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Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA
Sociedade de Pesquisa, Educação e Cultura Dr. Aparício Carvalho de Moraes Ltda.
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 8º PERÍODO
ADRIANA FERREIRA DOS SANTOS
A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO MUNDO
Trabalho acadêmico elaborado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Libras, 
Docente: Profª. Élina Cardoso.
 
PORTO VELHO
2021
Introdução
O presente trabalho busca resgatar de modo suscinta a trajetória da educação de surdos no mundo, desde a Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna até a Idade Contemporânea. Além disso, o mesmo busca destacar os principais responsáveis pela criação da mesma, assim como as primeiras escolas para surdos e mudos no mundo. 
Idade Antiga
Na Roma, acreditavam que os surdos eram pessoas castigadas ou enfeitiçadas. Os surdos eram abandonados e feitos de escravos. Na Grécia, os surdos eram considerados inválidos e um incômodo para sociedade, sendo condenados à morte ou escravizados. No Egito e na Pérsia, os surdos eram considerados criaturas privilegiadas, enviados dos deuses para se comunicar com eles em segredo.
Havia um sentimento humanitário e de respeito. Os surdos eram adorados, no entanto, tinham vida inativa e não eram educados. 470 a. C. O filósofo Heródoto classificava os surdos como “seres castigados pelos deuses”. Sócrates perguntou “suponha que nós não tenhamos voz ou língua, e queiramos indicar objetos um ao outro. Não devíamos nós, como os surdos-mudos, fazer sinais com as mãos, a cabeça e o resto do corpo?
O filósofo Aristóteles acreditava que quando não se falavam, não possuíam linguagem ou pensamento, “de todas as sensações, é a audição que contribui mais para a inteligência e o conhecimento”. 
Idade Média
	Os surdos ainda eram considerados sujeitos estranhos, e, como punição, eram jogados na fogueira. Como eram incapazes de confessar seus pecados, foram proibidos de receber a comunhão e de se casar. Ademais, haviam leis que proibiam os surdos de receber herança e de ter qualquer direito como cidadão. Além disso, em 700 d. C John Beverley ensinou um surdo a falar, pela primeira vez, sendo ele considerado o primeiro educador de surdos.
Idade Moderna
Já na Idade Média, o médico e filósofo Girolamo Cardano (1501-1576) afirmava “a surdez e mudez não é o impedimento para desenvolver a aprendizagem e o meio melhor de um surdo aprender é através da escrita... e que era um crime não instruir um surdo-mudo. Dessa forma, ele utilizava a língua de sinais e a escrita para se comunicar com os surdos. 
	Na Espanha, Pedro Ponce de Leon criou a primeira escola para surdos, no monastério de Valladolid, inicialmente ensinava latim, grego, italiano, conceitos de física e astronomia à dois irmãos surdos. Em 1613, Fray de Melchor Yebra publicou o livre “Refugium infirmorum”, no qual descreve e listra o alfabeto manual.
	Juan Pablo Bonet (1579-1623) no livro “Reduccion de las letras y arte para enseñar e hablar a los mudos” foi o primeiro a falar sobre método oral da educação de surdos.
	Em 1700, Johan Conrad Ammon desenvolveu e publicou o método pedagógico da fala e da leitura labial: “Surdus Laquens”. Em 1755, Samuel Heinicke o “Pai do método alemão”, fundou primeira escola de oralismo puro, em Leipzig. Charles Michel de L’Epée (1712-1789) fundou a primeira escola pública para surdos.
No ano de 1760, Thomas Braidwood fundou a primeira escola para surdos na Inglaterra, na qual ensinava aos surdos os significados das palavras e sua pronúncia. Thomas Braidwood fundou a primeira escola de correção de fala na Europa, em Edimburgo.
Idade Contemporânea
Na idade contemporânea, o francês Pierre Desloges, defensor da língua gestual, foi o primeiro surdo a publicar um livro. Em 1802, nos Estados Unidos, Jean Marc itard afirmava que o ensino de língua de sinais implicava o estímulo de percepção de memória, atenção e sentidos.
Em 1846, Alexander Melville Bell criou o código de símbolos, a “Fala visível” ... na qual, utilizava desenhos dos lábios, garganta, dentes, língua e palato para que os surdos repetissem os movimentos e os sons indicados pelo professor.
Em 1857 foi fundada a primeira escola para surdos no Rio de Janeiro. O Imperial Instituto dos Surdos-Mudos. Em 1864 foi fundada, nos Estados Unidos, a primeira universidade nacional para surdos, a “Universidade Gallaudet”. Entre 1870 e 1890, Alexander Grahan Bell criticava casamento entre pessoas surdas, a cultura surda e as escolas para surdos. Ele era contra a língua de sinais, argumentando que a mesma não propiciava desenvolvimento intelectual.
Em 1875, Flausino José da Gama publicou “Iconografia dos signaes dos Surdos-Mudos”, o primeiro dicionário de libras.
Em 1880, o Congresso Internacional de Surso-Mudez em Milão tinha como principal objetivo substituir a língua de sinais pelo oralismo. A língua de sinais foi proibida, pois destruía a capacidade da fala dos surdos, que seriam apenas preguiçosos para falar. 
Além disso, Vicente Paula Penido Burnier, 1951, após três anos de espera, obteve liberação do Papa para que um surdo se tornasse padre.
No ano de 1957, proibiram o uso de LIBRAS nas salas de aula. Mesmo assim, os estudantes continuaram utilizando-a. 
Em 1961, o brasileiro Jorge Sérgio L. Guimarães publicou o livro “Até onde vai o Surdo”, no qual narra suas experiências de pessoa surda em forma de crônicas. E no ano de 1977 foi criada a Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos (FENEIDA), composta apenas por pessoas ouvintes. Também em 1984 foi criada a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS), em São Paulo.
Em 1987 surge a Federal Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS), como reestruturação da FENEIDA. Em 1997, a Closed Caption (legenda) aparecer primeira vez na televisão brasileira. E em 1999 foi publicada a primeira revista da FENEIS. 
Referências:
MIRANDA, João P. V. VOZ PASSIVA EM LIBRAS? OU OUTRAS ESTRATÉGIAS DE TOPICALIZAÇÃO? Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/16933/1/2014_ . Acesso em: 23 de fev. 2021.
STROBEL, Karin. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS. Disponível em: APRESENTAÇÃO (ufsc.br). Acesso em: 24 de fev. 2021.

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