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Questão 02 – TOMO II 
 
Questão 02.1 
 
A indústria automobilística Aston-Brasil, com 3000 funcionários, produz veículos 
automotores em quantidade para suprir o mercado crescente e com qualidade 
para diferenciá-lo de seus competidores. No último trimestre, apresentou alto 
índice de acidente de trabalho, acarretando preocupação à administração da 
indústria. A assistência à saúde dos trabalhadores sempre foi provida por uma 
equipe multiprofissional de saúde, que atua no ambulatório da indústria, cada 
profissional atendendo de forma independente em um consultório, sem 
interferências de uma área no trabalho da outra. O enfermeiro Nero foi 
designado, pela administração, para avaliar a situação. Solicitou à equipe uma 
reunião para propor a articulação das ações de saúde para os trabalhadores da 
indústria e a integração dos profissionais na construção de planos de ações 
preventivas em saúde, o que gerou muitos conflitos na equipe. A administração 
se dividiu discutindo duas propostas: a primeira, proibir Nero de reunir a equipe 
multiprofissional, pois cada profissional realiza de forma adequada seu trabalho 
individualmente, e a segunda, estimular Nero a realizar novas reuniões, 
entendendo que a manifestação de conflitos é saudável no trabalho em equipe. 
Quais teorias de administração embasam, respectivamente, as propostas 
discutidas? 
 
A. das Relações Humanas e Científica. 
B. dos Sistemas e Clássica. 
C. Clássica e Científica. 
D. Estruturalista e das Relações Humanas. 
E. Científica e Estruturalista. 
 
1. Introdução teórica 
 
1 Questão 36 – Enade 2007 
Teorias de administração 
 
 Teoria é um conjunto coerente de ideias capazes de explicar as relações 
entre determinados fatos observáveis. As primeiras teorias de administração 
nasceram na Era Industrial Clássica. Cada teoria administrativa aborda com 
ênfase determinados aspectos da administração, marginalizando outros aspectos 
que não são preocupantes, conforme observado na figura 1 (Chiavenato, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Abordagens tradicionais da administração na Era Industrial Clássica. 
Fonte: Chiavenato, 2004 – p.37. 
 
 A Teoria da Administração Científica foi iniciada pelo engenheiro Frederick 
W. Taylor, no século XX, cuja essência é determinar o melhor método de trabalho 
do operário, enfatizando as tarefas desempenhadas pelos trabalhadores. Sua 
preocupação foi tentar eliminar o desperdício e as perdas sofridas pelas empresas 
e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas 
da engenharia industrial. A Teoria Taylorista impõe sobre o trabalhador o 
seguimento de um método de trabalho que deve ser planejado e estruturado por 
um profissional especializado, suprimindo o direito de escolha do operário sobre 
seu próprio esquema de trabalho. 
Abordagens tradicionais 
da administração 
Ênfase na 
estrutura 
Ênfase nas 
tarefas 
Ênfase nas 
pessoas 
Administração 
Científica 
(1903) 
F. Taylor 
Teoria Clássica 
(1911) 
 
H. Fayol 
Organização 
Burocrática 
(1947) 
M. Weber 
Teoria das 
Relações 
Humanas 
(1932) 
E. Mayo 
K. Lewin 
 Sua teoria fundamenta-se na ideia de que a administração das tarefas está 
assentada na organização racional do trabalho para a definição do método pelo 
qual o operário poderia se tornar mais eficiente em suas atividades. A Teoria de 
Taylor abriu caminho para o surgimento da fragmentação e do mecanicismo das 
tarefas para permitir a especialização do operário, tornando o trabalho mais 
eficiente pela simplificação e padronização das atividades. Um exemplo típico 
dessa fragmentação e padronização é a linha de montagem, na qual o 
trabalhador executa tarefas simples e repetitivas ao longo de sua jornada diária 
de trabalho. Henry Ford teve a intuição de utilizá-la para produzir automóveis e 
reduzir os custos de produção, obtendo sucesso ao utilizar as ideias inovadoras 
de Taylor. 
 A Teoria Clássica da Administração foi iniciada pelo engenheiro francês 
Henri Fayol, por volta de 1916, com ênfase na estrutura organizacional e 
preocupação com as funções de gerência. Para Fayol, administrar é prever, 
comandar, controlar, coordenar e organizar. Sua ideia foi padronizar e 
proporcionar regras genéricas de aplicação, de caráter prescritivo e impositivo, 
como se fosse uma receita para lidar com todos os assuntos administrativos. 
 A Teoria Burocrática foi introduzida pelo sociólogo Max Weber, em 1947, 
embasado no pressuposto que para criar uma organização eficiente, com 
prevalência da ordem, da disciplina e da total previsibilidade do comportamento 
dos seus participantes, é necessário o seguimento de seis dimensões 
administrativas - divisão de trabalho, hierarquia de autoridade, regulamentação, 
comunicações formalizadas, impessoalidade e competência profissional. Nessa 
organização, impera a racionalidade, visando atingir a previsibilidade do 
comportamento das pessoas dentro da organização, que passa a ser conduzida 
por um administrador profissional. 
 A ênfase nas pessoas teve início com a Teoria das Relações Humanas, 
introduzida por George Elton Mayo, psicólogo social, na década de 1930, que 
enfatizava a importância do fator humano na organização e a necessidade de 
humanização e democratização das organizações, alicerçada nas obras de Taylor 
e Fayol e contrária à Teoria Clássica. Com essa teoria, os conceitos de 
organização formal, disciplina, departamentalização, centralização, mecanicismo, 
entre outros, cedem lugar aos novos conceitos como organização informal, 
liderança, comunicação, motivação, grupos sociais, recompensas simbólicas e 
sociais. A maior contribuição da Teoria das Relações Humanas foi ressaltar a 
necessidade de boas relações humanas no ambiente de trabalho, o tratamento 
mais humano às pessoas, a adoção de uma administração mais democrática e 
participativa, na qual as pessoas exerçam um papel mais ativo e dinâmico. 
 A Era Industrial Neoclássica trouxe uma profunda reformulação das 
tradicionais teorias administrativas, de abordagem predominantemente 
normativa e prescritiva, substituindo-as por teorias de cunho explicativo e 
descritivo, mais adequadas aos novos tempos (figura 2). 
 
 
Figura 2. Novas abordagens da administração na Era da Industrialização 
Neoclássica. 
Fonte: Chiavenato, 2004, p.45. 
 
 A Teoria Estruturalista surgiu em 1950 a partir da necessidade de visualizar 
a organização como unidade social grande e complexa, buscando compatibilizar 
ideias da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas. Preocupou-se com 
o estudo da organização formal (estabelecida pela organização, por meio do 
organograma e manuais) e da organização informal (comportamento de grupos 
sociais informais dentro da organização formal), ou seja, foi uma abordagem 
múltipla e compreensiva na análise das organizações, focalizando-as como 
complexos de estruturas formais e informais. 
 A Teoria Neoclássica, também denominada Escola do Processo 
Administrativo, surgiu em 1957 para redimensionar e atualizar os velhos 
conceitos clássicos de administração. A Teoria trabalha temas importantes como 
o tamanho organizacional, os tipos de organização e a departamentalização, 
tendo sempre por base o processo administrativo. 
 A Teoria Comportamental teve início após a década de 1950, como fruto 
do movimento humanista iniciado pela Teoria das Relações Humanas. O 
comportamento individual cedeu lugar ao comportamento grupal e, 
posteriormente, ao comportamento organizacional. 
 Por fim, com ênfase no ambiente e na tecnologia, as Teorias de Sistemas 
e da Contingência foram desenvolvidas. A Teoria de Sistemas apareceu na 
década de 1960, com base no pressuposto que nenhuma organização existe no 
vácuo e cada organização interage e se relaciona com seu ambiente (sociedade). 
Um sistema é definido como um conjunto integrado de partes, que são íntima e 
dinamicamenterelacionadas. Todo sistema faz parte de um sistema maior 
(suprassistema), que forma seu ambiente, e é constituído de sistemas menores 
(subsistemas). Assim, as interações entre empresas e seus ambientes passaram 
a explicar com maior profundidade certos aspectos da estrutura organizacional e 
dos processos operacionais utilizados pelas empresas. 
 A Teoria da Contingência surgiu após a década de 1970, trazendo a 
concepção que não existe uma única melhor maneira de organizar as empresas, 
pelo contrário, as características estruturais das empresas dependem das 
características ambientais que as circundam. Segundo essa Teoria, as empresas 
bem-sucedidas são as que conseguem se adaptar e se ajustar adequadamente 
às demandas ambientais, nas quais estão os clientes, consumidores e usuários, 
sendo prioridade sua valorização. 
 
2. Indicações bibliográficas 
 
 CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2007. 
 CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2004. 
 BORBA, V. R.; LISBOA, T. C. Teoria geral de administração hospitalar: 
estrutura e evolução do processo de gestão hospitalar. Rio de Janeiro: 
Qualitymark, 2006. 
 
3. Análise da alternativa correta 
 
A – Alternativa incorreta. 
 
B – Alternativa incorreta. 
 
C – Alternativa incorreta. 
 
D – Alternativa incorreta. 
 
E – Alternativa correta. 
 
JUSTIFICATIVA GERAL. A primeira sugestão analisada pela equipe administrativa 
de “proibir Nero de reunir a equipe multiprofissional, porque cada profissional 
realiza de forma adequada seu trabalho individualmente”, está fundamentada na 
Teoria da Administração Científica. Tal teoria refere que cada trabalhador deve 
realizar sua atividade de modo individual e sistemático, de acordo com o que foi 
planejado pela gerência e conforme treinamento específico. Vale lembrar que a 
teoria é representada pela organização do tipo “linha de montagem”, na qual 
cada trabalhador realiza uma única atividade de modo repetitivo. 
A segunda sugestão “estimular Nero a realizar novas reuniões, entendendo 
que a manifestação de conflitos é saudável no trabalho em equipe”, está 
fundamentada na Teoria Estruturalista que se preocupa em estudar a 
organização formal e a informal, conciliando a teoria Clássica (impositiva) com a 
teoria das relações humanas (que enfatiza o papel das pessoas e grupos sociais 
na organização). A presença de fatores estressantes ou conflitos nas relações 
formais (impositivas) ou informais (grupos) de trabalho podem influenciar 
diretamente o trabalhador e sua produtividade, podendo gerar insatisfação e 
desestímulo para a execução de suas tarefas. Tal situação pode provocar, por 
exemplo, a falta de atenção na realização das tarefas que, por sua vez, pode 
desencadear um acidente de trabalho. Por isso, é importante que Nero levante 
com os funcionários da empresa Aston-Brasil quais são os conflitos gerados pelas 
relações formais e informais do trabalho para conseguir levantar os problemas 
específicos e planejar a assistência de enfermagem mais adequada para a 
situação. 
 
Alternativa correta. E. 
JUSTIFICATIVA. Teoria da administração científica e a teoria estruturalista.

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