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Aula 4 - FARINGE E LARINGE

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FARINGE E LARINGE 
 
AFECÇÕES RELACIONADAS 
 Deslocamento dorsal de palato mole (DDPM) 
 Hemiplegia laringeana 
 Condropatia da aritenoide 
 Aprisionamento da epiglote 
 Cisto subepiglótico 
 
ANATOMIA DE FARINGE E LARINGE 
 Palato mole separa a nasofaringe (região nasal da faringe) da orofaringe 
 
CARTILAGENS DA LARINGE 
 Epiglote 
 Tireoide 
 Aritenoide 
 Cricóide (considerada como o primeiro anel traqueal) 
 Anéis traqueais (conectados por músculos) 
 
ESTRUTURA E FUNÇÃO 
 Processo corniculado da cartilagem aritenoide (quando o animal inspira o processo corniculado se abre para 
aumentar a abertura da traqueia e quando o animal deglute o processo se fecha) 
 Prega aritenoepiglótica (conecta o processo corniculado da cartilagem aritenoide com a cartilagem epiglote) 
 Ventrículo (saco de fundo cego próximo as cordas vocais que também tem função de produção de som) 
 Corda vocal 
 Epiglote (fecha a abertura da traqueia durante a deglutição) 
 Palato mole 
 Equino → respiração nasal obrigatória 
 FR normal → 20mrpm ≈ 100L/min 
 FR exercício → 100mrpm ≈ 1500L/min 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESLOCAMENTO DORSAL DE PALATO MOLE (DDPM) 
 
 Interferência mecânica no contato entre a borda caudal livre do palato mole e a epiglote 
 10%a 20% dos cavalos de corrida entre 2 e 3 anos 
 
ETIOLOGIA 
 Presença de cistos e granulomas na epiglote ou palato caudal 
 Hipoplasia ou deformação da epiglote 
 Retração caudal da língua 
 Afecções inflamatórias → faringe e inflamação da bolsa gutural 
 Causam disfunção do ramo faríngeo do vago → diminuição no tônus dos músculos palatofaríngeo e palatino 
 Aprisionamento de epiglote 
 
PATOGENIA 
 Obstrução expiratória DINÂMICA e intermitente 
 Exercício intenso → aumento do fluxo de ar 
 Deslocamento → ocorre diminuição da área para passagem de ar 
 
SINAIS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO 
 Intolerância ao exercício 
 Ruído expiratório durante o exercício 
 
 Exame endoscópio dinâmico 
 Impossibilidade de realizar o dinâmico → realizar imediatamente após o exercício 
 Em repouso 
 Interferência mecânica no contato entre palato e epiglote 
 Úlceras no bordo caudal do palato 
 Não é patognomônico 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Primeiras técnicas descritas 
 Estafilectomia → secção axial da porção caudal do palato via laringotomia ou via nasal + visibilização endoscopia 
 Desuso → eficácia somente em casos de palatos muito longos (condição rara) 
 
 Miectomia do esternohióideo e esternotireóideo → reduzindo a retração caudal da laringe 
 Desuso → defeito no pescoço 
 
 Tie-forward 
 Objetivo → otimizar a ação do músculo tireohióideo bilateralmente por meio de suturas unindo a cartilagem 
tireoide e o osso basohióideo 
 Fio inabsorvível grosso → Polyblend 5 
 Traciona a laringe cranialmente e faz com que a epiglote suba 
 Prognóstico favorável 
 Eficácia 20% maior do que a miectomia do esternohióideo e 
esternotireóideo 
 
 
 
 
HEMIPLEGIA LAGINGEANA 
 
 Sinonímia → síndrome do cavalo roncador, neuropatia laringeana idiopática recorrente 
 Prevalência → 90% dos cavalos de corrida (PSI) possuem algum grau de neuropatia do laríngeo recorrente 
 
ETIOLOGIA 
 Idiopática em 94% dos casos 
 Adquirida 
 Traumas constantes (pulso da artéria carótida) e injeções perineurais ao nervo laríngeo recorrente 
 Micose da bolsa gutural 
 Intoxicação por chumbo e organofosforados 
 Deficiências nutricionais (tiamina) e desordens metabólicas 
 Compressão do nervo laríngeo recorrente por linfonodos torácicos infartados 
 
PATOGENIA 
 Perda progressiva da função do nervo laríngeo recorrente 
 Atrofia dos músculos cricoaritenoideo dorsal e cricoaritenoideo lateral levando a um comprometimento da 
abdução e adução da cartilagem aritenoide do lado respectivo 
 Flacidez das cordas vocais → vibração 
 Unilateral esquerda mais comum (pode ser bilateral) 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 Intolerância ao exercício 
 Ruído inspiratório anormal durante o exercício 
 Turbulência do ar criada pela corda vocal e ventrículo do lado acometido → laringe (câmara de ressonância) 
 
DIAGNÓSTICO 
 Diferencial de DDPM – ruído expiratório 
 Palpação da laringe → atrofia muscular 
 Exame endoscópico → dinâmico ou repouso 
 Sincronia e simetria dos movimentos das aritenoides e cordas vocais 
 Slap test 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Laringoplastia/ cricoaritenoideopexia (sutura na cartilagem aritenoide na cartilagem cricoide)/ Tie-back 
 Objetivo: restaurar o diâmetro da rima da glote e prevenir o colapso à inspiração durante o exercício 
 Risco → disfagia 
 Fio inabsorvível grosso → Nylon 5 
 
 Ventriculectomia via laringotomia ou via nasal + visibilização endoscópica 
 Objetivo: redução do ruído e redução do colapso de tecidos moles → 
retração cicatricial 
 Usualmente associado à Laringoplastia e a cordectomia vocal 
 
PROGNÓSTICO 
 Cavalos que participam da modalidade de salto → 90% de chance de retorno à atividade 
 Corrida → 50% a 70% 
 Animais velhos respondem melhor que jovens ao tratamento → melhor nível de condicionamento físico 
CONDROPATIA DE ARITENOIDE 
 
ETIOPATOGENIA 
 Infecção das vias aéreas → lesão da mucosa e inflamação da cartilagem → ↓ diâmetro da rima da glote 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 Progressivos e variáveis 
 Assintomáticos até dispneia em repouso 
 Ruído respiratório 
 Diminuição do desempenho atlético a intolerância ao exercício 
 
 Forma crônica → mais comum 
 Forma aguda → depressão, febre, leucocitose 
 Lesões observadas → condricte, condrose (alterações na estrutura da cartilagem), condroma (tumores), displasia, 
necrose, pericondrite, laringite granulativa e abscedação 
 
DIAGNÓSTICO 
 Sinais clínicos + endoscopia em repouso 
 Aumento de volume e abdução incompleta da cartilagem aritenoide acometida/ granulomas 
 
TRATAMENTO 
 Cirúrgico (casos crônicos) → aritenoidectomia via laringotomia 
 Sempre unilateral mesmo com afecção bilateral → risco de disfagia 
 1 – Processo corniculado da cartilagem aritenoide 
 2 – Processo muscular da cartilagem aritenoide 
 3 – Corpo da aritenoide 
 Remover apenas o corpo da aritenoide na aritenoidectomia subtotal 
 Remover toda a região do corpo da aritenoide, mantendo apenas o processo muscular da aritenoide na 
aritenoidectomia parcial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRISIONAMENTO DE EPIGLOTE 
 
 Pegas ariepiglóticas → bandas de tecido que se unem à borda livre na face ventral da epiglote e à mucosa que 
recobre os processos corniculados 
 Etiologia desconhecida 
 Patogenia → pregas ariepiglóticas recobrem a superfície dorsal da epiglote, aprisionando-a 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 Ruído inspiratório observado durante o exercício 
 Diminuição do desempenho atlético → nem sempre 
 Tosse → disfagia 
 
 Diagnóstico → endoscopia em repouso 
 
TRATAMENTO 
 Cirúrgico 
 Divisão axial da prega em sentido caudo-rostral 
 Realizado via endoscópica 
 Bisturi curvo com eletrocautério ou laser (Nd:YAG), introduzido via oral ou nasal 
 Prognóstico bom → 5% a 15% de recidiva 
 
 
CISTO SUBEPIGLÓTICO 
 
 Etiologia congênita 
 Patogenia → cisto prejudica a deglutição = disfagia 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 Assintomático 
 Disfagia → tosse 
 Pneumonia por aspiração → dispneia 
 
DIAGNÓSTICO 
 Sinais clínicos 
 Exame endoscópico em repouso 
 Cisto se apresenta redondo ou oval (1,5 a 4cm de diâmetro) rosado, liso, flutuante e recoberto por mucosa 
 Epiglote apresenta-se elevada de forma assimétrica 
 
TRATAMENTO 
 Cirúrgico 
 Excisão do cisto 
 Via laringotomia 
 Transerdoscópica utilizando laser 
 Remover porção secretora

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