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Grânulos Profa. Dra. Valeria Weiss Universidade de Caxias do Sul Curso de Farmácia • Grânulo e aglomerado: define o agrupamento de pequenas partículas em partículas maiores • Granulação: agrupamento de partículas resultante das forças físicas de atração ou de forças aplicadas, através das quais o material em pó, massa ou solução, é convertido em grânulos de tamanho e forma uniformes GRANULADOS INTRODUÇÃO Tradicionalmente dispensados como: ·Pós a granel uso interno (pouco tóxicos, altas doses: trissilicato de magnésio e carbonato de cálcio, suplementos alimentares e dietéticos; grânulos de metilcelulose 1-4 g/dia -laxante); Pós ou grânulos uso interno (ex. dose única): acondicionados em materiais laminados metálicos e plásticos – pós efervescentes (bicarbonato de sódio e ác. cítrico); ·Pós finos para uso externo ·Antibióticos para serem reconstituídos em xarope antes do uso · Pós para reconstituição em injetáveis · Pós secos para inalação •Maior densidade •Partículas de tamanho mais uniforme e adequado •Melhores qualidades de fluxo •Maior facilidade de acondicionamento •Menor superfície de exposição •Maior segurança para o operador •Doses mais exatas • Pós e grânulos para administração oral possuem maior velocidade de dissolução Vantagem em relação aos pós Como deve ser um granulado??? - o mais regular possível - tamanho de partícula o mais estreito possível - boa fluidez - umidade residual de 3-5% - boa desagregação INTRODUÇÃO Desvantagens · Pós e grânulos a granel são menos convenientes para o paciente · Mascarar gosto desagradável pode ser problemático · Não é conveniente para fármacos potentes de baixa dose INTRODUÇÃO RAZÕES PARA GRANULAÇÃO ·A segregação ocorre primeiramente devido a diferenças no tamanho e densidade dos componentes da mistura (partículas menores e/ou mais densas tendem a se acumular na base). Uma granulação ideal deve conter todos constituintes em proporções corretas nos grânulos e, assim, a segregação não irá ocorrer (Figura 1) 1. Minimizar a Segregação Observação!!! É importante controlar a distribuição do tamanho de partícula dos grânulos: probabilidade de segregação. Máquinas de comprimir e de enchimento de cápsulas operam por volume Ausência de uniformidade de peso em cápsulas e comprimidos com diferentes pesos Densidade= m/v 2. Melhorar as propriedades de fluxo da mistura Muitos pós, devido ao seu tamanho reduzido de partícula, forma irregular ou característica de superfície, são coesivos e não fluem bem. Pós com fluxo ruim resultam em cápsulas e comprimidos com grande variação de peso. Grânulos produzidos destes materiais são maiores e isodiamétricos, o que contribui para melhora do fluxo RAZÕES PARA GRANULAÇÃO 3. Melhorar as características de compressão da mistura grânulos são, geralmente, mais fáceis de comprimir e geram comprimidos menos friáveis e mais duros. Isto está associado a distribuição do aglutinante no grânulo e é função do método empregado para obtenção dos grânulos. Geralmente ocorre migração do soluto durante a fase de secagem resultando em camada externa rica em aglutinante. Isto leva a ligação aglutinante-aglutinante durante a compressão, que reverte a fraca ligação do material. RAZÕES PARA GRANULAÇÃO 4. Outras razões reduz o risco associado à geração de “nuvem tóxica” que pode ocorrer durante a manipulação do material. Pós que são levemente higroscópicos podem aderir e formar uma torta durante o armazenamento. A granulação deve reduzir este risco, pois mesmo o grânulo absorvendo umidade ainda assim mantém suas características de fluxo devido ao tamanho de partícula. Grânulos sendo mais densos ocupam menos volume por unidade de massa (são mais fáceis de armazenar). RAZÕES PARA GRANULAÇÃO MÉTODOS DE GRANULAÇÃO Granulação úmida, a qual usa um líquido na operação · Granulação seca, a qual não utiliza líquido GRANULAÇÃO VIA ÚMIDA Método mais antigo Trabalhoso, manipulação de muitos materiais, muitas operações Aplicado mundialmente: uso universal no passado que mantém produtos consagrados no mercado e novos produtos que não podem ser substituídos pela compressão direta. A granulação úmida junta a mistura de pós secos ao fluido de granulação. O fluido contém um solvente que deve ser volátil e não-tóxico (ex. água, etanol, isopropanol,sozinhos ou combinados). O fluido de granulação pode ser usado sozinho ou, mais comumente, contendo o aglutinante dissolvido A água é usada por razões econômicas e ecológicas. A água possui a desvantagem de afetar a estabilidade de alguns fármacos (hidrólise) e prolonga r o processo de secagem afetando * Solventes orgânicos são usados quando o fármaco é sensível à água ou como alternativa a granulação seca, ou quando se necessita de secagem rápida. * Na granulação úmida tradicional, a massa úmida é forçada através de peneiras produzindo o grânulo úmido que logo será seco. No estágio seguinte, os aglomerados são quebrados, o pó fino é removido e pode ser reciclado. Granulação via úmida: pó é molhado com um solvente e essa massa é passada por uma malha perfurada, obtendo-se grânulos que devem ser secados e tamisados. Vantagens: formação de partículas uniformes melhora das forças de coesão e compressibilidade boas distribuição e uniformidade de conteúdo velocidade de dissolução da s.a pode ser melhorada Desvantagens: custo alto umidade residual- degradações migração de corantes aumento de incompatibilidades Umedecimento dos pós Granulação da massa Secagem Calibração do granulados Via Úmida Fases da Granulação GRANULAÇÃO A SECO Nos métodos de granulação a seco, as partículas pulvéreas primárias são agregadas sob alta pressão, por meio de um dos dois principais processos. No primeiro, são feitos comprimidos grandes (conhecidos como compactos) em máquinas de comprimir resistentes (por meio de um processo chamado de compactaçâo); no segundo, o pó é pressionado entre dois rolos, produzindo uma lâmina de material pulvéreo (compactação em rolo). Em ambos os casos, esses produtos intermediários são triturados, com a utilização de uma técnica de moagem adequada para produzir material granulado, o qual normalmente é tamisado para separar a fração de tamanho requerido. O material fino não utilizado pode ser reaproveitado para evitar perdas no processo O método a seco pode ser usado para fármacos que não apresentam boas características de compressão após o processo de granulação por via úmida ou que são sensíveis à umidade. Consiste em várias operações de compressão e fragmentação e também tamisação Não usa-se solventes e nem calor Utilização de um aglutinante na forma de pó Técnica da granulação a seco Compactação Moagem obtenção de grânulos VIA SECA Procedimento clássico de granulação Subs. Ativa Adj.1 Adj.3 Adj.2 Granulação Secagem Calibração Aglutinante Solvente Malaxação Mistura úmida Mistura Método de granulação: estrutura do grânulo O tipo e a capacidade dos misturadores-granuladores afetam significativamente o trabalho e o tempo necessários para produzir uma massa coesa, com distribuição de líquido e porosidade intragranular adequadas. O método e as condições do processo de granulação afetam a estrutura intragranular e intergranular dos poros dos grânulos, uma vez que o grau de empacotamento entre os últimos é afetado por esses fatores. Sabe-se que os grânulos, resultantes da pré- compressão do fármaco com partículas aglutinantes, permanecem unidos pela formação de pontes simples durante o processo de compressão. • Nos grânulos produzidos a partir de uma massa úmida, as partículas intactas do fármaco mantêm-se unidas por uma matriz esponjosa formada pelo aglutinante. • Os grânulos produzidos em leito fluidizado são semelhantes aos produzidos a partir de uma massa úmida, porém, são mais porosos, e sua superfície é recoberta por um filme de agente aglutinante. • Nossistemas de secagem por aspersão, os grânulos produzidos são esféricos e formados por um núcleo de partículas recoberto por uma camada externa. • Conseqüentemente, as propriedades dos grânulos são afetadas pelo processo deobtenção. Método de granulação: estrutura do grânulo MECANISMOS DE GRANULAÇÃO Ligação de partículas Para formar os grânulos, ligações entre as partículas do pó devem ser formadas e devem possuir força suficiente para suportar subseqüente manipulação Mecanismos de ligação primária entre partículas: Se a quantidade de líquido adicionada ao pó for suficiente para formar uma camada imóvel e bastante fina, haverá uma diminuição efetiva da distância interparticular e um aumento da área de contato entre as partículas. Por isso, a força de ligação entre as partículas será maior, uma vez que as forças de atração de van der Waals são proporcionais, de modo direto, ao diâmetro da partícula e inversamente proporcionais ao quadrado da distância de sua separação. Essa situação surgirá com a umidade adsorvida e deve ser levada em consideração na coesão em pós levemente úmidos. Embora esses filmes imóveis possam estar presentes na forma de líquido residual, após a secagem dos grânulos obtidos pela via úmida, é improvável que contribuam significativamente para a dureza final do grânulo. Forças de adesão e coesão em filmes imóveis * Contudo, na granulação a seco, a pressão utilizada aumentará a área de contato entre as camadas de adsorsão e diminuirá a distância interparticular, contribuindo para a dureza final do granulado. * Soluções muito viscosas de agentes aglutinantes também podem formar camadas finas e imóveis e, nesse caso, a força de ligação será maior do que a produzida pelos filmes móveis, discutidos a seguir. A mucilagem de amido pode ser utilizada para produzir esse tipo de filme no processo de granulação Forças de adesão e coesão em filmes imóveis • Adição de aglutinante formação de pontes entre partículas adjacentes e a força de adesão cresce significativamente 1) agregantes da baixa massa molecular (pontes de um composto heterogêneo • Solução coloidal de macromoléculas Formação de monofilmes secagem • Nodulação • Coesão Ocorrência de fusão plástica na superfície temperatura Forças de Van der Wall’s União temporária Deformação das partículas O líquido adicionado à mistura pulvérea formará um filme ao redor e entre as partículas. Para produzir um filme móvel, geralmente é adicionada uma quantidade de líquido que exceda a necessária à formação de camadas imóveis. Forças interfaciais em filmes líquidos móveis baixos níveis de umidade, as partículas são unidas por uma ponte líquida em forma lenticular, caracterizando o estado pendular. Nesse estado, a adesão ocorre devido às forças de tensão superficial na interface líquido/ar e à pressão de sucção hidrostática nas pontes líquidas. Quando todo o ar interparticular for removido, atinge-se o estado capilar, quando ocorre união das partículas devido à sucção capilar na interface líquido/ar, a qual agora está presente apenas na superfície do grânulo. O estado funicular representa um estágio intermediário entre os estados pendular e capilar. A resistência à tensão dos grânulos úmidos aume nta cerca de três vezes entre os estados pendular e capilar. Forças interfaciais em filmes líquidos móveis O estado do leito pulvéreo é sobretudo dependente do conteúdo total de umidade da massa úmida, mas é possível também alcançar o estado capilar por meio da redução da distância de separação entre as partículas. Na granulação por via úmida, a mistura e a malaxação prolongadas de um material, originalmente no estado pendular, pode levar a um aumento da sua densidade, diminuindo o volume dos poros ocupado pelo ar e produzindo, por fim, um estado funicular ou capilar, sem que ocorra adição de mais líquido. Forças interfaciais em filmes líquidos móveis Estado Goticular: é importante no processo de granulação por secagem por aspersão de uma suspensão. Neste estado, a resistência da gotícula depende sobretudo da tensão superficial do líquido utilizado. As pontes líquidas formadas são estruturas temporárias que, na granulação por via úmida, os grânulos úmidos são metidos a uma secagem posterior. Contudo, essas pontes líquidas são um pré-requisito para formação de pontes sólidas, que podem ser formadas pelo aglutinante presente no líquido ou por substâncias dissolvidas no líquido degranulação. Forças interfaciais em filmes líquidos móveis 1. Fusão parcial Embora o mecanismo de fusão parcial não seja considerado predominante, tratando-se de substâncias de uso farmacêutico, é possível que nos métodos de granulação a seco, nos quais o contato entre as partículas ocorre sob elevadas pressões, possa ocorrer a fusão de substâncias que apresentem baixo ponto de fusão. Quando a pressão é diminuída, ocorre cristalização e, com isso, a união das partículas 2. Consolidação do aglutinante Formação de ligações sólidas, em processos farmacêuticos de granulação por via úmida, que utilizam um aglutinante no solvente de granulação. O solvente formará pontes líquidas, e o aglutinante irá endurecer ou cristalizar durante a secagem, formando pontes sólidas que mantêm as partículas unidas. Ex.: polivinilpirrolidona, derivados de celulose e amido pré-gelatinizado, atuam desta maneira. Pontes sólidas Cristalízação de substâncias dissolvidas Durante a granulação por via úmida, o solvente utilizado para obter a massa úmida pode dissolver, parcialmente, alguma das substâncias pulvéreas. Quando o grânulo é seco, essa substância solidifica, formando ligações sólidas. Algumas substâncias solúveis no líquido de granulação poderão agir dessa forma, como por exemplo, a lactose incorporada em pós secos granulados com água. A velocidade de secagem dos grânulos pode influenciar o tamanho dos cristais produzidos na ponte sólida: quanto mais lento for o processo de secagem, maior será o tamanho da partícula. Por essa razão, é importante que o fármaco não se dissolva no líquido de granulação e recristalize posteriormente, pois a formação de cristais maiores que os usado como material de partida pode afetar de modo adverso a velocidade de dissolução do fármaco. Forças de atração entre partículas sólidas Na ausência de pontes sólidas ou líquidas formadas por agentes aglutinantes, existem dois tipos de força de atração que podem atuar entre as partículas presentes em sistemas farmacêuticos. · As forças eletrostáticas podem ser importantes para a coesão e a formação inicial dos aglomerados durante, por exemplo, a operação de mistura. De modo geral, essas forças não contribuem, contudo, significativamente para a dureza final do granulado. · Pelo contrário, as forças de van der Waals são cerca de quatro vezes maiores que as forças eletrostáticas e contribuem significativamente para a dureza dos grânulos produzidos pelo processo de granulação a seco. A magnitude dessas forças aumenta com a diminuição da distância entre as superfícies adjacentes e, na granulação a seco, isso pode ser obtido mediante a aplicação de uma pressão capaz de forçar as partículas a manterem-se unidas. Granuladores para via úmida Granuladores de cisalhamento No processo de granulação tradicional, a formação da massa úmida geralmente é feita com a utilização de misturadores planetários. A mistura dos pós normalmente é efetivada em uma operação separada, em equipamentos de mistura adequados. Contudo, se a mistura pulvérea for composta de dois ou mais componentes em proporções aproximadamente iguais, é possível misturá- los em misturadores planetários apropriados, em um único estágio. A mistura pulvérea é alimentada no continente do misturador planetário, e o líquido de granulação é adicionado, na medida em que as pás do equipamento misturam os pós. Nesse tipo de equipamento, a ação planetária das lâminas cortantes é semelhante à observadanas batedeiras de uso doméstico. Quando se atinge o ponto final da massa úmida, esta é transferida para um granulador, como o granulador oscilatório. A barra rotatória do granulador oscila, forçando a passagem da massa úmida por um tamis, cujo tamanho de malha determina o tamanho dos grânulos a serem formados. Nesse processo, é importante que a massa esteja suficientemente úmida para que os grânulos formem-se. Se for adicionado líquido em excesso, haverá formação de fios do material a ser granulado e, ao contrário, se a massa não for suficientemente úmida, a passagem pelo tamis levará à formação de pós, sem alcançar a formação de grânulos. Misturadores/granuladores de alta velocidade Este tipo de granulador (p. ex., Diosna, Fielder) é amplamente utilizado em processos farmacêuticos e consiste em um continente de mistura de aço inoxidável, um rotor de três lâminas, o qual promove a mistura no plano horizontal, e um cutelo auxiliar de três lâminas, que promove a mistura tanto no plano vertical quanto no horizontal * Os pós são misturados por ação das lâminas rotatórias. Em seguida, o líquido de granulação é adicionado por uma abertura na tampa do equipamento. A mistura entre o líquido de granulação e a mistura pulvérea ocorre mediante ação das lâminas rotatórias. · A função do cutelo auxiliar, acionados normalmente após a formação da massa úmida, é quebrar tal massa, de modo a produzir um leito de material granular. Após obtenção do granulado material é descarregado sobre um tamis de malha adequada, para desaglomeração, vertendo o preparado para dentro do continente de um secador de leito fluidizado. · A massificação e a granulação são feitas por meio da utilização de um mesmo módulo de equipamento e em tempo relativamente curto. A granulação deve ser controlada, pois ocorre de forma rápida, o que pode fazer com que um granulado apropriado sofra, em pouco tempo, um fenômeno de sobremassificação que o inutilize. O processo é bastante sensível às variações de matéria-prima Granuladores de leito fluidizado O ar, filtrado e aquecido, é insuflado ou succionado por meio do leito de pó ainda não misturado para fluidizar as partículas e misturar os pós. . O líquido de granulação é bombeado de um reservatório até o bocal atomizador, posicionado sobre o leito das partículas e promove a adesão entre as partículas primárias, durante a colisão dos pós e das gotículas. A perda de material da câmara de granulação é evitada mediante o uso de filtros de exaustão, que são periodicamente ventilados para reintroduzir o material coletado no leito de granulação. O líquido é aspergido em quantidade suficiente para produzir granulados de tamanho requerido e, quando se atinge esse ponto, o processo de aspersão cessa, permanecendo somente a insuflação de ar. Os granulados úmidos são secos mediante a insuflação de uma corrente de ar aquecido. Vantagens dos granuladores de leito fluidizado . todo o processo de granulação é realizado em uma só unidade, economizando custos, tempo e perdas de transferência, ao contrário dos métodos convencionais, que utilizam equipamentos separados. · processo pode ser automatizado, uma vez que as condições operacionais determinantes para processo de granulação tenham sido otimizadas. Desvantagens dos granuladores de leito fluidizado - Requerem investimentosi niciais maiores, além da otimização dos parâmetros do processo (e do produto) que afetam a granulação necessitar de estudos de desenvolvimento, não somente durante a fase de desenvolvimento da formulação inicial, mas também para a transferência de escala do nível de desenvolvimento para o de produção. · O processo de desenvolvimento é longo e específico para cada produto, • Existe uma série de parâmetros associados ao equipamento, ao processo e ao produto que afetam a qualidade do granulado final. Isso pode ser exacerbado pelo fato de que a maioria das indústrias farmacêuticas tem uma ampla variedade de produtos, obtidos em lotes relativamente pequenos, ao contrário de outras indústrias (fertilizantes, herbicid as, alimentos), que utilizam extensamente e com sucesso a granulação por leito fluidizado. Secadores por aspersão - o produto granulado seco é obtido a partir de uma solução ou suspensão em vez das partículas pulvéreas primárias. A solução ou suspensão pode ser constituída somente do fármaco, por um único adjuvante ou uma formulação completa · Os grânulos resultantes são esferas ocas, com fluxo livre, cuja distribuição do aglutinante (na periferia, seguido da migração do soluto durante a secagem) resulta em boas propriedades de compactação. · Esse processo pode ser usado para obtenção de granulados destinados à produção de comprimidos, embora isso seja economicamente justificado apenas quando não for possível obter granulados com características adequadas por outros métodos. · Pelo método de secagem por aspersão, é possível converter substâncias duras e elásticas em materiais mais dúcteis. A lactose spray-dried é um exemplo clássico, que possui melhores propriedades de compactação que os cristais de a-lactose monoidratada · As principais vantagens desse método são o curto tempo de secagem e a mínima exposição do produto frente ao calor devido ao pequeno tempo de residência deste na câmara de secagem. Desse modo, a deterioração de substâncias termolábeis é mínima, podendo ser o único processo adequado para tal tipo de substâncias. Granulação a seco Os granuladores a seco promovem a conversão das partículas pulvéreas primárias em grânulos, mediante aplicação de uma pressão. sem o uso intermediário de um líquido. Assim, evita-se a combinação temperatura- aquecimento, que pode causar a degradação do produto. Para a granulação a seco, são necessárias duas peças do equipamento: uma máquina para comprimir o pó seco, formando compactos ou flóculos, e um moinho para quebrar esses produtos intermediários, produzindo grânulos. Equipamentos: Compactadores Os pós secos podem ser comprimidos com a utilização de uma máquina de comprimir convencional ou. geralmente, uma prensa rotatória de maior robustez. Esse processo é conhecido como compactação e os compactos formados no processo (normalmente com 25 mm de diâmetro e 10 a 1 5 mm de comprimento) são também denominados slugs. ·Para fragmentar os compactos, é adequado o uso de um moinho de martelos. Equipamentos: Compactadores Compactadores de rolo A compactação em rolos é um método mais brando, no qual a mistura de pós é comprimida entre dois rolos, formando uma lâmina compacta (Figura a seguir). Essa lâmina em geral é frágil e quebradiça, sendo facilmente reduzida a flóculos. ·Estes flóculos requerem um tratamento brando, para serem quebrados em grânulos, e é comum que isso seja feito apenas mediante a utilização de tamises.
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