Buscar

aula01 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

5
1ºAula
Transformações sociais, 
modelos subjacentes e 
currículo
Caro estudante, estamos iniciando a disciplina “Escola 
e Currículo” e a primeira aula nos leva a refletir sobre as 
transformações sociais, modelos subjacentes e currículo. É 
importante saber que são diversos os enfoques a respeito do 
currículo na educação escolar. A Aula 01 fará com que nos 
aproximemos das definições de alguns estudiosos e permitirá 
termos uma visão das mudanças no entendimento de Currículo 
decorrentes do processo histórico das sociedades. Lembre-se 
Bons estudos!
Fonte: Google imagem, acesso em 20 outubro, 2012.
de que esta Aula foi preparada para que você não 
encontre grandes dificuldades. Contudo, podem 
surgir dúvidas no decorrer dos estudos! Quando isso 
acontecer, anote, acesse a plataforma e utilize as 
ferramentas “quadro de avisos” ou “fórum” para 
interagir com seus colegas de curso ou com seu tutor. 
Sua participação é muito importante e estamos 
preparados para ensinar e aprender com seus 
avanços... Leia com atenção todos os itens sugeridos. 
Se houver dúvidas, releia e busque esclarecê-las nas 
indicações de “Saiba mais”. Trabalharemos juntos 
na construção do conhecimento, sobretudo, procure 
pensar você mesmo.
Boa Aula
101
Escola e Currículo
6
Objetivos de aprendizagem
1 - Transformações sociais.
2 - Breve história dos currículos.
3 - Definições de Currículo.
4 - Estrutura da organização curricular da 
educação básica no Brasil.
5 - Diretrizes Curriculares Nacional
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
Currículo em suas transformações sociais e seus 
modelos subjacentes;
Oculto;
currículo;
currículo;
da educação básica no Brasil. 
Seções de estudo
1 - Transformações sociais
Turma, 
Esta aula foi elaborada com base no material organizado 
pelo Ministério da Educação (MEC) “Indagações sobre 
Currículo” (2008). 
Para saber mais sobre as questões propostas aqui, 
Como elucida Guimarães Rosa (1956), na obra 
“Grande Sertão Veredas”: 
“O senhor… mire, veja: o mais importante e bonito, do 
mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, 
ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre 
vida me ensinou.”
Estamos sempre em processo de transformação, 
mudança. A cada novo passo, escolhemos rumos 
diferentes a seguir. E a palavra Currículo, cuja origem 
vem do latim Curriculum, significa exatamente esse 
percurso, curso, carreira, arte de correr. Significa o 
caminho da vida, o sentido, a rota de uma pessoa ou 
um grupo de pessoas. 
O currículo não é um elemento inocente 
e neutro de transmissão desinteressada 
do conhecimento social. O currículo 
está implicado em relações de poder, 
o currículo transmite visões sociais 
particulares e interessadas, o currículo 
produz identidades individuais e sociais 
particulares. O currículo não é um 
elemento transcendente e atemporal, 
ele tem uma história, vinculada a formas 
da sociedade e da educação (MOREIRA; 
SILVA, 1995, p.8).
Nesse sentido, o currículo estabelece uma 
estreita relação com a cultura na qual ele se organiza. 
O currículo no ambiente educacional decorrerá da 
organização cultural, social, política, econômica 
e educacional de uma determinada sociedade. Os 
conteúdos priorizados na instituição escolar irão ao 
encontro dos interesses de cada sociedade. 
Informação Relevante: Segundo o Dicionário Aurélio, o 
complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das 
instituições, das manifestações, artísticas, intelectuais, etc. 
transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade. O 
conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinado 
campo cultural.
Segundo o Dicionário de Ciência Política, a expressão 
Cultura Política tem sido usada para designar o conjunto 
de atitudes, normas, crenças largamente partilhadas 
pelos membros de uma determinada unidade social e 
tendo como objeto, fenômenos políticos. Compõem a 
Cultura política de certa sociedade os conhecimentos, 
ou, melhor, sua distribuição entre os indivíduos que a 
integram, relativo às instituições, à prática política, às forças 
Para que essa relação fique mais clara, faremos 
agora um retorno ao processo histórico das visões 
de currículo. 
Importa ressaltar que essas visões, por serem 
historicamente situadas em espaços e tempos, 
102
7
revelam as influências políticas, sociais e econômicas 
de cada época. Isso implica em compreender 
o currículo como um processo constituído de 
conflitos e lutas entre diferentes tradições e 
diferentes concepções sociais.
Ao final desta aula você será capaz de refletir 
as transformações sociais, econômicas, políticas e 
culturais que afetam diretamente o ambiente escolar, 
fazendo com que o currículo seja constantemente 
transformado!
2 
Os currículos iniciais nas escolas do antigo 
Egito, da Suméria, da Grécia tinham como eixo 
central a escrita, a matemática e as artes. Da escrita 
ensinava-se a leitura a todos, mas o ato de escrever, 
propriamente dito, ficava reservado às classes 
sociais economicamente favorecidas. Minorias que 
chegavam até a escola permaneciam três anos para 
aprender somente a ler, enquanto as crianças das 
classes dominantes continuavam para aprender a 
escrever. Escravos, que acompanhavam os filhos 
dos senhores à escola, aprendiam a ler para ajudá-
los nos deveres de casa. Na Roma antiga, esses 
escravos eram chamados de pedagogos. 
As artes fizeram parte dos currículos em várias 
civilizações em momentos históricos distintos. 
Na verdade, a música sempre foi um componente 
curricular importante, acompanhada pela literatura, 
as artes visuais, a geometria, o desenho, foram 
componentes curriculares que atravessaram milênios. 
Na antiga Grécia, por exemplo, a música era 
um componente curricular tão importante como 
a leitura e a literatura. Na Idade Média também 
se verifica essa presença. Mesmo no século XX, 
desenho artístico, desenho geométrico, música, 
canto orfeônico, solfejo, faziam parte dos currículos 
de escolas públicas, inclusive no Brasil (MEC, 2008).
Currículo significou tradicionalmente a relação 
de disciplinas e seus conceitos organizados de 
maneira lógica, o que duramente muito tempo foi 
seguido por educadores como sendo a única saída 
para o cumprimento de conteúdos exigidos, de 
acordo com a idade e série dos educandos.
Porém, alguns acontecimentos históricos 
contribuíram para possíveis mudanças e 
consequentemente, melhorias. Essas mudanças partiam 
do modo de pensar do próprio ser humano, ocasionando, 
assim, novos anseios e ações diante da vida.
As primeiras civilizações organizadas foram se 
modificando conforme as necessidades humanas. 
As transformações acontecem quando o homem, 
enquanto ser social passa a pensar de modo diferente. 
Os novos anseios humanos são os condutores de 
mudanças educacionais.
Vejamos alguns fatores que determinaram 
essas transformações:
A Revolução Industrial gerou 
a independência entre homens e 
países, buscando a produção em série 
e o lucro cada vez mais fácil. Outro 
aspecto dessas mudanças foram as 
descobertas científicas, engajadas 
nesse novo jeito de viver, levando à 
geração de novos empregos, estes 
mais especializados.
 A explosão 
d e m og r á f i c a , 
com o aumento 
e concentração 
de pessoas 
(urbanização) na 
cidade em busca 
de oportunidades, 
também foi um 
deles. Por fim, os 
meios de comunicação, que com o avanço de tantas 
tecnologias fornecem informações e ao mesmo 
tempo exige das pessoas uma melhor capacitação.
As transformações decorrentes dos 
acontecimentos políticos, econômicos e sociais de 
cada época, conduziram a mudanças importantes 
no papel da educação escolar e, consequentemente, 
mudanças na estrutura curricular do ensino, pois os 
anseios da sociedade caminharam de acordo com a 
concepção de uma escola que preparasse seus alunos 
para as novas demandas do mercado de trabalho.
Um estudo cuidadoso da história do currículo 
ao longo dos milênios revela que quando falamos 
em formação humana, em incluir a cultura na escola 
não estamos falando emalgo totalmente novo no 
processo de escolarização.
A diferença é que hoje dispomos de muito 
mais conhecimento sobre o desenvolvimento do 
ser humano, notadamente da criança. O avanço nas 
várias áreas do conhecimento que estudam o ser 
humano em toda sua complexidade, principalmente 
na área das neurociências (sobre o funcionamento 
Fonte: https://
www.google.com.
br/imghp?hl=pt-
BR&tab=wi
Fonte: https://www.google.com.br/
imghp?hl=pt-BR&tab=wi
103
Escola e Currículo
8
biológico- cultural do cérebro), é que nos traz hoje 
outra dimensão para o ensino e a aprendizagem. O 
mais inovador é a revelação que ela traz de como 
os conhecimentos sistematizados – seja na área 
dos códigos simbólicos, das ciências ou das artes 
– formam a pessoa, integrando-se à sua identidade 
cultural e a sua personalidade.
O conhecimento torna-se não somente uma 
aquisição individual, mas uma das possibilidades 
de desenvolvimento da pessoa que terá reflexos na 
vida em sociedade. Formar a pessoa para situar-
se, inclusive, como membro de um grupo passa a 
ser, também, um objetivo de uma educação escolar 
voltada para a humanização.
Informação Relevante:
processo pelo qual todo ser humano passa para se apropriar 
das formas humanas de comunicação, para adquirir e 
utilizar os instrumentos culturais necessários para as 
práticas mais comuns da vida cotidiana até para invenção 
de novos instrumentos, para se apropriar do conhecimento 
historicamente constituído e das técnicas para a criação nas 
artes e criação nas ciências. A humanização se refere, assim, 
ao desenvolvimento cultural da espécie. O desenvolvimento 
a humanidade e do quanto cada país participa do acervo 
de cultura, tecnologia, ciências e bens disponíveis a um 
momento dado. Dentro de um mesmo país, a participação 
Esse fato é de maior importância: as comunidades 
humanas são afetadas de alguma forma pelo acervo de 
conhecimentos de todos os seus membros. Ou seja, o 
conhecimento individual de cada um, tem também, uma 
dimensão coletiva. Ele pode, ou não, ser disponibilizado 
para todos, dependendo da concepção de cada um. (está 
Importante!
O conhecimento é um bem comum, devendo, portanto, 
ser socializado a todos os seres humanos. O currículo é o 
instrumento por excelência dessa socialização.
Observamos até o momento que o currículo escolar tem 
sociais e culturais de cada época. Vimos também que a 
aquisição do conhecimento é um bem comum e que por 
isso deve ser socializado. 
Passamos agora para um segundo momento 
de nossas reflexões. Vejamos como tem sido 
conceituado o termo currículo por alguns 
estudiosos da área. 
Iniciaremos com alguns conceitos formulados 
por estudiosos que se dedicam a compreender 
esse termo tão utilizado, porém, às vezes, não 
compreendido de acordo com sua real importância.
3 
Segundo documento do Ministério da 
Educação (2009) quando se fala em currículo, há 
que se considerar o caráter fortemente polissêmico 
da palavra. Ela designa várias coisas: 
próprio caminho; 
ensinado aos alunos;
relativos a uma pessoa (em termos de sua formação, 
experiências, realizações etc.), o que usualmente tem 
sido denominado de curriculum vitæ. 
Assim, podemos afirmar que o currículo é visto 
como um espaço físico, como uma ação, como um 
programa, como um documento e assim por diante.
Vera Maria Candau (2001) cita em sua obra 
alguns conceitos sobre o que seria o currículo, 
atualmente, para alguns autores e estudiosos da área:
“Currículo é tudo que acontece na vida 
de uma criança, na vida de seus pais e 
professor. Tudo que cerca o aluno, em 
todas as horas do dia, constitui matéria 
de currículo” (SPERB, 1982, p.64).
a vida escolar da criança. Um programa 
de ensino só se transforma em currículo 
após as experiências que a criança vive em 
torno do mesmo” (REGO, 1982, p.105).
“Consiste em experiências, por meio 
das quais as crianças alcançam a 
autorrealização e, ao mesmo tempo, 
aprendem a contribuir para a construção 
de melhores comunidades e de um 
melhor futuro” (RAGAN, 1973, p.308).
O currículo é um percurso educacional, 
um conjunto contínuo de situações de 
Fonte: https://
www.google.com.
br/imghp?hl=pt-
BR&tab=wi
104
9
aprendizagem (“learning experiences”) 
às quais um indivíduo vê-se exposto ao 
longo de um dado período, no contexto 
de uma instituição de educação formal. 
Por extensão, a noção designará menos 
um percurso efetivamente cumprido ou 
seguido por alguém do que um percurso 
prescrito para alguém, um programa 
ou um conjunto de programas de 
aprendizagem organizados em cursos 
(FORQUIN, 1993, p. 22).
Candau e Moreira (2007) abordam ainda que as 
diferentes concepções da palavra currículo derivam 
dos diversos modos como a educação é concebida 
historicamente, bem como das influências teóricas 
que a afetam e se fazem hegemônicas em um dado 
momento. Diferentes fatores socioeconômicos, 
políticos e culturais têm contribuído, assim, para 
que currículo seja entendido como: 
(a) os conteúdos a serem ensinados e aprendidos; 
(b) as experiências escolares de aprendizagem a 
serem vividas pelos alunos; 
(c) os planos pedagógicos elaborados por 
professores, escolas e sistemas educacionais; 
(d) os objetivos a serem alcançados por meio 
do processo de ensino;
(e) os processos de avaliação que terminam 
por influir nos conteúdos e nos procedimentos 
selecionados nos diferentes graus da escolarização.
Podemos afirmar que as discussões sobre o 
currículo incorporam, com maior ou menor ênfase, 
discussões sobre os conhecimentos escolares, 
sobre os procedimentos e as relações sociais que 
conformam o cenário em que os conhecimentos se 
ensinam e se aprendem, sobre as transformações 
que desejamos que aconteçam com nossos alunos e 
alunas, sobre os valores que desejamos discutir com 
eles e elas e sobre as identidades que pretendemos 
construir. Discussões sobre conhecimento, verdade, 
poder e identidade marcam, invariavelmente, as 
discussões sobre questões curriculares (SILVA, 
1999, apud, CANDAU; MOREIRA, 2007).
Currículo explícito e currículo oculto
Importa destacar que a palavra currículo 
tem sido também utilizada para indicar efeitos 
alcançados na escola, que não estão explicitados 
nos planos e nas propostas, não sendo sempre, 
por isso, claramente percebidos pela comunidade 
escolar. Trata-se do chamado currículo oculto, 
que envolve, dominantemente, atitudes e valores 
transmitidos, subliminarmente, pelas relações 
sociais e pelas rotinas do cotidiano escolar. Fazem 
parte do currículo oculto, assim, rituais e práticas, 
relações hierárquicas, regras e procedimentos, 
modos de organizar o espaço e o tempo na escola, 
modos de distribuir os alunos por agrupamentos 
e turmas, mensagens implícitas nas falas dos(as) 
professores(as) e nos livros didáticos.
São exemplos de currículo oculto:
(a) A forma como a escola incentiva a criança a chamar a 
(b) A maneira como arrumamos as carteiras na sala de aula 
(c) As visões de família que ainda se encontram em certos 
livros didáticos (restritas ou não à família tradicional de 
classe média). 
Sobre currículo oculto, Forquin (1999, p. 23, 
apud, GOMES; VIEIRA, 2009), explicita que 
este também é denominado de “programa latente”. 
Esse conceito é utilizado para diferenciar o que 
“é explicitamente perseguido pela escola e o que é 
efetivamente realizado pela escolarização enquanto 
desenvolvimento das capacidades ou modificação 
dos comportamentos nos alunos”.
Segundo o autor
O “currículo oculto” designará estas 
coisas que se adquirem na escola (saberes, 
competências, representações, papéis, 
realçam uma “programação ideológica” 
tanto mais imperiosa quanto mais ela 
é oculta, seja porque elas escapam, ao 
contrário, a todo controle institucional 
e cristalizam-se como saberes práticos, 
receitas de “sobrevivência” ou valores de 
Gomes e Vieira (2009) acrescentam ainda a 
respeito do currículo oculto na discussão sobre a 
cultura na escolarização. Sacristán (1999, p. 155) apud 
GOMES; VIEIRA 2009, p.3.225) mencionaque “na 
admissão do currículo oculto existe um dos motivos 
de desestabilização da ideia moderna de cultura na 
escola, fonte de suspeita diante das boas intenções 
declaradas na medida em que tal currículo age, em 
muitos casos claramente, contra as declarações 
bem intencionadas”. O autor informa ainda que 
105
Escola e Currículo
10
“o currículo é uma construção peculiar dentro 
do âmbito escolar, mas não sempre um produto 
construído pela pedagogia ou pela psicologia, como 
às vezes, a crítica à degradação da qualidade do 
ensino quer fazer parecer” (SACRISTÁN, 1999, p. 
156, apud GOMES; VIEIRA, 2009, p.3.226).
vezes não pensamos, podem estar provocando nos alunos? 
práticas de nossa escola, poderíamos estar contribuindo 
para evitar um currículo oculto capaz de oprimir nossos (as) 
estudantes por razões ligadas a classe social, gênero, raça, 
Qualquer que seja a concepção de currículo 
que adotamos, não parece haver dúvidas quanto à 
sua importância no processo educativo escolar. No 
currículo se sistematizam nossos esforços pedagógicos. 
Importa conhecermos sobre a diferença entre 
currículo explícito e currículo oculto, pois a 
escola, além de desenvolver o currículo explícito 
referente à transmissão de conteúdos, além de 
hierarquizar graus escolares e critérios de avaliações 
por mérito, desenvolve, também, o currículo 
oculto que se refere à transmissão de valores e ainda 
à aceitação dessa hierarquia por parte dos alunos. 
Partindo dessas informações, podemos considerar 
que houve no decorrer da história mudanças 
importantes em relação aos conceitos tradicionalmente 
elaborados e defendidos sobre currículo, deixando 
de significar apenas matérias ensinadas na escola e 
ganhando um sentido mais amplo, considerando a 
vida e todo o programa escolar, inclusive atividades 
ocorridas fora da sala de aula e que, certamente, 
contribuem muito para a aprendizagem. 
“O currículo é o coração da escola, o 
espaço central em que todos atuamos, 
o que nos torna, nos diferentes 
níveis do processo educacional, 
responsáveis por sua elaboração” 
(CANDAU; MOREIRA, 2007)
Candau (2000) chama nossa 
atenção para as consequências 
decorrentes do novo conceito de currículo:
vivenciada pela criança. Não considerando livros e 
programas de estudos, considerando o currículo 
como algo desnecessário, devido às experiências 
dos alunos. É importante, porém, considerar a 
qualidade dessas vivências, para que realmente estas 
sejam utilizadas de maneira qualitativa.
programáticos. Claro que cabe ao professor 
selecionar os conteúdos que julgar necessários e 
que contribuam para a aprendizagem, de maneira 
significativa, porém, cabe, também, ao professor, 
conhecer tais necessidades, ou seja, estabelecer 
quais os anseios e a realidade de seus educandos. Os 
relacionamentos, a vivência em sala e fora dela, a 
avaliação, a metodologia são tão importantes como 
o conteúdo a ser abordado.
finalidade de ir ao encontro das capacidades e 
interesses das crianças, tornando-se assim, um 
ambiente especializado de aprendizagem, além de, 
conduzir os educandos ao enriquecimento de suas 
próprias práticas e um a aperfeiçoamento de toda 
a sociedade através da aquisição de informações, 
habilidades e atitudes.
consideração é o fato de que, para a organização 
do currículo, o responsável, (no caso o profissional 
de educação), deve ampliar seus objetivos, não 
limitando-se, pura e simplesmente aos conteúdos mais 
importantes, de acordo com este ou aquele autor, e 
visando, também, à melhoria da vida desses indivíduos.
Perceberam a importância de estudarmos 
sobre currículo?
Os estudos sobre o currículo nos levam a 
descobrir informações imprescindíveis para a 
realização de uma prática educativa mais eficiente e 
comprometedora.
Dimensões que determinam um currículo.
Há três dimensões fundamentais que são 
classificadas da seguinte maneira:
sociedade acredita e defende como valores, conceitos 
dentro de sua cultura. Dessa maneira, a educação 
tem como propósito atender tais concepções.
necessita estar atenta às transformações sociais, que 
ocorrem de maneira rápida, trabalhando de uma 
forma educativa, dinâmica e atual, ou seja, cabe à 
escola, conhecer as influências que seus alunos 
sofrem em todos os aspectos como o familiar, o 
social e o econômico.
cológica: a atenção está 
voltada na busca da compreensão das limitações, 
Fonte: https://www.
google.com.br/
imghp?hl=pt-BR&tab=wi
106
11
das habilidades e potencialidades de cada aluno, 
respeitando cada ritmo de desenvolvimento. 
Encarar o currículo como um conjunto de 
experiências é considerá-lo um planejamento dessas 
experiências vividas e trazidas pelos alunos de uma 
escola. A elaboração de um currículo que seja o mais 
próximo da realidade de seus alunos deve contar 
com a participação de todas as pessoas que direta 
ou indiretamente constituem a comunidade escolar 
como, diretores, coordenadores, professores, pais e, 
claro, os próprios alunos.
Atente-se para a próxima seção!
Vejamos abaixo a estrutura da organização 
curricular da educação básica no Brasil. Dessa 
forma, entenderemos claramente a organização 
curricular das instituições escolares locais.
4 - Estrutura da organização curricular 
As informações contidas nessa Seção foram retiradas do site 
http://portal.mec.gov.br
Segundo o Ministério da Educação (2009) a 
estrutura curricular da educação básica se organiza 
da seguinte forma:
A Educação Infantil
No caso da Educação Infantil, o currículo 
corresponde ao conjunto de experiências culturais 
nas quais se articulam os saberes da experiência, 
da prática (fruto das vivências das crianças) e os 
conhecimentos que fazem parte do patrimônio 
cultural, na perspectiva da formação humana.
Nas Propostas Pedagógicas de Educação 
Infantil, a linguagem e a brincadeira são elementos 
articuladores entre os saberes e os conhecimentos. 
As experiências com a linguagem devem considerar 
o papel central da oralidade, materializada em 
práticas de narrativa que tomam como objeto os 
saberes e os conhecimentos. A brincadeira, como 
experiência de cultura e como forma privilegiada 
de expressão da criança, deve ser vivenciada tanto 
em situações espontâneas quanto planejadas, com e 
sem a intervenção do adulto.
Tais Propostas Pedagógicas devem favorecer 
o acesso aos bens culturais, às práticas culturais, 
ao convívio com a natureza, bem como propiciar 
a ampliação de experiências de aprendizagem, 
mobilizando elementos cognitivos, afetivos e 
sociais. Os eixos com base nos quais os saberes e os 
conhecimentos devem ser trabalhados apresentam 
determinadas especificidades, próprias das crianças 
da Educação Infantil (Kramer, 2009).
formação da criança. O currículo deve favorecer essa prática 
O Ensino Fundamental
No caso do Ensino Fundamental, o currículo 
também corresponde às experiências vividas pelos 
estudantes, nas quais se articulam os saberes que os 
estudantes aprendem na vivência e na convivência 
em suas comunidades com os conhecimentos 
sistematizados que a escola deve lhes tornar 
acessíveis. Assim, qualquer discussão sobre o 
currículo no Ensino Fundamental depara-se sempre 
com duas dificuldades complementares: de um 
lado, conhecer-se o que se costuma denominar “a 
realidade do aluno” e, de outro, conhecer-se o que 
se costuma denominar “saberes escolares” (relativos 
a essa etapa da Educação Básica). Ainda que isso 
seja verdadeiro também para as outras etapas, talvez 
seja justamente no Ensino Fundamental que elas 
pareçam ser mais complexas.
Soma-se a tais dificuldades o fato de que a 
permanência na escola, das crianças e dos jovens, 
em comparação com as demais etapas da Educação 
Básica, é a mais longa.
Assim, é lícito supor que essa seja a etapa que 
mais ampla, profunda e duradouramente deixa suas 
marcas nos sujeitos escolares.
No ensino fundamental devemos estar atentos 
à realidade social, cultural e econômica de cada 
aluno, para assim garantir o direito de todos à 
aprendizagem com qualidade eequidade.
O Ensino Médio
No caso do Ensino Médio, trata-se de reconhecê-
lo como parte de uma etapa da escolarização que 
tem por finalidade o desenvolvimento do indivíduo, 
assegurando-lhe a formação comum indispensável 
107
Escola e Currículo
12
para o exercício da cidadania e fornecendo-lhe os 
meios para progredir no trabalho e em estudos 
posteriores. Conforme se destaca no documento 
Ensino Médio Inovador (Brasil, Ministério da 
Educação, 2009), a identidade do Ensino Médio 
se define na superação do dualismo entre ensino 
propedêutico e ensino profissionalizante. Quer 
se configurar uma referência, para essa etapa, que 
propicie uma identidade unitária, com formas 
diversas e contextualizadas, tendo em vista a 
realidade brasileira.
A formação em uma base unitária implica 
perceber as diversidades do mundo contemporâneo, 
promovendo-se as capacidades de pensar, refletir 
e agir sobre as determinações da vida social e 
produtiva, de forma a se articularem trabalho, 
ciência e cultura, na perspectiva da emancipação 
humana. Os currículos do Ensino Médio deverão 
organizar-se, então, de acordo com o avanço da 
ciência e da tecnologia, elevando-se a cultura a 
um componente da formação geral, associada ao 
trabalho produtivo. “Isso pressupõe a vinculação 
dos conceitos científicos com a prática relacionada 
à contextualização dos fenômenos físicos, químicos 
e biológicos, bem como a superação das dicotomias 
entre humanismo e tecnologia e entre formação 
teórica geral e técnica-instrumental” (Brasil, 
Ministério da Educação, 2009).
Consideradas essas três etapas da Educação 
Básica, pode-se afirmar serem necessárias diretrizes 
e orientações que efetivamente dialoguem com 
o currículo praticado nas escolas e com os 
conhecimentos e saberes dos estudantes. Nas 
recentes reformas educacionais, o currículo tem 
assumido uma posição central: inúmeras têm sido 
as propostas, que acompanham tais reformas, de 
modificar ou atualizar o currículo, conferindo-lhe 
graves responsabilidades na solução dos problemas 
educacionais. Se a perspectiva atual é construir 
outro projeto de educação e de sociedade, é preciso 
começar questionando os padrões universais do 
conhecimento escolar. É preciso abandonar o 
modelo de “currículo padronizado e prescrito”, 
compreendendo-se a escola como espaço de 
pluralidade de saberes e de racionalidades e não 
como um espaço uniforme ou homogêneo. Ao 
mesmo tempo, sem que se pretenda ou se julgue 
possível estabelecer um efetivo controle sobre a 
prática, cabe buscar desenvolvê-la e aperfeiçoá-la 
por meio da oferta de diretrizes curriculares e, ainda, 
por meio de uma articulação nacional que garanta 
apoio técnico e financeiro aos sistemas de ensino e 
às escolas de Educação Básica (MEC, 2009).
A etapa ensino médio deve garantir ao aluno o 
direito à preparação para inserção social e no trabalho. 
Para cada etapa da educação básica o currículo 
deve voltar-se a um enfoque específico. Enquanto 
educadores devemos estar atentos às demandas de 
cada etapa da educação básica, para que assim o 
currículo escolar, o planejamento docente e as ações 
de toda a comunidade escolar estejam realmente 
voltados às necessidades dos alunos.
5 – 
Esta Seção nos fará conhecer o que são as 
Diretrizes Curriculares Nacionais e suas funções. 
As informações abaixo foram retiradas do Portal 
do Ministério da Educação (MEC).
Muita atenção! 
Essas são questões de legislação 
educacional brasileira.
As Diretrizes Curriculares (Resolução CNE/
CEB, de 26/06/1998) constituem um conjunto 
de definições doutrinárias sobre princípios, 
fundamentos e procedimentos a serem observados 
na organização pedagógica e curricular de cada 
unidade escolar integrante dos diversos sistemas de 
ensino, em atendimento ao que manda a lei 9394/96, 
que define as Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. Na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/1996, 
prevê-se, como incumbência da União, estabelecer, 
em colaboração com os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios, competências e diretrizes para a 
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o 
Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus 
conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação 
básica comum.
Assim como no Parecer da Câmara da Educação 
Básica (CEB) nº 15/98, neste documento, diretriz 
é entendida como se referindo tanto a direções 
físicas quanto a indicações para a ação. No primeiro 
caso, corresponde à linha reguladora do traçado de 
um caminho; no segundo caso, como conjunto de 
instruções ou indicações para se formular e levar 
a cabo um plano, uma ação, um procedimento. 
Entendida conforme o primeiro caso, a diretriz é 
mais perene. No segundo, é decorrente de acordo 
108
13
entre partes e, por conseguinte, mais propensa a 
atualizações razoavelmente frequentes.
Naquele Parecer, afirma-se que as diretrizes 
da educação nacional e de seus currículos podem 
ser associadas à linha reguladora do traçado que 
aponta a direção a ser seguida, devendo, assim, ser 
mais duradouras. As diretrizes curriculares para a 
Educação Básica (deliberadas pela CEB/CNE) são 
vistas, ainda no Parecer, como nascidas do dissenso, 
como unificadas pelo diálogo, como não uniformes, 
como não correspondentes à expressão de toda 
uma verdade. Nesse sentido, podem ser traduzidas 
em diferentes propostas curriculares e programas 
de ensino, não constituindo uma forma acabada de 
ser e de pensar.
Cabe, então, ao Conselho Nacional de Educação 
(CNE), no que se refere às Diretrizes Curriculares 
para a Educação Básica, sistematizar os princípios 
e diretrizes gerais constantes da Lei de Diretrizes 
e Bases 9.394/1996; explicitar os desdobramentos 
desses princípios no plano pedagógico e expressá-
los por meio de diretrizes que venham a garantir a 
formação básica comum nacional; e, ainda, dispor 
sobre a organização curricular das diferentes etapas 
Ainda que as diretrizes da educação nacional 
e de seus currículos possam ser vistas como mais 
duradouras, não constituem (nem poderiam 
constituir) uma forma acabada de ser e de pensar. 
No próprio Parecer CEB nº 15/98, afirma-se 
que as diretrizes não são imutáveis, pois no plano 
pedagógico nada encerra (nem poderia encerrar) 
toda a verdade e tudo demanda, sempre, atualização.
Tendo em mente todas as mudanças que se 
vêm tornando mais agudas, rápidas e amplas nos 
últimos anos, seja nas esferas cultural e social, seja 
nas esferas política e econômica, não há como 
aceitar que o panorama educacional se mantenha 
estático, sem responder às rápidas transformações 
que presenciamos e que nos atravessam.
A intenção, nas Diretrizes Curriculares, seria:
renovação das culturas, bem como a sensibilidade 
para necessários esforços para que, nas práticas 
pedagógicas, se possa escolher objetivos, 
conhecimentos, saberes e procedimentos 
oriundos dos grupos subalternizados, excluídos e 
marginalizados, que desestabilizassem os processos 
hegemônicos. Seria abrir espaço para o diálogo 
entre tais elementos marginalizados e a ciência, a 
tecnologia e a cultura dominantes;
prescrição de políticas e de promoção de mudanças 
nos sistemas educacionais. Seria, ainda, favorecer 
o redimensionamento e a promoção de qualidade 
na educação, em um sentido distinto daquele com 
base no qual ela é concebida em termos de eficácia, 
efetividade e obtenção de resultados predefinidos, 
em consonância com os valores do mercado 
(Moreira e Kramer, 2007).
organização curricular em nível nacional.
Cabe ao Conselho Estadual de Educação (CEE): deliberar 
sobre diretrizes curriculares, como base comum nacional 
a ser complementada pelo sistema de ensino, por uma 
sociais e econômicas de natureza regional, acrescentadas 
conforme interesse da demanda de cada estabelecimento 
de ensino.
O C.E.E faz as adequações necessárias, considerando as 
peculiaridades locais, como, por exemplo: 
A Unidade Escolar: elabora o currículo pleno, atendendo 
às possibilidades do estabelecimento e às necessidades e 
características da clientela.
Turma!É indispensável que vocês conheçam diferentes 
termos e seus respectivos significados sobre currículo. 
Vejam:
Currículo Pleno: formado pelos currículos 
das diferentes séries e turmas escolares.
109
Escola e Currículo
14
Guias curriculares: direcionado mais para o 
profissional de educação, como forma de roteiro, 
organizando melhor seu currículo, em que apresenta 
algumas sugestões como: objetivos, conteúdos, 
estratégias, entre outros.
Programa: consiste no detalhamento do 
currículo, considerando as necessidades ou 
especificidades da escola, da sala de aula e do aluno.
Disciplina ou matéria: conhecimento 
específico sobre determinado conteúdo, organizado 
com generalizações próprias para a explicação dos 
fatos que a ele se relacionam.
Área de estudos: determinadas matérias que 
englobam vários conteúdos como, por exemplo: Estudos 
Sociais, abrangendo Geografia, História e outros.
Retomando a aula
1 - Transformações sociais
A palavra Currículo, que vem do latim 
Curriculum, se transforma, conforme os anseios 
sociais e estabelece estreita relação com a cultura na 
qual ele se organiza. No ambiente escolar decorrerá 
da organização cultural, social, política, econômica 
de cada organização social.
 2 - Breve história dos currículos
As primeiras organizações civilizadas pensaram 
o currículo conforme seus anseios sociais e 
culturais. Essa situação permanece até os dias atuais. 
O que percebemos é que o Currículo se modificou 
conforme as transformações e os acontecimentos 
em cada época. Um estudo cuidadoso da história do 
currículo ao longo dos milênios revela que quando 
falamos em formação humana, em incluir a cultura 
na escola não estamos falando em algo totalmente 
novo no processo de escolarização, porém algo 
que vem de longo o tempo. O que modificou é na 
contemporaneidade dispomos de conhecimentos 
cada vez mais avançados nas mais variadas áreas.
3 - Definições de Currículo
Não há uma única definição para currículo, são 
inúmeros os estudos a respeito da temática. Cabe a 
nós conhecermos diferentes opiniões e definirmos 
as definições que realmente se encaixem a nossa 
prática pedagógica. O currículo é visto como um 
espaço físico, como uma ação, como um programa, 
como um documento e assim por diante. Sua 
conceituação é polissêmica. 
O currículo pode ser explícito referente à 
transmissão de conteúdos, ou implícito (oculto) que 
se refere à transmissão de valores e ainda à aceitação 
dessa hierarquia por parte dos alunos.
4 - Estrutura da organização curricular da 
educação básica no Brasil
A educação básica no Brasil é composta por 
três etapas de ensino: educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio. Para cada etapa 
precisamos pensar questões curriculares específicas. 
Com base nas “Diretrizes Curriculares Nacionais”, 
cada ente federativo (estados, municípios) 
tem autonomia para organizar sua estrutura 
organizacional curricular, cabendo aos entes 
federados acrescentar as especificidades regionais 
necessárias em cada currículo escolar.
 5 - Diretrizes Curriculares Nacionais
As Diretrizes Curriculares Nacionais 
constituem um conjunto de definições doutrinárias 
sobre princípios, fundamentos e procedimentos a 
serem observados na organização pedagógica e 
curricular de cada unidade escolar integrante dos 
diversos sistemas de ensino, em atendimento ao 
que manda a lei 9394/96, que define as Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional. Cabe, então, ao 
Conselho Nacional de Educação (CNE), no que se 
refere às Diretrizes Curriculares para a Educação 
Básica, sistematizar os princípios e diretrizes gerais 
constantes da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/1996; 
explicitar os desdobramentos desses princípios 
no plano pedagógico e expressá-los por meio 
de diretrizes que venham a garantir a formação 
básica comum nacional; e, ainda, dispor sobre a 
organização curricular das diferentes etapas da 
110
15
com seus colegas de curso e com seu tutor. 
Temas de Pedagogia - Diálogos 
Entre Didática e Currículo - 2012
José Carlos Libâneo e Nilda 
Alves – Editora Cortez 
w w w. a n p e d . o r g . b r / r e u n i o e s / 2 5 /
textoclaccsosandracorazza.doc
 www.curriculosemfronteiras.org
Vale a pena
Vale a pena ler
Vale a pena acessar
Vale a pena assistir
Fonte: https://
www.google.
com.br/
imghp?hl=pt-
BR&tab=wi
111

Continue navegando