Prévia do material em texto
GARANTIAS PROVISÓRIAS DE EMPREGO Direito do Trabalho Dirigente Sindical a) Dirigente Sindical Previsão legal – art. 543, § 3º, da CLT e art. 8º, inciso VIII, da CF/88. Consultar a Súmula 369 do TST. Estabilidade do registro da candidatura até 01 ano após o término do mandato. O mandato é de 03 anos (art. 515, “b” da CLT) Dirigente Sindical Fundamentos da tutela – A proteção tem como objetivo resguardar a independência do dirigente sindical no exercício do mandato, assegurando-lhe condições para ampla defesa dos interesses da categoria que representa, sem que daí lhe advenha prejuízos no contrato de trabalho. Cargos que ensejam a estabilidade provisória – Os de direção ou administração sindical e os de representação profissional ou sindical alusiva à categoria profissional, isto é, de empregados, sendo necessário que a investidura do associado resulte de eleição, nos termos do art. 522 da CLT. Não importa se o empregado é eleito titular ou suplente. Caso o empregado não tenha êxito nas eleições cessa imediatamente a garantia de emprego. Dirigente Sindical O TST pacificou entendimento, através da Orientação Jurisprudencial nº 365 da SDI-I, no sentido de negar estabilidade aos membros do conselho fiscal do sindicato ao argumento de que não dirigem o sindicato, mas apenas fiscalizam sua gestão financeira. Limitação do artigo 522 da CLT – mínimo 03 e máximo 07 membros e de um conselho fiscal composto de 03 membros. Os delegados sindicais (art. 517, § 2º, da CLT) não possuem estabilidade, uma vez que não foram eleitos e sim indicados pela direção da entidade sindical. Dirigente Sindical Da comunicação prevista no artigo 543, § 5º, da CLT – O direito a estabilidade provisória prevista no §3º deste artigo nasce com o registro da candidatura do empregado ao cargo e, se eleito, estende-se até um ano após o cumprimento do mandato. Deve a entidade sindical, nos termos do §5º do mencionado artigo comunicar à empresa, em 24 horas, e por escrito, o dia e hora do registro da candidatura do empregado. (vide inciso I, da Súmula 369 do TST) Há a necessidade de se instaurar inquérito judicial para apuração de falta grave para dispensa do empregado dirigente sindical. (Súmula 379 do TST). No caso de dispensa do empregado sem a apuração da falta através de inquérito, poderá o juiz conceder liminar de reintegração até decisão final do processo para reintegrar o dirigente sindical (art. 659, inciso X da CLT). Dirigente Sindical Caso o empregado registre candidatura a dirigente sindical quando da vigência de contrato por prazo determinado, não terá direito à estabilidade. Não há como tal garantia sobrepor ao limite do contrato. O mesmo ocorre no caso do registro da candidatura no curso do aviso prévio. (Súmula 369, inciso V) O dirigente sindical não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que dificulte ou torne impossível o desempenho de suas atribuições sindicais (art. 543 da CLT). §1º do art. 543 - O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita. Membro da CIPA b) Membro eleito da CIPA Previsão legal – art. 165 da CLT e art. 10, inciso II, “a”, do ADCT. Estabilidade do registro da candidatura até 01 ano após o término do mandato. O mandato é de 01 ano permitida uma reeleição (NR-5, item 5.7) Os empregados eleitos para representantes da CIPA têm o dever de zelar por condições de trabalho seguras. Por tal razão estão quase sempre em confronto com a vontade patronal, sujeitos a intimidação por parte do empregador. Membro da CIPA O objetivo da estabilidade do cipeiro reside, portanto, na necessidade de conferir autonomia no exercício do mandato. A estabilidade atinge os suplentes também, conforme previsão da Súmula 339 do TST. O empregado membro da CIPA, representante do empregador e por ele indicado não possui estabilidade, já que o art. 10, II, “a” do ADCT prevê estabilidade somente aos membros eleitos. Gestante c) Gestante Previsão legal – art. 10, inciso II, “b” do ADCT e art. 391-A da CLT. Consiste na garantia de emprego desde a confirmação da gravidez até 05 meses após o parto. A medida busca preservar a empregada gestante da represália patronal, já que trata-se de momento delicado de sua vida. Não há necessidade de que o empregador tenha ciência da gravidez. (Súmula 244 do TST) Gestante A dispensa sem justa causa da empregada gestante é nula e é passível de reintegração. No entanto, a reintegração somente é possível se esta se der no período estabilitário. Caso não seja possível a reintegração, a garantia restringe-se aos salários e direitos decorrentes ao período de estabilidade. Em se tratando de contrato a prazo (experiência, safra, etc.) a empregada também fará jus a estabilidade, conforme previsão da Súmula 244, III, do TST. O entendimento doutrinário e jurisprudencial é de que o aborto não gera estabilidade, já que a previsão legal é da confirmação da gravidez até 05 meses após o parto. Acidente do Trabalho d) Empregado Acidentado Previsão legal – art. 118 da Lei nº 8.213/91. Garante ao empregado acidentado o emprego pelo período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença acidentário. Conta-se da alta previdenciária. A garantia visa proporcionar ao trabalhador segurança em uma fase que poderá apresentar certa fragilidade, principalmente se o acidente deixou sequelas. O empregado não terá o mesmo ritmo de trabalho e, se dispensado, terá dificuldades em arrumar outro emprego. Acidente do Trabalho São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a percepção do auxílio-doença acidentário. (Súmula 378 do TST) É também passível de estabilidade o empregado que apresente doença profissional que possua nexo de causalidade com a atividade exercida. (Súmula 378 do TST) - A garantia de emprego se estende aos trabalhadores contratados por prazo determinado, conforme item III, da Súmula 378 do TST.