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Resum�: Obturaçã� d� Cana� Radicular O objetivo da obturação é preencher todo o canal sem deixar espaços, sem que a guta percha ultrapasse o forame. É fazer com que aquele canal tenha um bom selamento (finalidade seladora antimicrobiana), sem, em um radiografia, que tenha áreas radiolúcidas, e que apresente um CRT adequado. O produto desse conjunto de objetivos = obturação de sucesso. É também enclausurar as bactérias que possam ter sobrevivido ao preparo químico-mecânico; prevenir a percolação de exsudato apical para o interior dos canais radiculares e a reinfecção do sistema de canais pelas bactérias, criando um meio favorável para o início do processo de reparo. Problemas na Obturação: Percolação: penetração de fluidos infecciosos da região periapical Infiltração: penetração desses fluidos, porém pela coroa Porém, � qu� � � obturaçã�? Obturar significa preencher o canal radicular por toda sua extensão com um material inerte ou anti-séptico, em que haja espaços, isto é, que sele, permanentemente de maneira mais hermética possível, estimulando o processo de reparo apical e periapical. Limite� Anatômic� d� Obturaçã� Macro-Anatomia: faz referência ao canal radicular; essa área é a que eu consigo instrumentar com os instrumentais; Micro-Anatomia: faz referência ao sistema de canais radiculares; essa área eu não consigo instrumentar, apenas agir com substâncias químicas: irrigando ou com medicação intra-canal. Observação: se no momento da obturação a polpa estiver viva = a distância do material ao forame pode ser de 1 a 2 mm aquém; porém se essa polpa estiver morta, essa distância será de 1 mm aquém. E e� qu� moment� irem� real�ar � obturaçã�? Iremos obturar quando o PQC estiver completo; quando houver a ausência de exsudato persistente, de fístula, de sintomatologia e de odor; quando houver a obtenção de culturas negativas. Em dentes com a polpa viva esse momento será realizado em uma única sessão, pois diminui o risco de contaminação, evita traumatismos prolongados e evita fraturas dentárias. Porém, tem alguns fatores que irão influenciar, como: a habilidade técnica do operador, a utilização de instrumentos adequados e o tempo de trabalho. Já em dentes com a polpa morta, iremos realizar esse procedimento em múltiplas sessões, pois temos que ter a neutralização e a remoção de todos os produtos tóxicos de decomposição pulpar, bem como a destruição microbiana. Instrumentais utilizados: espaçadores digitais, calcadores, broca de mcspadden ou guta-condensers. Materiai� Obturadore� Teremos dois tipos de material para obturar: um sólido e um pastoso. O sólido o organismo não consegue reabsorver, já o pastoso sim. Sólidos: Cimentos: -Cones de prata; -Oze; -Cones de Guta-percha; -Hidróxido de Cálcio; -Cones resinosos. -Resinosos; -Ionoméricos; -Silicones; -Biocerâmicos. ➔ Cones de prata: são radiopacos, podem sofrer corrosão e apresenta dificuldade de remoção; ➔ Cones de Guta-Percha: apresenta flexibilidade, possui uma radiopacidade adequada, são solúveis em solventes adequados, possuem biocompatibilidade, são termoplastíficados, e apresentam falta de adesão à dentina. Sua composição se dá pela guta-percha, óxido de zinco, sulfatos metálicos, ceras e resinas. Além de se apresentarem de duas formas cristalizadas: alfa e beta. ➢ Alfa: quebradiça a temperatura ambiente, quando aquecida se torna pegajosa e aderente, apresenta melhor escoamento, sua temperatura de fusão é 65° C. ➢ Beta: é estável e flexível a temperatura ambiente, quando aquecida não apresenta adesividade, apresenta menor escoamento, sua temperatura de fusão é 56° C. Suas propriedades biológicas são: é uma material inerte, pouco tóxico e não alergênico. Suas propriedades físicas são: material impermeável à água, plastifica-se com o calor e pode ser condensada adaptando-se às irregularidades dos canais. Esse material não irá alterar a cor do dente, é radiopaco e pode ser removido do interior do canal se necessário. Restrições: pouca rigidez e facilidade de deslocamento quando se exerce pressão. Os cones de guta-percha se apresentam de diferentes formas: bastões, cones (mestres, acessórios, dentre outros). Vale ressaltar que os cones acessórios não são numerados e sim por letras (XF, FF, MF, F, FM, M). ➔ Cones resinosos: apresentam flexibilidade e radiopacidade adequada, são solúveis em solventes adequados, apresentam biocompatibilidade, são termoplastíficados, e apresentam uma maior adesão à dentina. Ciment� endodôntic� ➔ Reduzem a interface entre os cones de guta-percha e entre estes e a parede do canal; ➔ Tornam a obturação mais homogênea; ➔ Esses cementos terão uma finalidade seladora antimicrobiana (seladora com o objetivo de evitar espaços vazios). Também apresenta uma finalidade biológica (objetivos). E quais são as propriedades desse material? ➔ Fácil inserção no canal; bom tempo de trabalho; bom escoamento; radiopacidade; não manchamento da estrutura dental; adesividade às paredes dentinárias; insolubilidade nos fluidos teciduais e salivares; solubilidade e reabsorção nos tecidos periapicais; impermeabilidade; biocompatibilidade; atividade antimicrobiana. Procediment� Prévi� Supondo que previamente o paciente tenha realizado medicação intra-canal 1. Remoção da medicação intracanal: realizar uma copiosa irrigação com hipoclorito de sódio 1%, utilizar limas finas 3 mm do CRT, e repassar instrumento memória. 2. Preparo da superfície dentinária: realizar PQC e fazer remoção da smear layer (raspas de dentina e esmalte, água, sangue, saliva, colágeno, tecido pulpar, podendo inclusive conter bactérias). Obs: a smear layer deve ser removida, pois ela pode causar possíveis falhas no tratamento endodôntico. Pode gerar permeabilidade às toxinas bacterianas, deixar microorganismos remanescentes, e gerar uma falta de contato do material obturador com as paredes dentinárias. ➔ Realizar irrigação: NaOCl (PQC) - EDTA (1 l- 3min) - NaCLO (PQR) - Soro (prévio a obturação). 3. Secagem do canal: a secagem do canal deve ser feita com cones de papel absorvente (esterilização de fábrica); Obs: enquanto o canal estiver molhado eu não posso obturar. 4. Desinfecção de cones de Guta-percha: substâncias utilizadas = hipoclorito de sódio, clorexidina e glutaraldeído 2%; num tempo de 1, 5 e 10 min Técnica� Obturadora� Seleção do cone mestre: o cone mestre está diretamente relacionado ao instrumento memória. O cone principal sempre deve alcançar o CRT e deve ser colocado de forma passiva (sem deformar). Dificuldad� n� travament� d� con� principa� O cone principal não chega ao CRT - retomar o PQC, instrumento memória e recuos. O cone principal chega ao CRT, mas não trava - aumentar o diâmetro do cone, cortar 0,5 mm da ponta do cone com lâminas de bisturi até que ocorra o travamento.Para esse procedimento, além do bisturi, utilizaremos as réguas calibradas. O cone principal ultrapassa o CRT - refazer o preparo apical e provar o cone novamente ou cortar o cone até promover a adaptação ou utilizar um cone de maior diâmetro. Seleçã� d� con� principa� - Critéri� ➔ Inspeção visual: com a pinça, ir até o ponto de referência; ➔ Inspeção tátil: pincelar/ puxar levemente; ➔ Inspeção radiográfica: cone deve estar um pouco aquém do forame. Ciment� Espatulação - homogenização do cimento obtendo um fio de bala (5 mm); Utilizar bronca lentulo - CRT - 2 mm (penetra e tira). Técnica� Obturadora� Sem Termoplastificação Com termoplastificação -Técnica da condensação lateral; - Técnica de Mcspadden; -Técnica da compressão hidráuli- -Técnica híbrida de Tagger; ca de vertical; -Técnica de Schilder; -Técnica do canal único. - Técnica de ondas contínuas; -Thermafill; -Ultra-sônica. Indicações: cone único e condensação lateral ➔ Canais circulares: incisivo central superior, vestibulares de molares superiores, mesiais de molares inferiores, pré-molares superiores com dois canais. Indicações: condensação lateral ou termoplastificada ➔ Canais ovalados: incisivo lateral superior, canino superior e inferior, platinade molares superiores, distais de molares inferiores, pré-molares superiores com um canal. Condensaçã� Latera� ➔ Seleção do espaçador e cone adequado; ➔ Local de introdução do espaçador; ➔ Profundidade de penetração do espaçador; ➔ Desvantagens: falhas na colocação de cones acessórios e possibilidade de trincas ou fraturas radiculares. Condensação lateral passiva: não utiliza espaçadores digitais, inserção de cones acessórios passivamente no interior do canal radicular até não permitir a sua penetração, excelente qualidade de obturação. Técnic� d� Compressã� Hidráulic� Vertica� Trata-se de uma técnica muito simples e acessível; o principiante, como profissional mais experiente, pode executá-la com proficiência, não exigindo preciosismo individual.
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