Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SÍNDROME ICTÉRICA ICTERÍCIA = é a coloração amarelada de pele e mucosas (principalmente esclera e frênulo da língua), e que ocorre devido ao aumento da bilirrubina no plasma e nos tecidos. 1. Lesão dos hepatócitos (síndrome hepatocelular) 2. Obstrução biliar 3. Hemólise 4. Distúrbios do metabolismo da bilirrubina Obs.: o paciente começa a apresentar icterícia quando Bb >2,5 -3,0mg/dL FORMAÇÃO DA BILIRRUBINA: Cerca de 85% da bilirrubina produzida no corpo tem origem na degradação de hemácias senis. O produto final desta destruição de hemácias idosas é a liberação de hemoglobina (Hb) HEMOGLOBINA = HEME + GLOBINA HEME: é quebrado em 2 partes = ferro + protoporfirina PROTOPORFIRINA IX à BILIVERDINA à BILIRRUBINA BILIRRUBINA INDIRETA (Carreada pela albumina) A BI segue em direção ao fígado onde sofre 3 processos: captação, conjugação e excreção (a excreção é a etapa limitante do processo = a que mais gasta energia). Ao ser excretada no lúmen intestinal e atingir o íleo terminal e o cólon, uma parte é metabolizada por bactérias. Nesse caso, forma-se um novo composto = urobilinogênio – uma parte desse urobilinogênio é absorvida e retorna à circulação para ser excretado na urina; o restante (estercobilina) sai nas fezes, sendo o responsável pela coloração fecal. GLOBINA: haptoglobina carreia O aumento das globinas “gasta” a haptoglobina = como se identifica apenas a forma livre dessa proteína, em situações de hemólise teremos uma diminuição da haptoglobina. ⬆BI – Hemólise – Anemia, ↑LDH, ↓Haptoglobina ⬆BD – Colestase ou Hepatocelular ⬆ Bilirrubina Direta • ACOLIA FECAL • COLÚRIA • PRURIDO >> mais característico de lesão biliar (colestase) – relacionado aos sais biliares SÍNDROME HEPATOCELULAR x SÍNDROME COLESTÁTICA As duas levam a um aumento de BILIRRUBINA DIRETA Diferenciando: ü TGO (AST) e TGP (ALT) ü Fosfatase alcalina e Gama-GT Obs.: na hepatite = inicialmente há um aumento de bilirrubina direta, pois a inflamação prejudica as etapas mais elaboradas do metabolismo da bilirrubina >> excreção SÍNDROME HEPATOCELULAR SÍNDROME COLESTÁTICA ý Transaminases > 10x - Se > 1000 = origem viral (TGP > TGO) - AST> ALT (2x) = etiologia alcoólica ý FA e GGT: “tocadas” ý Transaminases = “tocadas” ý FA e GGT > 4x Obs: Na coledocolitíase as transaminases podem se elevar transitorialmente. E QUANDO AUMENTA A BILIRRUBINA INDIRETA? ... HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA • HEMÓLISE (icterícia + anemia) • DISTÚRBIOS DE BILIRRUBINA (síndromes genéticas) SÍNDROME DE GILBERT • A prevalência é de 8% • Quadros brandos (Bb < 4) • Precipitado por: jejum, estresse, álcool, exercício.. • Glucoronil transferase ‘preguiçosa’- • TTO = Orientação • Melhora com: fenobarbital, dieta hipercalórica • Menor risco de aterosclerose e de alguns tipos de ca CRIGLER NAJJAR • Início até 3º dia de vida • Existem dois tipos TIPO I: deficiência total (Bb 18-45). A criança vai a óbito por kernicterus. TTO:exsanguíneo transfusão (até o transplante) TIPO II: deficiência parcial (Bb = 6-25). TTO: fenobarbital HIPERBILIRRUBINA DIRETA ROUTOR e DUBIN-JOHNSON: ý Problema na excreção ý Benignas e raras ý Enzimas hepáticas normais HEPATITES VIRAIS HISTÓRIA + SOROLOGIA As hepatites podem caminhar para uma forma COLESTÁTICA >> início típico, porém, na convalescência, a Bb volta a se elevar, mas com colestase (+ comum = vírus A) BI BI BD BD CAPTAÇÃO CONJUGAÇÃO EXCREÇÃO Glucoronil-transferase BI BI BD BD CAPTAÇÃO CONJUGAÇÃO EXCREÇÃO Glucoronil-transferase GILBERT CRIGLER NAJJAR DUBIN- JOHNSON Abuso de medicamentos, de álcool, internações (hepatite isquêmica).. MED – aulas 05/01 e 12/01/2019 – SÍNDROME ICTÉRICA afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com AGUDA X CRÔNICA X FULMINANTE Até 6 meses >6 meses Encefalopatia hepática em até 8 semanas do início do quadro A forma de evolução irá depender da resposta imunológica do indivíduo. Ex.: o vírus C é pouco imunogênico >> recruta pouco a resposta imunológica >> raramente fulmina, contudo, tem maior chance de cronificação. PERÍODOS DE INCUBAÇÃO* ý Hepatite A = 4 semanas ý Hepatite E = 5 a 6 semanas ý Hepatite C = 7 semanas ý Hepatite B e D = 8 a 12 semanas C PERÍODO DE INCUBAÇÃO* INÍCIO DOS SINTOMAS Prodrômica Ictérica (30%) Convalescença CARACTERÍSTICAS GERAIS Vírus >> defesa inicial = anticorpos – os acs ligam-se à superfície do vírus (opsonização) para que estes possam ser fagocitados .. essas células que englobam os vírus também são destruídas, de modo a cursar com LEUCOPENIA LEUCOPENIA COM LINFOCITOSE NECROSE PERIPORTAL/PONTE COMPLICAÇÕES: Colestase – Hepatite A Fulminante – Hepatite B (1%) e A (rara) Recorrência Cronificação – Hep B e C Auto-Imune – Hep B e C HEPATITE B Transmissão: • Sexual (mais comum) • Vertical (+ cai nas provas) ý Risco de transmissão o Mãe HbeAg (+) >>90% o Mãe HbeAg (-) >> 15% ý Não há indicação de cesárea ý O aleitamento é permitido ý A profilaxia é pós-exposição: sempre vacina + HBIG (sítios ≠), de preferência nas primeiras 12 horas • Percutânea • Transplante de órgãos HBV = vírus DNA – 3 antígenos Antígeno c (HBcAg) = está dentro do vírus Antígeno E (HBeAg) = secretado quando há replicação viral Antígeno S (HBsAg) = presente no envelope/ superfície “O HBsAg é o próprio vírus” Obs.: se quisermos avaliar de forma mais direta, existem métodos moleculares (DNA viral/carga viral) Marcadores sorológicos INCUBAÇÃO (1-6 meses) SINTOMAS PRODRÔMICA (1-2 sem) ICTÉRICA (30%) CONVALESCÊNCIA 1º. PASSO: HBsAg HBsAg (+): tem hepatite B HBsAg (-): pode ter/ pode não ter ... ** quando em concentrações muito baixas, o HBsAg pode não ser detectado 2º. PASSO: ANTI-HBc TOTAL ANTI-HBc total (-): nunca teve hepatite B ANTI-HBc total (+): teve contato com o vírus 3º. PASSO: ANTI-HBc IgM e IgG IgM (+) = hepatite B aguda IgG (+) = hepatite B curada ou crônica Quem cura? ANTI-HBs ANTI-HBs (+) = hepatite B curada ANTI-HBs (-) = hepatite B crônica MUTANTES • PRÉ-CORE: falha na síntese do HBeAg, de forma que o paciente na fase replicativa é HBeAg (-). ý Quando desconfiar: HbsAg (+) + ↑Transaminases e HBeAg (-) ý Como confirmar: DNA HBV ↑↑ • POR ESCAPE (ENVELOPE): HBsAg (+) e ANTI-HBs (+) “vacina não protegeu” EVOLUÇÃO BENIGNA (95%) ü ASSINTOMÁTICA ü ANICTÉRICA / ICTÉRICA EVOLUÇÃO RUIM ü FULMINANTE (1%) à resposta imune/ acs precoces ü CRÔNICA Adultos (1-5%) Crianças (20-30%) Recém-nascidos (90%) ý Cirrose (20-50%) ý Carcinoma hepatocelular (10%) = não precisa passar pela cirrose; por isso a chance de ca é maior do que na hepatite C OUTROS ACHADOS ý PAN ý GN MEMBRANOSA ý Acrodermatite de GIANOTTI-CROSTI: lesão maculopapular, eritematosa e não pruriginosa ________________________________________Achados na HEPATITE C: ý Crioglobulinemia ý GN mesangio-Capilar ý Líquen plano/porfiria HBsAg C Período de soroconversão = 1 a 10 sem Anti-HBc IgM Anti-HBs 6 meses Fase clínica = máximo : 6 meses afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com HEPATITE B AGUDA = tratar (Tenofovir) somente quando grave ! PROFILAXIA • Pré-exposição: VACINA 3 DOSES (UNIVERSAL) Esquemas especiais < 5 anos = 1 mono + 3 penta Imunodeprimidos, IRC*, transplantados = 4 doses duplas (*) Acompanhados anualmente (títulos anti-HBs) Anti-HBs (-) após 3 doses >> repetir esquema* >> se não soroconverteu = não respondedor à vacina *se tem tempo que tomou vacina pode dar uma dose e repetir anti-HBs. • Pós-exposição: IMUNOGLOBULINA ý Infecção perinatal (vacina + HBIG <12h) ý Vítimas sexuais/acidentes biológicos (não vacinados) ý Imunodeprimidos expostos (mesmo vacinado) HEPATITE D (VÍRUS DELTA) ** Mediterrâneo/ Amazônia, Anti-LKM3 (+) ý CO-INFECÇÃO: D e B agudas >> não aumenta o risco de cronicidade ý SUPERINFECÇÃO: B crônica >> ↑ risco de hepatite fulminante (20%) e cirrose HEPATITE A É a única que não cronifica! INCUBAÇÃO SINTOMAS PRODRÔMICA (dias a semanas) ICTÉRICA (dias a sem) CONVALESCÊNCIA (dias a semanas) Nelson (pediatria): o isolamento está indicado por 7 dias após o início da icterícia. Isolamento pelo MS: por 15 dias .. ATENÇÃO: IgG não dá o diagnóstico! FORMAS CLÍNICAS ý Assintomática ý Sintomática ý Fulminante ý Recidivante ý Colestática PROFILAXIA Vacina: após 1 ano – 12/ 18 meses (MS = 15 meses) Pré-exposição / Pós-exposição (até 2 semanas): < 1 ano: IG (proteção temporária de até 3m) >1 ano: vacina HEPATITE E Grávidas – fulminante em 20% Um genótipo específico poderia cronificar DOENÇAS AUTOIMUNES HEPATITE AUTO-IMUNE Lesão hepatocelular + exclusão de outras causas Hipergama policlonar (↑IgG) Algumas dicas: Artralgia, Vitiligo, Atraso menstrual TIPO I – Mulher jovem; FAN + (lupóide) e Ac. Antimusculo liso + (AML) TIPO II – Meninas/Homens, Ac. Anti LKM1 e Anticitosol hepático 1 TIPO III – Anti-SLA Tratamento: corticoide + azatioprina COLANGITE BILIAR PRIMÁRIA Mulher / meia idade / FA e GGT⬆ ý Fadiga ý Prurido ý Icterícia ý Hiperpigmentação ý Xantelasmas ý Dor óssea ý Diminuição de vitaminas lipossolúveis ý Associação com Sjogren, Hashimoto, AR ... ANTI-MITOCÔNDRIA (+) ý Sem alterações especificas nos exames de imagem (PEQUENAS VIAS BILIARES) Tratamento: UDCA, transplante HEPATITE ALCOÓLICA ÁLCOOL >> REAÇÃO LEUCEMOIDE ý Bebedor crônico à libação à acetaldeído à Agressão ý Manifestação: Febre, icterícia, dor HD, AST>ALT, transaminases <400 (“pouca reserva”); ý Leucocitose neutrofílica ý Necrose centrolobular >> citocromo P450 é disposto principalmente neste local >> é o padrão também encontrado na hepatite medicamentosa, isquêmica, congestiva ý TTO: Abstinencia + se, IFD (madrey) ≥ 32 à Corticóide (preferencia: prednisolona) o Alternativa: Pentoxifilina HEPATITE MEDICAMENTOSA Tipos de lesão: ý Lesão Hepatocelular à Acetaminofeno, AINES ý Padrão colestático à Anticoncepcionais orais, Antibióticos ý Esteatose hepática à Amiodarona, Zidovudina *Intoxicação por Acetaminofeno: ý Antidoto à N-acetilcisteína (até 36h) ý Dose dependente: > 10 – 15 gramas SÍNDROME COLESTÁTICA (PARTE II) Etiologias principais: 1. Doença calculosa 2. Neoplasia maligna 3. Doença auto-imune da via biliar C VÍRUS NO SANGUE E FEZES ↑ VIREMIA Anti-HVA IgM IgG afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com NA SÍNDROME COLESTÁTICA: *TGO e TGP = podem estar “tocadas” Hepatócitos produzem bile (emulsificação das gorduras >> ao se alimentar com alimentos com maior teor de gordura à colecistoquinina à estimula a contração da vesícula) à ductos hepáticos direito e esquerdo à ducto hepático comum à ducto cístico à colédoco Como iniciar a investigação = USG ABDOMINAL COLESTASE = USG ABDOMINAL à aponta o sítio de obstrução. Ex.: Colédoco dilatado por inteiro + vesícula distendida = obstrução baixa Colédoco não visualizado + vesícula murcha + vias biliares intra-hepáticas dilatadas = obstrução alta. CÁLCULOS BILIARES AMARELO PRETO CASTANHO Mais comum (80%) COLESTEROL Radiotransparentes 2º mais comum (15%) Bilirrubinato de cálcio Radiopaco Mais raro (5%) Bilirrubinato de cálcio E colesterol Radiopaco Origem na via biliar Fatores de risco Fatores de risco Fatores de risco Mulher, estrogenioterapia, idade avançada, obesidade, emagrecimento rápido, clorfibrato, doença ileal (Crohn, ressecção) Hemólise crônica, cirrose hepática, doença ileal Colonização bacteriana: obstrução (cisto/ tumor), parasitas (C. sinensis) Sal biliar = dissolve colesterol (bile pobreem sais biliares >> mais cálculos de colesterol) De todo o sal biliar que chega ao intestino, 95% é absorvido pelo íleo, retorna ao fígado e é secretada novamente na bile no ciclo seguinte. COLELITÍASE CÁLCULOS NA VESÍCULA BILIAR QUADRO CLÍNICO 80% são assintomáticos 20% = DOR < 6 HORAS após libação gordurosa DIAGNÓSTICO USG ABDOMINAL (Sensibilidade =95% / Especificidade = 98%) Cálculos biliares: imagens circulares hiperecogênicas com sombra acústica posterior TRATAMENTO COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA ASSINTOMÁTICO Não operar ! Exceções: Vesícula em porcelana* Associação com pólipo* Cálculo>2,5-3cm* Anemia hemolítica (*) Risco de ca de veícula SINTOMÁTICO Operar ! Exceções: • Risco cirúrgico alto • Não quer operar ↓ Tratar a doença clinicamente? UDCA (cálculo de colesterol <1cm) COMPLICAÇÕES DA COLELITÍASE • COLECISTITE • COLEDOCOLITÍASE • COLANGITE AGUDA • PACREATITE AGUDA BILIAR >> a grande característica é a dor abdominal (“em barra”) COLECISTITE AGUDA INFLAMAÇÃO POR OBSTRUÇÃO DURADOURA DA VESÍCULA • DOR > 6 HORAS • FEBRE • NÃO TEM ICTERÍCIA = a via biliar principal encontra-se pérvia – obs.: o que pode ocorrer é a reabsorção da bile parada na vesícula, com algum grau de ↑Bb • SINAL DE MURPHY QUADRO CLÍNICO DOR > 6H + FEBRE + MURPHY ** NÃO TEM ICTERÍCIA ** LABORATÓRIO LEUCOCITOSE + BILIRRUBINAS “NORMAIS” DIAGNÓSTICO • USG abdome: exame a ser solicitado o Espessamento da parede (>4mm) o Coleção pericolecística - halo hipoecoico o Murphy ultrassonográfico • CINTILOGRAFIA BILIAR: padrão-ouro TRATAMENTO ANTIBIOTICOTERAPIA (E. coli, Klebsiella, Enterobacter, Enterococo) Þ cobertura = gram (-) e anaeróbios (+) COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA PRECOCE (em até 72 horas) ** Em casos graves sem condição cirúrgica = colecistostomia percutânea (conduta temporária) FA/GGT TGO/TGP afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com COMPLICAÇÕES • EMPIEMA • GANGRENA Þ perfuração (livre para a cavidade, fístula..) Obs.: a fístula mais comum é a que se forma com o duodeno. O cálculo pode atravessar a fístula, caindo no lúmen duodenal, seguindo pelo intestino até impactar-se na válvula ileocecal, levando a um quadro de obstrução intestinal (íleo biliar) • COLECISTITE ENFISEMATOSA (diabético) Þ Clostridium = ar no interior e na parede (patognomônico) COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA UTI – pacientes críticos Quadro Clínico: Se acordado, igual Colecistite calculosa. Desacordado, investigar em paciente de UTI que evoluem com febre e leucocitose inexplicada. DX: USG abdominal – Mesmos achados da colecistite TTO: Sempre Cirúrgico – Risco de complicações maior que a colecistite calculosa. SÍNDROME DE MIRIZZI CÁLCULO IMPACTADO NO DUCTO CÍSTICO CAUSANDO EFEITO DE MASSA SOBRE O DUCTO HEPÁTICO É a complicação de uma colecistite à síndrome colestática Maior incidência de CA de vesícula biliar. TIPOS: TIPO I – Sem fístula TIPO II (1/3), III (2/3) e IV (360°) – Com fístula Tratamento: colecistectomia aberta + Dreno de Kehr + Tipo II e III – Colecodoplastia Tipo IV – DBD COLEDOCOLITÍASE CÁLCULO NO COLÉDOCO Primária (10%) = cálculo formado no colédoco (castanho) Secundária (90%) = cálculo foi formado na vesícula e migrou QUADRO CLÍNICO • Icterícia flutuante: varia com a mobilização do cálculo no interior do colédoco. ICTERÍCIA COLESTÁTICA INTERMITENTE VESÍCULA NÃO PALPÁVEL DIAGNÓSTICO • Início com: USG abdominal • Melhores: CPRE, COLANGIO RNM, USG ENDOSCÓPICO CPRE: exame invasivo (cateteriza-se a via biliar); mas confere a vantagem de potencial terapêutico. SEMPRE QUE ESTIVERMOS DIANTE DE UM PACIENTE COM INDICAÇÃO DE COLECISTECTOMIA POR CÁLCULOS DEVEMOS PENSAR ... “SERÁ QUE ESTE DOENTE TEM TAMBÉM COLEDOCOLITÍASE?” Solicitar: USG ABDOMINAL/ HEPATOGRAMA (...) RISCO DEFINIÇÃO CONDUTA RISCO ALTO Colangite USG: cálculo no colédoco Bilirrubina > 4mg/dL CPRE (antes da cirurgia de colecistectomia) RISCO INTERMEDIÁRIO Colédoco > 6 mm Bilirrubina 1,8-4,0 mg/dL Outro laboratório anormal Colangiografia intraop ColangioRNM/USG endoscópico préOP RISCO BAIXO Tudo negativo Só colecistectomia TTO: CPRE (PAPILOTOMIA ENDOSCÓPICA) Outras: ý Exploração cirúrgica do colédoco (se descoberta durante a colecistectomia). Via transcística ou Coledocotomia (nesse caso, inserir dreno de Kehr) ý Derivação bileo-digestiva - múltiplos cálculos (>6), colédoco dilatado (>2cm), Coledocolitíase primária, Cálculos intra-hepático. COLANGITE AGUDA OBSTRUÇÃO (cálculo, tumor) + INFECÇÃO Obstrução duradoura Þ estase biliar Þ proliferação bacteriana Þ infecção NÃO GRAVE (NÃO SUPURATIVA) GRAVE (SUPURATIVA) Sepse de origem biliar TRÍADE DE CHARCOT ý Febre com calafrios ý Icterícia ý Dor abdominal PENTADE DE REYNOLDS ý Tríade de Charcot ý Hipotensão ý Queda do sensório TRATAMENTO • Antibiótico • Drenagem biliar: o Casos não grave – eletiva o Casos Graves - Imediata DRENAGEM BILIAR • Obstrução baixa = CPRE • Obstrução alta = drenagem transhepática percutânea TUMORES PERIAMPULARES ý CA CABEÇA DE PÂNCREAS – mais comum ý CA AMPOLA DE VATER ý COLANGIOCARCINOMA DISTAL ý CA DUODENO QUADRO CLÍNICO ICTERÍCIA COLESTÁTICA PROGRESSIVA + VESÍCULA DE COURVOISIER + EMAGRECIMENTO Obs.: Vesícula de Courvoisier: a distensão da vesícula ocorre muito lentamente, de modo que ela se torna palpável, mas permanece indolor. Complicação: COLANGITE (obstrução prolongadaàestaseàproliferação bacteriana). DIAGNÓSTICO • USG abdome • TC helicoidal = padrão-ouro Þ lesão hipodensa TRATAMENTO afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com Tratamento curativo (raro) = cirurgiade WHIPPLE (duodenopancreatectomia) Þ retira-se também vesícula, colédoco e às vezes, parte do estômago. OPÇÃO PARA TRATAMENTO PALIATIVO: - Endopróteses - Derivação bileo-digestiva CA CABEÇA DO PÂNCREAS ý Marcador tumoral: CA 19.9 ý Mais comum: adenocarcinoma ductal CA AMPOLA DE VATER ý Pode ocorrer NECROSE ESPORÁDICA: ALÍVIO DA ICTERÍCIA + MELENA ý Como diferenciar da coledocolitíase: - VESÍCULA DE COURVOISIER - MELENA = a necrose do tumor leva a sangramento COLANGIOCARCINOMA PERIHILAR (TUMOR DE KLATSKIN) ý Colangiocarcinoma mais comum ý Quadro clínico: icterícia colestática progressiva + emagrecimento ý USG: vesícula murcha + dilatação da via biliar intra-hepática ý Confirmação: colangio RNM e/ou TC ý CLASSIFICAÇÃO DE BISMUTH Tipo I Hepático comum Tipo II Junção dos hepáticos Tipo III A Hepático direito Tipo III B Hepático esquerdo Tipo IV Ambos os hepáticos ý Prognóstico: - Irressecável = 5-8 meses de sobrevida - Ressecável = 10-40% em 5 anos DOENÇA AUTO-IMUNE DA VIA BILIAR ICTERÍCIA COLESTÁTICA + PRURIDO + ICTERÍCIA COLANGITE BILIAR PRIMÁRIA COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA Ductos do espaço porta Mulher AR, Sjögren, Hashimoto Ac anti-mitocôndria Grandes vias biliares Homem Retocolite ulcerativa p-ANCA Via biliar em conta de rosário As duas evoluem para cirrose hepática >> hepatócitos banhados pelos sais biliares acabam sendo destruídos. Figura 1 - CEP - conta de rosário Tratamento: Retardar a evolução: ácido ursodesoxicólico Caso avançado: transplante hepático CISTOS BILIARES Anomalia congentia; FR: junção pancreatobiliar anormal Tríade clássica: icterícia + dor QSD + massa palpável (<10%). Maioria = Dor QSD + Icterícia flutuante Classificação de todani: I – dilatação única da VB EH (+comum) II – Divertículo III – Dilatação da porção intrapancreática IV – múltiplos cistos IVa – IH e EH IVb – Apenas EH V – Doença de Caroli, Múltiplos cistos IH; Tratamento – reduzir risco de colangiocarcinoma, Carcinoma de vesícula e Cirrose biliar secundária. Tipo I, II e IV – Colecistectomia + ressecção de lesões císticas e ductos extra-hepáticos + DBD Tipo III – esfincterotomia Tipo V (Caroli) – se localizada – Lobectomia. Casos graves - Transplante afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com afonso.paranhos01@gmail.com
Compartilhar