Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Centro Federal de Educação Tecnológica C. S. da Fonseca UnED Itaguaí Engenharia de Produção Cálculo a Várias Variáveis Turma 2019-2 Data: 01/10/2019 Prova: P1 Professor: Washington da Silva Aluno:Washington Santos da Silva Santos Silva Nota: Questão 1 – (1.5 pt) Determine o limite de f(x, y, z) quando (x, y, z)→ (0, 0, 0), se existir, ou mostre que este limite não existe, sendo f(x, y, z) = xy + yz2 + xz2 x2 + y2 + z4 . Solução 1. Fazendo y = z = 0, temos f(x, 0, 0) = g(x) = 0 x2 = 0 e segue que g(x) −→ 0 quando x −→ 0 ao longo do eixo x. No entanto, fazendo y = x e z = 0, temos f(x, x, 0) = h(x) = x2 2x2 = 1 2 e segue que h(x) −→ 1 2 quando x −→ 0 ao longo da reta y = x, com z = 0. Portanto, não existe este limite. Questão 2 – (1.5 pt) Um modelo para a área da superfície do corpo humano é dado por S = 72, 09w0,425h0,725, onde w é o peso (em quilogramas), h é a altura (em centímetros) e S é medida em centímetros quadrados. Se os erros nas medidas de w e h forem no máximo de 2%, use diferenciais para estimar a porcentagem de erro máxima na área da superfície calculada. Dicas: (1) a fim de estimar a porcentagem de erro máxima na área da superfície calculada, faça dS S ; (2) faça as contas apenas no final. Solução 2. dS = ∂S ∂w dw + ∂S ∂h dh, onde dw = 2 100 w e dh = 2 100 h 1 Segue que dS = (72, 09)(0, 425)w0,425−1h0,725 2 100 w + (72, 09)(0, 725)w0,425h0,725−1 2 100 h = (72, 09)(0, 425)w0,425w−1h0,725 2 100 w + (72, 09)(0, 725)w0,425h0,725h−1 2 100 h = (72, 09)(0, 425)w0,425h0,725 2 100 + (72, 09)(0, 725)w0,425h0,725 2 100 = 2(0, 425 + 0, 725)(72, 09)w0,425h0,725 100 = (2, 3)(72, 09)w0,425h0,725 100 Então dS S = (2, 3)(72, 09)w0,425h0,725 100 · 1 (72, 09)w0,425h0,725 = 2, 3 100 = 0, 023 Ou seja, a porcentagem de erro máxima na área da superfície calculada é de 2, 3%. Questão 3 – (1.5 pt) A temperatura em um ponto (x, y) é T (x, y), medida em graus Celsius. Um inseto rasteja, de modo que sua posição após t segundos é dada por x = √ 1 + t, y = 2 + 1 3 t, onde x e y são medidos em centímetros. A função da temperatura satisfaz Tx(2, 3) = 4 e Ty(2, 3) = 3. Quão rápido a temperatura aumenta no caminho do inseto depois de três segundos? Solução 3. Usando a regra da cadeia, temos que dT dt = ∂T dx dx dt + ∂T dy dy dt =⇒ dT dt (t = 3) = Tx(2, 3)x ′(3) + Ty(2, 3)y ′(3) onde dx dt = 1 2 √ 1 + t e dy dt = 1 3 (Note que quando t = 3 tem-se x = 2 e y = 3). Segue que dT dt (t = 3) = 4 · 1 2 √ 1 + 3 + 3 · 1 3 = 2 Ou seja, a temperatura aumenta no caminho do inseto depois de três segundos a uma taxa de 2 graus Celsius por segundo. Questão 4 – (1.5 pt) Mostre que o elipsoide 3x2 + 2y2 + z2 = 9 e a esfera x2 + y2 + z2 − 8x − 6y − 8z + 24 = 0 se tangenciam no ponto (1, 1, 2). (Isso significa que eles têm um plano tangente comum nesse ponto.) Solução 4. Observe que basta mostrar que a equação do plano tangente às superfícies de nível 3x2 + 2y2 + z2 = 9 e x2 + y2 + z2 − 8x− 6y − 8z + 24 = 0 no ponto (1, 1, 2) são iguais. Fazendo F (x, y, z) = 3x2 + 2y2 + z2, temos que Fx(x, y, z) = 6x =⇒ Fx(1, 1, 2) = 6; 2 Fy(x, y, z) = 4y =⇒ Fy(1, 1, 2) = 4; Fz(x, y, z) = 2z =⇒ Fz(1, 1, 2) = 4. e segue que Fx(1, 1, 2)(x− 1) + Fy(1, 1, 2)(y − 1) + Fz(1, 1, 2)(z − 2) = 0 ∴ 6(x− 1) + 4(y − 1) + 4(z − 2) = 0 =⇒ 3x+ 2y + 2z − 9 = 0 é a equação do plano tangente à superfície de nível 3x2 + 2y2 + z2 = 9. De modo análogo, fazendo G(x, y, z) = x2 + y2 + z2 − 8x− 6y − 8z + 24 = 0, temos que Gx(x, y, z) = 2x− 8 =⇒ Gx(1, 1, 2) = −6; Gy(x, y, z) = 2y − 6 =⇒ Gy(1, 1, 2) = −4; Gz(x, y, z) = 2z − 8 =⇒ Gz(1, 1, 2) = −4. e segue que Gx(1, 1, 2)(x− 1) +Gy(1, 1, 2)(y − 1) +Gz(1, 1, 2)(z − 2) = 0 ∴ −6(x− 1)− 4(y − 1)− 4(z − 2) = 0 =⇒ 3x+ 2y + 2z − 9 = 0 é a equação do plano tangente à superfície de nível x2 + y2 + z2 − 8x− 6y − 8z + 24 = 0. O que mostra que o elipsoide 3x2 +2y2 + z2 = 9 e a esfera x2 + y2 + z2− 8x− 6y− 8z+24 = 0 se tangenciam no ponto (1, 1, 2). Questão 5 – (2.0 pt) Determine os valores máximo e mínimo absolutos de f(x, y) = x3 − 3x− y3 + 12y no conjunto D, onde D é o quadrilátero no plano xy com vértices (−2, 3), (2, 3), (2, 2) e (−2,−2). Dica: após construir a função f(x, y) considerando cada lado Li do quadrilátero, teste esta função nos extremos do respectivo intervalo (seja em x ou y) e nos pontos críticos desta função, quando for o caso. Solução 5. A região D é representada na figura abaixo. Para determinar os valores máximo e mínimo absolutos de f(x, y) no conjunto D, vamos avaliar o valor de f(x, y) nos seus pontos críticos, no interior da região D, e depois na fronteira. 3 Interior de D fx(x, y) = 3x 2 − 3 = 0 =⇒ x = ±1 e fy(x, y) = 3y2 − 12 = 0 =⇒ y = ±2 Então (−1, 2) e (1, 2) são os pontos críticos de f no interior de D (note que (−1,−2) e (1,−2) não pertencem a D) com f(−1, 2) = 18 e f(1, 2) = 14 Fronteira de D (A) Em L1 temos f(2, y) = h1(y) = 2 + 12y − y3, 2 ≤ y ≤ 3; onde f(2, 2) = 18 e f(2, 3) = 11 Além de avaliar h1(y) nos extremos do intervalo, vamos avaliar h1(y) também no(s) seu(s) ponto(s) crítico(s). Segue que h′1(y) = 12− 3y2 = 0 =⇒ y = 2 Então f(2, 2) = 18 é o máximo e f(2, 3) = 11 é o mínimo em L1. (B) Em L2 temos f(x, 3) = g1(x) = x 3 − 3x+ 9, −2 ≤ y ≤ 2; onde f(−2, 3) = 7 e f(2, 3) = 11 g′1(x) = 3x 2 − 3 = 0 =⇒ x = ±1 com f(−1, 3) = 11 e f(1, 3) = 7 4 Então f(2, 3) = f(−1, 3) = 11 é o máximo e f(−2, 3) = f(1, 3) = 7 é o mínimo em L2. (C) Em L3 temos f(−2, y) = h2(y) = −2+12y− y3, −2 ≤ y ≤ 3; onde f(−2,−2) = −18 e f(−2, 3) = 7 h′2(y) = 12− 3y2 = 0 =⇒ y = ±2 com f(−2, 2) = 14 Então f(−2, 2) = 14 é o máximo e f(−2,−2) = −18 é o mínimo em L3. (D) Em L4 (ou na reta y = x) temos f(x, x) = g2(x) = 9x, −2 ≤ x ≤ 2; onde f(−2,−2) = −18 e f(2, 2) = 18 Então f(2, 2) = 18 é o máximo e f(−2,−2) = −18 é o mínimo em L4. Portanto, comparando os máximos e mínimos no interior de D, em L1, L2, L3 e L4, temos que f(−1, 2) = f(2, 2) = 18 é o máximo absoluto e f(−2,−2) = −18 é o mínimo absoluto em D. Questão 6 – (2.0 pt) Determine os valores extremos de f(x, y) = y2 − x2 sujeita à restrição 1 4 x2 + y2 = 1. Solução 6. Usando o método dos Multiplicadores de Lagrange, devemos resolver o sistema −2x = 1 2 λx (1) 2y = 2λy (2) 1 4 x2 + y2 = 1 (3) De (1) temos que x = 0 ou λ = −4. Daí, substituindo x = 0 em (3) implica y = ±1 e temos os pontos (0,±1) com f(0,±1) = 1. Substituindo λ = −4 em (2) temos 2y = −8y =⇒ y = 0. Daí, substituindo y = 0 em (3) implica x = ±2 e temos os pontos (±2, 0) com f(±2, 0) = −4. Portanto, f(0,±1) = 1 é o valor máximo absoluto e f(±2, 0) = −4 é o valor mínimo absoluto de f(x, y) = y2 − x2 definida na elipse 1 4 x2 + y2 = 1. 5
Compartilhar