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Agentes agressores do Sistema Gastrointestinal

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Isabela Alves - @vetgram.i 
 
Objetivo: 
Avaliar as inter-relações dos 
mecanismos de agressão dos agentes 
responsáveis por enfermidades 
infecciosas virais com as 
manifestações clínicas e os recursos 
necessários ao diagnóstico 
laboratoriais. 
Enterites – doenças que afetam o trato 
gastrointestinal. 
Agente agressor: Bactéria – Família 
Enterobacteriaceae: Modelo E. coli. 
Agente agressor: Protozoários 
Intestinais – Giardia, Cystoisospora e 
Eimeria; 
Agente agressor: Helmintos – 
Superfamília Strongyloidea; 
Agente agressor: Helmintos – 
Cestodas; 
Agente agressor: Helmintos – 
Ascarídeos. 
 Vírus 
• Vírus são partículas; 
• Parasitas obrigatórios. 
 
 Reovírus 
Família: Reoviridae 
Spinareovirinae 
• Aquareovirus; 
• Coltivirus; 
• Cypovirus; 
• Dinovernavirus; 
• Fijivirus; 
• Mycoreovirus; 
• Orthoreovirus; 
• Oruzavirus. 
Sedoreovirinae 
• Cardoreovirus; 
• Mimoreovirus; 
• Orbivirus; 
• Phytoreovirus; 
• Rotavirus; 
• Seadornavirus. 
Acometem invertebrados, vertebrados 
e plantas. 
 
Propriedades gerais 
Arquitetura complexa: 1, 2 ou 3 
camadas de capsídeo (muitas 
camadas); 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i 
Não envelopado; 
Possuem 60 a 85 nm de diâmetros; 
Simetria icosaédrica; 
Genoma constituído por RNA de fita 
dupla segmentado (dsRNA) – 
possuem de 10 a 12 segmentos; 
Transcriptase presente nos vírions; 
Replicação no citoplasma da célula 
hospedeira. 
 
 Orthoreovirus 
Mais de um capsídeo; 
Contém características antigênicas, 
moleculares e clínicas distintas dos 
reovírus originais; 
São muito estáveis às condições do 
meio ambiente, a ampla faixa de pH e 
resistentes a solventes de lipídeos; 
São sensíveis à ação da luz 
ultravioleta; 
Difícil de fazer controle ambiental. 
 
De mamíferos: 
As infecções causadas parecem ser 
inaparentes ou subclínicas, pela 
ausência de sinais clínicos (ou seja, o 
animal está infectado, mas não 
adoece); 
Em equinos, há presença de sinais 
clínicos de infecção respiratória, como 
laringite, rinite e tosse. 
Em bovinos, ovinos, suínos, cães e 
gatos a infecção tem sido relatada com 
a presença de diarreia e distúrbios 
respiratórios. 
A taxa de adultos soropositivos é alta 
(em torno de 60 a 80%). 
As infecções por Reovirus em 
humanos está relacionado com 
doenças respiratórias e entéricas, sem 
gravidade. 
- Os sinais clínicos frequentes 
relatados incluem cefaleia, mal-estar, 
tosse e diarreia. 
Tanto em animais quanto em seres 
humanos, infecções bacterianas ou 
secundários podem complicar o 
quadro clínico produzidos pelas 
infecções por reovirus, principalmente 
em hospedeiros jovens. 
Aviário: 
Várias espécies de aves domésticas e 
silvestres são susceptíveis a esse 
vírus, assumindo maior importância 
em galinhas e perus. 
Responsável pela artrite viral. 
Alterações de edemas, necrose, 
dificuldade de locomoção, etc. 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i 
 
 Orbivirus 
 
Três capsídeos. 
Não possui envelope. 
Infectam uma variedade de 
vertebrados, incluindo ruminantes 
domésticos e selvagens, equídeos, 
roedores, morcegos, primatas, 
marsupiais e aves. 
São primariamente transmitidos por 
vetores artrópodes – arbovirose. 
São resistentes a solventes lipídicos e 
sensíveis a desinfetantes a base de 
iodóforos e fenóis. 
Estáveis sob pH entre 6,5 e 8. 
O congelamento pode reduzir até 90% 
a infectividade viral. 
 
 
 Vírus da língua azul (BTV) 
Arbovírus 
É transmitido por picada de mosquito 
(Culicoides ou “mosquito pólvora). 
Doença infecciosa, não contagiosa, 
que afeta ovinos, caprinos, bovinos, 
cervídeos e outros herbívoros. 
Doença de notificação obrigatória 
segundo a Organização Mundial de 
Saúde Animal (OMSA/OIE). 
Amplamente distribuída nas áreas 
tropicais e subtropicais em todos os 
continentes. 
Apenas as fêmeas dos mosquitos são 
hematófagas. 
Após o repasto, o vírus se multiplica 
nas glândulas salivares e em tecidos 
intestinais do inseto. Assim pode ser 
transmitido a um novo hospedeiro 
quando se alimentar novamente. 
Nos ovinos e caprinos a viremia dura 
em média 28 a 41 dias. 
Nos bovinos pode persistir por mais de 
100 dias. 
 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i 
Os sinais clínicos quando aparecem, 
tanto nos animais domésticos como 
nos selvagens, incluem uma resposta 
febril caracterizada por inflamação e 
congestão, edema e hemorragias 
faciais e ulceração das membranas 
mucosas. 
Em casos graves a língua pode 
apresentar hiperemia intensa e tornar-
se edematosa e protuberante e em 
casos severos pode ficar cianótica. 
 
 Diagnóstico 
Sinais clínicos. 
Diagnóstico sorológico: IDGA e ELISA. 
Inoculação em ovos embrionados, 
seguidos do cultivo em células BHK. 
Baço, medula, coração e linfonodos 
mesentéricos são os tecidos de 
escolha a serem coletados em animais 
submetidos à necrópsia. 
 
Imunodifusão – teste sorológico que 
tem como objetivo, observar a difusão 
do 
anticorpo 
em 
direção ao 
antígeno 
quando 
positivo. 
 
 
 
 Controle e profilaxia 
Controle dos vetores com inseticidas. 
Sacrifício dos animais infectados 
seguida de desinfecção rigorosa. 
Controle de movimento de animais. 
Separação de ovinos e bovinos, 
reduzindo a possibilidade dos vetores 
disseminarem a infecção entre essas 
espécies. 
Regras rígidas de importação e 
quarentena, acompanhado de 2 a 3 
testes sorológicos. 
Vacinas virais atenuadas. 
Vacinas polivalentes. 
Em todos os países onde são 
utilizadas as vacinas, apenas os 
ovinos tem sido vacinados. 
No Brasil não existem vacinas 
disponíveis. 
 Rotavirus 
 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i 
Um dos principais vírus entéricos. 
Acomete aves, humanos, mamíferos 
não humanos e principalmente filhotes. 
As infecções agudas são, com 
frequência, acompanhadas de diarreia, 
desidratação, desequilíbrio eletrolítico 
e acidose. 
Provocam sinais clínicos somente 
quando acometem animais jovens. 
Em adultos, a infecção é assintomática 
– podem ser portadores e 
transmissores do vírus para indivíduos 
jovens da mesma espécie. 
Dependendo da virulência da cepa 
infectante, do grau da resposta imune 
do hospedeiro e da idade, algumas 
infecções em adultos podem ser 
acompanhadas de diarreia. 
Produzem perdas econômicas 
consideráveis. 
É o principal agente etiológico do 
complexo “diarreia neonatal bovina e 
suína”. 
 Patogenia e sinal clínico 
Realizam seu ciclo replicativo no 
interior, culminando com a lise e 
descamação do epitélio intestinal e 
posterior infecção de novos 
enterócitos. 
Como eles também possuem atividade 
enzimática, com sua lise há deficiência 
de enzima lactase, com consequente 
falha na digestão da lactose. 
Associada com a má absorção, a 
lactose não digerida entra em 
fermentação por ação de bactérias, 
intensificando a diarreia por aumento 
da P. osmótica na luz intestinal. 
Infecção por rotavírus – “curso branco” 
– presença de leite não digerido nas 
fezes diarreicas. 
A transmissão do rotavírus ocorre 
principalmente pela via fecal-oral, por 
meio de partículas virais. 
Possuem tropismo por células do ID. 
A diarreia ocasionada também é 
conhecida como diarreia por má 
absorção. 
 Diagnóstico 
Exame laboratorial: incluem fezes e 
conteúdo intestinal. 
A ME é muito eficiente na detecção do 
vírus, uma vez que a morfologia típica 
do rotavírus permite sua identificação 
sem a necessidade do uso do soro 
hiperimune (imunomicroscopia 
eletrônica). 
Os testes imunoenzimáticos (ELIZA) 
são um dos métodos mais utilizados 
no diagnóstico da rotavirose animal. 
O isolamento viral em cultivo celular. 
 
 Controle e profilaxia 
Isolamento dos animais infectados. 
Criação de animais de faixas etárias 
uniformes. 
Desinfecção de instalações:Éter, clorofórmico – resiste. 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i 
Formol, cloro, glutaraldeido, etanol 
95% - sensível. 
Rodízio de piquetes de parições em 
rebanhos bovinos de criação 
extensiva. 
Nos mamíferos domésticos, os Ac. 
Rotavírus – específicos podem 
prevenir a incidência da doença nos 
neonatos ou reduzir a gravidade da 
diarreia. 
Preconiza-se a vacinação das fêmeas 
gestantes com vacinas inativadas para 
garantir altos títulos de anticorpos 
específicos no colostro. 
Administrar uma dose punica (2 ml) 
para cada gestação, entre a 12ª e 3ª 
semana que antecedam a data 
prevista para cada parto. 
 
 
 Parvoviridae 
Pequenos, não envelopados, 
icosaédricos, de DNA. 
Afinidade por células em rápida divisão 
sob ativa síntese de DNA. 
São espécie-específicos. 
Infectam grande variedade de células 
do hospedeiro. 
 
Subfamílias 
Parvovirinae 
• Amdoparvovirus; 
• Aveparvovirus; 
• Bocaparvovirus; 
• Copiparvovirus; 
• Erythroparvovirus; 
• Dependoparvovirus; 
• Protoparvovírus; 
• Tetraparvovírus. 
Desovirinae 
• Ambidensovirus; 
• Iteravirus; 
• Brevidensovirus; 
• Hepandesovirus; 
• Penstyldensovirus. 
 Replicação 
Infecções por Parvovírus afetam 
preferencialmente órgãos que 
apresentam células em multiplicação: 
✓ Medula óssea; 
✓ Células embrionárias; 
✓ Epitélio intestinal (Criptas). 
Dependência de células na fase S do 
ciclo celular ou em divisão para a sua 
replicação. 
Dependoporvovírus (4,5Kb) dependem 
da infecção conjuntiva com outros 
vírus (adeno ou herpes) para 
completar seu ciclo replicativo. 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i 
 
Parvovírus autônomos: infecção em 
células em atividade miótica e 
replicação do genoma no núcleo 
celular. 
 
 Evolução 
 
 Parvovírus Felino (FPV) 
Panleucopenia felina é uma doença 
viral (FPV). 
Afeta felídeos domésticos e selvagens, 
além de visons e guaxinins. 
Frequentemente observada em gatos 
não vacinados: 
Gatis; 
75% dos gatos com 1 ano 
(clinicamente saudáveis) tem 
anticorpos anti-FPV; 
Infecção geralmente subclínica. 
 Parvovírus Canino (CPV) 
Parvovirose canina: causa de diarreia 
de origem infecciosa em cães com 
idade inferior a seis meses. 
Proteção dos cães: 
Vacinação adequada (principalmente 
em gestantes); 
Acesso restrito a rua. 
Raças mais frágeis: 
Labrador, Pastor-Alemão, Rotevailler, 
etc. 
 Patogênese (FPV e CPV) 
Células com alto potencial mitótico: 
CPV: Coração – miocardite. 
FPV: Cerebelo – Hipoplasia cerebelar 
(ataxia). 
 
Animais já na sexta semana de vida, 
até o sexto mês, costumam apresentar 
alterações intestinais (enterites). 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i 
 
Atentar para infecções secundárias 
bacterianas. 
 Diagnóstico (FPV e CPV) 
Testes rápidos – avaliam a presença 
de anticorpos. 
Amostra clínica (fezes). 
Métodos diretos (detecção do vírus). 
 
Exemplos: 
 
 Tratamento (FPV e CPV) 
Tratamento de suporte: 
Não existem antivirais específicos; 
Manutenção do equilíbrio hídrico e 
eletrolítico, com redução de perdas 
líquidas por vômito e diarreia; 
Combate às infecções bacterianas 
secundárias; 
Isolamento dos animais doentes; 
Limpeza do local e desinfecção com 
hipoclorito. 
Vacinas: 
V8: 
• Cinomose; 
• Hepatite; 
• Parvovirose; 
• Leptospirose; 
• Andenovirose; 
• Coronavirose; 
• Parainfluenza. 
V3: 
• Panleucopenia; 
• Rinotraqueíte; 
• Calicivirose. 
 
 Coronaviridae 
Vírus envelopado. 
Estruturas proteicas ligantes 
chamadas Spike protein. 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i 
Ela que vai se ligar a célula do 
hospedeiro e faz a adsorção. 
Vírus de RNA. 
RNA de fita simples e esféricos. 
Causa doença entérica. 
Coravirinae: 
• Alphacoronavirus; 
• Betacoronavirus; 
• Gammacoronavirus; 
• Deltacoronavirus. 
Torovirinae: 
• Bafinivirus; 
• Torovirus. 
 
 Coronavírus 
Canino – CcoV 
Infecta células do intestino. 
Felino 
FCoV – enterites; 
FIPV – peritonite. 
 Coronavírus canino 
Apoptose de células do intestino 
delgado; 
Diarreia, vômito, anorexia; 
Complicações quando ocorre co-
infecção com Parvovírus; 
Período de incubação – 1 a 3 dias; 
Altamente contagiosa – fezes. 
 Coronavírus felino 
Causa a periotonite infecciosa felina 
(PIF); 
Colônias de alta densidade: 
90% gatos de colônias – 5% - 20% 
apresentam clínica; 
30% gatos únicos. 
Gato entre 3 meses e 3 anos; 
Via de transmissão feco-oral (outras 
secreções?); 
Avaliar co-infecção por Feline 
leucemia vírus (FeLV) e Feline 
immunodeciency vírus (FIV). 
 Apresentação clínica 
PIF efusiva ou úmida. 
Vasculite. 
• Efusões; 
• Ascite; 
• Pericárdica; 
• Pleural; 
• Escrotal. 
 
PFI seca ou não-efusiva 
Lesões piogranulomatosas 
• SNC; 
• Olhos; 
• Órgãos parenquimatosos. 
 
 Isabela Alves - @vetgram.i 
Quadros neurológicos: 
Meningoencefalite não-supurativa. 
Alterações: 
• Nistagmo; 
• Head Tilt; 
• Paralisia facial; 
• Tremor de intenção; 
• Hipermetria; 
• Dismetria; 
• Convulsões; 
• Andar compulsivo; 
• Andar em círculos; 
• Head pressing; 
• Alterações de comportamento; 
• Discognicção; 
Paralisia/plegia/tetraparalisia/plegia. 
 Diagnóstico e profilaxia 
Sorologia – ELISA; 
Molecular – RT-PCR; 
Vacina; 
Higiene.

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