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HIPERPLASIA FOLICULAR LINFOIDE - comum em potros -resposta aos alérgenos -entrada das vias áreas – região de nasofaringe - partículas virais/alergenos/ bactérias/ partículas do ambiente -resposta do tecido linfoide local → com secreção de muito e produção de imunoglobulinas - prevalência diminui com a idade -alteração do desempenho atlético questionável -favorece o desenvolvimento de doenças obstrutivas -não é feita tratamento -desaparece sozinha -autolimitante Grau 0 – normal Grau 1 – poucos folículos na parede dorsal Grau 2 – folículos brancos e hiperemicos na parede dorsal e ventrolateral Grau 3 – maior % de folículos hiperêmicos; parede dorsal e lateral, associada à outras desordens da faringe ( flacidez epiglote; deslocamento dorsal de palato mole) Grau 4 – FARINGITE SEVERA! Grande número de folículos hiperêmicos e edematosos; Agregados – formato polipoide Diagnóstico – via endoscopia Tratamento Graus 1 e 2 não tratáveis. Anti inflamatórios corticoides – oral ou spray ATB – infecções bacterianas Interferon – agentes virais Intervenção cirúrgica – não mais recomendada; Criocauterização; Ablação química ou ablação à laser. DESLOCAMENTO DE PALATO MOLE O deslocamento de palato mole está ligado à massas próximas à porção livre do palato mole, como por exemplo cistos e granulomas. Está associada a disfagia – mm palatino ou palatofaríngeo Sinais Clínicos : Obstrução EXPIRATÓRIA!; Interfere na ventilação somente ao exercício e 20-30% dos casos são silenciosos. Nos casos intermitentes temos: intolerância ao exercício, queda abrupta da performance, respiração com a boca aberta,flexão da cabeça exacerba os sinais. O tratamento consiste em corrigir os problemas primários. Não cirúrgico consiste em Aines tópicos ou sistêmicos (quando há inflamação associada); promover elevação da cabeça; oclusão da boca; “tongue-tie” (ao tracionar a língua, movimenta-se o hioide e desloca rostralmente a epiglote, dificultando o deslocamento de palato); Colar de Cornell (movimenta aparato hioide e força a epiglote a ser elevada). Tratamento cirúrgico → Estafilectomia – ressecção parcial do palato mole; não pode ser retirado >0,75cm de tecido, uma vez que pode-se formar uma fístula permanente entre naso e orofaringe; acesso cirúrgico via laringotomia; → Miectomia parcial – músculo esternohioideo + esternotireohideo; O objetivo é reduzir a retração caudal da laringe. Houve uma perda da popularidade da técnica nos últimos anos devido uma variação com melhores resultados. → Miectomia Modificada – esternotireohidectomia ou técnica de Llewellyn; Miectomia/tenectomia parciais do mm e tendão mm esternotireohideo. → “Tie – Forward” – objetivo é restabelecer a função dos mm tirohioideos. Duas suturas – cartilagem tireoide e osso basohioide; Iniciar sutura pela cartilagem tireoide. → Escleropatia Palatal → indicada para quadros intermitentes. Agente tetradecil sulfato de sódio 3%. Infiltração submucosa do palato mole. Volume total de 1m/50kg de peso. NEUROPATIA LARINGEANA RECORRENTE (NLR) Hemiplegia laringeana ou hemiplegia laringeana idiopática. É causada por uma lesão no nervo laríngeo recorrente (ramo vago) e causa paralisia da musculatura intrínseca da laringe. Atrofia do músculo cricoaritenoideo dorsal com uma perda progressiva da função abdutora da laringe. A lesão do nervo laríngeo recorrente (ramo vago) pode ser proveniente de diversas causas: injeção perivascular jugular; micose bolsa gutural; traumas ou cirurgias pescoço; abscesso de garrotilho em cabeça ou pescoço; encefalopatia hepática ou mesmo idiopática. O lado esquerdo é o mais afetado devido ao maior trajeto do nervo laríngeo recorrente. Diagnóstico → histórico + sinais clínicos : intolerância ao exercício; performance pobre em exercícios de alta intensidade; “CAVALO RONCADOR” – som inspiratório; Endoscopia – com 4 graus (com subgraus) de classificação. Avaliação da classificação dos graus de hemiplegia laringeana deve ser feita com animal em repouso. Normal ou Grau I → cartilagem aritenoide com movimentos sincrônicos e simétricos; abdução completa é alcançada e mantida. Grau II → Assincronismo Cartilagem aritenoide – abdução completa é alcançada e mantida com ou sem assimetria esporádica da laringe. Subgraus A e B. Grau III → Assincronismo + assimetria da Cartilagem aritenóide; abdução completa não é alcançada nem mantida. Subgraus A, B e C. Grau IV → ausência total de movimentação da cartilagem aritenoide. Tratamento cirúrgico - melhorar fluxo de ar (animais corredores) - redução do ruído respiratório (outras atividades) → Cricoaritenoidepexia : laringoplastia protética ou “tié-back”; técnica visa aumentar o fluxo de ar. Promove abdução permanente da cartilagem aritenóide. A tensão ideal é quando a cartilagem corniculata encosta na parede. Pós operatório : confinar animal em baia; fornecer alimento/água no chão. Complicações: tosse/disfagia (comum 5 -7 dias pós op), hemorragia, perfuração mucosa laringe ou tranqueia; ruptura/relaxamento ou infecção da prótese; esgarçamento cartilagem cricoide/aritenoide; Formação de condroide de aritenoide. → Ventriculectomia: Saculectomia; Objetivo é reduzir/eliminar o ruído inspiratório. Ventriculectomia + cricoaritenoidepexia são o tratamento de escolha.Pós operatório : confinar o animal em baia (retorno ao exercício após 60 dias); ATB 48 -72h – iniciar no pré operatório, assim como os AINES. Limpeza diária da fenda cirúrgica. CONDROPATIA DA ARITENOIDE Aumento das cartilagens aritenoides sem uma etiologia bem definida. Está relacionada à alterações locais – condrite/pericondrite/condroides/condroma; diplasia; necrose; laringite granulomatosa; abscessos. Quadro clínico progressivo – fibrose /necrose cartilaginosa; matriz cartilaginosa de péssima qualidade; mineralização do corpo da aritenoide. Sinais clínicos em animais atletas e jovens são observados ao exercício intenso : estridor respiratório e intolerância ao exercício. Histórico semelhante à NLR e é a endoscopia que faz o diagnóstico diferencial. Em animais não atletas os sinais clínicos são um ruído respiratório e dispneia, em exercício leve ou repouso. Em animais senis á um início sutil dos sinais clínicos (agravamento com passar do tempo). Forma aguda → mais comum em animais senis como consequência de laringite generalizada; Animais sobreanos como consequência do garrotilho; Há uma redução acentuada da rima glote (estridor/dispneia em repouso); o início é súbito e com progressão rápida. Na endoscopia há um edema pericondral, inchaço perilaríngeo, hiperemia significativa, diminuição diâmetro da rima glote, lesão ulcerada. Endoscopia forma crônica → alteração formato processo corniculado, exposição do arco palatofaríngeo, protrusões cartilaginosas, granulação, abdução da laringe comprometida. Diagnóstico : Palpação – espessamento do processo muscular; Ultrassom – lesões abaxiais na cartilagem; Radiografia – mineralização excessiva da cartilagem aritenoide – prognóstico desfavorável . Tratamento quadro agudo → Quadro inflamatório: ATB amplo espectro +aines ou analgésicos esteroides + tranqueotomia de emergência + acompanhamento endoscópico = regressão ou evolução (cronificação). Tratamento quadro crônico → função da cartilagem ausente, espessamento cartilagem, estenose da rima glote. Aritenoidectomia via laringotomia (unilateral em casos bilaterais); Traqueostomia permanente. Aritenoidectomia total → remoção completa da cartilagem aritenoide. Subtotal → corpo aritenoide removido – processos corniculado e muscular preservados. Parcial → técnica de escolha, processo corniculado e corpo são removidos, porém o processo muscular é preservado. Pós operatório → ATB e AINES por 3 dias com inicio pré operatório; tubo de traqueostomia (pouco edema + vias aéreas reestabelecidas – remover tubo após 24 horas) se houver edema acentuado + vias aeres obstruídas (manter tubo – limpar BID). Jejum 24 horas após procedimento; confinar em baia por 4 a 6 semanas; recuperação completa – 8 a 10 semanas; fornecer alimento no chão. Complicações → dispneia/disfagia; tosse durante alimentação;formação de granuloma; mineralização porção remanescente. APRISIONAMENTO DA EPIGLOTE Prega ariepiglótica → banda espessada de tecido mucoso, localizada na porção ventral livre da epiglote. Tem aspecto sanfonado na posição anatômica. Sinais clínicos → Prega ariepiglótica sobre a epiglote → aparência de continuidade com a aritenoide; causa comum de ruído respiratório. Intolerância ao exercício – causa frequente (sem sempre). Tosse e secreção nasal (após ingestão de água). Diagnóstico endoscópico → formato epiglote preservado; borda ondulada + vasculatura dorsal – não visualizados. Epiglote recoberta com prega mucosa – total ou parcial; Epiglote sobre o palato mole.
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