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1 
PRÁTICAS MÉDICAS I – CLÍNICA 
JULIANA OLIVEIRA 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 
Refere-se a uma síndrome por si só, como qualquer outra infecção que, pode acometer, por exemplo, o trato respiratório 
superior ou inferior. Uma infecção, de maneira geral, nos leva a pensar que tem algum agente infeccioso invadindo algum dos 
nossos sistemas, ou o sistema pulmonar causando uma pneumonia ou o sistema urinário, causando por exemplo uma infecção 
do trato urinário. 
Esse agente infeccioso, de maneira geral, pode-se pensar em um parasita, fungo ou bactéria, no entanto, sempre que se pensar 
em uma infecção do trato urinário, até que se prove o contrário, deve-se pensar na Escherichia Coli, pois, com base em dados 
epidemiológicos conferem uma prevalência à essa bactéria. 
Assim, se é infecção sabe-se que tem um agente infeccioso que está invadindo o sistema, promovendo uma resposta inflamatória 
do sistema imune e como consequência disso, tem-se uma série de sinais ou sintomas, relativos ao sistema que esse agente está 
infectando e outros decorrentes do processo infecciosos em sim. 
QUEM É O APARELHO URINÁRIO? 
Fala-se de ureter, bexiga, ureter e rins. Sabe-se que o sexo masculino e feminino, no ponto de vista anatômico possuem 
diferenças, no entanto, de forma geral, são esses os constituintes. 
CASO CLÍNICO¹: 
Paciente do sexo feminino, 30 anos, comparece a UBS queixando-se de “queimação na urina” há 3 dias. 
 A queixa principal nos ajuda a direcionar o raciocínio do ponto de vista anatômico e topográfico. A queimação na urina é, 
tecnicamente, a disúria. 
➔ Quais são os outros sinais e sintomas que se o paciente não trouxer, deve-se perguntar? 
Deve-se perguntar acerca da frequência urinária e do volume, dor supra púbica, alteração da cor da urina, odor fétido e 
hematúria. Nem sempre todos esses sinais e sintomas estarão presentes, no entanto, são fortes indicativos e quando presente, 
acusam uma ITU. 
 
➔ Essa paciente tem uma infecção do trato urinário inferior, que acomete a bexiga causando uma cistite, ou uma infecção 
do trato superior, de modo que a bactéria ascendeu até o rim causando uma pielonefrite? 
Deve-se buscar febre, dor lombar, náusea e vômito. Nesse caso, a paciente não tem dor lombar ou febre e por isso, pode-se 
diagnosticá-la com uma infecção do trato urinário inferior que pode ser chamada de cistite não complicada. Podendo iniciar o 
tratamento baseado na epidemiologia e de forma que no exame físico e fatores de risco não foi encontrado nenhum outro fator 
que vá contra a cistite ou de acordo com alguma outra doença. Caso a paciente referisse a presença de dor na lombar, o raciocínio 
seria diferente. 
 
➔ Quais os fatores que, quando presente, poderiam levar ao raciocínio de que seja uma cistite complicada? 
Sexo, pois, caso a paciente fosse do sexo masculino o diagnóstico deixaria de ser uma cistite não complicada e passaria a ser 
complicada, devido ao comprimento da uretra masculina, favorecendo a ascensão bacteriana através da uretra. 
Uso de cateter urinário ou sonda vesical; 
Diabetes; 
Imunodeficiência; 
Alteração estrutural do ap. urinário; 
CASO CLÍNICO²: 
Paciente do sexo masculino, 30 anos, comparece a UBS queixando-se de “queimação na urina” há 3 dias. 
Esse paciente também não apresenta dor lombar e febre, levando também ao diagnóstico sindrômico de uma infecção do trato 
urinário, topografada no trato inferior que acomete a bexiga, levando ao diagnóstico de cistite, no entanto, é uma cistite 
complicada, pois, é um paciente do sexo masculino. Isso acontece porquê tem-se uma maior facilidade à ascendência da 
bactéria, devido ao grande comprimento da uretra, predispondo que a bactéria alcance os rins. 
Isso interfere no tempo de tratamento, pois, esse paciente irá precisar de um tempo maior. 
 
 
2 
PRÁTICAS MÉDICAS I – CLÍNICA 
JULIANA OLIVEIRA 
CASO CLÍNICO³: 
Paciente do sexo masculino, 30 anos, que chega a UBS se queixando de queimação ao urinar e dor lombar há 3 dias. 
A bactéria que, anteriormente, causou uma cistite por acometer a bexiga, ascendeu através do ureter e alcançou os rins, 
fazendo um quadro de pielonefrite. A etiologia do nome se dá por “Ite” vem de inflamação, “nefri” refere-se aos néfrons, os 
quais são a unidade funcional dos rins e “pielo”, porque vem de pelve renal. 
 
 
➔ Exame físico: 
Deve-se pensar no crânio-caudal, seguindo o ritmo de fazer o exame geral do paciente, pensando nos diagnósticos diferenciais. 
Antes das manobras faz-se a inspeção, percussão, ausculta e palpação do abdome, com o paciente em decúbito dorsal. O rim é 
um órgão retroperitoneal, o polo superior renal fica abaixo das costelas, normalmente, quando palpável, se tiver aumentado, 
palpa-se o polo inferior. 
Método de Guyton: Nota-se uma palpação bimanual, o paciente está em decúbito dorsal. Uma das mãos do examinador está 
no dorso do paciente e faz uma pressão de posterior para anterior e a outra mão do examinador está no abdome na tentativa 
de palpar o polo inferior renal. 
Manobra de Israel: Usa-se a mesma palpação citada acima, no entanto, faz-se isso com o paciente em decúbito lateral. 
Manobra de Giordano: Consiste no punho percussão, ou seja, a mão do examinador em punho vai fazer uma leve percussão 
sobre os rins do paciente. Tem-se o Giordano Positivo, quando em resposta a punho percussão o paciente refere dor. 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Exames complementares: 
Pede-se o exame de urina tradicional, o que permite analisar os aspectos físico, químico e do sedimento urinário. É um 
dever do profissional orientar o paciente e explica-lo sobre como fazer a coleta. É ideal que seja a primeira urina da manhã e 
 
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PRÁTICAS MÉDICAS I – CLÍNICA 
JULIANA OLIVEIRA 
que o jato médio seja coletado, mediante a uma higienização prévia da genital. Além disso pode-se pedir urocultura e 
antibiograma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Tratamento não farmacológico: 
São as orientações que se faz dentro ou não do contexto de infecção urinária. 
▪ Beber muita água sempre. 
▪ Após a relação sexual, lembrar-se sempre de esvaziar a bexiga. 
▪ As mulheres ao se limparem após ir ao banheiro devem ter em mente a importância de sempre fazer a higienização da 
frente para a trás. 
▪ Evitar roupas e roupas íntimas muito apertadas que retenham calor e umidade. 
▪ Mulheres devem sempre se lembrar de trocar o absorvente com frequência. 
▪ Urinar sempre que sentir vontade, evitando sempre reter a urina por um período longo de tempo. 
 
➔ Tratamento farmacológico: 
O tratamento varia a depender da bactéria que se está tratando, do antibiótico em uso e o tempo de uso desse, variando de 
acordo com a anamnese e o exame físico, pois, quanto mais grave o quadro, maior o tempo de utilização dos medicamentos. 
Quando se está diante de um quadro não tão complicado, o tratamento varia em torno de 3 a 5 dias, já se for um quadro mais 
grave como em paciente diabético ou do sexo masculino tem-se um tratamento mais longo que pode durar até 7 dias. 
Além disso, ao pensar que o paciente pode ter uma pielonefrite, pode-se utilizar os mesmos antibióticos, mas o período de 
tratamento se estende para até 14 dias. 
Logo, é o diagnóstico clínico que vai direcionar o tempo de tratamento. Se é uma cistite não complicada, faz-se o tratamento 
curto, de 3 a 5 dias, se é uma cistite complicada, faz-se o tratamento longo, de até 7 dias. Se é uma pielonefrite, estende-se 
para 14 dias. Se é uma sepse, tem-se o internamento e o tratamento IV. 
 
4 
PRÁTICAS MÉDICAS I – CLÍNICA 
JULIANA OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em síntese: 
 
*** Leucorréia. 
IT
U
ALTO PIELONEFRITE
BAIXO
CISTITE
NÃO COMPLICADA
COMPLICADA
PROSTATITE
URETRITE
EPIDIDIMITE

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