Buscar

Lipídios: Propriedades e Componentes

Prévia do material em texto

Lipídios 
• Quarta biomolécula mais abundante no corpo (2%), sendo a 
primeira a água, a segunda proteínas e a terceira 
carboidratos 
Propriedade dos lipídios 
• Apolares 
• Untuosos ao tato (viscosidade) 
• Densidade menor que a água 
• Para “dissolver” na água é preciso ser emulsionado (agente 
emulsificador), formando pequenas partículas de lipídio 
• A atuação nutricional atua junto com a metabólica e a 
atuação clínica 
• Exemplo de emulsão: maionese é uma emulsão, se ela é mais 
instável (aspecto mias liquefeito – camada de hidratação) 
significa que prevalece a fração de água, Portanto, é um 
tipo de emulsão óleo em água (maior parte é constituída 
por óleo) 
• O fenômeno é denominado emulsão óleo em água (O/A) 
quando a fase dispersa é oleosa e a fase contínua é 
aquosa, ou seja, quando as gotículas de óleo estão em uma 
solução aquosa. De modo contrário, é denominado emulsão 
água em óleo (A/O) quando a água é a fase dispersa e o 
óleo é a fase contínua. 
Componentes do lipídio 
• Ácidos graxos 
• Isoprenos (5C) = presentes em terpenos e esteroides. São 
unidades repetidas de 5 carbonos geralmente compondo 
uma calda isoprenílica de 2 categorias lipídicas 
(isoprenoides): os terpenos (vitaminas) e esteroides 
• Diversidade funcional 
 
• Tanto os lipídeos que contem ácidos graxos em sua 
estrutura quanto os que contém isoprenos entram 
numa convergência de função estrutural ou 
hormonal 
Principais lipídios da dieta 
• Triacilgliceróis - TAG (90%): gorduras neutras (ácidos 
graxos + glicerol) e de função energética 
• Fosfolipídios: (ácidos graxos + porção polar), função 
estrutural 
• Colesterol: (isoprenos + porção polar – OH), função 
estrutural 
• Vitaminas lipossolúveis (isoprenos): funções variadas* 
Ácidos graxos 
• Grupo constituinte dos lipídios 
De acordo com abordagem nutricional: 
• Ômega 3, 6 e 9 
- Insaturados (essencial/não essencial) 
- Os ácidos graxos essenciais ou ácidos gordos essenciais 
são os ácidos graxos que não são produzidos 
bioquimicamente pelos seres humanos e devem ser 
adquiridos da dieta. O termo "ácido graxo essencial" refere-
se aos ácidos graxos necessários aos processos biológicos 
e não à aqueles que funcionam como fonte de energia. 
- Os ácidos graxos não essenciais são aqueles que nosso 
metabolismo endógeno tem a capacidade de sintetizar a 
partir de precursores e não precisam necessariamente 
ser ingeridos na dieta. 
- Mais encontrados em fontes vegetais. 
- A insaturação entre carbono 3 e 4 está presente no 
ômega 3, entre carbono 6 e 7 é o ômega 6 e entre 9 e 
10 é o ômega 9 
- Ácido eicosapentaenoico EPA: ácido graxo do tipo ômega 
3 e não essencial 
- Alfa linolênico ALA: ácido graxo do tipo ômega 3 e 
essencial 
• Fonte de Acetil-CoA 
- Leva em consideração o tamanho da cadeia 
- Ex: ácido graxo ácido palmítico – 16C, recrutado das 
reservas de lipídio TAG = endógeno, não essencial 
- Quanto maior a cadeia melhor ponto de vista para a 
reserva energética 
• Gordura TRANS 
- Fonte: exógena. Exemplo: leite 
- OMS – 2g/dia 
 
Molécula circulada apresenta insaturação entre carbono 9 
e 10. A gordura trans é de fonte endógena, pastosa, mais resistente, 
abundante em industrializados. É prejudicial à saúde se ultrapassar a 
quantidade indicada pela OMS, visto que elevam os níveis de TAG 
(gordura que pode ser estocada no organismo, o triacilglicerol) e 
colesterol LDL, além de diminuir nível de HDL. Acaba acarretando 
risco de formação de placas de ateroma e cardíacos. 
 A molécula central da figura possui ligação tipo CIS. É 
presente em diversas fontes animais e vegetais, os mais consumidos, 
estocados no tecido adiposo em situação de emergência e são 
benéficas. É o tipo de ácido graxo insaturado que faz parte nos 
lipídios de membrana. 
Numeração dos carbonos a partir de C1 
 
 Segundo IUPAC, na numeração dos carbonos a partir de 
C1 há duas convenções: 
• O padrão de numeração delta inicia-se a partir de C1 com 
o grupo carboxílico e segue o padrão de numeração da 
calda hidrocarbonada. 
• No padrão de numeração ômega a numeração de C1 
começa pela C18. Então, o carbono C18 da imagem passa a 
ser o C1 e o C9, da imagem, passa a ser o C10 e vice versa. 
É uma numeração invertida. 
OBS: Triacilgliceróis, fosfolipídios e eicosanóides são exemplos de 
lipídios que contém ácidos graxos na sua estrutura 
Triacilgliceróis – TAG 
 
A parte circulada em vermelho corresponde à porção 
hidrofílica (álcool glicerol) dessa gordura neutra. Ela é fundamental 
para a formação dos triacilgliceróis porque serve como ponto de 
ancoramento na hidroxila dos 3 carbonos para os ácidos graxos que 
irão constituir o TAG. Durante o processo de síntese ocorre a 
esterificação de caudas de ácidos graxos (caudas apolares e 
hidrocarbonadas) por meio do grupo carboxílico. Em suma, a 
formação do triacilglicerol acontece por meio de uma ligação éster 
entre o grupo carboxílico do ácido graxo com a hidroxila do glicerol. 
Além disso, a cauda do ácido graxo pode ser saturada, insaturada ou 
saturada e insaturada (um misto), com característica apolar. 
 
 Apesar de ser uma gordura neutra apresenta a 
propriedade majoritariamente apolar, por isso, os TAG não têm um 
trânsito fácil na corrente sanguínea. Ao ingerir alimentos, o trânsito 
delas ocorre por meio de lipoproteínas, se elas forem oriundas do 
intestino são chamadas de quilomícrons e se oriundas do fígado são 
denominadas de VLDL. 
• Formas de transporte de TAG: lipoproteínas – quilomícrons 
e VLDL 
• Local de estoque: tecido adiposo 
Ácidos graxos em lipídeos de membrana 
 
Fosfolipídeos (polares) 
Considerados polares porque possuem cabeça polar, 
voltado para o lado extracelular e intracelular da bicamada lipídica, em 
contato com a porção aquosa. 
 
Fosfatidilcolina é um tipo de fosfolipídio bastante abundante 
nas membranas celulares. É um exemplo de glicerofosfolipídio/ácido 
fosfatídico (estrutura geral), o ligante X nesse caso é a colina. O que 
diferencia da estrutura geral é o ligante X. 
Plasmalogênios são um tipo de fosfolipídio de membrana do 
tipo fosfatidilcolina.. O que diferencia é a ligação de tipo éter ao invés 
da ligação éster presente no carbono 1 do glicerol. E é do tipo 
fosfatidilcolina porque apresenta a colina no ligante X. 
 
Ação dos plasmalogênios nos alvéolos pulmonares 
 
A imagem mostra que a parede alveolar interage com a 
hipofase aquosa e entre a luz do alvéolo e a hipófase aquosa há uma 
camada surfactante a qual permite a expansão alveolar na inspiração 
e evita o colabamento na expiração devido ao efeito tensoativo à 
medida que o ar sai e as paredes se aproximam. Assim, o 
plasmalogênio compõe 80% da camada de surfactante e é do tipo 
dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC). 
Glicolipídios (polares) 
 
A esfingomielina é um tipo de esfingolipídio com 3 unidades 
principais, a esfingosina, o ácido graxo e o ligante X, sendo que há 
uma ligação amídica entre os dois primeiros e o ligante X fica 
responsável por diferenciar os diferentes tipos de esfingolipídios de 
membrana. 
 
• Os glicolipídios neutros que possuem ligante x com glicose 
são constituintes da membrana plasmática de tecidos não 
neuronais 
• A ausência de uma enzima de degradação faz com que os 
gangliosídeos GM2 se acumulem nos lisossomos neuronais, 
causando retardo psicomotor, demência, cegueira e morte 
antes de 2 anos de idade. 
Clivagem de glicerofosfolipídio de membrana 
Fosfatidil-inositol (um tipo de glicerofosfolipídio) e sinalização celular 
via pkc (protein kinase C). 
 
Em verde é a molécula diacilglicerol e em laranja é o 
inositoltrifosfato como ligante. Por meio de um estímulo hormonal a 
enzima fosfolipase C é ativada e faz o rompimento da ligação e libera 
essas duas moléculas (DAG e IP3) que antes formavam o fosfatidil-
inositol. Elas atuarão como mensageiros intracelulares de diversos 
processos. 
 
A imagem acima mostra a ativação da enzima fosfolipase 
C que atua no fosfatidil-inositol (PIP) e libera o IP3. Esse IP3 vaiate a 
enzima carreadora presente na membrana do retículo 
endoplasmático (sarcoplasmático) e se liga a ela, promovendo a 
liberação de cálcio para o citoplasma. O cálcio, então, vai até a 
proteína quinase C (PKC) para que essa possa atuar em suas 
atividades, além disso irá ativar várias enzimas que regulam 
expressão gênica. 
O IP3 é um mensageiro intracelular móvel que sinaliza a 
liberação de cálcio (essencial para funcionamento da quinase C) e o 
DAG é um mensageiro intracelular imóvel, fica na membrana e atua 
na ativação do PKC também. 
Eicosanóides – ácidos graxos com função hormonal 
• São derivados cíclicos do ácido araquidônico (tipo de ácido 
graxo poli-insaturado) – 20:4 (20 carbonos e 4 
insaturações) Δ5,8,11,14 (posição das insaturações) – 
componente abundante de fosfolipídio de membrana 
• Compreendem as prostaglandinas, prostaciclinas, as 
tromboxanas e os leucotrienos (eicosanóides derivados do 
ácido araquidônico) 
• Hormônios parácrinos – agem no local que são produzidos 
 
Fosfolipase 2 quebra ligação do carbono 2 do glicerol da 
fosfatidilcolina, liberando ácido araquidônico livre 
 
COX 2 e lipoxigenase atuam no ácido araquidônico, formando tipos 
de eicosanóides. 
Isoprenóides 
• São sintetizados a partir da condensação de múltiplas 
unidades de isopreno 
 
• As unidades de isoprenos fazem parte de um grupo de 
lipídios chamados de terpenoides ou esteroides. Sigla 
TERPES 
Terpenos 
• São hidrocarbonetos acíclicos ou que apresentam uma 
porção cíclica na molécula 
• Exemplo: vitaminas lipossolúveis (A, E e K) 
Considerações gerais para as vitaminas lipossolúveis (ADEK) 
• Apenas CHO em sua composição 
• São absorvidas no intestino, em presença de gorduras na 
dieta 
• Digestão por bile e transporte linfático 
• Alto risco de toxicidade por megadoses (raro) 
• Excreção predominantemente fecal 
• Podem ser estocadas no tecido adiposo, muscular e, 
principalmente, no fígado (exceto vitamina K) 
Terpenos – vitamina A e derivados 
• No enterócito, a vitamina A pode ser absorvida como 
precursor de beta caroteno ou já hidrolisado, na forma de 
retinol 
 
• Beta caroteno chega ao lúmen intestinal, é convertido em 
retinal -> retinol -> retinil éster -> incorporado aos 
quilomícrons (CM) -> corrente sanguínea -> diferentes 
tecidos extra-hepáticos. 
• Quilomícrons podem conduzir um aparente excedente para 
o fígado, onde retinil ester é estocado ou convertido em 
retinol, quando necessário. 
• Retinol pode ser conduzido do fígado para circulação pelo 
RBP4, molécula lipofílica de proteína. 
 
Ações do β-caroteno e seus derivados 
 
• Majoritariamente obtido de fonte vegetal (folhosos, frutas 
e cenouras) 
• Absorve luz 
• No intestino é convertido em vitamina A/retinol e depois 
em éster retinil 
 
• O retinal (aldeído) é convertido em retinol 
 
• Caso o retinal sofra uma oxidação irreversível vira o ácido 
retinóico 
• Função do retinal: 
1) Ciclo visual – visão das cores – cones e bastonetes 
(grupo prostético da rodopsina) 
2) Crescimento 
3) Reprodução 
4) Manutenção das células epiteliais 
5) Imunidade 
 
• O ácido retinóico é extremamente importante para a 
expressão gênica durante a diferenciação celular 
Terpenos – vitamina E 
• É um importante antioxidante 
• A forma ativa mais frequente é o alfa tocoferol 
 
• O anel aromático reage com formas reativas de radicais 
de oxigênio e ao interagir destrói o potencial nocivo dessas 
espécies reativas, protegendo componentes celulares, 
incluindo os lipídios de membrana 
• Transportada pelas lipoproteínas 
• Armazenado pelo adiposo e muscular 
• Evita a oxidação de LDL-e e, consequentemente, a 
formação de placas de ateroma 
• Termolábil – frituras destroem a vitamina E 
• Vitamina E protege contra danos aos eritrócitos e 
neurológicos 
Terpenos - Vitamina K1: filoquinona 
 
• Transportada pelas lipoproteínas 
• Não armazenável 
• Biodisponibilidade acima de 24h, menor que os outros 
subtipos 
• Biodistribuição da K1 e restrita, ocorre majoritariamente 
no fígado e lá exerce uma ação importante como cofator 
de uma enzima pró-coagulante 
 
• Vitamina k1 atua como cofator para que a protrombina seja 
convertida em trombina 
• Protrombina é precursora de trombina e é produzida no 
fígado de forma inativa e lançada na corrente sanguínea. 
Para que se converta em trombina sofre algumas 
modificações com o auxílio da vitamina K (cofator), como a 
carboxilação de resíduo de glutamato (Glu) (gama 
carboxiglutamato). Esses resíduos modificados vão atuar de 
modo a proporcionar a ligação de cálcio. 
• Deficiência de vitamina K atrasa a coagulação 
 
Isoprenoides – Esteroides 
• São derivados cíclicos do isopreno, sendo o 
ciclopentanoperidrofenantreno a estrutura fundamental 
dos esteróides 
 
• Formação de colesterol, vitamina D e hormônios 
 
 
Esteroide - Vitamina D 
• Substância cristalina solúvel em gorduras, usada no 
tratamento do raquitismo 
• Isoprenoide do tipo esteróide 
• Hormônio esteróide com 2 formas moleculares: 
-Colecalciferol – D3 (produzida na pele) (humanos e animais) 
-Ergocalciferol – D2 (derivada de fontes vegetais) 
As duas são biologicamente inativas (chamadas de calciol), 
podem ser carreadas por uma proteína ligante de vitamina 
D (VDBP) para a primeira modificação que ocorre no fígado 
(hidroxilação hepática na posição 25) e a segunda 
modificação que ocorre no rim (hidroxilação renal na 
posição 1), gerando o metabólito ativo 1,25 (OH)2D3, também 
chamado de calcitriol (1,25 diidroxicalcitriol) (1,25 
diidroxivitamina D3) 
Ativação de vitamina D 
 
• D3 e D2 chegam no lúmen, ocorre a incorporação dessas 
formas inativas em lipoproteínas quilomícrons geradas no 
enterócito e alcançam corrente sanguínea atingindo órgãos 
alvos (fígado principalmente) 
• A outra forma de ativação é pela exposição da pele à 
radiação UVB ou uma fonte de calor, desencadeando a 
síntese da vitamina D3, a partir do precursor chamado 7-
dehidocolesterol. Depois disso, é carreada por proteína 
ligante até o fígado. 
Fontes de vitamina D 
 
• A partir da pele do precursor 7-dehidrocolesterol e quando 
exposta ao sol ou fonte de colar é ativada 
• Fonte alimentar D2 -vegetal e D3- animal 
• Os dois casos passam pelo fígado formando o calcidiol (25-
OHase) (25(OH)D3) e pelo rim virando calcitriol (1α25-
(OH)2D3) que regula a absorção e metabolismo do cálcio e 
do fósforo junto com o PTH (paratormônio) 
• Após transformações, o mecanismo de ação pode ser 
tanto em associação aos receptores da membrana celular, 
desencadeando respostas intracelulares, quanto em 
associação a um receptor intranuclear, desencadeando a 
sua resposta de controle da expressão gênica de proteínas 
alvos, caracterizando o efeito genômico da vitamina D. Foi 
verificado que esses locais de receptores intranucleares 
estão próximos a genes associados a doenças no sistema 
imune, ajudando no controle de doenças relacionadas ao 
sistema imune. 
Funções da vitamina D 
• Regular metabolismo de cálcio e fósforo, essencial para a 
remodelação óssea 
• Aumenta absorção de cálcio (responsável por regular a 
coagulação sanguínea, ossos e dentes, contração muscular, 
sinalização de vias – produção de proteína, hormônios e 
neurotransmissores) 
• Evita doenças: Osteoporose – Doença cardíaca – Câncer 
– Doença autoimune – Depressão – Insônia – Artrite – 
Diabetes – Dor crônica – Psoríase – Fibromialgia – 
Autismo 
 
Considerações sobre vitamina D 
• A vitamina D3, da síntese cutânea ou da dieta, é 
metabolizada pelo citocromo P450s (HIDROXILASES), 
primeiro no fígado para a principal forma circulante, 25-
OH-D3, e depois no rim para a forma ativa, 1α, 25- (OH) 
2D3, que é um importante regulador endócrino do cálcio e 
homeostase do fosfato. 
• A vitamina D2 é uma forma alimentar de vitamina D 
derivada de plantas que sofre uma ação análoga conjunto 
de etapas de ativação para dar 1a, 25- (OH) 2D2, que se 
acredita ser equipotente 1α, 25- (OH) 2D3 na prevenção 
/ curado raquitismo e possivelmente a outras vitaminas D 
ações no corpo. Algumas evidências sugerem que a vitamina 
D2 é eliminada com mais eficiência que a vitamina D3 e que 
os metabólitos da vitamina D2 são menos tóxicos do que 
seus D3 homólogos. 
• O citocromo P450 CYP27B1, também conhecido como 25-
OH-D-1α-hidroxilase e acredita-se ser encontrado 
exclusivamente no rim, agora é conhecido por ser 
expresso em muitas células-alvo da vitamina D e acredita-
se ser responsável pela ativação localizada de 25-OH-D a 
1a, 25- (OH) 2D como parte de um sistema autócrino/ 
parácrino. 
Esteroide - Colesterol 
 
• Atua como lipídio estrutural 
• Estabiliza o arranjo linear dos ácidos graxos saturados das 
membranas, por interação de Van der Waals 
 
• Graças à hidroxila, permite o reposicionamento dinâmico 
de colesterol na bicamada lipídica 
 
• Precursor da síntese de hormônios esteroides 
 
• Mecanismo de ação: esteroide se associa a um receptor 
no citoplasma da célula e alcança o núcleo, onde vai 
regular a expressão gênica em diferentes regiões 
 
• Fontes alimentares: óleos vegetais (soja, canola, girassol), 
nozes, amendoim, sementes de gergelim, hortaliças, soja 
e grãos em geral. 
• Benefícios do fitosterol: redução dos níveis de colesterol 
total e LDL-colesterol e dificulta a absorção do colesterol. 
• Uma dieta balanceada com quantidades adequadas de 
vegetais fornece aproximadamente 200 a 400mg de 
fitosteróis. No entanto, é necessária a ingestão de 2g/dia 
de fitosteróis para uma redução média de 10-15% do LDL-
colesterol. Indicados em associação a medicamentos como 
VASTATINAS* 
• Fitosterol não interfere nos níveis plasmáticos de HDL-
colesterol. 
Outros exemplos importantes de lipídios 
Isoprenóides – terpenos 
 
Ubiquinona ou Coenzima Q10 (CoQ 10) ou Coenzima Q (CoQ) 
 
• É um transportador de elétrons na mitocôndria 
• Parte da CoQ é sintetizada a partir da tirosina, enquanto 
outra parte, é sintetizada a partir de Acetil-CoA. 
 
• Destacado no circulo vermelho é a coenzima Q (CoQ) na 
cadeia respiratória, de natureza lipídica, promovendo certa 
mobilidade na camada lipídica. Sendo uma facilitadora do 
transporte de elétrons, concomitante ao bombeamento de 
prótons, facilitando a síntese de ATP 
Dolicol 
 
• Dolicol (isoprenoide) é uma molécula lipídica no retículo 
endoplasmático sob a qual os oligossacarídeos são montados 
para a glicosilação das proteínas

Continue navegando