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Lesões de pele em pediatria

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129 
 
 
Tipo de moradia, saneamento básico, animais de estimação – 
 
diâmetro, elevadas, sólidas e que 
podem se formar pela confluência de 
várias pápulas. Podem apresentar 
coloração – ex: placas eritematosas. 
arredondadas ou ovaladas. São 
diferenciadas das pápulas por sua 
profundidade e são mais palpáveis 
do que visíveis. 
diâmetro, elevadas, sólidas. Ver se é 
lisa, áspera, aspecto verrucoso. Ex.: 
molusco contagioso. 
Nódulos: lesões palpáveis, sólidas, Pápulas: lesões menores que 0,5 cm de 
violáceas etc. Ex.: vitiligo. 
hipercrômicas, eritematosas, 
sua cor. Podem ser hipo ou 
diferem da pele vizinha por 
circunscritas e que planas, 
Placas: lesões maiores que 0,5cm de sões Máculas ou manchas: le
TIPOS DE LESÃO 
 
AULA 32 – AVALIAÇÃO DERMATOLÓGICA 
ANAMNESE 
 Queixa principal: Sucinta e relacionada a lesão: “descamação na pele”, “picada de inseto”, “ferida na cabeça”. O começo 
da anamnese inicia com a queixa principal, anotando a parte básica conforme o relato da mãe. 
 História Clínica: Há quanto tempo? Como começou? Tipo de lesão, local, distribuição. Como evoluiu? Disseminação 
mudança do aspecto da lesão. Sintomas locais associados? Prurido, ardência, dor. Sintomas gerais associados? Febre, 
artralgia. Mais alguém com sintomas em casa? Ex.: “Há 3 dias houve aparecimento de lesão papular eritematosa no 
dorso da mão esquerda, pruriginosa, que aumentou gradualmente, evoluindo com vesícula e pústula. Depois de 2 dias 
houve o rompimento da pústula e formação de crosta melicérica”. Questionar sobre tratamentos realizados – 
medicamentos sistêmicos ou tópicos, nomes comerciais, procedimentos realizados. 
 História Mórbida Pregressa: Atopia (rinite, asma); infecções; internações; cirurgias; alergias a alimentos/medicamentos, 
reações vacinais, medicamentos em uso. 
 História familiar: Casos semelhantes na família, doenças sistêmicas na família. Obs.: Genodermatoses = doenças 
genéticas que são expressadas como condições de pele. 
 Condições e Hábitos de Vida: micoses em crianças são 
geralmente causadas por fungos zoofílicos, presentes em cães e gatos; o prurido por insetos pode ser facilitado pelo 
contato com animais. 
 
EXAME FÍSICO 
 
130 
 
 
Tumor: sólido, maior e mais 
profundo, localizado na pele 
ou subcutâneo. Toda lesão 
nodular ou tumoral dever ser 
biopsiada, pois não se 
consegue enxergar as 
características da lesão. 
Vesículas: lesões menores que 
0,5cm, circunscritas, elevadas e 
que contém líquido claro. Ex: 
varicela – “aspecto de céu 
estrelado – vários tipos de lesão 
na mesma região; tem que ter 
pelo menos uma em mucosa”. 
 
Bolhas: 
maiores 
0,5cm, 
lesões 
que 
de 
conteúdo líquido 
claro. Pode ser 
confluência de várias vesículas. Ex: Herpes Zoster – 
vesículas e bolhas localizadas em um dermátomo; 
Epidermólise bolhosa. No RN lesão bolhosa é sempre uma 
emergência. 
 
Fissura: solução de continuidade 
linear, seca ou úmida e geralmente 
dolorosa. Incomodam bastante o 
paciente. 
 
 
 
Escoriações: depressões 
superficiais que resultam de 
coçadura – Sinal de 
gratagem: paciente tópico 
que “arranca pedacinhos” da 
pele por se coçar. 
 
 
 
 
reepitelização. A derme é a área 
Cicatriz: ocorre em 
locais de ulceração 
e reflete uma 
alteração no 
padrão de 
responsável pela 
cicatrização – queimaduras de 2º e 3º grau que destroem a 
derme tendem a ter cicatrizes piores. 
Descamação: 
eliminação ou 
acúmulo anormal 
de células no 
extrato córneo, 
podendo ser percebida como flocos. A descamação pode ser 
fina, quase imperceptível, só vista quando se escarifica ou 
raspa a lesão ou pode ser grosseira como na Psoríase (sinal 
da vela). Sinal do orvalho sangrante também é característico 
da psoríase – gotinhas de sangue quando raspa a lesão 
Urticas: pápulas ou placas 
arredondadas 
característica 
que 
seu 
têm como 
caráter 
evanescente, desaparecendo dentro 
de horas. Ex: urticária; mastocitose 
cutânea. 
Cistos: são formações saculares 
que contêm material líquido ou 
semi-sólido. 
Crosta: 
depósitos 
endurecidos que 
ocorrem quando 
soro, sangue ou 
Ulceração: perda de epiderme e 
parte da derme limitada por 
bordos e que se resolvem com 
formação de cicatriz. 
Erosões ou exulcerações: 
lesões úmidas, circunscritas, 
geralmente deprimidas no 
centro e que resultam de 
uma perda total ou parcial 
da epiderme. 
Pústulas: lesões elevadas, circunscritas e que 
contém exsudato purulento. Geralmente 
vem com base mais eritematosa e 
acompanhada de dor. 
Esclerose: enduração ou endurecimento 
localizado ou difuso da pele, detectado 
mais facilmente pela palpação que pela 
visualização. Os pelos podem estar 
ausentes na região. Ex: esclerodermia. 
Não tem pelo, não tem suor e pode ter 
hiperpigmentação. 
131 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICA DA LESÃO 
 Coloração. 
 Palpação: consistência, alteração de temperatura, mobilidade, estimativa de profundidade. 
 Número de lesões. 
 Tamanho das lesões. 
 Forma. 
 
CONFIGURAÇÃO 
Anular: bem arredondada e 
característica. Ex: eritema 
pigmentar fixo – comum após 
administração de medicamentos 
como dipirona. 
 
Circinada: 
bordos mais 
elevados, com 
centro tendendo 
a cura, parece 
 
 
 
 
Agrupada: lesões vesiculares 
agrupadas formando bolhas 
numa região de dermátomo. Ex: 
Herpes Zoster. 
que foi desenhada. Ex: tinea corporis. Geralmente tem crosta 
e descamação ao redor. A pele no centro é parecida com a 
pele normal. O fungo tem uma tendência centrífuga, faz a 
lesão inicial, a hora que a queratina termina no meio passa 
para fora, e assim vai. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
bochecha). 
Em cacho: agrupada, mas 
formando um cacho. Ex: 
herpes simples – em criança 
pode fazer apresentação 
atípica (Sinal do beijo – onde o 
adulto beijou faz a infecção na 
criança, ex: dorso da mão, 
 
Em alvo: área eritematosa com centro mais vinhoso, podendo chegar a fazer bolha/ulceração 
central. Deve-se a uma vasculite, lesão inflamatória. Característica, principalmente, de 
farmacodermia. Ex: eritema multiforme. 
Discoide: arredondadas, atrofia 
central. Ex: lúpus 
Confluente: várias lesões que se 
juntaram. 
exsudato purulento secam na superfície da pele. Obs.: 
de inseto) a reação é localizada. 
edema de cordas vocais e parada respiratória. Geralmente no prurigo (picada 
reação alérgica importante e risco de fazer uma emergência, está fazendo 
É ou o tecido subcutâneo são frouxos – pálpebras, bolsa escrotal e mucosas. 
Angioedema: reação edematosa profunda que ocorre em áreas onde a pele 
Crosta melicérica: cor que lembra mel. 
Linear: apresenta-se como uma 
linha contínua, podendo seguir o 
dermátomo, parecida com uma 
estria. 
estriado. 
Chama-se de líquen 
Gutata (em gotas): Psoríase pode se 
apresentar dessa forma – Psoríase 
Gutata. A característica da lesão é a 
mesma da descamativa, diferenciado a 
distribuição das lesões. 
132 
 
 
IMAGENS CASO 4 
 Conduta: orientações (banho, hidratação, etc.). 
 
 







CASOS CLÍNICOS 
CASO 1: RN, 15 dias, encaminhado ao 
dermatopediatra com lesão suspeita de 
Epidermólise Bolhosa. Há 2 dias apresentava uma 
lesão em placa localizada em coxa esquerda, com 
base eritematosa, mais amarelada no centro. 
Evoluiu com bolha central, posterior rutura e 
formação de crosta. Criança previamente hígida, em aleitamento materno exclusivo, sem demais alterações. Nega uso de 
medicamentos ou produtos na pele. Depois de muita insistência, pai lembro de ter usado bolsa térmica para alívio de cólicas 
no RN. 
 Diagnóstico: Queimadura de 1º° 2º grau, com sinais de infecção secundária. 
 Tratamento: ATB local + higienização. 
 
CASO 2: Menina, 7 meses, história de úlcera vulvar, diarreia e infecções respiratórias de repetição, 
com início aos 6 meses de vida. Nos exames laboratoriais apresentava leucopenia com neutropenia, 
medula óssea (MO) hipocelular. Na cultura da úlcera apareceu cultura positiva para Pseudomonas 
aeruginosa. Diagnóstico: Neutropenia Transitória do RN. 
 Tratamento: encaminhamento para a Hematologia. 
 
CASO 3: Menino, 15 anos. Procurou consulta com o dermatologista por queixa de acne e estrias. 
Obeso. Apresentava estrias nas coxas, região lombar, braços, abdome. Acne importante sem resposta 
ao tratamento. Ao exame de inspeção da cabeça e pescoço, apresentava facies arredondada (em lua 
cheia) e hirsutismo). Ao ser questionado sobre uso de corticoides, negou qualquer uso de 
medicamentos. Foi feita dosagem de Cortisol plasmático (= 48,2) e ACTH (= 80,8). Pedido uma RNM 
de crânio que revelou TU de hipófise. 
 Diagnóstico: Síndrome de Cushing (decorrente do TU de hipófise) que apresentou manifestações dermatológicas 
(estrias, acne, hirsutismo). 
 
CASO 4: Menina, 6 anos. Há uma semana apresenta lesões bolhosas, 
vesiculares, papulares e lineares em mãos e pés, intensamente pruriginosas. 
Atualmente, reside em casa que está em construção. 
 Diagnóstico: Larva migrans cutânea. 
 
CASO 5: Menina, 3 anos. Estava há 1 ano fazendo tratamento para alergia. Mãe relata que a menina iniciou com lesões 
papulares, crostosas, pruriginosas, em região abdominal, axilar e inguinal. Foi levada a UBS e diagnosticada com Dermatite, 
sendo prescrito Predsin, o qual deveria ser usado todas as vezes que a criança apresentasse prurido. Esse medicamento foi 
usado por um ano. Ao chegar no dermatopediatra, foi questionada sobre outros membros da família com prurido. A mãe, 
irmão e pai estavam com prurido também. 
 Diagnóstico: Escabiose. Não melhorava por estar usando imunossupressor (corticoide). Além disso, a criança ainda 
apresentou Síndrome de Cushing devido ao uso intenso de Predsin. 
 Tratamento: a criança foi internada por 2 meses para retirada do corticoide. Houve surto de “escabiose” em toda a 
enfermaria, inclusive funcionários. Tratamento para escabiose na menina e em toda a família. 
 Retorno. 
 Exames solicitados. 
 Tratamento: medicamentos, uso, posologia. 
EXAME CUTÂNEO GERAL 
Sempre deve ser feito com a criança despida, respeitando o pudor das maiores. Analisar cabelos, unhas, mucosas e gânglios. 
Atentar para, quando a história estiver muito esquisita, insistir até tentar tirar o máximo de informações possíveis. 
 Diagnósticos. 
Conclusões Dermatológicas: 
substâncias químicas, plantas ou animais. 
Relação das lesões: pesquisar a relação com época do ano, ingestão de medicamentos, calor ou frio, contato com 
IMAGEM CASO 3 
IMAGEM CASO 2 
IMAGENS CASO 1

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