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A higiene das mãos é a medida individual mais simples de prevenir a propagação das infecções relacionadas a assistência à saúde

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Aula Habilidades Médicas
Resumo: Higiene das Mãos
Marcos Felipe Silva Gusmão
Medicina - UNIME
A higiene das mãos é a medida individual mais simples de prevenir a propagação das infecções relacionadas a assistência à saúde. 
A higienização das mãos deve ser realizada por todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu as Diretrizes da OMS sobre Higiene das Mãos em Serviços de Saúde baseadas em evidências científicas para auxiliar os serviços de saúde a melhorar a higiene das mãos, com o objetivo de reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Essas IRAS são infecções que ocorrem no paciente durante o processo de cuidados num hospital ou outro serviço de saúde que não estavam presentes ou incubadas no momento da admissão, ou seja, são infecções adquiridas no hospital por falhas e erros no sistema de segurança do paciente.
Na maioria dos casos, as mãos dos profissionais de saúde são o veículo para a transmissão de micro-organismos como vírus, fungos, parasitas e, mais frequentemente, bactérias a partir da fonte para o paciente, mas os próprios pacientes podem também ser a fonte. As mãos dos profissionais de saúde podem ser progressivamente colonizadas por micro-organismos durante o atendimento ao paciente, quanto maior o tempo de atendimento, maior é o grau de contaminação das mãos e dos riscos potenciais para a segurança do paciente.
A higiene das mãos pode ser realizada friccionando as mãos com preparação alcoólica ou higienizando com água e sabonete, o que deixa as mãos livres de contaminação microbiana potencialmente prejudicial e também seguras para o atendimento ao paciente. 
A maneira mais eficaz de garantir uma ótima higiene das mãos é utilizar a preparação alcoólica para as mãos. As preparações alcoólicas para as mãos apresentam as seguintes vantagens imediatas: eliminação da maioria dos micro-organismos (incluindo vírus); curto período de tempo para higienizar as mãos (20 a 30 segundos); disponibilidade do produto no ponto de assistência; boa tolerabilidade da pele; não há necessidade de qualquer infraestrutura especial (rede de fornecimento de água limpa, lavatório, sabonete e toalha).
A fricção das mãos com preparação alcoólica deve ser realizada com duração de 20 a 30 segundos e de acordo com os seguintes passos: 
- Aplicar uma quantidade do produto suficiente ao preenchimento da concavidade da mão, ou seja, em forma de concha.
- Friccionar as palmas das mãos uma à outra.
- Friccionar o dorso de cada mão.
- Entrelaçar os dedos, esfregando.
- Friccionar o dorso dos dedos.
- Friccionar o polegar com a mão oposta.
- Limpar as unhas em movimentos circulares nas palmas opostas.
- Esperar vaporizar.
As mãos devem ser lavadas com água e sabonete (líquido ou espuma) quando estiverem visivelmente sujas de sangue ou outros fluidos corporais, quando a exposição a potenciais organismos formadores de esporos é fortemente suspeita ou comprovada, antes e depois de utilizar o banheiro e antes e depois das refeições.
Antes de iniciar a higiene das mãos, é necessário retirar jóias, como anéis, pulseiras e relógios, pois esses objetos acumulam microrganismos. 
O processo de higienizar as mãos de maneira efetiva, friccionando com preparação alcoólica ou lavando as mãos, depende de uma série de fatores como a qualidade da preparação alcoólica (conforme os padrões europeus e dos EUA), a quantidade de produto utilizada, o tempo de fricção ou lavagem e a superfície da mão friccionada ou lavada.
Os cinco principais momentos em que a higiene das mãos é necessária são: 
- Antes de tocar no paciente: antes e após contato com o paciente,
- Antes de realizar procedimentos de limpeza e antissépticos: antes de manusear um dispositivo invasivo, independentemente do uso ou não de luvas e ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente.
- Após o risco de exposição a fluidos corporais: após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas mucosas, pele não íntegra ou curativo e após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas.
- Após tocar no paciente: antes e após contato com o paciente e após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas.
- Após tocar em superfícies próximas ao paciente: após contato com superfícies e objetos inanimados nas imediações do paciente e após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas.
Esses 5 momentos indicados para a higienização das mãos têm como objetivo evitar a transmissão de micro-organismos do ambiente assistencial para o paciente, proteger a paciente contra a colonização e a infecção exógena por patógenos transportados nas mãos dos profissionais de saúde; evitar a transmissão de micro-organismos para o paciente e de um sítio anatômico para outro no mesmo paciente; proteger o ambiente assistencial contra a contaminação por micro-organismos e a possível disseminação subsequente.
Todas as pessoas envolvidas na prestação de cuidados de saúde são responsáveis em prevenir a transmissão microbiana quando o contato direto ou indireto justifica as indicações para a higiene das mãos, em ambientes de cuidados, todas as atividades que envolvam contato direto ou indireto com os pacientes são atividades assistenciais à saúde, e é necessário que todos os profissionais de saúde, independentemente da unidade de atendimento, estejam potencialmente interessados e preocupados com a higiene das mãos durante o exercício de suas funções, para que as IRAS sejam evitadas.
As indicações para a higiene das mãos são independentes daquelas que justificam o uso de luvas (esterilizadas ou não), e uso de luvas não determina indicações para a higiene das mãos, mas sim, a higiene das mãos influencia o uso adequado de luvas. O uso de luvas não altera e nem substitui a higiene das mãos, como exemplo: 
- Quando uma indicação para a higiene das mãos precede uma tarefa que envolva contato que exige o uso de luvas, a higiene das mãos deve ser realizada antes de calçar as luvas.
- Quando uma indicação de higiene das mãos é após uma tarefa que envolva contato que requer o uso de luvas, a higiene das mãos deve ser realizada após a remoção das luvas.
- Quando uma indicação ocorre enquanto o profissional de saúde está usando luvas, estas devem ser removidas para permitir a higiene das mãos e, se necessário, trocadas.
A higienização das mãos tem como finalidade remover todos os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujeira propícia que possibilita à permanência e à proliferação de microrganismos.

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