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Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Inflamação © Processo complexo © Resposta a inúmeras agressões © Presente na maioria das doenças © Causa lesão tecidual © Doenças inflamatórias © Reação dos tecidos a um agente agressor caracterizada morfologicamente pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício © Se muito intensa e de forma não modulada, pode causar danos ao organismo © Primeiro, o tecido lesado libera sinais químicos (histamina, prostaglandinas) © Segundo, ocorre casodilatação, aumento da permeabilidade de vaso e diapedese © Terceiro, os neutrófilos fagocitam os microorganismos e os restos de células mortas Introdução © Sinais de inflamação tem sido descritos em papiros egípcios desde 3000 a.C. © Celsius foi o primeiro a citar os quatro sinais cardinais da inflamação: calor, tumor (edema), dor e rubor © A “perda de função” do local inflamado foi acrescentado por Virchow Etapas da inflamação © Reconhecimento do agente lesivo © Recrutamento dos leucócitos © Remoção do agente © Regulação (controle) da resposta © Resolução (reparo) Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Obs.: a inflamação é uma manifestação das respostas imunitárias inata e adaptativa orquestradas por mediadores Histórico © 1794 John Hunter → fez uma das primeiras observações científicas do assunto, ao fazer descrições macroscópicas do processo, sugerindo sua relação com fenômenos circulatórios © No final do século XX → os estudos experimentais progrediram bastante e aceleraram ainda mais após a descoberta do primeiro mediador da inflamação – histamina Agentes inflamatórios © Infecções © Trauma © Necrose tecidual © Corpos estranhos © Reações imunológicas Inflamação – conhecimento © Moléculas envolvidas © Vias de ativação © Mediadores: citocinas (são polipeptídeos produzidos em resposta a microrganismos e outros antígenos, que medeiam e regulam reações imunológicas e inflamatórias); quimiocinas (citocina quimiotáticas/ as quimiocinas recrutam as células de defesa do hospedeiro para os locais de infecção) Momentos da inflamação Fase irritativa © Modificações morfológicas e funcionais dos tecidos agredidos que promovem a liberação de mediadores químicos, estes desencadeantes das demais fases inflamatórias Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Fase vascular © Alterações hemodinâmicas da circulação e de permeabilidade vascular no local da agressão © Vasodilatação → aumento da permeabilidade vascular Fase exsudativa © Característica do processo inflamatório, esse fenômeno compõe- se de exsudato celular e plasmático oriundo do aumento da permeabilidade vascular © Aumento da permeabilidade vascular → transmigração – diapedese © © Estímulos exógenos e endógenos podem causar lesões celulares mediadas por mastócitos, fibroblastos, macrófagos, eosinófilos, basófilos, etc, causando a resposta de defesa = inflamação Fase degenerativa-necrótica/regressivo © Composta por células com alterações degenerativas reversíveis ou não (neste caso, originando um material necrótico), derivadas da ação direta do agente agressor ou das modificações funcionais e anatômicas consequentes das três fases anteriores Fase produtiva-reparativa © Relacionada à característica de hipermetria da inflamação, ou seja, exprime os aumentos de quantidade dos elementos teciduais – principalmente de células – resultado das fases anteriores © Essa hipermetria da reação inflamatória visa destruir o agente agressor e reparar o tecido injuriado Relação entre momentos da inflamação X Sinais cardinais 1. Fenômenos irritativos → dor 2. Fenômenos vasculares → rubor 3. Fenômenos exsudativos → tumor 4. Fenômenos regressivos → calor 5. Fenômenos reparativos → alteração de função Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Cronologia da inflamação Inflamação aguda © Instalação rápida © Duração de até 15 dias © Presença dos sinais cardinais © Prevalecem os fenômenos vasculares e exsudativos © Predomina polimorfonucleares – neutrófilos Inflamação crônica © Longa duração © Instalação lenta © Fenômenos produtivos © Sinais cardinais discreto © Linfócitos e plasmócitos Inflamação sub-aguda © Prevalência de eosinófilos Inflamação aguda © É uma resposta inicial e imediata a um agende agressor © Tem duração curta: minutos, horas ou alguns dias © Característica: exsudação de líquidos e proteínas plasmáticas e emigração de leucócitos (neutrófilos) Fases: 1. Alterações vasculares 2. Alterações da permeabilidade vascular 3. Emigração de leucócitos Alterações vasculares © São alterações do calibre vascular que acarretam um aumento do fluxo sanguíneo no local da inflamação (rubor e calor) Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL 1. Vasoconstrição arteriolar dura alguns segundos e é seguida de vasodilatação 2. Vasodilatação origina a abertura de novos leitos capilares na área inflamada levando a um aumento do fluxo sanguíneo © Obs.: a vasodilatação (hiperemia ativa) é responsável pelo rubor e calor do foco inflamatório Permeabilidade vascular © Alterações estruturais da microvasculatura que permitem que as proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação © A vasodilatação leva auma maior lentidão da corrente circulatória originando um aumento da permeabilidade da microcirculação permitindo a saída de água, eletrólitos, proteínas de baixo e alto peso molecular, fibrina e fibrinogênio para o interstício formando o exsudato (a marca da inflamação aguda) Emigração de leucócitos © Consiste na emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco de lesão Funções dos leucócitos © Ingerir agentes ofensivos © Destruição de bactérias © Degradação do tecido necrótico © Degradação de corpos estranhos © Podem prolongar a inflamação © Podem induzir lesão tecidual por liberação de enzimas, mediadores químicos e radicais tóxicos de oxigênio Migração de leucócitos © Tipicamente, os estímulos ativadores consiste de produtos de micro-organismos (substancias tóxicas liberadas ou por fragmentos microbiano) e substâncias (citocinas) liberadas pelas células mortas no local de infecção © © As células endoteliais nos locais de infecção e de lesão tecidual também são ativadas, principalmente em resposta a citocina secretadas por macrófagos e por outras células teciduais desses locais (histaminas, prostaglandina, cinina, leucotrieno) Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 Período - UNL Etapas da emigração de leucócitos © Na luz do vaso: marginalização, rolagem e aderência © Transmigração através do endotélio (também chamada de diapedese) © Migração nos tecidos intersticiais em direção a um estímulo quimiotático Emigração leucocitária © A medida que a estase se desenvolve observa-se uma orientação periférica dos leucócitos (principalmente neutrófilos) ao longo do endotélio vascular – marginalização leucocitária © Os leucócitos aderem ao endotélio e pouco depois migram através da parede vascular para o interstício © Rolagem → Ativação → Aderência → Transmigração © Apósmigrarem para fora dos vasos os leucócitos são atraídos para o campo inflamatório por um mecanismo de quimiotaxia © No campo inflamatório os leucócitos neutrófilos iniciam o processo de fagocitose, auxiliados pelos macrófagos dos tecidos © Obs.: inflamações específicas e inespecíficas
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