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Estudo de Caso de MICHELE, RESPONDIDA

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1) Michele, aos 18 anos, grávida em avançado estágio gestacional, preocupa-se em adquirir alguns itens básicos do enxoval de seu bebê (como alguns pacotes de fraldas, pomadas, um carrinho de bebê, berço e algumas roupas). No entanto, encontra-se desempregada e suas economias não são suficientes para arcar com os gastos necessários. Márcio, seu vizinho, sabendo de sua premente necessidade de recursos, sugere que Michele faça um bazar de alguns de seus itens pessoais e oferece-se para comprar um relógio antigo que Michele mantinha em casa, herança de sua bisavó, pelo valor de R$ 300,00. A peça sempre foi seu objeto de desejo, e Márcio, que era um colecionador, sabia que estava oferecendo um preço muito abaixo do preço de mercado. Michele, que desconhecia o valor real do objeto e estava desesperada por recursos, aceita o negócio. Quando vai a uma loja de antiguidades em busca de um berço usado, encontra relógio idêntico sendo vendido por R$ 3.000,00. Referido negócio jurídico é nulo ou anulável? Explique.
RESPOSTA: anulável, pois a desproporcionalidade das prestações deveu-se à vontade viciada de Michele, em razão de sua premente necessidade e inexperiência. Tal vício, no entanto, poderá ser sanado se Marcio oferecer suplemento suficiente.
(art. 156, CC). No caso, a situação não é tão grave, mas há há premente necessidade, amoldando-se à figura da lesão do (art. 157 do CC)
O estado de perigo de fato exige o conhecimento da outra parte, já a lesão não, mas o que as diferencia não é apenas isso,como também a gravidade da situação, de modo que a hipótese da questão almoda-se à lesão, visto não envolver a necessidade de se salvar de grave dano.

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