas ou laboratoriais, conforme o grau de risco do item recebido, que deverá ser verificado. Quando necessitar da análise laboratorial, deverá ser armazenada com identificação de produto interditado aguardando resultado, conforme o padrão de especificação. Todos os lotes deverão ter suas contra provas guardadas pelo período de 6 meses, para finalidade de rastreabilidade auditorias. 24 POP 04POP 04 Seleção de matérias primas, ingredientes e embalagens PROCEDIMENTOS E EMBALAGENS A- Conferência. B- O responsável do controle de qualidade irá realizar a coleta das embalagens em caixas / fardos aleatórias, a fim de se ter uma amostragem homogênea do lote recebido, verificando sua cor, tamanho, e tipo de material, conforme determina- ções, que devem estar de acordo com o modelo enviado pelo fornecedor antes da compra. As embalagens, no ato da entrega, deverão estar acompanhadas de um laudo de qualidade do fornecedor, com numero do lote, data de fabricação e validade. C- O responsável do controle de qualidade irá realizar as análises das embalagens recebidas conforme o modelo padrão da embalagem, informando o número da nota fiscal, fornecedor, nome da embalagem, quantidade recebida, número do lote do fornecedor, data de fabricação/validade, resultando das análises realizadas e o número do lote interno. D- Cada lote recebido deverá ser identificado pelo responsável pelo controle de qualidade. As embalagens que necessitarem aguardar liberação deverão ser identificadas com uma placa, como produto interditado e aguardando a liberação do controle de qualidade, em local apropriado e seguro. AÇÕES CORRETIVAS 1- dos padrões de qualidade ficará sob responsabilidade do controle de qualidade e encarregamento de produção para que este tome as devidas providências, informando o departamento de compras para notificar o fornecedor. 2- Aquelas que forem reprovadas no controle de qualidade serão descartadas e no caso de serem devolvidas ao fornecedor, deverão permanecer no galpão de devoluções pelo menor tempo possível. Os lotes de matérias-primas e embalagens recebidas que apresentarem desvio 25 12 REFERÊNCIAS BRASIL. Resolução RDC nº . 216, de 15 de setembro de 2004. dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação. 2004. FERREIRA, Sandra Maria dos Santos. Contaminação de alimentos ocasionada por manipuladores. Brasília – DF, 2006 WHO, World Health Organization: 600 milhões de pessoas adoecem anualmente por ingestão de alimentos contaminados 2015. FUNG, F; CLARK, R. Health effects of mycotoxins: a toxicologicalreview. Clin. Toxicol, 2004 GERMANO, M.I.S. Treinamento de manipuladores de alimentos: fator de segurança Alimentar e promoção da saúde. São Paulo: Livraria Varela, 2003. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Manual Segurança do Paciente - Higienização das Mãos. Brasília, MS, 2007. Brasil: Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Organizações para os consumidores de saneantes, 2007. ABRASEL- Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Guia de Boas Práticas para Serviços de Alimentação – Programa Qualidade na Mesa. 2006, 112p. Manual Técnico para Manipuladores – Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Seduc - TO, 2001. BRASIL. Portaria nº 368, de 4 de setembro de 1997- MAPA. Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 08 set. 1997. Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24 Página 25 Página 26 Página 27 Página 28
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