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FARINGE E LARINGE AFECÇÕES RELACIONADAS Deslocamento dorsal de palato mole (DDPM) Hemiplegia laringeana Condropatia da aritenoide Aprisionamento da epiglote Cisto subepiglótico ANATOMIA DE FARINGE E LARINGE Palato mole separa a nasofaringe (região nasal da faringe) da orofaringe CARTILAGENS DA LARINGE Epiglote Tireoide Aritenoide Cricóide (considerada como o primeiro anel traqueal) Anéis traqueais (conectados por músculos) ESTRUTURA E FUNÇÃO Processo corniculado da cartilagem aritenoide (quando o animal inspira o processo corniculado se abre para aumentar a abertura da traqueia e quando o animal deglute o processo se fecha) Prega aritenoepiglótica (conecta o processo corniculado da cartilagem aritenoide com a cartilagem epiglote) Ventrículo (saco de fundo cego próximo as cordas vocais que também tem função de produção de som) Corda vocal Epiglote (fecha a abertura da traqueia durante a deglutição) Palato mole Equino → respiração nasal obrigatória FR normal → 20mrpm ≈ 100L/min FR exercício → 100mrpm ≈ 1500L/min DESLOCAMENTO DORSAL DE PALATO MOLE (DDPM) Interferência mecânica no contato entre a borda caudal livre do palato mole e a epiglote 10%a 20% dos cavalos de corrida entre 2 e 3 anos ETIOLOGIA Presença de cistos e granulomas na epiglote ou palato caudal Hipoplasia ou deformação da epiglote Retração caudal da língua Afecções inflamatórias → faringe e inflamação da bolsa gutural Causam disfunção do ramo faríngeo do vago → diminuição no tônus dos músculos palatofaríngeo e palatino Aprisionamento de epiglote PATOGENIA Obstrução expiratória DINÂMICA e intermitente Exercício intenso → aumento do fluxo de ar Deslocamento → ocorre diminuição da área para passagem de ar SINAIS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO Intolerância ao exercício Ruído expiratório durante o exercício Exame endoscópio dinâmico Impossibilidade de realizar o dinâmico → realizar imediatamente após o exercício Em repouso Interferência mecânica no contato entre palato e epiglote Úlceras no bordo caudal do palato Não é patognomônico TRATAMENTO CIRÚRGICO Primeiras técnicas descritas Estafilectomia → secção axial da porção caudal do palato via laringotomia ou via nasal + visibilização endoscopia Desuso → eficácia somente em casos de palatos muito longos (condição rara) Miectomia do esternohióideo e esternotireóideo → reduzindo a retração caudal da laringe Desuso → defeito no pescoço Tie-forward Objetivo → otimizar a ação do músculo tireohióideo bilateralmente por meio de suturas unindo a cartilagem tireoide e o osso basohióideo Fio inabsorvível grosso → Polyblend 5 Traciona a laringe cranialmente e faz com que a epiglote suba Prognóstico favorável Eficácia 20% maior do que a miectomia do esternohióideo e esternotireóideo HEMIPLEGIA LAGINGEANA Sinonímia → síndrome do cavalo roncador, neuropatia laringeana idiopática recorrente Prevalência → 90% dos cavalos de corrida (PSI) possuem algum grau de neuropatia do laríngeo recorrente ETIOLOGIA Idiopática em 94% dos casos Adquirida Traumas constantes (pulso da artéria carótida) e injeções perineurais ao nervo laríngeo recorrente Micose da bolsa gutural Intoxicação por chumbo e organofosforados Deficiências nutricionais (tiamina) e desordens metabólicas Compressão do nervo laríngeo recorrente por linfonodos torácicos infartados PATOGENIA Perda progressiva da função do nervo laríngeo recorrente Atrofia dos músculos cricoaritenoideo dorsal e cricoaritenoideo lateral levando a um comprometimento da abdução e adução da cartilagem aritenoide do lado respectivo Flacidez das cordas vocais → vibração Unilateral esquerda mais comum (pode ser bilateral) SINAIS CLÍNICOS Intolerância ao exercício Ruído inspiratório anormal durante o exercício Turbulência do ar criada pela corda vocal e ventrículo do lado acometido → laringe (câmara de ressonância) DIAGNÓSTICO Diferencial de DDPM – ruído expiratório Palpação da laringe → atrofia muscular Exame endoscópico → dinâmico ou repouso Sincronia e simetria dos movimentos das aritenoides e cordas vocais Slap test TRATAMENTO CIRÚRGICO Laringoplastia/ cricoaritenoideopexia (sutura na cartilagem aritenoide na cartilagem cricoide)/ Tie-back Objetivo: restaurar o diâmetro da rima da glote e prevenir o colapso à inspiração durante o exercício Risco → disfagia Fio inabsorvível grosso → Nylon 5 Ventriculectomia via laringotomia ou via nasal + visibilização endoscópica Objetivo: redução do ruído e redução do colapso de tecidos moles → retração cicatricial Usualmente associado à Laringoplastia e a cordectomia vocal PROGNÓSTICO Cavalos que participam da modalidade de salto → 90% de chance de retorno à atividade Corrida → 50% a 70% Animais velhos respondem melhor que jovens ao tratamento → melhor nível de condicionamento físico CONDROPATIA DE ARITENOIDE ETIOPATOGENIA Infecção das vias aéreas → lesão da mucosa e inflamação da cartilagem → ↓ diâmetro da rima da glote SINAIS CLÍNICOS Progressivos e variáveis Assintomáticos até dispneia em repouso Ruído respiratório Diminuição do desempenho atlético a intolerância ao exercício Forma crônica → mais comum Forma aguda → depressão, febre, leucocitose Lesões observadas → condricte, condrose (alterações na estrutura da cartilagem), condroma (tumores), displasia, necrose, pericondrite, laringite granulativa e abscedação DIAGNÓSTICO Sinais clínicos + endoscopia em repouso Aumento de volume e abdução incompleta da cartilagem aritenoide acometida/ granulomas TRATAMENTO Cirúrgico (casos crônicos) → aritenoidectomia via laringotomia Sempre unilateral mesmo com afecção bilateral → risco de disfagia 1 – Processo corniculado da cartilagem aritenoide 2 – Processo muscular da cartilagem aritenoide 3 – Corpo da aritenoide Remover apenas o corpo da aritenoide na aritenoidectomia subtotal Remover toda a região do corpo da aritenoide, mantendo apenas o processo muscular da aritenoide na aritenoidectomia parcial APRISIONAMENTO DE EPIGLOTE Pegas ariepiglóticas → bandas de tecido que se unem à borda livre na face ventral da epiglote e à mucosa que recobre os processos corniculados Etiologia desconhecida Patogenia → pregas ariepiglóticas recobrem a superfície dorsal da epiglote, aprisionando-a SINAIS CLÍNICOS Ruído inspiratório observado durante o exercício Diminuição do desempenho atlético → nem sempre Tosse → disfagia Diagnóstico → endoscopia em repouso TRATAMENTO Cirúrgico Divisão axial da prega em sentido caudo-rostral Realizado via endoscópica Bisturi curvo com eletrocautério ou laser (Nd:YAG), introduzido via oral ou nasal Prognóstico bom → 5% a 15% de recidiva CISTO SUBEPIGLÓTICO Etiologia congênita Patogenia → cisto prejudica a deglutição = disfagia SINAIS CLÍNICOS Assintomático Disfagia → tosse Pneumonia por aspiração → dispneia DIAGNÓSTICO Sinais clínicos Exame endoscópico em repouso Cisto se apresenta redondo ou oval (1,5 a 4cm de diâmetro) rosado, liso, flutuante e recoberto por mucosa Epiglote apresenta-se elevada de forma assimétrica TRATAMENTO Cirúrgico Excisão do cisto Via laringotomia Transerdoscópica utilizando laser Remover porção secretora
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