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SÍNDROME SIMPATICOMIMÉTICA

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SÍNDROME SIMPATICOMIMÉTICA
O QUE É?
A síndrome simpaticomimética em intoxicações por abuso de substâncias psicoativas é um quadro de emergência ou de urgência que leva à excitação do sistema nervoso central. As substâncias causadoras da síndrome mimetizam as aminas biogênicas (adrenalina, serotonina e dopamina). Situações de overdose de psicoanalépticos, especialmente de estimulantes da vigília, intencional ou acidental, são os motivos mais comuns, para estes quadros clínicos. 
QUAIS AGENTES DESENCADEADORES?
Anfetaminas, Ecstasy, Cocaína, Teofilina, Descongestionantes nasais, Efedrina, pseudoefedrina, Cafeína.
O curso mais sério ocorre em casos de envenenamento por drogas, especialmente cocaína, anfetamina e seus derivados (metanfetamina, MDMA); também foram relatados casos com sobredosagens de fenilpropanolamina, efedrina, pseudoefedrina, teofilina e cafeína, bem como recentemente também drogas de designer (por exemplo, mefedrona, mephentermine).
FISIOPATOLOGIA (MECANISMOS E NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS)
Condição causada por aumento acentuado da atividade simpática, periférica e também do SNC, aumento da liberação de catecolaminas ou estimulação direta dos receptores adrenérgicos β1 e α1. Causas: principalmente intoxicação por substâncias psicoativas ilegais. 
SINTOMAS 
Midríase; Hipertermia; Agitação psicomotora; Alucinações, delirium; Paranóia; Sudorese; Palpitação, dor precordial; Taquicardia, arritmias nos casos graves; Hipertensão arterial (ou hipotensão nos casos graves); Tremores, convulsões; Rigidez muscular, rabdomiólise.
Síndrome simpatomimética Sintomatologia: midríase, hiperreflexia, distúrbios psíquicos, hipertensão, taquicardia, piloereção, hipertermia, sudorese. Principais agentes: cocaína, anfetamínicos, derivados e análogos, descongestionantes nasais, cafeína, teofilina.
Quadro clínico leve: a ansiedade predomina com tendência a atitudes violentas, taquicardia, insônia, aumento da pressão arterial, diaforese, em geral midríase, dispnéia, dor torácica. Quadro clínico grave: agitação psicomotora extrema com delírio, transtornos psicóticos agudos e alucinações, aumento acentuado da temperatura corporal, chegando até a hipertermia, sudorese profusa, convulsões com risco de convulsão epiléptica, aumento da pressão arterial> 200/100 mm Hg, alterações no ritmo e condução cardíaca.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é estabelecido com base nos dados obtidos da anamnese da substância ingerida. Em caso de suspeita de envenenamento devido a substâncias psicoativas desconhecidas, devem ser realizados testes de drogas na urina.
Diagnóstico diferencial: Síndrome serotoninérgica, síndrome anticolinérgica, síndrome de abstinência alcoólica, intoxicação por metilxantina.
O reconhecimento da síndrome tóxica agiliza a identificação do agente causal e permite um tratamento mais adequado. A confirmação laboratorial da intoxicação é de valor relativamente pequeno no atendimento de emergência, em virtude da escassez de métodos adequados de detecção e da demora da obtenção dos resultados.
COMO TRATAR A INTOXICAÇÃO POR AGENTES SIMPATICOMIMÉTICOS
Na unidade de terapia intensiva. É necessário iniciar o tratamento precoce de agitação, taquicardia, convulsões e hipertensão, para evitar a hipertermia e a rabdomiólise.
1. Monitorar a condição do paciente; Intubação precoce e ventilação mecânica são frequentemente necessárias, assim como medidas agressivas para a manutenção da função cardiovascular.
2. Administrar 5-10 mg de diazepam iv., Até melhora clínica. Em caso de convulsões resistentes ao diazepam, considerar midazolam ou tiopental em infusão contínua iv
3. Em caso de aumento da temperatura corporal, a despeito da aplicação de benzodiazepínicos, este deve ser resfriado pela aplicação de medidas físicas. A administração de relaxantes musculares e o início da ventilação mecânica devem ser considerados.
4. Para reduzir a pressão arterial, não use β-bloqueadores. Eventualmente, administrar nitroglicerina em infusão iv. Não administre medicamentos que agem no sistema cardiovascular, se o paciente não tiver recebido anteriormente benzodiazepínicos.
Descontaminação é a etapa em que se procura diminuir a exposição do organismo ao tóxico, quer reduzindo o tempo e/ou a superfície de exposição, quer reduzindo a quantidade do agente químico em contato com o organismo. A conduta varia de acordo com a via da possível absorção do tóxico

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