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Doença de Osgood-Schlatter: Causas, Sintomas e Tratamentos

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Doença de Osgood-Schlatter
@_graduandafisioana
Resulta de repetidas lesões e pequenas avulsões na junção ósseo-tendinosa do tendão patelar.
“Seu surgimento coincide com o desenvolvimento do centro secundário de ossificação a partir das repetidas contrações do quadríceps.” (Snider, 200)
Os sinais e sintomas mais evidentes são o aumento de volume da tuberosidade anterior da tíbia acompanhado de dor e edema. 
A queixa mais frequente: a dor no joelho. 
Incidência -> sexo masculino
Faixa etária -> 08 aos 12a, podendo surgir até os 15a.
Jovens que praticam atividades físicas, onde a região muscular solicitada é o quadríceps. (Ex. futebol, salto, balé, dentre outras).
Patogenia
Hipóteses: 
1. Ocorrência de uma isquemia localizada determinando necrose óssea, fragmentação ou microfraturas no núcleo de crescimento da tuberosidade anterior da tíbia.
2. Ocorrência de um estresse traumático por tracionamento constante do tendão patelar provocando lise e fragmentação do tecido ósseo-cartilaginoso local. (SIZÍNIO, 1998)
Fases
· Período de reação inflamatório, tumoração na tuberosidade, com edema e dor de algumas semanas até quatro a seis meses de duração.
· Dores intermitentes com menos edema.
· A fase de cura espontânea e desaparecimento da dor e de restrições das atividades físicas.
As complicações são:
· Avulsão do tendão patelar.
· Fechamento epifisário anterior da tíbia determinando recurvatum do joelho. 
· O quadro geralmente regride ao final da puberdade.
Quadro Clínico
· Dor local;
· Aumento de volume de consistência óssea.
· Leve edema circundante de partes moles;
· Impotência funcional
· Limitação das atividades físicas pela dor.
· Claudicação sendo difícil ocorrer bloqueio articular. (SNIDER, 2000)
Mecanismo de Lesão
Repetidas trações sobre o tubérculo tibial podendo produzir tensão, causando dissolução do osso imaturo, encurtamento do ligamento patelar. (ROCKWOOD,1993)
Genu valgo, pés em pronação e deslocamento para dentro das patelas.
Achados Radiológicos
Projeção radiológica com o joelho em uma ligeira rotação interna. 
Como exame complementar, existe a R.M., onde poderá demonstrar fragmentação ou avulsão da tuberosidade anterior da tíbia, edema do osso medular.
R.M. do joelho. Plano sagital. Nota-se irregularidade da superfície da tuberosidade anterior da tíbia
( TAT), com fragmentação óssea e edema do osso medular subjacente.
Avaliação
Histórico do paciente
Inspeção da tuberosidade anterior da tíbia (TAT). 
Será realizada a palpação do tubérculo, onde costuma apresentar dor, produzida pela flexão máxima da perna e pela extensão forçada contra uma resistência, durante a palpação será notada a presença de edema e fragmentação anterior que levará a deformidade.
Tratamentos
O gelo limita a formação de edema.
O treino de força muscular deve ser iniciado assim que o quadro álgico do paciente estiver estável, bem como os alongamentos.
O tratamento cirúrgico irá ficar restrito os ossículos não unidos com sintomas persistentes, depois que as placas de crescimento se fecharam.
Caso Clínico
Paciente sexo feminino, 11a, estudante, praticante de esporte: futebol, cuja queixa principal foi "dor nos joelhos" e o diagnóstico médico de OSD (joelho D e E), tendo como diagnóstico Fisioterapêutico: Diminuição da potência funcional dos joelhos. Ao exame físico, durante a inspeção a paciente apresentou genovalgo D e E, além de discretos edemas nos joelhos, na palpação: edema e algia à palpação.
Proposta de Tratamento Fisioterapêutico
Os objetivos do tratamento destinaram-se a diminuir o quadro álgico e aumentar o arco de movimento e a conduta inicial foi: crioterapia, ultrassom, cinesioterapia ativa e alongamento.
Na fase avançada: alongamentos, fortalecimento e propriocepção.
Como conduta inicial foi usado gelo durante 20 minutos sobre o tendão patelar. 
Em seguida o ultrassom (pulsátil – frequência 1 Mhz e intensidade 1,2 w/cm, 5 minutos.
Após tais procedimentos foi realizado alongamento passivo manual por 15 minutos. 
Estático nos: ísquios tibiais; reto femoral; tensor da fáscia lata; quadríceps; grácil; tibial anterior e posterior; flexores longos dos dedos e extensores longos dos dedos. 
Alongamentos
1ª Fase
Fortalecimentos Musculares
2ª Fase
Acrescentou-se cinesioterapia ativa assistida com uso de caneleiras de 1Kg e o theraband, objetivando o fortalecimento da musculatura dos membros inferiores e aumentar o arco de movimento, tendo duração de uma semana.
Treino Proprioceptivo
3ª Fase
Realizou-se um trabalho proprioceptivo com balança, cama elástica, cone em circuito, com objetivo de aumentar a mobilidade, estabilidade, coordenação, equilíbrio, amplitude de movimento e força.
4ª Fase
Realizou-se os exercícios anteriores, associando as atividades com bola no trampolim.
Treino funcional
5ª Fase
É a última: corrida na areia para dificultar ainda mais o tratamento e alcançar todos os objetivos.
Como conduta residencial a paciente realiza auto-alongamento, exercícios associados com a bola e colocação de gelo durante 20 minutos com o objetivo de resfriar a área lesionada melhorando o aporte de oxigênio e a circulação.

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