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Monitor: Vilmar 07/08/2019 Aula 01 – Introdução a Filosofia O que é Filosofia? O que a Filosofia afeta na sua vida? Qual o papel da Filosofia na nossa sociedade? Para que serve a Filosofia? Ramos da Filosofia Metafísica: Estudo do Universo e da realidade; Lógica: Estudo da argumentação válida; Epistemologia: Estudo do conhecimento e de como o adquirimos; Estética: Estudo da arte e da beleza; Política: Estudo dos direitos políticos, do governo e dos cidadãos; Ética: Estudo da moralidade e de como cada um deve viver; Filosofia e Mito A filosofia ocidental tem origem na Grécia antiga; Busca a priorização da razão em decorrência do mito; Philosophia: “Amor ao saber/sabedoria” O filósofo é aquele que tem apreço a sabedoria; Mythos: “Ato de narrar e ser ouvido” Busca resposta em relações sobrenaturais, a partir de dogmas: Cria um senso de coletividade; Cosmogonia: Narrativas sobre o surgimento do mundo pelo olhar mitológico. Falam de uniões entre deuses e humanos que desencadeiam em guerras e sentimentos. Possui sua Genealogia. Cosmologia: Considerada os primeiros estudos filosóficos. Retratam a natureza e buscam por respostas. Retratam sobre a physys, origem das coisas. Estudo da origem do Universo. Mito Narrativa lendária, pertencente à tradição cultural de um povo, que explica através do apelo ao sobrenatural, ao divino e ao misterioso, a origem do universo; Crença não-justificada, comumente aceita e que, no entanto, pode e deve ser questionada do ponto de vista filosófico; Discurso alegórico que visa transmitir uma doutrina através de uma representação simbólica (Mito da Caverna); “Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os Gregos puseram a serviço do seu problema último – da origem e essência das coisas – as observações empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo.” Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto afirmar: A) Em que pese ser considerada como criação dos gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o influxo da religião e apenas posteriormente chega à Grécia. B) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o pensamento filosófico necessita do mito para se expressar. C) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma gradual. D) A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, representando uma nova forma de pensamento plenamente racional desde as suas origens. E) O mito já era filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que até hoje são objeto da pesquisa filosófica. Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia: A)Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição. B)Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma força divina. C)Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em oposição aos mitos gregos. D)Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses lógico-argumentativas. E)Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos gregos. “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?” (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.) O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta. A) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de comprovação. B) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades. C) As explicações míticas constroem-se, de maneira argumentativa e autocrítica. D) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de provas. E) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais como a lei de não-contradição. Os pré-socráticos Filósofos gregos anteriores a Sócrates; Também chamados de fisiólogos/físicos/cosmólogos (conhecimento da physys); Se fundamentavam em uma origem racional do mundo; Existiram várias escolas; Tales de Mileto considerado o primeiro filósofo; Seus escritos foram boa parte perdidos; Eram majoritariamente reducionistas e buscavam a archè: Princípio fundamental das coisas; Tales de Mileto (640-548 a.C.): “Pai da Filosofia”; Para ele tudo tem origem na água; Primeiro teorema da geometria Anaximandro de Mileto (610-547 a.C.): Para ele a origem de tudo é o apeiron (ilimitado / indeterminado / que não tem limite / infinito); A ordem do mundo surgiu do caos em virtude deste princípio; Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.): o elemento gerador é o ar; Heráclito de Éfeso (séc. VI-V a.C.): Filósofo da mudança; Para ele a origem de tudo é o fogo; “Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio” Música “Como uma onda no mar” Parmênides de Eléia (544-524 a.C.): Para ele o ser é uno, imóvel, imutável; A mudança é uma ilusão dos sentidos; “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima… podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.” (REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.) A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado. A) A ética, enquanto investigação racional do agir humano. B) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte. C) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos. D) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação. E) A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo. “Nada do que foi será/ De novo do jeito que já foi um dia/ Tudo passa/ Tudo sempre passará/ A vida vem em ondas/ Como um mar/ Num indo e vindo infinito Tudo que se vê não é/ Igual ao que a gente/ Viu há um segundo/ Tudo muda o tempo todo/ No mundo Não adianta fugir/ Nem mentir/ Pra si mesmo agora/ Há tanta vida lá fora/ Aqui dentro sempre/ Como uma onda no mar/ Como uma onda no mar/ Como uma onda no mar” (Lulu Santos e Nelson Motta) A letra dessa canção de Lulu Santos lembra ideias do filósofo grego Heráclito, que viveu no século VI a.C. e que usava uma linguagem poética para exprimir seu pensamento. Ele é o autor de uma frase famosa: “Não se entra duas vezes no mesmo rio”. Dentre as sentenças de Heráclito a seguir citadas, marque aquela em que o sentido da canção de Lulu Santos mais se aproxima a) Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono. b) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra. c) Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras. d) Muita instrução não ensina a ter inteligência. e) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidade. Sócrates Sua história é contada por seus discípulos; Passado; Não deixou nada escrito; Educava o povogratuitamente; Acusado de introduzir novos deuses e corromper a juventude, foi condenado; Foi sentenciado a morte, ingerindo um veneno chamado cicuta; Possuía diversos seguidores; Criou a maiêutica; Para Sócrates as etapas do saber são: a) ignorar sua ignorância; b) conhecer sua ignorância; c) ignorar seu saber; d) conhecer seu saber. Maiêutica Alusão ao parto, tem por princípio originar ideias; É definido por Sócrates como sua tarefa filosófica; O filósofo tem por obrigação fazer seu alunos chegar a respostas por si; O processo consiste em perguntas ao interlocutor que fazem alguma tese ser contraditória; O interlocutor reconhece sua ignorância e a partir disso começa um processo em busca de uma verdade válida; Ironia Recurso de expressão que parece indicar o oposto do que se pensa sobre algo. Ele estudou tanto que tirou zero na prova A ironia é usada por Sócrates para mostrar a ignorância de seus interlocutores: “Só sei que nada sei” Sofistas Os sofistas eram mestres da retórica e oratória que ministravam aulas aos cidadãos gregos; Sócrates e seus alunos eram grandes críticos, não acreditavam na relatividade das coisas propostas pelos sofistas; Possuem grande importância para as gramáticas, direito, dentre outras ciências; "O homem é a medida de todas as coisas, do ser daquilo que é, do não-ser daquilo que não é". Quer dizer: todo conhecimento depende do indivíduo que conhece; Platão Maior discípulo de Sócrates; Considera a ideia como realidade verdadeira; Sua doutrina central se baseia na divisão de dois mundos: Sensível x Inteligível A teoria da reminiscência: Vivíamos no mundo das ideias antes de nascermos; Dualismo corpo e alma; Princípio dos Racionalistas; Dualismo cor Alegoria da Caverna Aristóteles Discípulo de Platão; Possui um ideal contrário a Platão em relação à ideia, enfatiza a experiência: Princípio dos Empiristas; Para ele a ideia só existe nos seres individuais: “Forma Sua obra aborda todos os ramos do saber: lógica, física, filosofia, botânica, zoologia, metafísica, etc. Ato e potência Uma das teorias principais de Aristóteles é a distinção de Ato e Potência: Potência: Possibilidade de vir a ser; Ato: Potência concretizada, o ser plenamente realizado; A planta é o ato da semente, que permanece em potência enquanto não for plantada. Um aluno do cursinho é em potência um aluno de uma Universidade. Matéria e forma É a realidade sensível, princípio indeterminado de que o mundo físico é composto, caracterizando-se a partir de suas determinações como "matéria de" algo; A matéria é o princípio da individuação, sendo que dois indivíduos da mesma espécie são diferentes entre si não quanto à sua forma, que é a mesma, mas quanto à matéria; A forma é aquilo que, na coisa, é inteligível, podendo ser conhecido pela razão (objeto da ciência): a essência, o "definível”; Dois indivíduos se diferem não quanto a sua forma, mas quanto a matéria; Quatro Causas da Investigação Filosófica Para Aristóteles, a investigação filosófica é acima de tudo uma investigação sobre as causas das coisas, porque “Nada vem do nada e tudo tem uma finalidade” Há quatro causas implicadas na existência de algo, que seriam a explicação do como e por que cada coisa é o que é. As quatro causas são: causa material, causa formal, causa eficiente e causa final. 1ª causa: causa material, corresponde à matéria-prima. 2ª causa: causa eficiente, corresponde ao agente criador. 3ª causa: causa formal, corresponde ao formato que algo possui. 4ª causa: causa final, a finalidade do que foi produzido. Assinale a alternativa incorreta A) Os pensadores cristãos nunca se cansaram de comparar Sócrates e Jesus: ambos foram condenados por seus ensinamentos, ambos compareceram aos tribunais e não se defenderam, ambos nada deixaram escrito, ambos criaram uma posteridade sem limites, e tudo o quanto sabemos de ambos depende de fontes indiretas, escritas depois de estarem mortos. B) Os sofistas, inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo, pedagogos. C) Alguns preceitos são os fundamentos da filosofia socrática: "Conhece-te a ti mesmo" e "Sei que nada sei" são as duas expressões que ninguém no pensamento ocidental jamais duvidou que fossem de Sócrates. D) A ironia platônica consiste em simular aprender alguma coisa de seu interlocutor, para levá-lo a descobrir que não conhece nada no domínio do que pretende ser sábio. E) Os famosos "sofistas" do século V a. C são, muitas vezes, estrangeiros. O movimento de pensamento que eles representam mostra-se ao mesmo tempo como uma continuidade e como uma ruptura em relação ao que os precede. Sofista é o mestre ou o professor de uma arte ou técnica ou ofício. A palavra sofista não tem o sentido pejorativo, que veio a adquirir muito mais tarde, em Atenas. Sócrates foi um dos mais importantes filósofos da antiguidade. Para ele, a filosofia não era um simples conjunto de teorias, mas uma maneira de viver. Sobre o pensamento e a vida de Sócrates, assinale o que for incorreto. A) A maiêutica socrática é a arte de trazer à luz, por meio de perguntas e de respostas, a verdade ou os conhecimentos mais importantes à vida que cada pessoa retém em sua alma. B) O exercício da filosofia, para Sócrates, consistia em questionar e em investigar a natureza dos princípios e dos valores que devem governar a vida. Assim se comportando, Sócrates contraiu inimizades de poderosos que o executaram sob a acusação de impiedade e de corromper a juventude. C) Em polêmica com Aristóteles, para quem a cidade nasce de um acordo ou de um contrato social, Sócrates escreveu a República, na qual demonstra ser o homem um animal político. D) Nas conversações que mantinha nos lugares públicos da Atenas do século V a.C., Sócrates repetia nada saber para, assim, não responder às questões que formulava e motivar seus interlocutores a darem conta de suas opiniões. E) Sócrates acreditava que passar a vida filosofando, isto é, a examinar a si mesmo e a conduta moral das pessoas. Os sofistas, mestres da retórica e da oratória, opunham-se aos pressupostos de que as leis e os costumes sociais eram de caráter divino e universal. Deu-se assim, entre eles, o: A) Ceticismo filosófico. B) Cientificismo. C) Relativismo. D) Naturalismo. E) Racionalismo. Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar: I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, o do conhecimento do verdadeiro ser. II. Explicita como Platão concebe e estrutura o conhecimento. III. Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros. IV. Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e relativistas. Assinale a alternativa correta. A) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. B) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. C) Somente as afirmativas II e III são corretas. D) Somente as afirmativas III e IV são corretas. E) Somente as afirmativas I e IV são corretas. No livro VII da República, Platão apresenta o célebre mito (ou alegoria) da caverna. Pode-se afirmar que com esse mito ele pretendia: A)mostrar que os cidadãos são geralmente injustos com aqueles que querem ser justos. B) esclarecer algumas questões sobre a importância da educação dos filósofos, que viriam a ser no futuro, os governantes da cidade justa. C) provar a imortalidade da alma humana. D) demonstrar que a democracia não é um bom sistema de governo. Com base nos seus conhecimentos, assinale a alternativa que define corretamente a concepção aristotélica de ato e potência. A) A potência e o ato são conceitos que não se referem,de fato, às coisas materiais sujeitas à transformação. B) A potência é o momento presente, atual da matéria; ato é o que ela poderá vir a fazer. C) A potência e o ato não se relacionam com a matéria. D) A potência é o que a matéria virá a ser, seu devir, o princípio do movimento; ato é aquilo que elaé no presente. Elaborando a teoria das quatro causas e a distinção entre ato e potência, Aristóteles busca explicar a realidade do devir e da mudança a que estão submetidas as coisas causadas. Assinale o que for correto. 01) Para Aristóteles, a mudança implica uma passagem da potência ao ato; o ato é o estado de plena realização de uma coisa; a potência, a capacidade que algo tem para assumir uma determinação. 02) Segundo Aristóteles, tudo que acontece tem suas causas, essas são a explicação ou o porque de certa coisa ser o que é. 04) Causa material, causa formal, causa eficiente e causa final são os quatro sentidos que Aristóteles distingue no termo causa 08) Segundo Aristóteles, a causa material e a causa formal de uma coisa são, respectivamente, aquilo de que a coisa é feita e aquilo que ela essencialmente é. 16) Segundo Aristóteles, a causa eficiente e a causa final de uma coisa são, respectivamente, o agente que atua sobre essa coisa e o fim que ela se destina.
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