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CASO CONCRETO 12

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - RJ 
 
 
Processo n° -------------------- 
 
GEORGE, já qualificado nos autos do Processo em referência, que lhe 
move o Ministério Público, por seu advogado regularmente constituído conforme 
procuração de fls. vem à presença de Vossa Excelência para, inconformado com 
a sentença condenatória proferida, interpor: 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
O que faz tempestivamente, com fundamento no artigo 593, III, alínea a do 
Código de Processo Penal. Requer, assim, que após recebida, com as razões 
anexas, ouvida a part e contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio 
Tribunal de Justiça do Estado do xxxx, onde deverá ser processado o presente 
recurso e, ao final, provido. 
 
 
Nestes termos, Pede Deferimento. 
Local e data. 
Advogado 
OAB/UF 
 
RAZÕES DE APELAÇÃO 
Processo N° -------- 
 
 
Apelante: GEORGE 
 
Apelado: Ministério Público 
 
Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, Douta Procuradoria de Justiça 
1. DOS FATOS. 
O apelante foi condenado pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP, por 
em tese ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite 
TheNight. 
]Quando do julgamento em Plenário, como tese defensiva, o acusado, 
orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista 
no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates orais o MP sustentou a 
acusação nos limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou 
a tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem 
o que fora sustentado pela acusação. Em réplica, o ilustre membro do Parquet 
apontou para o acusado e sustentou para os jurados que \u201cse o acusado 
fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse 
nada porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, 
seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala 
consente\u201d. A defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, 
contudo, George foi condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente 
fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente 
fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). A decisão 
condenatória, contudo, merece ser reformada, senão vejamos. 
 
2. DO MÉRITO: 
Nobre julgador, resta evidenciado diante dos fatos ora narrados que a 
sessão plenária foi nula de pleno direito, visto que o parquet sustentou como tese 
de acusação o direito constitucional de o acusado, ora apelante, de manter-se 
em silêncio, tal nulidade encontra-se positivada no artigo 478, II do CPP. 
Portanto, impõe-se como medida de justiça a anulação da sentença proferida em 
sede do tribunal do júri ante à flagrante nulidade apontada. 
 
3. DO PEDIDO: 
Ante todo o exposto requer o recebimento do pedido com a consequente 
reforma da sentença com o reconhecimento da nulidade absoluta, nos termos 
do artigo 478, II do CPP. 
 
Por ser medida de Justiça, pede Deferimento. 
Local, data. 
Advogado 
OAB

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