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Propedêutica cirúrgica Câncer de pele ⇒ O câncer de pele é o câncer mais comum no Brasil, representando 33% de todos os diagnósticos de câncer no país. Nesse tipo de câncer ocorre crescimento anormal e desordenado das células que compõem a pele. Existem 3 divisões do câncer de pele: ● Carcinoma espinocelular ● Carcinoma basocelular ● Melanomas ⇒ Importância da radiação UV: O câncer de pele é resultado da exposição frequente ao sol. Isso porque há um efeito cumulativo da luz solar recebida durante toda a vida, que leva ao envelhecimento da pele, presença de rugas, aspereza e pode levar também ao câncer de pele. Existem 3 tipos de radiação UV: ● UVa: A radiação UVa é uma onda de maior comprimento (95% chega ao solo), que varia pouco durante o dia e atinge camadas mais profundas da pele. É a radiação responsável pelo fotoenvelhecimento e a principal radiação que leva ao melanoma. Vale ressaltar também que é essa radiação a responsável pelo “bronzeado”. ● UVb: A radiação UVb é uma onda de menor comprimento (5% chega ao solo), sendo mais intensa das 10 hrs até as 16 hrs. Essa radiação é responsável pelas queimaduras solares e a principal causadora dos CCNM (carcinoma cutâneo não melanoma). É a radiação mais carcinogênica no espectro UV. Atinge até a camada basal da epiderme e começo da derme. ● UVc: Pouco comentada. ⇒ Tipos de câncer de pele: ● Carcinoma basocelular: É o mais prevalente de todos, representando 70% de todos os tipos. Surge nas células basais da epiderme. É um câncer de baixa letalidade e com bom prognóstico quando identificado cedo. É comum em regiões muito expostas ao sol como face, orelhas, couro cabeludo, costas e ombros. A lesão do CBC é do tipo nódulo-ulcerativa, isto é, uma pápula vermelha, brilhosa, com crosta central e que sangra com facilidade. Pode haver telangiectasia arboriforme (presença de finos vasos sanguíneos na superfície da lesão) e coloração perolada. ● Carcinoma espinocelular: É o segundo tipo mais comum de câncer de pele, representando 25% de todos os tipos. Ocorre nas células escamosas (constituem a maior parte das camadas superiores da pele). O CEC é comum em todas as partes do corpo, porém pode-se encontrar com mais frequência em áreas expostas ao sol. Vale destacar que na região do CEC a pele normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, perda da elasticidade e mudança da pigmentação. A principal causa do CEC é a exposição solar, entretanto existem outros agentes causadores, como por exemplo feridas crônicas, exposição a agentes químicos e uso de drogas anti rejeição de órgãos transplantados. A lesão do CEC normalmente tem cor avermelhada e se apresenta como uma ferida descamativa e espessa, que não cicatriza e sangra ocasionalmente, pode lembrar uma verruga. ● Melanomas: É o tipo de câncer de pele menos frequente, entretanto é o de pior prognóstico e o mais mortal. O prognóstico é bom quando a detecção é precoce. As alterações no melanoma ocorrem nos melanócitos. A principal causa é a exposição solar, principalmente a radiação UVa. O melanoma normalmente parece uma pinta ou sinal na pele acastanhado ou enegrecido, pode mudar de cor, tamanho e pode sangrar. Os melanomas costumam surgir em regiões de difícil visualização. Pessoas com pele mais clara (fototipos I e II) têm maior chance de desenvolver um melanoma, vale ressaltar que a hereditariedade exerce papel importante também. ● Em estágios iniciais o melanoma acomete apenas a camada superficial, facilitando a remoção cirúrgica e melhorando o prognóstico. Em estágios mais avançados a lesão é mais profunda e espessa e pode metastatizar. ● Existe um ABCDE do melanoma: ○ A: assimetria → indica malignidade ○ B: Bordas irregulares → indica malignidade ○ C: Coloração: A presença de dois ou mais tons indica malignidade ○ D: Dimensão: Maior que 6 mm → indica malignidade ○ E: Evolução: Cresce e muda de cor → indica malignidade ⇒ Prevenção: ● A principal prevenção para o câncer de pele é evitar a exposição frequente ao sol. Se houver essa exposição, o uso de protetor solar faz-se necessário. O FPS (fator de proteção solar) dos protetores indica o fator de multiplicação para o tempo que a pessoa se expõe ao sol sem causar eritema, por exemplo, uma pessoas que consegue ficar 5 minutos no sol sem produzir eritema, ao usar um protetor solar com FPS 30, consegue ficar 150 minutos no sol sem produzir eritema. ● O uso de bonés, óculos, camisetas e chapéus também é de extrema importância. As barracas de nylon são as que mais absorvem a radiação UV, sendo as mais indicadas. ● Usar protetor solar todos os dias, constantemente, a partir dos seis meses de idade. Sempre estar atento à própria pele. Consultar um dermatologista ao menos uma vez por ano. ● Bronzeamento artificial: proibido pela ANVISA desde 2009 e repudiado pela sociedade brasileira de dermatologia. Resumo feito por: Vinicius José Perri Dias
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