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PATOLOGIA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS


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PATOLOGIA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS
Aula 01_ Teórica_ Professora Cristina Mendes Pliego __ 23/02/2021
· 
· Terça feira aula teórica e Aula pratica quinta feira. 
· Cronograma da materia: pode mudar. 
· Palestras da diciplina a confirmar. 
Aula pratica:
· 
· Pijama completo e sapato fechado. 
· Nem todas as aulas terão cirurgia, mas sempre terá atividade. 
Avaliações: Projeto de extensão _ clinica oncológica em pequenos e grandes, não é obrigatório. 
· Ainda não se sabe se vai ter trabalho, resenha ou outros. Av1, Av2 e Av3 valendo 100, sem prova pratica. 
· Pode ser que tenha relatório das aulas praticas
· Matérias e procedimentos das aulas praticas podem cair na prova teórica. 
Cirurgia em grades animais:
· Atribuições do médico veterinário – Preceitos éticos – Bem estar (animais de produção, deve se ter cuidado e garantir o seu bem estar, eles sentem dor e desconforto_ pode se observar lesões ou mudança de comportamento);
· Custo X Benefício; qual o destino desse animal? Vai ser abatido? ´tem alto índice zootécnico? É campeão? Qual o tipo de lesão? É um caso grave de cólica? Tudo deve ser avaliado e analisado. 
· Avaliação isolada de cada caso – conservativo ou cirúrgico; os animais são semelhantes, mas suas reações e respostas fisiológicas podem ser diferentes. É realmente necessário operar? Leve o estado do animal em consideração antes de decidir operar. Há casos também em que a cirurgia entra como tratamento e diagnostico. 
· Propriedades; deve haver pessoas aptas a cuidar desse animal após os procedimentos. 
· Local da cirurgia; pode ser feita a campo ou em centro cirúrgico. É mais fácil fazer as cirurgias em centros cirúrgicos, devido a presença de uma equipe e local apropriado. 
· Cuidados;
· Contenção física e química; importante para a segurança do animal e do medico veterinário. É sua obrigação saber sedar e saber o que normal de ser esperado ou não. 
· Exercício leal da profissão; pião fazendo castração, rufiao e descorna. O correto é o médico veterinário se posicionar e orientar. Mochação é diferente de descorna. 
Conhecimentos:
· 
· Analgesia/ anestesia
· Frequência de medicações e quais medicações usar
· Tempo de uso de antibióticos
· Antissepsia limpeza (antes do procedimento) e assepsia (material estéril, uso de máscara)
· Material ideal (use os materiais adequados)
· Espécies diferentes (se adapte, pois, um proprietário pode ter mais de uma espécie, não tenha vergonha de consultar seu material ou perguntar a um colega)
· Ambiente cirúrgico em campo (nem sempre é possível transportar o animal para o centro cirúrgico, se faz a campo um bloqueio regional, sedação. Leve pano de campo, material necessário). As vezes há troncos, para contenção física.
· Reintervenção!!!
Jejum hídrico e alimentar
· Nem sempre é possível fazer o jejum. Importante , pois o estômago vazio faz menos pressão, facilitando a respiração do animal. 
· Principalmente – contenção química
· Estomago vazio reduz a pressão sobre o diafragma, aumentando a expansão pulmonar e a capacidade funcional respiratória (CFR)
· Drogas deprimem a função respiratória _ acepromazina
· Ruminantes _ compreensão do ruem_ regurgitação e aspiração _ timpanismo 
· Equinos _ sólidos_ 12 a 16 horas/ hídrico 2 h
· Bovinos- (caprinos e ovinos) - iniciar 72 horas antes da realização do procedimento. No terceiro e segundo dias anteriores, deve-se fornecer apenas metade da ração do paciente. 24h antes – jejum completo/ hídrico 6h. 
Exame físico:
· Emergência 
· Eletiva 
· Cirurgia adiada_ condições do paciente
· Exames laboratoriais
Registro medico:
· Importante!! Deve ser bem detalhado e escrito de forma clara para evitar possíveis duvidas e problemas durante as tricas de medico veterinário. 
· Hospitalização 
· Cirurgias
· Animal segurado
Decisão pela cirurgia:
· 
· Experiencia
· Necessária
· Orquiectomia, mochação, descorna
· Cirurgião capacitado para operar_ encaminhar
· Abate 
Exame laboratorial
· Questão econômica
· Hemograma 
· Proteínas
· Dosagem de eletrólitos_ cólicas _ deslocamento de abomaso (direita)
· Exame de urina _ gado leiteiro_ cetose 
· Ureia e creatinina _ sistema urinário 
· Avaliação do liquido peritoneal _ cólica _ laparotomia 
Contenção física 
Contenção física: para posteriormente fazer a contenção química na base da cauda ou jugular 
· Métodos de derrubamento
· Proteção das extremidades: lesão de musculatura, fratura, isquemia compressão do nervo radial
· Rumem para cima
· Proteção da cabeça
· Compressão do nervo radial
Contenção química
· Realização do exame clinico – equino
· Exame oftalmológico, do pavilhão auricular e conduto auditivo externo, exames de cavidade oral, palpação retal, endoscopia do sistema respiratório e digestório, lavados traqueais e exames das extremidades dos membros anteriores e posteriores. 
· Características comportamentais
· Redução da ansiedade e do estresse (DOR)
· Dor_ analgésicos + tranquilizantes 
· Não existe fármaco ideal
· Calculo em relação ao peso corporal 
Equino:
· Comportamento variável _ raça e manejo 
· Olfato, audição e visão bastante desenvolvidos
· Variação de peso e tamanho
· Após administração de um tranquilizante ou sedativo (dose clinica)
· Posição quadrupedal
· Sinais de instabilidade corporal
· Afastamento lateral dos membros anteriores
· Apoio alternado dos membros posteriores sobre a região da pinça do casco e ataxia
· Cabeça baixa.
Bovinos:
· Mesmas considerações sobre porte e comportamento 
· Determinadas raças apresentam um temperamento bastante agressivo e defensivo contenção física arriscada
· Posição decúbito esternal ou lateral minutos após a administração da maioria dos fármacos depressores do sistema nervoso central
· Ovinos e caprinos – dócil- facilita contenção física + espécies de menor porte. 
Comportamento:
· Raça 
· PSI, Árabe, Mangalarga paulista e andaluz x quarto de milha 
· Nelore
· Sexo
· Garanhões e touros_ mais agressivos
· Fêmeas =- parto e inicio da lactação, também são mais agressivas
· Idade
· Jovens – melhor contenção- mas cuidado com os fármacos 
· Manejo
Contenção química _ Via de administração
· Intravenosa e intramuscular _ antissepsia e assepsia 
· Intravenosa 
· aplicar lentamente 
· depressão cardiorrespiratória 
· veia jugular externa – cuidado com a artéria carótida interna (decúbito, excitação, convulsão)
· intramuscular
· absorção mais lenta 
· volumes pequenos em diversos grupos musculares 
Intramuscular:
· Pescoço _ área triangular acima das vertebras cervicais abaixo do ligamento nucal e aproximadamente 20cm à frente da borda cranial da escapula.
· Caudal coxal _ nos músculos semitendineos e semimembranoso na face caudal da coxa.
· Bovinos e pequenos ruminantes _ face posterior da coxa. 
Acepromazina:
· Mais utilizada em equinos _ medicação pre anestésica
· Isolada ou em associação
· Tranquilizante leve a moderado
· Responsivo a estimulo externo
· Hipotensão arterial
· Diminuição dos valores de hematócritos e de proteínas plasmáticas totais
· Equinos0,02 a 0,1 mg/kg, IV (10 minutos) ou IM (20 minutos)
· Bovinos e pequenos ruminantes menos usada_ bovinos(0,03 a 0,05mg/kg IV) Caprinos e ovinos (0,05 a 0,1mg/kg IV)
· Deve isolar o animal 
· Baia fechada
· Contenção química de animais de comportamento dócil, exame clínicos simples e não invasivos – cavidade oral, conduto auditivo externo e radiografia.
· Posição quadrupedal e sonolência, ptose palpebral e labial, protrusão peniana, ataxia e discreto abaixamento da cabeça. 
Agentes Agonistas ALFA 2:
· Xilazina, romifidina e detomidina 
· Ruminantes
· Sedação profunda, analgesia e relaxamento muscular
· Bovinos _ a dose de xilazina necessária para obter a sedação é de cerca de um decimo da dose usada em equinos.
· Equinos_ abaixamento da cabeça ptose palpebral e labial , abertura do quadrilátero de apoio (mais evidente é o afastamento dos membros anteriores), ataxia intensa exposição peniana, apoio alternado dos membros posteriores na pinça do casco e apoio quadrupedal. 
· Dose Equinos_ 0,5 a 1 mg/kg, pelas vias intravenosas oi intramuscular.· Ruminantes: prostração (60minutos), sialorreia, rotação do globo ocular, predisposição ao ti paniasmo- reduz a motilidade gastrointestinal.
· Dose Bovinos_ variam de 0,1 a 0,25 mg/kg(IM) e para caprinos e ovinos 0,1 a 0,3mg/kg (IM).
Benzodiazepínicos:
· Diazepam e midazolam
· Poucos efeitos depressores 
· Pode associar a acepromazina
· 0,1 a 0,2 mg/kg via intravenosa
Opioides:
· Butofanol
· Equinos- contenção química e analgesia
· Associado com acepromazina ou alfa 2 agonista_ sedação intensa + analgesia
· 0,05 a 0,1 mg/kg pela via intravenosa ou intramuscular.
Pré operatório:
· Antibioticoterapia _ antecedência _ níveis satisfatórios
· Equinos_ suínos_ ovinos_ soro antitetânico
· Vacinação 21 dias antes _ eletivo 
Preparaçao do centro cirurgico
· Lavagem
· Tricotomia
· Local da incisao_ antissepsia
· Isolamento do campo cirúrgico_ panos 
Pós operatório:
· Etapa importante e difícil
· Funcionários e tratadores
· Confiança médico veterinário
· Aplicação de medicamentos e curativos
Complicações :
· Decência de sutura 
· Contaminação da ferida
· Infecção 
· Aderência
· Hemorragia 
· Dor 
PATOLOGIA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS
Aula 01_ Pratica _ Professora Cristina Mendes Pliego __ 2/02/2021
Apofisectomia frontal (descorne)
Retirada da apófise frontal, conhecido como descorna, remoção cirúrgica de corno, pode ser vista como moxação (porem esse procedimento é diferente, nele e feito a destruição do botão córneo, por alteração química, remoção térmica ou cirúrgica, feito antes do desenvolvimento do corno).
1. CONTENÇÃO: Animal deve ser submetido a uma contenção derivativa em local limpo, bem iluminado e com fonte de água para higienização 
2. TRICOTOMÍA: Deve se umedecer os pelos com água e sabão para que possa ser feito a tricotomia com uma lâmina ou tricotomo. Deve ser feita em ambos os dados ao redor do chifre. 
3. HIGIENISAÇÃO: Importante para eliminar microrganismos patogênicos. A área que passara pelo procedimento cirúrgico deve ser higienizada com iodo degermante (sabão), depois vai lavar e fazer a antissepsia da região da ferida para as extremidades com a solução de iodo alcoólico a 2%.ou álcool 70%. Não pode associar o clorexidine degermante ou alcoólico ao iodo, pois uma inativa o outro. Na presença de matéria orgânica (secreção, fezes etc) o iodo não funciona, sendo assim necessário lavar antes. 
4. SEDAÇÃO: feita pela veia coccígea central, na base da calda região ventral, a base de cloridato de xilazina. Poderia ter sido feita na veia jugular. Se o animal for muito agitado ou agressivo a admiração pode ser feita via intramuscular. Deve ser feito posteriormente a sedação ao bloqueio regional, no ramo coronário (ponto médio entrea a lateral do olho e o corno) , no nervo zigomático que inerva a base do corno. As vezes pode coincidir com a fossa supra orbitaria (aplicar em torno de 15-20 ml de lidocaína ou bubivacaina) e bloqueio infiltrativo na base do chifre,. Pode associar ou não a um vasoconstrictor. é normal o animal se mexer, pois o anestésico arde. 
5. Depois do bloqueio regional, deve se fazer a antissepsia novamente, pois se colocou a mão para anestesiar. Depois se começa a fazer a incisão cirúrgica no corno, uma incisão cutânea ate a base do chifre. Ela e importante, pois algumas será necessário divulcionar esse corno (cerrar, como por exemplo cerra de gigle). Incisione sempre próximo a pele da base do chifre, para que tenha pele para fechar. Incisão essa que deve ser circular ou elíptica. É normal sair muito sangue, é proporcional ao tamanho do animal. A hemostasia geralmente é feita com pinça e conforme vai costurando essa hemostasia fica melhor., não há necessidade de ligar o subcutâneo. 
6. Após a remoção do corno vamos visualizar a parte óssea, abertura do seio frontal e vai até o seio nasal, por isso é normal ter sangramento nasal. Deve se limpar para tirar os coágulos e debrises antes de fechar essa pele. Ela fica retraída, tendo que divulcionar para juntar as bordas superior e inferior. Por isso a moxaçao é menos cruenta que a descorna. 
7. A sutura é de ponto simples separado, sutura de wood, ponto simples normal, ou uma sutura continua se tiver tensão. Usa uma agulha em s, que é comum em cirurgia de bovinos, com uma linha monofilamentar não absorvível, o fio de nylon. O ponto pode ser em X,U ou continuo.
8. Depois deve se fazer a limpeza da região que passou pelo processo cirúrgico, além de higienizar o local da cirurgia. 
9. PÓS OPERATORIO: antibiótico(oxitetraciclina 5mg/kg, SID, 2 dias), anti-inflamatório (Flunixin meglumine 2,2 mg/kg, SID, 3 dias)e unguento . remover a sutura após 8-10 dias. Pode remover as suturas alternadas. 
 
· Cuidado com a quantidade de sangue que entra e passa pelos seios nasal e frontal, pois ele atua como corpo estranho, e pode gerar uma reação inflamatória, gerando uma sinusite. Animais que são operados deitados a quantidade de sangue que entra é maior. 
· Se for fazer deitado, deve ser feito do cifre de baixo, por causa do sangramento, para que não haja contaminação com cifre de cima. 
Castração:
Castração ou orquiectomia. Técnica que evita que esse animal se reproduza. Na orquiectomia é feita a retirada do testículo, mas nem toda castração é com retirada de testículo (química, por criocirurgia ,com uso de um alicate, o burdizzo, e percutânea). Muitas das vezes é o peão que faz a castração. O burdizzo faz o estrangulamento do cordão espermático (estrangulamento percutâneo). O ideal é fazer um bloqueio regional. 
Castração por Burdizzo
1. Deve ser feito a contenção do animal. 
2. É um procedimento doloroso, não se faz a tricotomia, antissepsia ou sedação do animal. Ele não corta a pele, apenas espreme. 
3. Se faz um cordão espermático por vez, se monitora pela palpação, notando se há a isquemia, com a área ficando fria e mais esbranquiçada. É um procedimento rápido.
4. Depois de isquemia ambos os testículos se usam um spray antibiótico. Porém não há a garantia de 100% de que o procedimento funcionou, ao contrário da remoção do testículo. 
Intubação de equino em ambiente hospitalar 
1. Deve ser feito a sedação com tiopental pelo acesso venoso, já com uma sonda nasogástrica colocada, pois se sabe que ele não vomita nem regurgita, ela permite o esvaziamento do estomago se necessário (pode acontecer por uma dilatação gástrica). Se espera o animal deitar.
2. Quando o cavalo deitar pode se usar um pedaço de cano PVC para servir de abre boca e começar a passar o traqueotubo. Depois se avalia a entrada e saída de ar e vê se esta na posição, mantendo o cuff por perto. . 
3. Depois o animal é içado no ar, por um cinturão ou membros, e colocado na mesa cirúrgica. 
PATOLOGIA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS
Aula 02_ Teórica _ Professora Cristina Mendes Pliego __ 2/02/2021
Feridas:
Tema bastante amplo, tanto na clinica de grandes quanto na e pequenos. E há momentos em que se deve interferir cirurgicamente e transformar essa ferida em que já pode ter iniciado seu processo de cicatrização ou tem muito tecido necrosado em uma ferida cirúrgica, a fim de acelerar o processo de cicatrização. Hoje existem muitos medicamentos, substancias tópicas e orais que podem ser usadas para acelerar de retardar o processo de cicatrização. A medicação deve ser escolhida de acordo com o tipo de ferida, onde por exemplo, ferida oncológica, tumoral não se pode estimular o tecido dessa ferida, se não vai estimular a produção de tecido tumoral também. 
O que é ferida??? Perda da integridade, continuidade do revestimento cutâneo (pode ser da pele, subcutâneo, pode ser mais profunda pegando musculatura, nervo e vasos); decorrente de um trauma; varia de acordo com a potência, velocidade, apoio e resistência dos tecidos.
Muitas vezes resultam num processo cirúrgico em alguma momento/etapa o tratamento/cicatrização, mesmo que não seja de grande extensão/uma das etapas que mescla tratamento cirúrgico com clínico, comum no dia a dia que trabalha com grandes. Perda da integridade/continuidade do revestimento cutâneo, decorrente de um trauma, varia de acordo coma potência, velocidade, apoio e resistência dos tecidos. Evita outras formas de agressão ao tecido. O que agrava é o peso do animal, uma força grande imprimida na hora do acontecimento.
Frequente: atividades atléticasO que vai determinar o tipo de ferida é a velocidade, tipo de trauma e o tecido que vai receber esse trauma. Se for um tecido com menos resistência a lesão é maior. Há diversas técnicas para tratamento de feridas, como lasers, ozônio, crio cirurgia, compressas, curativos especiais, curativos a vácuo etc.
· Equinos (pode esbarrar e pode causar lesão, corrida/salto/treinamento diário/enduro), as lesões de extremidade são as mais difíceis de e tratar, pois é uma região que tem muita movimentação, tem aporte sanguíneo mais escasso, pois os vasos são mais finos. 
· Pastagens sujas (com madeira, ripas, pregos, arame, pode fazer edema/hematoma/às vezes não houve perda de tecido e fazer um trauma que também requer tratamento clínico e acompanhamento), 
· Instalações precárias (baias que às vezes tem parafusos que ficaram presos/sobrando que machuca quando vão sair, pontas de madeira), 
· Acidentes -- fugas (tentar pegar o animal/tenta sair, de forma abrupta, indução de um novo animal quando se estressar, quando outros animais não aceita bem a presença dele a primeira semana), 
· Arame farpado (nos pastos sujos, restos que ficam no pasto e animal fica se enrolando), 
· Rotina (extremidades distais --- complicações, principalmente por conta do sangramento intenso devido a gravidade e contaminação)Ferida com laceração, com tecido esmagado, ruptura de musculatura, lesão de continuidade na pele. Nem sempre se consegue determinar a causa, pois pode ter ocorrido por uma briga, coice, fuga outros. Essa ferida já esta limpa com a tricotomia feita , para que se inicie o tratamento, pode pensar em suturar caso a ferida não esteja contaminada, a fim de acelerar a cicatrização, se estiver contaminada vai fazer um abcesso. 
Planos Anatômicos:
- 1 Dimensão: 
· profundas --- penetrantes e perfurantes 
- 2 Dimensões: 
· incisinais, 
· lacerações, 
· abrasão, 
· contusas
Feridas Perfurantes:
· Pequena extensão, essa ferida pode ter sido secundaria a um trauma perfurante. Pode ser causada por um parafuso ou prego. Onde a ferida se baseia em uma pequena extensão, porem profunda. Pode ser secundaria a um trauma perfurante ou secundário a um corpo estranho que esteja na ferida causando uma reação de corpo estranho.A anaerobiose é uma questão muito importante, por isso é importante limpar a ferida com agua oxigenada., além de precisar fazer a profilaxia antitetânica, pois pode não se saber o que causou ou não a ferida.
· Grande profundidade, 
· Superficiais ou profundas (complicação é sempre maior, quando envolve articulação a ferida é mais complicada, risco de sepse é grande) , 
· Ambiente anaerobiose (propício para clostridium tetanico se desenvolver, pode fazer perfuração pequena/rápida cicatrização externa e por dentro não cicatrizar, sempre interessante faz uso do soro antitetânico, 5.000unidades de dose preventiva uma no momento e outro 10-14 dias depois, com casqueamento e ferrageamento que tem cravos que desenvolve uma ferida, vacinação em dia é importante, no ambiente tem presença elevada do esporo, às vezes nem tem como localizar porque a ferida passou batida/difícil de visualizar que cicatriza e forma ambiente), 
· Limpeza água oxigenada e soro antitetânico (2 aplicações, uma no início do tratamento e outra 10-14 dias depois, prévio as castrações também, dependendo se foi vacinado ou não) --- profilaxia (pois tétano é doença de difícil cura), pode levar a sepse, 
· Sinal clínico ---- claudicação geralmente, principalmente em animais criados a pasto (pode observar sangramento também), 
· Farpa, 
· Madeira/reação inflamatória --- fístula (não deixa a ferida cicatrizar, ela tem o orifício, o trajeto e o fundo. Vai ficar drenando secreção).
Feridas Incisionais:
· Ferida cirúrgica (no momento da cirurgia, grau de contaminação é menor, requer pós-operatório e cuidado de higiene) --- provocadas pelo bisturi, onde se fez um acesso cirúrgico abrindo a musculatura, deve suturar a linha alba, musculatura, tecido subcutâneo e sutura de pele. Vai ter todos os processos de cicatrização, tecido de granulação, fase inflamatória e as demais, não se vê, pois, a ferida está fechadinha. 
· Pouca contaminação,
· Cicatrização por primeira intenção (bordas são aproximadas, camada muscular + serosa + subcutâneo + pele, não há perda tecidual),
· Fechamento plano a plano (bordas aproximadas), não há perda de tecido. Pouca contaminação, fechamento plano a plano, cicatrização por primeira intenção.
Lacerações:
· Similar a ferida incisa, porém ocasionada por objeto cortante , tornando-as irregulares(ocorre arrancamento tecidual grande com grau de contaminação elevado) --- arame, tampa de lata, pode ser secundário a uma mordedura , tem grau de contaminação elevada, 
· Acidental, margens irregulares ---- rasgo, arrancamento tecidual, de grande extensão, 
· Largura e profundidade podem variar, é mais extenso, dificilmente cicatriza pele e mantém ambiente de anaerobiose, necessidade do soro antitetânico é menor, risco de desenvolver tétano é menor.
· Há profundidade, destruição de tecido subcutâneo e musculatura, podendo transformar essa ferida em uma que se cure por primeira intenção. 
Abrasões:
· Escoriações (animal de corrida pode ralar alguma região na própria baia, quedas) ralado, 
· São extensas e superficiais cicatrizam segunda intenção (geralmente não iram ter necessidade de nenhum reparo cirúrgico), Pode haver uma ferida mista, com abrasão e laceração. 
· Cólica animal com dor se joga no chão/ regiões de proeminências ósseas (perto do olho/próximo a cabeça, região da palheta) /contaminadas. Relacionado a queimadura.
Feridas Contusas Contusão:
· É considerada contusão todo trauma direto sobre a pele, sem que haja qualquer comprometimento da integridade cutânea, 
· Fechada, 
· Ocorre por uma pancada/choque que não leva perda da continuidade do epitélio ---- ferida, pode ser por mordedura, com esmagamento. Pode se compara a mordida do equino com a do cão, o cavalo esmaga, gerando uma destruição do tecido sem perfuração, já o cão abre feridas.
· Objetos rombos, importante pois ele não rasga.
· Lesões adjacentes são maiores que nas feridas incisas, 
· Hemorragia e edema, sem lesão ---- contusão, 
· Otohematomas (ectoparasito) --- hematoma na região da orelha ----- contusão, hemorragia interna, não são diagnóstico aparente (precisa de exame complementar, radiografia, dependendo do tempo de espera é importante para o tratamento). Às vezes não tem ferida de continuidade, não necessariamente irá haver uma lesão, mas sim edema ou hematoma. Se enrola no arame, não houve incisão/lesão, mas teve edema ou hematoma ou hemorragia. Não necessariamente irá ter incisão, mas pode ter trauma, membros que tem uma camada de osso muito superficial/pouco protegida por região muscular, costuma ser grande/facilmente desenvolvido levando a edema e claudicação, hemorragia interna. 
Tipos de ferida:
Profundidade:Importante descrever bem as feridas, pois durante a troca de plantão é necessário que o ouro plantonista tenha as informações bem claras. 
- Superficial: 
· escoriações (não são preocupantes que demanda tratamento prolongado), 
· incisional --- pele, 
· contusão (pode ser tratamento cirúrgico ou não dependendo da lesão)
 - Profunda: 
· lacerações, 
· contusão (pode ou não ter perda de integridade da pele, mas tem atrofia muscular pois começa a sentir dor e diminui atividade naquela região, contusões são de diagnóstico mais difícil) 
· incisional (laparotomia pega mais camadas que tumor de pele) --- podem ser superficiais e profundas (depende do número de camadas que atinge)
Comprometimento:
- Simples: 
· Queimaduras na região superficial. Equino é comum ser marcado com ferro quente ou nitrogênio líquido. Elas levam a alterações sistêmicas, como desidratação, tecido necrosado e contaminação.
- Complexas:
· Profundas, 
· Superficial--- contaminada/tecido necrosado, 
· Articulação --- artrite microbiana (sempre é muito complicada, chegar na parte óssea de tão profunda, podendo levar a uma osteomielite), 
· Lesão superficial ---- fatores ---- vaso (perde vascularização) /nervo (perda da sensibilidade na região) /tendões (atrofia, não desenvolve mais o movimento completo, levando sobrecarga nos outros membros) /osso (fratura)/músculos(atrofia).Mesmo que haja perda tecidual sempre há retração tecidual. Pode se usar óleo de girassol, dersane, regerpil etc.
- Açúcar estimula a osmolaridade (altera ph) e reparação tecidual/preenchimento tecidual como tratamento, quando ta com ph ácido, grau de acidez elevado, extremamente inflamado. Laserterapia ou ozonioterapia pode ser usado também para estimular. 
- Espaço morto (região vazia) impede a cicatrização, impede preenchimento tecidual de dentro para fora.
Feridas por Arma de Fogo:
· Borda invertidas ----- entrada, para dentro.
· Bordas evertidas --- saída, para fora.
· Características:
· pode ter ou não, pode ficar alojada , necessita ou não de raio x, dependendo se o projeto ficou alojado. 
· Orifício de entrada e trajeto --- bordas invertidas e circulares (geralmente é irregular quando mordida), 
· Orifício de saída --- presente ou não (depende do calibre da arma utilizada, da potência dela, o projétil pode não sair) -- bordas evertidas e irregulares, 
· Calibre do projétil/arma utilizada. Não é comum, mas pode se deparar. Deve se fazer a analgesia, anestesia, antibioticoterapia e uso de anti-inflamatórios. Dependendo do tamanho da ferida esta pode ser transformada em uma ferida cirúrgica se necessária ou fazer algum outro tipo de intervenção que facilite a cicatrização. 
Traumatismo Térmicos: 
· Queimaduras (não é tão raro), pode ser elétrica, química, ferro, acidente, como incêndios. 
· Lesões por queimaduras podem levar mais tempo para aparecer pelos (porque pode atingir folículo piloso ou pode nem aparecer, não cresce pelo, atinge camada mais profunda) --- 6 a 7 dias, 
· Humanos ---- bolhas, 
· Bovinos --- época seca (irá ocorrer incêndio) /forragem alta, pessoas que jogam guimba de cigarro no mato. 
· Equinos -- incêndio, acidente doméstico com água quente ou incêndio em estábulos. 
· Calor seco -- ferro quente (naquela região não irá crescer pelo devido ao atingir região mais profunda)
Fases da Cicatrização:
· Reconhecer em que fase da cicatrização se encontra a ferida (saber qual procedimento é mais eficiente), 
· Fatores interferem que varia de lesão para lesão (grau de contaminação, extensão, fase que esta, localização, tempo que ocorreu, camada atingidas, necrose tecidual, estruturas que foram atingidas, se tá atingindo circulação ou cartilagem), 
· Optar pelo tratamento mais efetivo, 
· Reduzir tempo de cicatrização --- custo/função da estrutura (evitar retração tecidual para não ocorrer limitação). Não necessariamente se encontra/depara desde a primeira fase, às vezes pode já encontrar na terceira fase, pode inviabilizar o tratamento, quanto mais horas passarem- pior, pois tem vasoconstrição da região, começa a ter necrose do tecido que vai interferir na cicatrização e tratamento. No início consegue fazer tratamento. 
· Ferida esta em uma fase inflamatória associado a uma fase proliferativa com, tecido de granulação , mas a ferida esta com muito tecido necrosado, o ideal é fazer um desbridamento, seja ele cirúrgico ou químico. Tudo isso a fim de tornar o tempo de cicatrização mais curto. 
· Região que causa decência, um equino com higroma no cotovelo, secundário ao trauma. Sendo assim necessário alterar o manejo e tratamento, pois articulação geralmente e mais comum ter decência de sutura., sendo assim ou não se faz ou se reduz primeiramente o tamanho da lesão. É esperado remover esses pontos em 7-10 dias. 
Cicatrização: 
Objetivo é limitar o dano e restabelecer integridade e função dos tecidos afetados. Para evitar é promover o quanto mais cedo o tratamento, quanto mais cedo abordado menor será perda da função. 
Os tipos são:
· regeneração quando recupera integridade, fígado se regenera bem. 
· reparação que é quando tem perda da função do tecido afetado ou próximos a ele.IPC
Classificação didática - fases interdependentes:
Inflamatória ou Exsudativa:
Começa logo após a lesão. Está presente rubor, calor, tumor, dor, geralmente tem muito edema e sangramento, dura cerca de 72 horas, costumam aliviar/ tende a amenizar com o passar dos dias, iniciar tratamento o quanto antes, pode se agravar com perda de lesão tecidual. Hemorragia funciona como uma lavagem da ferida, pois carreia bactérias, corpos estranhos, sujidades, liberação de catecolaminas devido a lesão endotélio vascular fazendo processo de vasoconstrição para deter hemorragia. Ativa sistema de coagulação que irá acumular coágulo nas bordas da ferida, uma matriz provisória para ingresso de fibroblastos, células endoteliais e queratinócitos, liberação de mediadores (citocinas) pró-inflamatórios que irão proporcionar os sinais inflamatórios. Anti-inflamatórios iram combater fatores pro-inflamatórios. 
Ocorre lesão, tem sangramento imediato que pode ser intenso ou não, fazer hemostasia (vasoconstrição ou coagulação- ativação de plaquetas), formando/ depositando coágulos na borda da ferida (matriz provisória para migração celular, macrófagos e fibroblastos), no coagulo tem adesão de bactérias/ restos epiteliais/ material estranho pois não permite cicatrização completa da ferida ou irá reabrir novamente, continua tendo dor/rubor/calor/edema, liberando histamina que irá causar vasodilatação, elementos celulares (limpeza -PMN- polimorfonucleares) irá limpar a região da ferida/ neutrófilos, macrófagos e monócitos -- fase, desbridamento-- 6 a 12 horas, irá ocorrer ação fagocítica que PMN irá fagocitar bactérias presentes e enzimática irá liberar enzimas que irá ajudar na cicatrização, irá formar outro coágulo que tem que ser removido para não ocorrer desidratação/ “Casca” (fazer curativo fechado se for para proteger) irá impedir processo cicatricial, fibroblastos serão depositados, causando fase proliferativa. 24 horas depois fase aguda já está amenizando. Importante é células inflamatórias (leucócitos PMN, macrófagos e linfócitos), PMN (chegam no momento da injúria tissular até 5° dia, fagocitose), Macrófagos (célula mais importante, 3°-10° dia, são monócitos circulantes), Linfócitos (libera linfocinas, influência sobre macrófagos, 1 semana, macrófagos apresentam antígenos > em feridas contaminadas), Fibronectina (sintetizada por fibroblastos, queratinócitos e células endoteliais, adere à fibrina e ao colágeno, age como “cola” ---- base para matriz). Cuidado com o uso de iodo, pois ele é toxico para os fibroblastos, inibindo a formação de tecido de granulação, atrasando a cicatrização. Medicações que freiam o tecido de granulação, pomadas a base de colagenase(também pode ser usada para o desbridamento de feridas muito necrosadas), povedine, iodo, albocresil. Pode se encontra no hemograma leucocitose, monocitose e linfocitose. 
Fase Proliferativa:
Formação de tecido de granulação (equino tem deficiência na modulação/formação, de forma exacerbada, se deixar naturalmente nunca cicatriza, você que tem que controlar) e deposição de colágeno, responsável pelo fechamento da lesão, a partir de 12 horas em feridas limpas. 
Subfases:
● Reepitelização: migração de queratinócitos das bordas da ferida _ H20
● Fibroplasia: fibroblastos. Formação do tecido de granulação 
● Angiogênese: células endoteliais oferece o2 e nutrientes --- neovascularização, vasos da borda - Maturação: Movimento centrípeto é quando ocorre a cicatrização de fora para dentro. 
Fase de Maturação:
Tecido de granulação maior tensão na ferida retração cicatricial (miofibroblastos, isso coça pode demorar de 3-4 dias) aproximação dos bordos irá eliminar todas as fases anteriores/ em ferida extensa irá abreviar tempo de cicatrização proliferação de vasos e fibroblastos.
Fase de Remodelação:
Diminuição da densidade celular e vascularização, aumento daforça de tensão, geralmente 1 mês depois da cicatrização, reabsorção de água, diminui a espessura da cicatriz, 5° dia até meses.
Ferida com tecido de granulação saldável, com bordos invertidos, isso vai fazer com que a cicatrização demore mias. Vai ser feito a reepitelizaçao. Pode se descolar os bordos, a pele das laterais que estão invertidas e tentar fechar essa ferida. Ela vai cicatrizar de segunda intensão e posteriormente ser transformada em ferida cirúrgica. 
Queloide:
É decorrente da contínua produção de colágeno jovem devido à ausência de fatores inibitórios. Equinos -- tecido de granulação exuberante. Não ocorre a contração da ferida. Necessário bordas lineares. Colocar malha para reduzir a deposição do colágeno e formatar deposição de tecido de granulação. Faz atadura/ligadura com pomada a base de corticoide ou corticoide injetável. Quando localizadas em áreas periarticulares podem provocar limitação do movimento e originar ulcerações pré-cancerosas. Habronemose que é ciclo errático de um parasita gastro intestinal, tratamento é da ferida e do parasita, pelo Habronema Muscae, Pitiose é causada pelo fungo Pythium são duas doenças diferenciais que sempre gera queloide no equino. Não é gerada se houver tratamento preventivo. Geralmente não tem conhecimento do tratamento. Remoção da ferida com bisturi elétrico que ajuda na cauterização/hemostasia e fazer prevenção contínua da=o tecido de granulação. A prevenção é a melhor forma de tratamento da cicatriz queloidiana, através de meios de contenção (malha elástica, placa de silicone etc) ou pomada ou gel adequado.
PATOLOGIA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS
Aula _ 03 Teórica _ Professora Cristina Mendes Pliego __ 09/03/2021
Tipos de cicatrização:
Os eventos de cicatrização tecidual podem ser classicamente divididos em 3 fases (a fase de inflamação, fase de formação de tecido de granulação com depósito de matriz extracelular e a remodelação tecidual). Essas fases não são mutuamente exclusivas, e sim sobrepostas no tempo. 
Primeira intenção: união primária (é a sutura), bordas apostas ou aproximadas (se tiver distante não consegue, pois, pele está aderida a musculatura, descolar ele para aproximar, porém irá ter mais dor no pós-operatório e edema, trauma maior), perda mínima de tecido, ausência de infecção (causa decência de sutura), edema mínimo (é variável), tecido de granulação não é visível, exemplo 4 a 10 dias, remoção dos pontos em 7-10 dias. É a principal. Normalmente não se ve a cicatriz, devido a sutura feita. A área de cicatrização apresenta mais vasos, devido a maior necessidade de aporte de oxigênio e celular (angiogênese). E depois da cicatrização ela fica clara devido a mudança de tecido e não necessidade do aporte sanguíneo.
Segunda intenção: perda excessiva de tecido, bordas sem contato, deiscência de sutura devido ao grau elevado de contaminação, através do tecido de granulação, controlar por medicação sistêmica e curativo, processo mais demorado, tem infecção, dias à meses, feridas com grau de infecção elevado, não tem aproximação das bordas. Cicatrização de fora para dentro. Pode ter sido proveniente de uma decência de sutura, indo de primeira intenção para segunda intenção.
Essas feridas traumáticas são bem comuns em equinos. Se observa que tem exposição de musculatura, quando ocorre a lesão já há a retração dos bordos da pele. Nessa ferida foi reavivado os bordos, ate sangrar, para assim promover a cicatrização, depois foi transformado em uma ferida cirúrgica. Foram feitos todos os procedimento s de assepsia e antissepsia, além de analgesia, bloqueio local e limpeza da ferida, depois foram feitos os pontos. Depois houve a decência de sutura, transformando essa ferida de primeira intenção em segunda intenção, devido a região ser de muita movimentação. Cicatrizando assim por segunda intenção. Tendo a exposição do tecido de granulação, cuidado com as inversões das bordas de pele. 
Terceira intenção: nela se tem uma ferida suturada ou uma ferida que sofreu uma deiscência de sutura, onde se reaviva os bordos e faz uma sutura secundária, porém nessa ferida já há tecido de granulação, isso caracteriza uma ferida de terceira intenção. É necessário controlar infecção para não ter mais deiscência de sutura, porém custo é maior, evita contaminação, abrevia tempo de cicatrização, reavivar os bordos, observar presença de tecido de granulação, avaliar custo pra ver se é viável.
· Fenilbutazona tem que ter uso estritamente intravenoso, se aplicar no músculo causa necrose tecidual, tem que ter cuidado para não extravasar que vai causar necrose tecidual.
Nem todas as feridas permitem que seja feito a sutura, essa lesão teve uma grande área de necrose e abcesso, com constrição de musculatura. Deve ser feito o desbridamento cirúrgico para tornar a ferida em uma ferida viável para cicatrizar por segunda intenção. 
Quarta intenção: são os enxertos. Se usa bastante na espécie equina. 
· Auto-enxerto é no próprio animal, pode se usar punch, onde se remove partes de pele, subcutâneo e musculo saldável e se coloca no tecido de granulação da ferida, que passou pelo mesmo processo de remoção de tecido. É usado para feridas que demoram muito para cicatrizar, promovendo a reepitelização. A área saldável de onde o enxerto foi coletada deve ser suturada. Há enxertos que não aderem, sendo assim necessário revascularizar a área. Características do tecido de granulação, brilhante, friável e sangra facilmente ao toque.
· Homoenxerto é na mesma espécie, coleta o tecido de outro animal e se coloca em outro, desde que sejam da mesma espécie. 
· Heteroenxerto é em espécie diferente. Pele de tilápia.
· Tecido biológico ou sintético. Não é coloração pálida e sim com aspecto ótimo e de ótima vascularização, tem suporte de o2 e nutricional = coloração avermelhada.
O plano básico do processo de cicatrização, de uma maneira geral, é sempre o mesmo:
 - Preencher espaço e selá-lo com uma cicatriz para não ter espaço morto que aumenta grau de contaminação. Pode se fazer uma sutura, pode deixar cicatrizar por 2 intenção, usar medicamentos que estimulem a cicatrização.
- Evolução: presença ou ausência de bactérias, a natureza da ferida (se é fechada ou aberta), o grau de suprimento sanguíneo, a quantidade de tecido morto para ser eliminado (interfere na cicatrização), o tipo de tecido lesado e muitos outros fatores (ambientais, estresse, carga parasitária, sanitário, imunidade).
 - Fatores que interferem: Provaaaaaa!!!!!!!
● Locais: 
· infecção, ela aumenta a fase inflamatória, o tecido de granulação vai demorar um pouco para se desenvolver, devido a alteração do pH e a colagenase (produzida por algumas bactérias, ela promove a destruição do colágeno interferindo na formação de tecido de granulação). Não se passa colagenase na ferida cirurgia, pois ela interfere na formação do colágeno e com isso atrasa a cicatrização, já feridas abertas com bastante tecido desvitalizado ela é indicada, promovendo assim um desbridamento químico dessa ferida.
· corpo estranho/miíase, também aumentam a fase inflamatória. habronema. 
· desvitalização e necrose tecidual, aumenta a fase se limpeza, a fase de mobilização de polimorfo nucleados para fazer a limpeza desse tecido. 
· hemorragias/edema/seroma, onde pode se ter uma ferida cirúrgica limpa e fechada e a baixo ter uma bolsa de seroma, ele precisa ser drenado. Ele cria um espaço morto, fazendo com que os pontos possam vir a ceder. 
· Antissépticos, iodo, que é toxico para os fibroblastos, atrasando a fase ca cicatrização. 
· deficiência de irrigação sanguínea (ferida recente ou neovascularização impedida ou do próprio animal/de certa idade), 
· tensão excessiva na linha de sutura (uso de capton, que protege a linha de sutura quando incisionada nesses tubos) -- técnica, 
· localização da ferida, se há muito movimento, se tem pouca pele livre para cicatrização 
· mobilidade e vascularização (maior vascularização irá ajudar), 
· fios/material estranho/sutura errada (pode causar edema, leva a deiscência de sutura) 
● Gerais: 
·hipoproteinemia (reduz fibroplasia) 
· idade, deficiência de vitaminas (síntese de colágeno), animais caquéticos ou mal nutridos.
· esteroides (hormônios que interferem na cicatrização), 
· doenças metabólicas (diabetes, uremia causa necrose tecidual), microangiopatia vascular, causado pela diabetes em humanos. 
· temperatura (sinal pró-inflamatório),
· drogas citotóxicas e radiação (cirurgias ortopédicas) (algumas feridas podem ser tratadas), não é rotina de grandes animais. 
· leucopenia (queda dos leucócitos), 
· anemia (hipovolemia/perfusão -- o2), 
· hiperatividade do paciente x repouso Muito importante a orientação pós ferida ou pós cirúrgica. 
Avaliação da Ferida:
· 
· Dano tecidual, 
· Extensão, 
· Profundidade, 
· Tecidos desvitalizados (soda cáustica ou escarificar), 
· Lavagem da ferida facilita a avaliação-- soro fisiológico,
· Tricotomiaantissepsia 
Complicações:
· 
· infecção (local e sistêmica), 
· hemorragias, fazer ligadura, pinçar, sutura, bisturi elétrico.
· pus, 
· corpos estranhos, podem causar fistulas. 
· miíases (presença e por falta de cuidado no pós-operatório), 
· estado geral do paciente.
Diagnostico
· 
· Anamnese, avaliar o animal por inteiro, além da ferida. 
· Histórico,
· Exames complementares, 
· Ausculta, 
· US/RX, hemograma
Histórico
· Maior tempo maior risco de contaminação
· Menor chance de cicatrizar por primeira intenção
· Causa_ contaminação
· Saber a fase da cicatrização para saber o que usar na limpeza da ferida. Geralmente esse animal já passou pela fase inflamatória, já em fase de fibriplasia, com um belo tecido de granulação.
· Sempre fazer a PROFILAXIA COM ANTITETANICA!!!!!
· Ficha dermatológica completa com resenha. Importante para as mudanças de plantão.
Equinos
· Caracterizada por comportamento ativo e respostas rápidas, atividade atlética, predispõem lesões nos membros. Tem o manejo, fuga, arame farpado etc.
Extremidades distais:
Áreas com pouca vascularização, régio de movimentação, predisposição a formação de tecido de granulação, predisposição a habronemose. 
· Falta de tecido de revestimento (não tem muito tecido para fazer sutura), 
· Má circulação (pouca circulação), 
· Movimento articular e articulação (promove tensão maior na região, 
· Contaminação podendo chegar na articulação e causar osteomielite ou artrite séptica), maior oportunidade para contaminação 
· Infecção (por estar próximo ao chão). 
· Tecido de granulação exuberante (sulfato de cobre- Albocresil, controle de queloides).
· Ocorre regeneração e perda de função do membro, se tiver perda de articulação/movimento pode fazer fisioterapia para não ter movimento limitado.
· Curativo fechado evita acesso de agentes contaminantes e controlar formação de queloides, limitando formação, começar de baixo pra cima, cuidado para não garrotear membro do animal, estar atento no posterior para não ficar úmido.
· Mensuração de ferida, feridas no tórax cicatrizam mais rápido que as de membro, como se observa na foto ao lado, ambas têm o mesmo tempo de cicatrização. 
Curativo:
Não pode comprimir, garrotear a pata e usar de forma que tenha uma boa cobertura e não saia com facilidade, sempre acolchoar com algodão ortopédico, atadura elástica 
· Depende da causa, 
· profundidade, 
· grau de infecção,
· localização, 
· tipo de cicatrização, 
· apresentação clínica da ferida 
· coloração negra (necrosada), 
· amarela (envelhecida), 
· vermelha (mais recente/aguda/quadro hemorrágico), 
· rosa (já controlou infecção e hemorragia). 
· Objetivo é remover excesso de exsudato e necrose, permitir troca gasosa, proteção da ferida --- bactérias ambientais, não permitir isento de partículas, retirada do curativo sem traumas (dependendo da ferida pode aderir liga a ferida, cuidado para não agredir a ferida mais ainda), 
· Umidade em feridas abertas (tende até a aderir ao curativo). 
· Curativo local e sistêmica para controlar infecção. 
· Antibiótico sobre tecido precisa ter ph adequado e ambiente favorecido para absorção. Via sistêmica chega na ferida e controla situação.
Controle da Hemorragia:
Controle da hemorragia, seja ela arterial, venosa ou capilar, suturar os vasos, pinçar os vasos com torção, compressão com gelo, lavagem após hemostasia e contusões (tratamento de choque- ducha fria e depois aplicar compressa quente com sal). Primeiro se faz uma vasoconstricção para diminuir o extravasamento de sangue e depois fazer a vasodilatação para favorecer a dissolução do hematoma.
Sedação/ Anestesia Local:
· Dor, 
· Manejo, 
· Anestesia local, 
· Não usar vasoconstrictor em extremidades (quase não tem sangramento, mas tem risco de fazer necrose). Xilazina 10% para equino, em ruminante é 2%, efeito rápido em 20-30 minutos, dose mínima é 2 ml. Para efeito mais prolongado é recomendado aumentar dose (intermediária) ou usar Detomidina, ou pode até associar os dois com dose menor.
· Tricotomia e limpeza
Cuidados gerais:
· Uso de luvas, 
· Limpeza com jatos de soro fisiológico -- remover debris/ sujidades, 
· Sem friccionar ou pressionar para não lesionar ainda mais o tecido. 
· Desbridamento cirúrgico (pinça ou tesoura) ou não cirúrgico (fica com aspecto hemorrágico, tem tecido vivo, tem debris celulares, pode usar colagenases), nas bordas pode ser cirúrgico, se for extenso não tem como.
Limpeza:
· Soluções iodadas --- degermante, as fezes inativam o degermante, primiro deve se lavar.
· Alcoólica e veículo aquoso --- 
· Contra-indicados em feridas abertas pois interferem na cicatrização --- tóxica para fibroblastos. Iodo. 
· Peróxido de Hidrogênio: efeito efervescente pode ajudar a debridar, mas possui toxicidade aos fibroblastos e microcirculação. 
· Clorexidina: uso satisfatório em feridas com infecção, sem interferir muito na cicatrização. Clorexidine alcoólico, clorexidine degermante e clorexidine. 
· Clorexidine 0,05% e Iodopovidona 1% --- acima é tóxico.
Suturas:
· Simples interrompidas (vantagem é que não rompe todos os pontos, espaço morto deve ser evitado, mas se não produz muito exsudato, certo é drenar conteúdo), 
· contínua simples (se um rompe, irá romper todas, vantagem é que é rápida), 
· sutura contínua ancorada (voltar ponto na lateral para fazer uma tensão maior),
· sutura U (longe-longe, perto-perto, não rompe todos os pontos, aumenta tensão). 
· Absorvíveis para camadas internas/ subcutâneo e musculatura (ácido poliglicólico e poliglactina 910), 
· Inabsorvíveis para a pele (nylon, poliamida, poliéster, polipropileno).
Antinflamatórios:
Ação analgésica, gelo (diminui fluxo de agentes antinflamatórios, Flunixin meglumine (1,1 mg/kg, EV ou IM, Banamine), Fenilbutazona (2,2 mg/kg, causa necrose tecidual extensa, uso IV) 
Antibióticos:
Depende da ferida, tópicos (pode ter interferência de absorção da própria ferida --- neomicina, cloranfenicol, sulfadiazina prata, nitrofurazona, rifamicina, 
Produtos:
· Colagenase --- necrólise --- usar até remoção do tecido necrótico, 
· Fibrolisinas --- idem, 
· Papaína 
· Ácido graxo essencial --- óleo vegetal --- estimula mitose e proliferação, 
· Ureia --- estimula granulação. 
· Fisioterápicos 
· própolis, 
· óleo de neem, 
· calêndula, barbatimão.
· Repelentes
Considerações:
· Optar antibiótico parenteral --- tópicos não tem concentração suficiente, 
· H2o2_ feridas perfurantes
· cremes e pomadas --- veículos para outros fármacos
· açúcar que favorece granulação, ele é um hiper osmótico, puxando a agua da feria para ele, diminuindo a quantidade de secreção da ferida. 
· sulfato de cobre, albocresil, corticoide tópico --- inibe o tecido de granulação exuberante --- bandagens), 
· curativos e bandagens (isolamento, proteção --- trauma, contaminação, ação prolongada do produto tópico, ataduras, malhas, ataduras de baixo para cima --- cuidado para não garrotear)
Complicações da ferida:
· 
· Infecção, 
· hematoma, 
· reação ao corpo estranho, 
· queloide, 
· cicatrização incompleta, 
· dor crônica, 
· deiscência de sutura.
PATOLOGIA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS
Aula _ 03 Pratica _ Professora Cristina Mendes Pliego __ 11/03/2021
 EmasculadorAgulha em s agulha guerlach 
 
Agulha em s agulha guerlach
PATOLOGIA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS
Aula _ 0 4 teórica _ Professora Cristina Mendes Pliego __ 16/03/2021
Paratopias - hernias, eventração e evisceração
Paratopias são condições relativamente comuns em animais de grande porte, seja de origem congênita ou adquirida, condições que podem agravar o caso como cólica severas/intensas e até morte do animal. 
Trata-se do deslocamento de estruturas anatômicas ou órgãos para local adjacente, permanecendo em local errôneo sob forma temporária ou permanente. Geralmente hernia esta falando da alça intestinal em grandes animais, que ira se projetar num anel herniario e fica ali, as vezes retorna pro local original, as vezes fica de forma permanente. Em pequenos animais tem hérnias que no anel herniário tem projeção diversas vísceras, bexiga,que não é tão comum em grandes animais. O que é comum em grandes é hérnias, eventração e evisceração. Se estiver falando de prolapso retal também não é tão comum (exposição da mucosa através do orifício anal ou vagina), já prolapso vagina/uterino é bem comum, acontece bastante em grandes animais. No prolapso tem diversas estruturas ali que foram prolapsadas (vagina,útero,bexiga etc), agora quando você tem hérnia, geralmente o que está presente é a alça intestinal, pode até ser o útero gravídico por exemplo devido a pressão que a víscera está causando na hérnia. Além disso, de útero, já é mais raro
Hérnias:
É a protrusão, insinuação ou passagem de um órgão ou parte dele, de sua cavidade original para outra vizinha, através de uma abertura natural defeituosa (de origem hereditária, não fechamento do anel inguinal ou por pancada), podendo ser de origem congênita ou adquirida. Exemplo de parede abdominal para anel herniário. Têm em menores proporções e tem o anel herniário.
● Hérnia x Eventração x Evisceração 
- Eventração: saída de vísceras de maneira abrupta, contidas pela pele. Tem abertura da musculatura abdominal, mas não tem exposição. Não tem anel herniário. 
- Evisceração: exteriorização de víscera (s) através da pele. Tem exposição. 
● Elementos:
 - Hérnia verdadeira: anel herniário (por onde vísceras se projeta), saco herniário (vísceras envolvidas pelo peritônio) e conteúdo herniário (tem alça intestinal) 
- Falsa hérnia: defeito estrutural com conteúdo, mas com ausência de algum ou alguns elementos que caracterizam uma hérnia. Exemplo é a Hérnia diafragmática (em grandes é um diagnóstico um pouco mais difícil e geralmente em animais atletas, com algum trauma, onde diafragma pode se romper e projeta alguma alça diafragmática). Não tem saco herniário presente geralmente. 
● Fatores predisponentes: idade (> idosos, debilidade/fraqueza muscular que pode levar ao rompimento da musculatura), sexo (macho geralmente tem predisposição maior as hérnias inguinais ou então ignia escrotal, onde vísecera chega a repousar sobre a bolsa escrotal), obesidade (depósito de lipídeos musculatura - debilidade muscular) 
● Fator determinante: aumento da pressão intra-abdominal. No pós-operatório imediato de hérnia tem esse fator presente. As vísceras fazem uma pressão muito grande sobre o local da cirurgia recém realizada, então o jejum é até mais prolongado que o habitual será bem importante. Sempre a pressão intra-abdominal está presente, se for uma hérnia de parede abdominal na região lateral, tem uma pressão menor, mas geralmente estão localizadas na parte ventral do abdômen, então todo peso das vísceras repousa sobre a hérnia.
Classificação:
- Estrutura: verdadeira ou falsa
- Origem 
● Congênita: defeito no desenvolvimento embrionário que acaba como consequência a hérnia. Não fechamento da musculatura que compõe o anel inguinal e consequentemente na bolsa escrotal.
● Adquiridas: manejo inadequado do cordão umbilical. Uma das consequências é a hérnia inguinal, inflamação leva a um não fechamento do anel inguinal 
● Uni ou bilateral 
- Localização:
● Hérnia umbilical: falha no fechamento da musculatura que compõe o cordão umbilical. Comum em suínos
● Hérnia inguinal: falha na musculatura que determina fechamento do anel inguinal 
● Hérnia inguinoescrotal: tamanho da abertura, que é maior, chega a tocar bolsa escrotal, um pouco superior. Comum em equinos.
● Hérnia perineal: não é tão comum, pois pressão intra-abdominal não é tão grande. Interna das vísceras ocorre na região ventral da parede abdominal. Comum em pequenos ruminantes, mas com mais frequência em cães. 
● Hernia diafragmática (ruptura): ruptura por onde se projeta a víscera. É uma ruptura diafragmática, sendo classificada como hernia falsa. 
● Hérnia incisional: pós cirúrgica, no local acabou ocorrendo ruptura ou deiscência de sutura do ponto (em um ou vários pontos). É uma hernia falsa. 
● Hernia peritônio pericárdica: comum em cães, o pericárdio se une ao peritônio.
- Alteração funcional: o que ela causa 
● Redutível: consegue retornar o conteúdo para o interior da cavidade. É a maioria. Identifica que tem conteúdo e anel herniário. 
● Irredutível: conteúdo não retorna para cavidade através de manobras manuais. Alguma inflamação, um encarceramento (por fechamento tardio, não consegue mais reduzir), edemaciada. 
· Estrangulada (garroteamento de vísceras, gerando isquemia, podendo evoluir para necrose - emergência, enterectomia/ressecção de uma parte da alça intestinal necrosada), 
· Inflamada (atrito da víscera com saco herniário leva a processo inflamatório asséptico - aderências - passando de redutível a irredutível), 
· Obstruída (alça intestinal produz gás e não retorna à posição original), 
· Não retorna ao domicílio (útero gravídico, bexiga com litíase, já seria eventração) 
● Quando animal nasce e tem inguinal-escrotal, e fechamento de forma tardia, alça não está na bolsa e sim no local original se resolve sozinha, resolução espontânea. 
- Conteúdo herniário: o que está presente 
● Simples: somente alça intestinal 
● Múltiplo: alça intestinal + outras estruturas, como omento. É um pouco mais difícil de acontecer. Prolapso uterino por exemplo. 
● Normalmente são encontradas vísceras vizinhas ao anel herniário: porém, órgãos pediculados podem se deslocar para locais mais distantes de sua origem. 
- Nomenclatura: 
● Hérnia inguino-escrotal congênita com encarceramento de alça intestinal urgencia
● Natureza/fisiopatologia/prognóstico (é bom, fazer correção cirúrgica, cuidado pós-operatório) /tratamento (fechamento espontâneo ou cirurgia, medicamento tem que ter atenção se tem aderência/abscesso/onfaloflebite na região devido a falha nos cuidados do umbigo)
Diagnóstico:
- Histórico e anamnese 
- Exame físico detalhado: aumenta e diminui bolsa escrotal, tem conteúdo herniário
- Sinais clínicos variáveis: 
· dor abdominal, depressão, hipertermia, alteração respiratória (diafragmática),
· tumefação (próximo orifício natural), 
· volume e consistência variável, 
· redutível (anel herniário)/ irredutível, 
· permanente/ transitória (víscera não localizada na bolsa escrotal não impede de diagnosticar, consegue sentir anel herniário). Pode não ter nenhum sinal.
 - Ultrassonografia: motilidade intestinal 
- Radiografias: hernia diafragmatica 
- Sondagem: fazer identificação da hérnia
Complicações:
- Alterações funcionais sistêmicas: 
● Dispneia (hérnia diafragmática ou estrangulamento da alça) 
● Uremia (hérnia inguinal e perineal, transitória) 
● Distocia (histerocele gravídica): dificuldade na hora do parto. Projeção do útero gravídico no anel herniário. Leva a quadro severo de cólica. 
● Toxemia (piometra): parte do útero projetada no anel. 
● Desnutrção (alteração do trânsito intestinal): síndrome da má absorção 
- Alterações funcionais locais: 
● encarceramento/altera função do órgão 
● Inflamação 
● Estrangulamento (congestão, inflação, gangrena, necessária ressecção da alça intestinal)
Fases de Evolução:
- Congestão: inflamação inicial, de tanto ficar passando,projetando e retornando acaba inflamando aquela alça intestinal. Pequena alteração circulatória, coloração avermelhada das vísceras - aumento de tamanho, pouco edema - início de formação de transudato, cólica intermitente de intensidade variada 
- Inflamação: tem inflamação local na alça intestinal, em que o animal começa a sentir um certo desconforto e se ocorrer o estrangulamento, desconforto passa para quadro severo de cólica. Alteração circulatória grace, coloração vermelho - escuro (isquemia), edema pronunciado, maior coleção de transudato que evolui de amarelo para hemorrágico, dor abdominal intensa e permanente
- Gangrena: tem necrose da alça, que é quadro mais grave. Necrose das vísceras estranguladas, coloração enegrecida, esfacelamento da parede dos órgãos, diminuição aparente do quadro de dor, pulso fraco - mucosas congestas, hemorragia, toxemia, septicemia.
Tratamento:
- Pré-operatório: jejum hídrico e alimentar (24 ou 48 h?, para diminuir pressão interna das vísceras sobre local da cirurgia)/URGÊNCIA, tricotomia/antissepsia, correção de alterações metabólicas (fazer soroterapia, se tem alguma alteração, anorexia, cetose, reposição dos níveis de glicemia se necessário), anestesia (de acordo com espécie e região), herniorrafia (incisão da pele, localizar o anel, redução do conteúdo, recolocarvíscera na posição original dela e fazer reconstituição do defeito da parede abdominal). Redução do conteúdo herniário. Reconstituição do defeito na parede abdominal. Pode encontrar abscesso ou inflamação, têm aderência, um quadro de recidiva, pode estar inflamado. Revolucionar local de aderência ou abscesso sem que haja lesão da vísceras herniadas. 
- Herniorrafia: incisão da pele (local da hérnia) - elipse (contornando anel, pois se não irá causar seroma, enrugando a pele), divulsão do saco herniário (separar da estrutura aderida, se tem isquemia ou necrose), examinar e devolver conteúdo herniário para cavidade abdominal. Reintrodução do peritônio e vísceras para o interior da cavidade abdominal. Fechamento do anel herniário (fio inabsorvível, para levar uma maior infamação e uma maior fibrose). 
Redução do espaço morto para evitar formar seroma e infecção. Aliviar tensão sobre pontos com longe-longe perto-perto pois tensão é grande quando animal volta a posição normal ou passar todos e tracionar de uma vez só. 
Hérnias Umbilicais:
● Cães, supinos, equinos e bovinos Sutura em jaquetão, técnica de reforço.
● Fusão incompleta ou retardada do músculo reto abdominal e sua fáscia 
● Manejo inadequado do cordão umbilical 
● Pressão intra-abdominal 
● Fazer cura do umbigo por 7 dias com iodado.
Principais Hérnias em Equinos:
- Hérnia umbilical congênita - potro 
- Hérnia inguinoescrotal - garanhão, de emergência, cólica intermitente, distúrbio gastrointestinal, torção testicular (é manobra para posicionar nas primeiras horas para não ocorrer degeneração testicular). 
- Classificação: redutível ou irredutível, inflamada ou Estrangulada ou Obstruída 
- Sinais clínicos: aumento de volume na região, redução manual ou não, palpação do anel
Princípio do Tratamento Cirúrgico das Hérnias:
● Anestesia, tricotomia, antissepsia 
● Isolamento do campo
 ● Incisão cutânea elipse sobre a hérnia 
● Abertura do saco herniário/ examinar conteúdo 
● Redução do conteúdo/ posicionar na posição original 
● Fechamento do anel (fio inabsorvível para não abrir hérnia) 
● Redução espaço morto/ dermatorrafia (aproximar pele) para não formar seroma 
● Pós-operatório - AB (processo infeccioso, sem antissepsia, abertura do TGI, TGU), AI, ATT, curativoO potro deve ser sedado. Essa herniorrafia é viável a nível de campo, não é necessário intubar o animal. Deve se avaliar o aumento de volume. Na ultima foto temos a pele murcha, com o potro de barriga para cima, para que o conteúdo volte para cavidade,. Pelo excesso de pele se opta por fazer a incisão em elipse, removendo assim esse excesso. 
Corte em elipse na pele, a fim de remover o excesso de pele da herniação. Vai divulcionar a pele e descobrir quem esta no saco herniario.
Pode empurrar o saco herniaria para dentro e não avaliar quem esta no saco e fazendo a sutura em U, fio inabsorvível, de nylon, polipropileno e algodão(cria muita capilaridade), 
Pontos de reparo. São importantes pois inicialmente não se encerra o ponto de sutura feito , onde cada ponto em U terá um ponto de reparo preso por uma pinça. Depois de passar todos os pontos tracionar e encerrar o no. Ele é importante, pois se permite ver se há ou não alguma víscera. 
Porem pode se fazer o ponto simples separado, em U, figura de X etc.
Sutura feita com fio de algodão (muita capilaridade), não é o ideal, mas sim o fio inabsorvível (nylon ou polipropileno, promovem uma maior fibrose). 
Curativo local + Antibiótico, anti-inflamatório, repelente. O animal deve fazer repouso para não arrebentar os pontos.
Importante avaliara;
O equino pode ter algum defeito, onde o conteúdo abdominal podes se projetar e fazer uma hernia ingnoescrital. Geralmente quem sai do lugar é o intestino delgado. 
Pode ser confundido com uma hidrocele, acumulo de liquido no testículo ou orquite. O ultrassom consegue orientar, se houver liquido. A inflamação pode influenciar, pois estará inchado. 
Onde o intestino vem da região ingnal e se projeta no testículo. 
Hernia ingno escrotal
· A hernia ingno-escrotal, conteúdo abdominal sofre protusão através do conteúdo ingnal repousando no interior do saco escrotal ou na cavidade ingnal.
· O termo hernia ingnal descreve a passagem de conteúdo abdominal para dentro do canal ingnal.tem o anel ingnal interno e externo, se houver alteração apenas no anel ingnal interno, a hernia será ingnal; se houver alteração no anel ingnal interno e externo pode se fazer uma hernia ingnoescrotal. 
· Se o conteúdo passa através do anel ingnal superficial externo e entra no escroto, essa condição é descrita como hernia escrotal.
· Pode ocorrer como: uma complicação da castração- relaxamento do musculo cremaster (após a castração), por movimentos bruscos (cobertura), após exercícios, transporte ou mesmo em um garanhão que fica restrito em uma baia, devido ao estresse. 
Se não for feito a sutura da bolsa após a castração, esse animal pode vir a eviscerar. Cuidado ao tracionar o cordão espermático. 
 
54 min
Quadro de abdômen agudo: onde se evolui uma hernia inflamada para uma hernia estrangulada. Quadros ou suspeitas de cólica deve se desconfiar de uma hernia ingnal ou hernia ingnoescrotal. 
ID se projeta através da bolsa escrotal
Dilatação ID
desconforto abdominal – agudo ou crônico
Agudo 
Estrangulamento e interrupção do fluxo sanguíneo
Dor / toxemia / congestão conjuntivas
Taquipneia e inquietação
Óbito em 24 h
Tratamento: recomenda-se a castração, mas se o animal em questão for de alto valor zootécnico, se faz a herniorrafia ingnal sem castração. 
· Redução do conteúdo herniário e reconstituição de defeito na parede abdominal.
· Fundamental que o atendimento do garanhão com hernia ingno-escrotal sempre seja tratado com caráter emergencial – necrose do segmento de alça herniario, realiza-se a castração correspondente ao lado acometido.
· Quatro tipos de correção cirurgia:
· Aproximação ingnal com castração, 
· Aproximação ingnal sem castração, 
· Aproximação abdominal com fechamento do anel ingnal
· Laparoscopia. 
· Incisão cutânea no saco escrotal em direção ao anel ingnal no sentido do eixo maior da hernia.
· Divulsão da túnica vaginal juntamente com o conteúdo ate localizar o anel ingnal
· Reintrodução aberta ou fechada do conteúdo para a cavidade abdominal
· Orquiectomia 
· Redução do anel ingnal
· Síntese de todos os planos abordados
Prognostico:
· Favorável se não tiver inflamada ou estrangulada _ tempo
· Estrangulada
· Aderência e peritonite
· O prognostico para saúde reprodutiva se mantem favorável 
· castração unilateral se o testículo que permaneceu for normal
· Aderências extensas.
 Hernia inginal em Bovino:
Não é tão frequente quanto no equino.
Pelo anel ingnal se passa ocordão espermático, sendo assim necessário fechar na frente do cordão se não for feito a castração. 
Hernia incisional
· É uma complicação comum nos fechamentos de laparotomias, ocorrendo em ate 16% dos equinos levados a cirurgia cólica.
· As hernias incisionais são situações emergenciais onde é indicada cirurgia reconstrutiva o mais rápido possível.
· Fatores predispõem a formação de hernias, incluindo: infecção da incisão cirúrgica, fechamento da parede abdominal com categute cromado, laparotomia repedida, edema incisional excessivo e dor pós-operatória. 
· Como excesso de exercícios no pós operatório.
· Reconstrução inadequada da parede abdominal, técnica cirúrgica inadequada e recuperação.
· Violenta- retorno- durante a anestesia, podem ajudar a causar a hernia incisional.Não é uma hernia verdadeira.
Pode se usar malhas, enxertos etc, devido ao peso , um animal ou ele foi operado varias vezes ou uma grande incisão. Cicatriz em cima de cicatriz causa mais fragilidade ou o uso de fios inadequados, como o fio catibu, que absorve rápido, e o ideal é absorver lentamente. Malha de polipropileno, cria uma cicatrização sobre ela, criando uma fibrose maior, deve se fechar o anel e por cima colocar a malha.. 
Evisceração: 
Fez a castração tracionou muito e a alça intestinal se exteriorizou pelo escroto. 
Eventração/ evisceração:
· Secundário a traumatismo
· Secundário a procedimentos cirúrgicos
Tratamento:
· Abertura da pelve (eventração)
· Exame do conteúdo / redução
· Fechamento da parede
· Sutura subcutâneo e pele
Ruptura de ligamento pré-púbico:
· Perda de inserção da musculatura abdominal ao púbis.
· Associado a gestação, obesidade, pressão, trauma, degeneração colágeno. Comum em éguas idosas, multíparas que podem apresentar a ruptura do ligamento pre púbico. 
· Incomum, geralmente ocorre em éguas multíparas idosas.
· Difícil correção, (fixação ao púbis, presença da glândula mamaria e o peso). Geralmente há recidivas.
Diástase:
· Afastamento dos músculos reto abdominais na linha alba.
· Associado a gestações seguidas, obesidade, pressão, degeneração do colágeno.
· Raro em equinos.
· Quadro similar às hernias incisionais que não apresentam decência na sutura de linha alba.
· Conduta similar às hernias incisionais.
PATOLOGIA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS
Aula _ 05 teórica _ Professora Cristina Mendes Pliego __ 23/03/2021
Distrofias Cirúrgicas e Afecções Cirúrgicas do Sistema Tegumentar
Distrofias: 
· Fístula (ponto de infecção que irá sair uma secreção/canal que passa a secreção, 
· Úlcera (geralmente tem uma ferida, algumas tem resolução cirúrgica) 
· Gangrena (caso de necrose,alguns devido a falta de circulação como causa). 
Traumatologia: 
· Contusão, ferida, fratura, luxação e entorse. 
· Paratopias: hérnia, eventração, evisceração. 
Todas podem dar início a infecções, neoplasias ou cistos (bolsa repleta de líquido com um envoltório) e corpos estranhos (em regiões de pele e proximidades).
Fístulas:
 Abertura/ trajeto acidental que permite a passagem de líquido fisiológico ou patológico, impedindo a cicatrização, podem ser secretórias (fisiológicas - saliva, leite, urina, relacionadas a ponto de inflamações e feridas de glândulas) ou purulentas (patológico - pus, presença de corpo estranho,ponto de infecção, dificultando/impedindo a cicatrização), apresentam orifício / trajeto e fundo.
Diagnostico: 
Saída de líquido, sondagem/fistulografia, exame bacteriológico (saber agente e doença presente). Prognóstico: variável. Fístula na região da cernelha com muita secreção que não tem tratamento. 
Tratamento: 
Secretórias é acesso normal de secreção, abolir função da glândula (substância irritante). Purulentas é uso de substância irritante no trajeto (com auxílio da sonda), remoção do corpo estranho, AB. Não fazer na glândula mamária porque é cirúrgico.
· Fístula abomaso umbilical: tem que fazer tricotomia, desbridamento, remover celularidades e tecido morto para cicatrizar, higienizar para continuar processo de secreção. Comum em bezerros, onde a infecção do umbigo causou uma aderência entre o abomaso e umbigo, deve fazer laparotomia.rinoscopia
· Fistula ruminal, gerada de fora iatrogênica. Usado em animais com timpanismo crônico_ ruminostomia. 
· Fístula oro nasal por doença periodontal. 
· Fistula auricular (cisto dentigeno_ congênito)
· Fistula submandibular_ adenite 
· Lacerações perineais - fístula reto vaginal 
· Fístula enterocutânea - hérnia umbilical estrangulada, há a saída de fezes pela fistula, pois o intestino hernia. 
· Fístula congênitas - uretrorretal, vesicoretal, comum em éguas ou neonatos
· “Mal da cernelha” (Brucelose)
Úlceras:
Soluções de continuidade superficiais da pele ou mucosa, não evolui para cicatrização, fatores predisponentes são debilidade do tecido (anemia, desnutrição, doenças infecciosas), fatores locais são lamber, pisadura (arreios), decúbito prolongado, distúrbios circulatórios, fatores gerais são doenças infecciosas, neoplasias ou parasitárias(habronemose).
Origem: 
· Traumática: irritação constante, transtorno circulatórios 
· Nervosa: neurites, alterações celulares 
· Específica: moléstias infecciosas específicas
Diagnóstico: 
Lesão e dificuldade de cicatrização, deve ser feito diagnóstico histopatológico.
Tratamento: 
Remoção da causa, curetagem(remoção física/raspagem do local de celularidade / tecido morto) com aplicação anti-sépticos, antibiótico/quimioterápicos, remoção de tecido desvitalizado, solas (aliviar peso sobre unha doente, em bovino), criocirurgia (realizada a frio, matar tecido alvo pelo frio, reduzindo vascularização).Ulcera de verão causado pelo acumulo de um nematoide.
· Úlcera de lactação 
· Chagas de verão 
· Cascado 
· Hump-sore 
· Flywarts 
· Kriansore
Ulcera do talão/Sola
 
Ulcera de córnea
Tratamento: 
Antibiótico tópico ou sistêmico e anti-inflamatório.
Gangrena:
 Resultado da morte de tecido com subsequente desprendimento da parte afetada e , quando ocorre na pele, em geral envolve a derme, a epiderme e o tecido subcutâneo. 
Tipo especial ou evolução de um processo necrosante. 
Características variam dependendo da velocidade deinstalação do processo, das causas e do aspecto morfológico. Morte ou necrose de uma ou mais zonas de tecido. Pode sofrer ou não infecção. Etiologia pode ser séptica onde tem presença de infecção ou asséptica devido a traumatismo (direta), alterações circulatórias (indireta)
Etiologia: 
Traumatismo grave (ferimentos por pressão, selas e arreios, agentes químicos cáusticos, calor ou frio excessivos, infecções bacterianas, em suínos é salmonela e cripsela, em bovinos é clostrídios (acomete tecido subcutâneo e músculos, estafilococos - mastite), em ovinos é Pasteurella - mastite, obstrução vascular localizada por trombos ou espasmo arterial (gangrena cutânea), estágios finais de dermatite por fotossensibilização e seborréia das pregas. 
Aspecto: 
Seca quando tem obstáculo da circulação arterial, região sem vascularização. Úmida tem obstrução da circulação venosa, afeta a drenagem, tem estase e transudação serosa. A causa básica da gangrena é a interferência no suprimento sanguíneo em um determinado local, isso geralmente ocorre por pressão externa ou por inchaço grave da pele, como na fotossensibilização. Um espasmo arteriolar ou lesão a vasos por toxinas bacterianas tem o mesmo efeito.
· Seca: tem aspecto de mumificação (associada a necrose isquêmica de extremidades), evolução lenta e gradual, perda de líquido (insuficiência do fluxo de líquidos nutrientes. Etiologia é fisiológica no cordão umbilical. Intoxicações com alcalóides do Ergot (produzidos pelo fungo Claviceps purpureum e Cl paspali, parasitos do esporão de centeio e de outros cereais). Intoxicações com Festuca arundinacea (gramínea comum no sul da américa do Sul, com propriedades vasoconstritoras). Frio/ congelamento. Gesso e bandagens muito apertadas.
· Gangrena úmida: não há o retorno venoso, causando assim uma alteração na drenagem gerando uma gangrena úmida. O tecido vai necrosar secundariamente a gangrena.
· Ergotismo gangrenoso:a intoxicação por ergot (esclerócios) é decorrente do consumo de alcalóides tóxicos (ergotamina) produzidos pelo fungo Claviceps purpureum que afeta as gramíneas. Vasoconstrição arteriolar periférica - trombose e isquemia. Esse fungo é encontrado nas pontas de sementes de capins e grãos. Bovinos alimentados com grãos contaminados ou bovinos que se alimentam em pastos infectados com o fungo produtor de alcaloides são susceptíveis a doença.
· Gasosa: “Gangrena enfisematosa”, “gangrena crepitante” ou “gangrena bolhosa”, “Edema maligno e “Carbúnculo sintomático” em bovinos, ovinos e caprinos. São causadas por bactérias anaeróbicas produtoras de gás (H2, CO2, CH4, NH3, SH2), de ácidos butírico (de onde o odor característico de manteiga rançosa) e de ácido acético. Enzimas proteolíticas produzidas degradam os tecidos tornado-os escuros, tumefeitos e crepitantes. É uma infecção aguda de ferimentos causada pelos microrganismos do gênero Clostridium. Há inflamação aguda no local da infecção e uma toxemia sistêmica profunda. Etiologia é Clostridium septicum/ clostridium chauvoei/ Clostridium perfringens/ Clostridium sordellii/ Clostridium novyi/ Clostridium fallow(gangrena gasosa em equino). Achados clínicos são os sinais que aparecem dentro de 12-48 horas após a infecção. Há sempre uma lesão no local de infecção, consistindo em uma tumefação mole, pastosa, com eritema local acentuado, acompanhado por dor grave a palpação. Enfisema subcutâneo pode ocorrer ou não estar presente. Febre alta 41-42°C. Animal deprimido, fraco. Sintomas são taquicardia, oligúria, anorexia, alteração de coloração daregião e falta de sensibilidade. Tratamento é emergencial, tendo em vista a natureza aguda da doença - fluidoterapia, antibióticos, antitóxicos. Antibiótico de largo espectro quando a antitoxina é eficiente para controlar a toxemia, mas em geral é muito cara para a aplicação prática e deve ser administrada muito precocemente na evolução da doença. Eliminação de partes mortas é limpeza e anti-sépticos.
PATOLOGIA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS
Aula _ 06 teóricas _ Professora Cristina Mendes Pliego __ 30/03/2021
Neoplasias:
Em equinos: melanoma, sarcóide, carcinoma de células escamosas (pele e mucosa clara), papiloma(vírus), linfoma. 
Bovinos: papillomatose, linfossarcoma, carcinoma de células escamosas. 
Geralmente aparece em animal acima de 10 anos. Proliferação de clones celulares atípicos, de crescimento excessivo, progressivo e ilimitado, com perda da diferenciação celular(a imunohistoquimica ajuda a saber qual a origem celular da neoplasia), pode ser de origem tumoral (epitelial, mesenquimal) e comportamento (benigno ou maligno), frequência aumenta com a idade. Classificação OMS.
Tratamento: 
Ressecção cirúrgica completa ou criocirurgia. Imunoterapia com autovacinas (com próprio tecido do animal, estimula), vacinas (Pythium - Vac, tumoração cutânea quando Pitiose) e BCG (sarcóide_ imunoBCG_peritumoral). Quimioterapia local com Bleomicina (substância estável e não dolorosa), Cisplatina (é um agente mutaGênico, carcinogênico e deve ser manipulado com extrema cautela. Os tratamentos podem ser extremamente longos, durando até um ano, Capela de fluxo laminar que só entra a substância e impede contato com substância.), 5-Fluorouracil (é um inibidor da síntese de ácido nucleico e tem sido usado para lesões pequenas ou quando outro tratamento não é possível).Eletroquimioterapia,eletrodos são aplicados na lesão, que dão impulsos elétricos gerando poros nas células tumorais, facilitando a penetração dos quimioterápicos. Radioterapia (comumente utiliza-se a técnica de braquiterapia que atinge as células local, onde implantes de radiações ionizantes são colocados nas lesões. É uma técnica usada para massas recorrentes ou tumores de difícil acesso, principalmente perioculares). Quimioterapia sistêmica (Cimetidina, Clorobutanol, autohemoterapia - imunomoduladores).
Fibropapilomas ou Papilomatose Bovina:
Enfermidade transmissível da pele e mucosas caracterizada pelo crescimento excessivo das células basais, formando tumores benignos conhecidos com “verrugas”. Papillomavirus. Transmissão pode ser direta ou indireta (fômites e vetores). O vírus infecta células basais - vírus em estado latente - hiperplasia - liberação das partículas virais (esfoliação das células).
Diagnóstico e Tratamento: Biópsia e histopatologia, diferencial - carcinomas, auto limitantes, estimular sistema imune celular, vacinas, homeopatia, Levamisol, Clorobutanol - tópica, Papilomax - tópica - carbonato de cálcio + formaldeído, criocirurgia(pode levar a uma resposta imunológica) 
 
	
	
	
Fibroma/Hiperplasia Digital em Bovino:
A hiperplasia interdigital é uma reação proliferativa da pele e subcutâneo da região interdigital. Neoformação de um tecido de consistência firme uni ou bilateral - membro posterior - adultos e pesados são mais acometidos, características de inflamação - hiperqueratose. Fazer ressecção cirúrgica, como resolução. Comum em ruminantes, devido ao trauma continuo no pasto. Anestesia de bier, remoção cirúrgica e cauterização com ferro quente.
Causas: 
Irritação crônica - inflamação na região interdigital, crescimento excessivo da parededo dígito, conformação anormal das unhas (unhas muito abertas), acúmulo excessivo degordura subcutÂnea no espaço interdigital e origem de ordem genética. Causa claudicação, infecções secundárias, compressão aplicada aos dígitos afetados, infecções, úlceras e necrose - exsudato fétido. Retirar 10 ml do sangue, e infunde 10 ml de anestesia local para fazer locoregional, retira interdigito afetado e cauterizar e fazer curativo/enfaixar.
Carcinoma de Células Escamosas:
CCE é um tumor maligno dos queratinócitos. Fatores são exposição prolongada à luz ultravioleta, falta de pigmento na epiderme, perda de pelos ou cobertura de pelos muito esparsa nos locais afetados. Nos equinos e bovinos ocorrem primeiramente nas junções muco-cutâneas e articulação nas pálpebras. Nas ovelhas as orelhas são os sítios mais afetados. Radiação ultravioleta solar, despigmentação periocular ou susceptibilidade aumentada a carcinogênese. Há um aumento a prevalência deste carcinoma em áreas geográficas com maior radiação ultravioleta. Animais com coloração clara como branca ou palomina estão predispostos a apresentar carcinoma epidermóide ocular e animais pretos, baios ou castanhos apresentam baixa incidência. Comumente esse tumor é unilateral, mas podem ocorrer lesões bilaterais. Raramente produzem metástases, mas quando não tratados podem atingir o osso na borda da órbita, a própria órbita, tecidos moles locais, seios, ducto nasolacrimal ou o cérebro e podem metastatizar para linfonodos regionais, glândulas salivares e tórax. Coloração, aspecto e localização são indicações suficientes na maioria dos casos. Um dos sinais iniciais deste tipo de tumor é hemorragia incipiente no interior do saco conjuntival resultando em secreção lacrimal sanguinolenta. Podem ser observadas de massas carnosas róseas de forma irregular localizadas na pálpebra, córnea ou conjuntiva. O carcinoma epidermóide ocular é mais comumente encontrado na terceira pálpebra de equinos.
Diagnóstico: 
Exame físico, histórico e anamnese, radiografia, US, endoscopia, citologia, biópsia incisional, excisional, histopatologia. 
Tratamento: 
Cirurgico - exérese tumoral, criocirurgia, imunoterapia, radioterapia. A sutura deve ser feita para baixo, não ficando em direção a córnea. 
Prognóstico: 
Tipo de neoplasia, localização, volume, estado geral do paciente, presença de metástases, complicações são rupturas, hemorragias, infecções, úlceras. 
Evolução: 
Dermatose solar - eritema, edema, descamação - crostas ulceração - avanço epiderme e derme.
Principais neoplasias m equinos: 
· Sistema tegumentar e mucosas: carcinoma de células escamosas, melanoma, sacóide, adenomas 
· Sistema reprodutor feminino: tumores da granulosa (ovários), melanoma (vulva) 
· Sistema reprodutor masculino: seminoma (testículo), carcinoma células escamosas (pênis)
Melanoma:
Neoplasias

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