Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PATOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Prof. Dr. Valdemiro A. da Silva. Junior ANOMALIAS CONGÊNITAS Circulação Fetal Placenta Sangue Arterial Veia Umbilical Veia Cava Fígado Átrio direito Ventrículo Direito Átrio Esquerdo Tronco pulmonar Pulmão AE VE Ventrículo Esquerdo Aorta Corpo Estruturas vasculares fetais Forame Oval Fossa Oval Ducto arterioso Ligamento arterioso Veia Umbilical Ligamento redondo do fígado Artérias umbilicais Ligamento redondo da Bexiga Úraco Ligamento ventral mediano Anomalias Congênitas Falha no fechamento das comunicações cardiovasculares fetais Falhas no desenvolvimento das válvulas Mau posicionamento de grandes vasos Outras anomalias cardíacas Falhas no fechamento das comunicações cardiovasculares fetais Persistência do ducto arterioso Defeito do septo atrial Defeito do septo ventricular Tetralogia de Fallot Falhas no fechamento das comunicações cardiovasculares fetais Persistência do ducto arterioso Persistência do ducto arterioso Frequente em cães Canal vascular entre as artérias aorta e pulmonar Desvia o sangue dos pulmões durante a vida fetal Não ocorre transformação em ligamento e o sangue continua a fluir pelo canal persistente Persistência do Ducto Arterioso Consequências Sobrecarga VE – hipertrofia excêntrica Hipertensão da artéria pulmonar. Congestão pulmonar Sobrecarga no VD – hipertrofia concêntrica Dilatação AE - Trombos Coração e pulmões de búfalos. Persistência do ducto arterioso. A=Aorta; P=Artéria pulmonar; *Ducto arterioso. Canal arterial patente, coração, cão jovem. Note o canal arterial proeminente (seta) entre a artéria pulmonar (AP) e a aorta (A) nos vasos não dissecados (à esquerda) e dissecados (à direita). (Cortesia do Dr. D.D. Harrington, Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Purdue; e Arkive de Noah, Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Georgia.) FIG.1 – Radiografia Contrastada em cão Srd com 3meses de idade. Observe que o Sulfato de Bário acumulou-se na base do coração (Megaesôfago) onde se encontra a estenose ocasionada pelo ducto aórtico persistente. FIG.2. Persistência do ducto aórtico (seta azul). Dilatação esofagiana cranial devido à estenose do mesmo (seta vermelha) Persistent right aortic arch, ligamentum arteriosum, megaesophagus, calf Defeito do septo atrial Não fechamento do forâmen oval (orifício no septo que comunica os dois átrios que permite o sangue desviar na vida fetal) Resulta de uma anomalia no desenvolvimento do septo. As consequências podem ser as mesmas da persistência do ducto arterioso, mas o defeito pode ocorrer sem manifestações clínicas. Consequências Hipertrofia excêntrica do VD Congestão pulmonar Cianose Defeito de Ostium secundum - Defeito do septo atrial na região da fossa oval. Suíno Defeito do septo ventricular Falha no desenvolvimento do septo ventricular Comunicação entre duas cavidades ventriculares Ocorre em muitas espécies Localização - porção superior membranosa do septo (logo abaixo das válvulas atrioventriculares). Consequências Hipertrofia excêntrica esquerda Hipertrofia concêntrica direita Coração de gato. Defeito de septo interventricular (seta). Cortesia da Dra. Roselene Ecco, UPIS, Brasília, DF Defeito Septal Ventricular (Alto Defeito), Coração, Aberto Lado Esquerdo, Bezerro. Observe a grande abertura na porção basal do septo ventricular (seta) imediatamente abaixo da válvula aórtica pela qual o tubo passou. Aorta; VE, ventrículo esquerdo. (Cortesia do Dr. M.D. McGavin, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade do Tennessee.) Figura 1 – Coração aumentado de tamanho e com aspecto globoso Figura 2 – Presença de uma segunda comunicação da região ventricular esquerda com a artéria aorta (tesoura). Na área localizada no interior do quadrado preto é possível observar o defeito do septo interventricular. No meio do circulo preto há presença de um hematocisto. Defeito do septo ventricular Figura 3 – Alteração apresentada na Figura 2, em diferente posição, para melhor visualização. As setas pretas indicam as válvulas semilunares e o círculo indica o segundo orifício que leva a comunicação com a aorta. A seta branca indica o bordo do orifício interventricular e o quadrado preto indica um hematocisto. Figura 4 – Presença de segunda comunicação da região ventricular esquerda com a artéria aorta (cabo do cefalótomo). A seta preta indica o orifício causado pela falha da formação do septo ventricular. Tetralogia de Fallot Estenose da A. pulmonar Hipertrofia concêntrica do miocárdio do VD Dextroposição da aorta Defeito na abertura entre os septos ventricular direito e esquerdo Tetralogia de Fallot, Coração, Dissecado, Cão. Além do septo ventricular membranoso, a aorta sobreposta (A). Há também estenose pulmonar grave (seta) com hipertrofia ventricular direita maciça. VE, ventrículo esquerdo; VD, ventrículo direito. (Cortesia da Escola de Medicina Veterinária, Purdue University.) Ecocardiografia em modo B – Via de saída do ventrículo esquerdo (VE) em eixo longo paraesternal direito, demonstrando o dextroposicionamento aórtico, o cavalgamento aorto-septal e a comunicação interventricular. AO = aorta; AE = átrio esquerdo, VD = ventrículo direito. Ecocardiografia em modo B – Vista apical quatro câmaras pela janela paraesternal esquerda, mostrando o átrio direito com dimensões aumentadas comparativamente ao átrio esquerdo. AD = átrio direito; AE = átrio esquerdo; VD = ventrículo direito; VE = ventrículo esquerdo. Doppler colorido mostrando o fluxo sanguíneo através da comunicação interventricular (CIV). Falhas no desenvolvimento valvular Estenose Pulmonar Estenose sub-aórtica Hemocistos valvular Linfocistos valvular Displasia da mitral Displasia da tricúspide Figura 2.7 Coração de gato. Ventrículo esquerdo com cordas tendíneas anômalas (seta) associadas à displasia da válvula mitral e dilatação atrial. Reproduzida, com autorização, de Guimaraes et al., 2013. Cistos valvares congênitos - Cistos revestidos de endotélio cheios de sangue na região atrioventricular direita válvula. Pode ser encontrado em todas as válvulas cardíacas . Bezerro natimorto. Figura 2.7 Coração de gato. Ventrículo esquerdo com cordas tendíneas anômalas (seta) associadas à displasia da válvula mitral (ponta de seta) e dilatação atrial. Reproduzida, com autorização, de Guimaraes et al., 2013.(Lima 56) Estenose Pulmonar Frequente em cães Estreitamento do orifício da válvula pulmonar Formação de faixa de tecido fibroso abaixo da válvula Sobrecarga de pressão no VD desenvolve hipertrofia concêntrica Ocorre insuficiência cardíaca direita Estenose Pulmonar, Coração, Artéria Pulmonar, Cão. A, coração fechado e B, coração seccionado. Observe a proeminente hipertrofia concêntrica do ventrículo direito (VD) resultante da sobrecarga de pressão. O orifício da válvula pulmonar (setas) é acentuadamente estreitado. C, Coração seccionado, há dilatação pós-estenótica (D) da artéria pulmonar com espessamento intimal irregular (lesões por jato). (Cortesia Atlantic Veterinary College, Universidade da Ilha Prince Edward.) Estenose Pulmonar Estenose valvular da artéria pulmonar. Dilatação pós-estenótica do tronco-pulmonar (seta), imediatamente distal à estenose valvular da artéria pulmonar. Canino – 1 ano Estenose sub-aórtica Frequente em suínos e cães Tecido subendocárdico mesenquimal com SFA e metaplasia cartilaginosa Localização: abaixo das semilunares aórticas Consequência Hipertrofia concêntrica do VE e insuficiência cardíaca esquerda ESTENOSE AÓRTICA EM UM CÃO DA RAÇA SHIH TZU. RELATO DE CASO. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 2011020 4 Estenose aórtica subvalvular. Estreitamento do fluxo de saída do ventrículo esquerdo por uma placa fibrosa imediatamente abaixo da válvula aórtica. Hipertrofiada parede ventricular esquerda. Dálmata de 8 anos. Persistência do arco aórtico direito Mau posicionamento de grandes vasos Há o desenvolvimento do quarto arco aórtico direito O arco se eleva do lado direito da linha média. O ligamento arterioso forma um anel sobre o esôfago e a traquéia. Obstrução do esôfago (Megaesôfago) Sinais clínicos – vômitos e disfagia. Persistência do Arco Aórtico Anel vascular formado pelo arco aórtico direito, ligamentum arteriosum esquerdo e base do coração. Essa estrutura circunda o esôfago e causa uma estenose do esôfago. Dilatação proeminente do esôfago anterior à estenose. Gato, 6 meses.. Mau posicionamento de grandes vasos Transposição da aorta e da pulmonar Mau posicionamento de grandes vasos Transposição da aorta e da pulmonar Aorta com origem no ventrículo direito Artéria pulmonar originando-se no ventrículo esquerdo Sobrevida em caso de existência de outras anomalias associadas Outras Anomalias Congênitas Coração ectópico (Ectopia cordis) Desenvolvimento congênito do coração fora da cavidade torácica Ocorre esporadicamente em bovinos, pode ser compatível com a vida quando ocorre caudo-ventralmente na região do pescoço. Pectus excavatum ASSOCIATED TO Ectopia cordis IN A NEWBORN CALF Fibroelastose endocárdica Gatos – Raça Siamesa e Burmesa Bezerros e Suínos Proliferação de tecido fibroelástico subendocárdico (VE) Hipertrofia Ventricular (D e E). Insuficiência Cardíaca Fibroelastose Subendocárdica, Coração, Ventrículo Esquerdo, Cachorro. O endocárdio é opaco porque quantidades aumentadas de colágeno e fibras elásticas foram depositadas no subendocárdio devido à turbulência do fluxo sanguíneo dentro dos ventrículos. Este cão apresentava persistência do canal arterial. Esta lesão pode ter uma base hereditária em gatos birmaneses e é frequentemente uma sequela de turbulência nos ventrículos em doenças cardíacas. (Cortesia da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Illinois.) Fibroelastose endocárdica
Compartilhar