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resumo de arritmias

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Gestão para Educação Permanente dos 
Profissionais da Rede de Atenção às Urgências
GEPPRAU
Urgências Clínicas 
Cardiológicas
Tema 7 
Arritmias Cardíacas
2
Este conteúdo foi elaborado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz 
(HAOC) em parceria com o Ministério da Saúde (MS) no âmbito do 
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Úni-
co de Saúde (PROADI-SUS). A parceria entre o Ministério da Saúde e 
as entidades de saúde portadoras do Certificado de Entidade Benefi-
cente de Assistência Social em Saúde (CEBAS-SAÚDE) e de Reconhe-
cida Excelência, a exemplo do HAOC, é regulamentada pela Lei Fede-
ral nº 12.101, de 27 de novembro de 2009.
2
URGÊNCIAS CLÍNICAS 
CARDIOLÓGICAS
Neste material serão exploradas as 
principais emergências cardiológicas de 
escopo clínico. 
Tema 7
Arritmias Cardíacas
Objetivos de 
aprendizagem
•	 Definição de arritmias cardíacas.
•	 Conhecer a epidemiologia e os 
fatores de risco das arritmias 
cardíacas.
•	 Conhecer a classificação e as 
sintomatologias das arritmias 
cardíacas.
•	 Abordagem do paciente 
apresentando arritmias cardíacas.
4
1. Definição e tipos de arritmias ...........................................................6
2. Bradiarritmias .................................................................................6
2.1. Causas de bradiarritmias ...........................................................7
2.2. Classes de Bradiarritmias ...........................................................8
2.3. Estratificação e tratamento .......................................................10
3. Cuidados gerais ao paciente portador de marca-passo .......................13
4. Taquiarritmias ..............................................................................15
4.1. Taquicardia sinusal ..................................................................16
4.2. Flutter atrial ...........................................................................17
4.3. Fibrilação atrial (FA) ................................................................17
4.4. Taquicardia paroxística supraventricular .....................................20
4.5. Taquicardia ventricular .............................................................20
4.6. Abordagem da taquiarritmias ....................................................21
5. Principais medicamentos para arritmias cardíacas .............................22
6. Abordagem geral das arritmias ........................................................23
Síntese ............................................................................................27
Referências bibliográficas....................................................................28
4 5
s arritmias cardíacas são causa frequente de 
acionamento do serviço de emergência e procura 
dos prontos-socorros e serviços de pronto atendi-
mento. Uma compreensão mínima desse assunto é 
adequada a todos os profissionais que atuam nes-
ses setores. O reconhecimento e a atuação corre-
ta nas formas mais graves de arritmia são funda-
mentais para a redução de mortes, uma vez que o 
paciente com arritmia grave não tem muito tempo 
para ser tratado.A
Arritmias cardíacas
6
1.Definição e tipos de arritmias 
A arritmia cardíaca é uma anormalidade na frequência, regularidade ou 
origem do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua condução, causando 
uma sequência anormal da ativação miocárdica, ou seja, um coração que representa 
suas funções anormais devido a alterações na sua frequência ou no seu ritmo. 
Arritmia cardíaca
As arritmias podem ser classificadas em bradiarritmia ou taquiarritmia.
As bradiarritmias são caracterizadas por frequência cardíaca menor que 
50 bpm.
Já as taquiarritmias apresentam frequência cardíaca maior que 100 bpm.
Bradiarritmias
As bradiarritmias mais comuns são classificadas como:
• Bradicardia Sinusal;
• Bloqueio Atrioventricular de 1º Grau;
• Bloqueio Atrioventricular de 2º Grau – Mobitz I;
• Bloqueio Atrioventricular de 2º Grau – Mobitz II;
• Bloqueio Atrioventricular de 3º Grau/Total.
2.
6 7
2.1. Causas de bradiarritmias 
As bradiarritmias ocorrem por diversas formas, sendo extrínsecas e intrínsecas. 
A fisiopatologia das bradiarritmias nada mais é do que um atraso na condução 
elétrica no nódulo atrioventricular, que, por sua sequência, resulta em um atraso 
da condução elétrica dos átrios para os ventrículos, levando à diminuição da 
atividade cardíaca.
São exemplos de causas extrínsecas das bradiarritmias:
• síndromes mediadas autonomicamente
 – síncope neurocardiogênica
 – hipersensibilidade carotídea
 – distúrbios situacionais (tosse, micção, etc.)
• drogas
 – bloqueadores adrenérgicos e do canal de cálcio
 – clonidina
 – digoxina
 – antiarrítmicos
• hipotiroidismo
• hipotermia
As causas intrínsecas são: 
• degeneração idiopática;
• infarto agudo do miocárdio, doenças infiltrativas;
• doenças vasculares do colágeno;
• distrofia muscular miotônica;
• trauma cirúrgico;
• doenças familiares;
• doenças infecciosas (doenças de Chagas, endocardites).
8
• distúrbios neurológicos
• distúrbios eletrolíticos
 – hipercalemia
 – hipocalemia
Classes de Bradiarritmias
Veja, agora, um detalhamento das classes das bradiarritmias. A primeira é a 
bradicardia sinusal, na qual a alteração ocorre somente na frequência cardíaca, 
sendo inferior a 60 bpm, mantendo o intervalo PR em 0,20 s e o complexo QRS 
em 0,12 s.
Bloqueios Átrios Ventriculares (BAV)
2.2.
Bradicardia Sinusal
Os BAVs são divididos em:
• BAV de 1º grau (quadros de urgência são incomuns)
• BAV de 2º grau
 – Mobitz tipo I (quadros de urgência são incomuns)
 – Mobitz tipo II
• BAV de 3º grau
Bloqueio de AV de 1º grau
No BAV de 1° grau ocorre um atraso na condução do estímulo entre os átrios 
e os ventrículos, diminuindo a frequência cardíaca, como também a ritimicidade 
do coração. 
8 9
No seu traçado eletrocardiográfico, há prolongamento do intervalo PR, ou seja, 
maior que 0,20 s com constância em seu padrão de anormalidade, ou seja, o 
intervalo PR não se altera entre os batimentos.
Bloqueio AV de 2º grau
O BAV de 2º grau Mobitz tipo I possui as mesmas alterações do BAV de 1° 
grau, porém o intervalo PR possui um aumento progressivo, até que ocorre 
bloqueio, caraterizado por onda P, que não gera QRS (como visto no traçado 
abaixo).
Já no BAV de 2° grau Mobitz tipo II, o intervalo PR é constante, porém haverá 
ondas P que não serão precedidas de QRS, ou seja, não apresentam condução 
atrioventricular. Esse bloqueio é mais avançado que o de 2º grau Mobitz tipo II, 
causando frequentemente baixo débito.
Bloqueios Átrios Ventriculares (BAV)
• Atraso na condução 
através do nódulo 
AV.
• Prolongamento do 
intervalo PR.
• Intervalo entre QRS 
regular.
Aumento progressivo 
do intervalo PR até que 
um QRS não é conduzi-
do (não há contração 
ventricular).
• PR constante an-
tes de QRS não 
conduzido.
• Intervalo entre 
QRS não regular.
10
2.3. Estratificação e tratamento
Estes são os passos a serem realizados durante o atendimento de paciente 
com bradiarritmia:
• Encaminhar o paciente à sala de emergência ou a um local onde seja possível 
monitorização cardíaca contínua. Por exemplo, dentro de ambulância com 
monitor/desfibrilador.
• Imediatamente, a seguinte pergunta deve ser respondida: o paciente está 
instável? 
Veja com prosseguir com o atendimento.
Bloqueio de AV de 3º grau
O BAV de 3° grau (total/completo) é a bradiarritmia mais grave. 
Nesse caso, não há qualquer relação entre a onda P e o complexo QRS, ou seja, 
há bloqueio total na condução atrioventricular. A frequência cardíaca geralmente 
é bastante baixa e o paciente apresenta sintomas de baixo débito, como síncope, 
sudorese e rebaixamento do nível de consciência.
• Dissociação completa da condução atrial e ventricular – não há relação 
entre onda P e complexo QRS.
• Intervalo entre ondas P regular.
• Intervalo entre complexo QRS regular.
• Pacemaker juncional – QRS estreito.
• Pacemaker ventricular – QRSalargado.
• Frequência 30 – 50 bpm.
10 11
12
Manejo Bradiarritmias 
Por meio de exame físico rápido e dirigido, você pode avaliar se há algum 
sinal de instabilidade clínica. O nível de consciência deve ser rapidamente 
avaliado, assim como se deve realizar aferição de pressão arterial, verificação 
de perfusão periférica, ausculta pulmonar e cardíaca e aferição de saturação de 
oxigênio. 
Caso alguma dessas alterações esteja presente, é necessário tentar acelerar a 
frequência cardíaca de forma rápida, evitando deterioração hemodinâmica e 
possivelmente PCR.
12 13
Após o diagnóstico de bradiarritmia, é preciso avaliar se há sinais ou 
sintomas de perfusão inadequada devido à bradicardia (instabilidade 
clínica). 
Se estiver presente, administrar inicialmente atropina 0,5 mg, podendo ser 
repetida até um total de 3 mg, e preparar o marca-passo transcutâneo.
Caso haja elevação de frequência cardíaca com atropina, deixe dopamina ou 
epinefrina em bomba de infusão como alternativa ao marca-passo transcutâneo. 
Caso não haja resposta à atropina, o marca-passo passa a ser prioridade, pois 
provavelmente não haverá resposta à epinefrina ou à dopamina. 
Na falha de resposta à atropina e ausência de marca-passo transcutâneo, a 
dopamina e a epinefrina são as drogas de escolha até que o paciente chegue 
a um serviço de emergência ou até que seja providenciado um marca-passo 
transvenoso.
Se o paciente estiver estável e com perfusão adequada, deve ser removido para 
um serviço de emergência, mantendo-se monitorização, oxigênio e suporte, 
porém não há necessidade de medidas imediatas.
Também é necessário pensar em causas reversíveis e passíveis de tratamento 
(6Hs e 5Ts).
Anotações:
14
Cuidados gerais ao paciente 
portador de marca-passo 
transcutâneo 
• Realizar a tricotomia nos pacientes com muita pilificação (crescimento 
exacerbado de pelos), preferencialmente com aparelho elétrico para evitar 
pequenos cortes que aumentarão a dor e a irritação da pele.
• Realizar limpeza da pele torácica com álcool, visando a remoção de gordura 
cutânea para melhor aderência das placas de eletrodo adesivas, bem como 
diminuir a quantidade de energia necessária.
• Preferencialmente, posicionar o eletrodo anterior à esquerda do esterno e 
o posterior nas costas, diretamente atrás do eletrodo anterior e à esquerda 
da coluna vertebral.
• Fornecer analgesia e/ou sedação, para tornar suportável a dor decorrente 
das contrações musculares da parede torácica.
• Ativar o dispositivo, geralmente, numa frequência inicial de 80 ppm.
• Aumentar gradativamente a corrente, do mínimo até o ponto de captura 
elétrica, para determinar o limiar de estimulação.
• Verificar a resposta hemodinâmica por um pulso (femoral ou carotídeo), 
pelo cateter arterial ou pelo manguito de pressão.
• Programar a saída de corrente com pelo menos o dobro de energia acima 
do limiar de estimulação.
3.
14 15
Os cuidados gerais com o paciente em uso de marca-passo temporário 
transvenoso podem se dividir em duas prioridades.
Primeira prioridade 
Prevenção do deslocamento do cabo-eletrodo e 
controle de infecção, que têm como cuidados:
• Manter o paciente em repouso relativo e 
providenciar a fixação adequada do sistema 
de estimulação (o gerador de pulso deverá 
estar próximo do local de entrada do cabo-
eletrodo).
• Manusear de maneira asséptica todo o 
sistema e não permitir o contato com 
líquidos ou materiais condutores.
• Realizar curativo diariamente sobre o local 
de inserção do cabo-eletrodo.
Segunda linha de prioridade 
Outro cuidado importante a ser tomado nos cuidados gerais com o paciente 
em uso de marca-passo temporário transvenoso é a garantia do adequado 
funcionamento do dispositivo, sendo que o profissional deve:
• Participar da avaliação dos limiares de comando e sensibilidade, mantendo 
margens de segurança adequadas. Geralmente, a estimulação deve ser 
mantida com energia duas a três vezes maior que a do limiar, devido ao 
risco de perda de comando.
• Minimizar o uso de adaptadores e cabos de extensão, pois o comprimento 
adicional e os conectores aumentam o risco de curto-circuito, microchoques, 
falhas de contato e até aumento da resistência, com consequente menor 
entrega de corrente ao coração e possibilidade de perda de comando.
• Manter a monitorização cardíaca do paciente, utilizando apenas um 
instrumento, observando sempre o correto aterramento desse aparelho, 
para evitar fugas de corrente pelo cabo-eletrodo do marca-passo (correntes 
externas, mesmo pequenas, podem induzir fibrilação ventricular).
• Se o paciente necessitar de desfibrilação externa, o marca-passo deve ser 
desligado ou, preferencialmente, ter os cabos-eletrodos desconectados 
dos terminais para evitar dano no aparelho.
• O marca-passo nunca deverá ser desligado abruptamente devido ao risco 
de assistolia. Deve-se diminuir gradualmente a frequência de estimulação, 
observando-se o ritmo cardíaco do paciente.
• Garantir a manutenção periódica do dispositivo (troca de baterias e limpeza 
do dispositivo de acordo com as recomendações do fabricante).
16
4.Taquiarritmias 
As taquiarritmias são alterações provocadas por aumento de impulsos 
elétricos entre átrios e ventrículos decorrentes de automatismo cardíaco, 
atividades deflagradas ou problemas na reentrada.
As taquiarritmias são classificadas em:
• Taquicardia Sinusal;
• Flutter Atrial;
• Fibrilação Atrial;
• Taquicardia Paroxística Supraventricular;
• Taquicardia Ventricular.
E suas causas são:
As causas cardíacas da taquicardia são:
• Alteração na inicialização do impulso - automatismo;
• Pós potenciais tardios ou precoces - atividade deflagrada;
• Anormalidades na condução do impulso - re-entrada (mais comum).
• Doença valvar;
• Doença coronariana;
• HAS;
• Outras cardiomiopatias;
• Miopericardites;
• Pós-operatório cardíaco;
• Neurocardiogênica.
16 17
E as causas não cardíacas da taquicardia são: 
• Álcool;
• Anemia;
• TEP;
• DPOC;
• Hipertireoidismo;
• Pós-operatório;
• SIRS/sepses;
• Drogas;
• Distúrbio metabólico e/ou hidroeletrolítico.
4.1.Taquicardia sinusal
A taquicardia sinusal representa a alteração somente da frequência car-
díaca. 
O intervalo PR se mantém em 0,20 s e o intervalo QRS em 0,12 s. Em sua grande 
maioria, é causa secundária de outras patologias ou estados metabólicos, como 
febre.
A taquicardia sinusal geralmente não é o problema, mas sim a conse-
quência do problema.
18
4.2.Flutter atrial
O flutter atrial é a alteração da frequência cardíaca atrial gerando 
movimentos atriais ectópicos. 
A frequência atrial em vigência está entre 250-350 bpm. Há presença de ondas f, 
ausência de ondas P e complexo QRS estreito.
O traçado abaixo mostra a linha de base com o típico serrilhado do flutter.
• Frequência atrial de 250-350 bpm.
• Serra dentada – ondas f.
• Ausência de ondas P.
• Complexo QRS estreito.
• FC em torno de 150 bpm.
4.3.Fibrilação atrial (FA)
É a arritmia mais comum. Trinta e quatro por cento das admissões por 
arritmias são por FA. 
A frequência atrial vigente é de 350 a 600 bpm; o complexo QRS apresenta-se 
estreitado e há ausência de ondas P.
• Frequência atrial de 350 a 600 bpm.
• Resposta ventricular irregular FC entre: 110 – 150 bpm.
• QRS estreito.
• Ausência de ondas P.
• Arritmia mais comum.
• 34% de admissões por arritmias.
• Aumento progressivo com idade.
• Fator de risco importante para AVC.
18 19
Classificação de fibrilação atrial
A FA pode ser classificada em:
• recorrente – dois ou mais episódios;
• paroxística – resolução espontânea em 7 dias ou menos (maioria em 24 
horas);
• persistente – duração > 7 dias;
• permanente – > 1 ano, falha ou não realização de cardioversão.
Evolução - FA aguda
Na FA aguda ocorre a perda de contração atrial, sincronia mecânica e 
resposta mecânica irregular, aumentando a frequência cardíaca, levando a 
comprometimento hemodinâmico.
Tratamento da FA
Questões a serem respondidas:
• Qual o tipo?
• Tempode instalação?
 – Aguda ou Crônica
20
• Sintomas na apresentação?
 – Estável x Instável
• Retorno para ritmo sinusal
 – Benefício: sim X não 
 – Início da instalação: > 48h <
• Controle da frequência ventricular
• Terapia anticoagulante/antiagregante 
 – Fatores de risco para evento embólico (AVC)
 – Fatores de risco para sangramento
Na FA aguda, ocorre a perda de contração atrial, sincronia mecânica e 
resposta mecânica irregular, aumentando a frequência cardíaca, levando a 
comprometimento hemodinâmico.
O tratamento para a FA deve levar em consideração se é aguda ou crônica.
Se for aguda considere cardioversão elétrica ou reversão química. 
Já se for crônica considere controlar a frequência ventricular, tratar 
da instabilidade hemodinâmica, utilizar terapia anticoagulante e 
antiagregante plaquetário, pois devemos reduzir o risco para AVC.
Arritmia emboligênica:
• O uso contínuo de anticoagulantes é benéfico.
• A reversão da arritmia pode deslocar um trombo e causar evento 
isquêmico a distância, como AVC.
• Só tentar reversão após anticoagular por 3-4 semanas.
• Nas primeiras 24-48 horas de instalação da arritmia, o risco embólico é 
pequeno, mesmo após reversão para ritmo sinusal.
• Pode-se reverter FA aguda sem anticoagular previamente.
• Na dúvida se FA é aguda ou não, você deve considerá-la como FA 
crônica.
20 21
4.4. Taquicardia paroxística 
supraventricular 
A taquicardia paroxística supraventricular apresenta-se normalmente com QRS 
estreito (menor que 0,12 s), ondas P retrógradas e a frequência cardíaca entre 
150-250 bpm. 
O seu traçado eletrocardiográfico demonstra uma alteração acima dos ventrículos, 
normalmente no nó atrioventricular.
• FC: normalmente 
150- 250 bpm.
• QRS estreito, geral-
mente regular.
• Ondas P retrógra-
das e habitualmen-
te não visíveis.
• FC: 120-150 bpm.
• QRS alargado.
• 3 ou mais impul-
sos ventriculares 
consecutivos – TV 
sustentada alto 
risco!
Taquicardia ventricular
A taquicardia ventricular sustentada é a taquicardia comum.
Em sua maioria, possui ausência de onda P, complexo QRS alargado e três ou mais 
impulsos ventriculares consecutivos – apresenta um alto risco de deterioração 
hemodinâmica e evolução para PCR.
4.5.
22
Abordagem da taquiarritmias
Para detecção e classificação das taquiarritmias, você deve seguir os seguintes 
passos:
4.6.
• 1º passo = paciente estável ou instável?
• 2º passo = complexo QRS estreito ou alargado?
• 3º passo = ritmo regular ou irregular?
• 4º passo = se QRS alargado: morfologia é monomórfica ou polimórfica?
22 23
Para o atendimento inicial do paciente apresentando uma taquiarritmia, 
é importante que, no início do tratamento, verifique-se presença de estabilidade 
e/ou instabilidade hemodinâmica. 
Inicialmente, você deve monitorizar o paciente, administrar oxigênio, puncionar 
um acesso venoso calibroso e realizar um ECG com 12 derivações.
• manobra vagal;
• adenosina endovenosa (EV) 6 mg, 1ª dose/12 mg, 2ª e 3ª doses, se 
necessário.
• sedação;
• cardioversão elétrica sincronizada entre 50-100J.
Se estável hemodinamicamente, considere:
Já se houver instabilidade hemodinamicamente, considere:
Anotações:
24
5. Principais medicamentos para 
arritmias cardíacas
Veja a seguir os principais medicamentos utilizados no atendimento aos pacientes 
com arritmias cardíacas. Considere as drogas, suas indicações, dosagens, efeitos 
colaterais, indicações e contraindicações.
DROGAS - Infusão Venosa em Taquiarritimia Supraventricular
DROGAS
Droga
Adenosina - QRS estreito e regular, 
 estável
- QRS estreito e regular, 
 instável (preparando para 
 a cardioversão)
- QRS alargado, monomór-
 fico, regular, estável -> 
 diagnóstico e terapêutico
Indicação
- 6mg, rápido, seguido 
 de 20mL de flush de SF
- repetir 12mg, s/n
Dose
- Hipotensão
- Broncoes-
 pasmo
- Desconforto 
 torácico
Efeito 
Colateral
- CI: asma
- Cuidado em pa-
 ciente com WPW
- Reduzir dose: 
 pós-TX cardíaco,
 uso de carbama-
 zepina, se admi-
 nistração por 
 acesso venoso 
 central
Precaução/
Contra-indica-
ção (CI)
Atenolol - QRS estreito, estável, 
 se não controla FC com 
 adenosina ou manobra va-
 gal, ou se TSPV recorrente
- Controle de Frequência 
 Ventricular em FA ou flutter
- Certas formas de TV poli-
 mórfica (associada a SCA)
- inicial: 5mg, em 5min.
- repetir 5mg após 
 10min.
- Hipotensão
- Bradicardia
- Pode precipi-
 tar ICC
- Evitar:
 - asma
 - DPOC
 - ICC descom-
 pensada
 - FA ou flutter 
 pré-excitató-
 ria
Propanolol - inicial: 0,5 - 1μg em 
 01min
- repetir até dose total 
 de 0,1mg/Kg
- QRS estreito, estável, se 
 não controla FC com ade-
 nosina ou manobra vagal, 
 ou se TSPV recorrente
- Controle de Frequência 
 Ventricular em FA ou flutter
- Certas formas de TV poli-
 mórfica (associada a SCA)
- Hipotensão
- Bradicardia
- Pode precipi-
 tar ICC
- Evitar:
 - asma
 - DPOC
 - ICC descom-
 pensada
 - FA ou flutter 
 pré-excitató-
 ria
Amioda-
rona
- QRS estreito, irregular, 
 estável
- QRS alargado e estável
- Controle de resposta 
 ventricular, devido via 
 acessória em arritmia
 atrial pré-excitatória
- inicial: 150mg em 10min. 
 repetir, se TV recorrer
- manutenção 1mg/min 
 nas primeiras 06 hrs, 
 depois 0,5mg/min
- dose total: em 24 horas 
 não ex-ceder 2,2gr
- Hipotensão
- Bradicardia
- Flebite
- Segura, na
 fase aguda
Digoxina - QRS estreito, regular, 
 estável, se não controla 
 ou reverte arritmia com 
 adenosina ou manobra 
 vagal, ou se TSPV 
 recorrente
- Controle de Frequência 
 Ventricular em FA ou flutter
- 8-12mcg/Kg
- 50% desta dose em 
 5 min., e o restante a 
 cada de 4/4 a 8/8 horas
- Bradicardia - Baixa eficácia
Lidocaína - inicial: 1- 1,5 mg/Kg
- repetir 0,5 - 0,75mg/Kg 
 a cada 5-10min
- dose máxima 3mg/Kg
- manutenção: 
 1 - 4 mg/min
- TV monomórfica estável - Alteração do 
 nível de cons-
 ciência
- Fala arrastada
- Convulsão
- Bradicardia
Infusão Venosa em Taquiarritmia Supraventricular
24 25
 6. Abordagem geral das arritmias
Abordagem Inicial 
Quem se “MOVE” ganha:
• monitor; 
• oxigênio;
• veia = acesso venoso;
• ECG;
• história clínica e exame físico. 
Avaliar:
• ventilação;
• oxigenação;
• pressão arterial;
• frequência cardíaca;
• nível de consciência;
• sinais de perfusão inadequada de órgãos vitais.
A arritmia é causa ou consequência? 
Observação: não trate o monitor ou ECG. Avalie o paciente.
Deve ser avaliado:
• ventilação;
• insuficiência respiratória;
• oxigenação, por meio da oximetria de pulso;
• pressão arterial;
• frequência cardíaca;
• nível de consciência;
• se a arritmia é causa ou consequência.
26
Instável 
 
• Função de órgão vital comprometida, de forma aguda:
 – Alteração aguda do estado mental;
 – Dor no peito tipo anginosa;
 – Dispnéia;
 – Instabilidade hemodinâmica;
 – Sinais de insuficiência cardíaca grave (edema agudo de pulmão).
• Risco iminente de parada cardíaca.
Adote intervenção imediata.
As instabilidades hemodinâmicas são reconhecidas por meio de alterações 
do nível de consciência, dores precordiais, dificuldades respiratórias, alterações 
graves da pressão arterial ou sinais de insuficiências cardíacas graves, como 
edema agudo de pulmão.
Conforme já abordado, se for uma bradiarritmia instável, você deve administrar 
atropina.
26
Conforme já estudado, se for uma bradiarritmia instável, deve-se administrar 
atropina e preparar o marca-passo transcutâneo. Se houver resposta com 
atropina, um vasopressor, como epinefrina ou dopamina, pode ser mantido no 
lugar ou na ausência do marca-passo.
Caso não haja resposta com a atropina, o marca-passo deve ser prontamente 
instalado e iniciado.
Estável ou Sintomático 
 
• A arritmia está causando sintomas, como?
 - Palpitação;
 - Leve desconforto respiratório;
 - Ansiedade;
 - Mal-estar.
• Paciente estável clinicamente, sem risco iminente de vida?
• Decisão terapêutica com mais calma.
Nos quadros sintomáticos,deve-se observar sinais e sintomas como: ansiedade, 
mal-estar geral, palpitações e leve desconforto respiratório. Para esses casos, 
você pode tomar decisões terapêuticas com mais calma e tranquilidade.
O paciente deve ser transferido/removido a um serviço de emergência com 
especialista para tomada de decisão.
28
Anotações:
28 29
Síntese
Neste tema foram revisados os tipos de taquiarritmias e bradiarritmias e seus 
traçados eletrocardiográficos. Você aprendeu sobre os sinais e sintomas de ins-
tabilidade indicativos de que o paciente deve receber tratamento imediato para 
a arritmia, pois está em risco de deterioração hemodinâmica e morte. Viu que 
o uso de drogas e marca-passo transvenoso é indicado nas bradicardias. Estu-
dou as drogas utilizadas nas taquicardias e, por fim, foi revisado a abordagem 
inicial ao paciente com arritmia cardíaca.
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30
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	Marcador 16
	Referências bibliográficas
	Síntese
	Abordagem geral das arritmias
	Abordagem da taquiarritmias
	Taquicardia ventricular
	Taquicardia paroxística 
	Fibrilação atrial (FA)
	Flutter atrial
	Taquicardia sinusal
	Taquiarritmias 
	Cuidados gerais ao paciente 
	Estratificação e tratamento
	Classes de Bradiarritmias
	Causas de bradiarritmias 
	Bradiarritmias
	Definição e tipos de arritmias 
	VoltarSum: 
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