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Intoxicação por Rodenticidas Francisco Wellisson Coelho dos Santos Mairla Tabosa de Oliveira Márcia Kaline Macêdo Alves Graduandos do curso de Medicina Veterinária, UNILEÃO. ➭ Raticidas ou rodenticidas são substâncias químicas utilizadas para exterminar ratos e outros tipos de roedores. O mercado dispõe de uma gama de formulações de raticidas, mas também são encontrados produtos manipulados e comercializados clandestinamente. Tendo em vista o uso indiscriminado ou até mesmo sem os devidos cuidados, as intoxicações provocadas pelos rodenticidas representam grande parte das emergências atendidas na Clínica Médica Veterinária, e devido sua importância, por meio desse folder se tem o objetivo de informar sobre a sua toxicologia. ➭ A classe dos rodenticidas pode ser de uso profisional (técnico de órgãos público ou impresas aplicadas de produtos sanitários) ou de uso livre (vendios em estabeleimetnos comerciais). Eles causam a morte por mecanismos diferentes: inibindo seus sistemas de coagulação sangue, bloqueando a enzima acetil colinesterase, alterando ciclo de Krebs e pela inibição de sistemas enzimáticos com deslocamento celular de íons. De uso legal no Brasil: Os rodenticidas anticoagulante são antagonistas competitivos da vitamina K. Eles Inibem a formação, no fígado, dos fatores de coagulação dependentes da vitamina K (II, VII, IX e X). São usados principalmente no ambiente doméstico. Comercialmente são vendidos como pós inodoros e insípidos ou, ainda como iscas prontas. Inibem a síntese microbiana de vitamina K no trato gastrointestinal do roedor. A toxicidade é semelhante para cães e gatos, que podem ingerir diretamente as iscas ou os ratos mortos com o veneno. Dentre os sinais clínicos podem ser observados: Depressão, palidez, tosse, hematomas, epistaxe, ataxia. Em caso de intoxicação é indicado o esvaziamento gástrico quando pertinente, carvão ativado em doses seriadas e catártico salino são usados como medidas de descontaminação. Já o tratamento consiste na transfusão sanguínea, oxigenoterapia, e administração de vitamina K. Achados de necropsia incluem hemorragias generalizadas, coração arredondado e flácido, devido à dilatação por excesso de esforço compensatório, além de necrose hepática determinada por hipóxia. De uso ilegal no Brasil: Dentre os rodenticidas de uso ilegal temos a Estriquinica que é caracterizado por um pó branco, amargo, pouco solúvel em água, mas estável em alimentos, é altamente letal. O Ácido Monofluoracético que são substâncias hidrossolúveis, e extremamente tóxicas. Podem ser encontradas em plantas tóxicas (Erva de rato ou cafezinho). E o Aldicarb, que é um agente anticolinesterásico carbamato vulgarmente conhecido como “chumbinho”, é considerado um dos praguicidas mais tóxicos disponíveis comercialmente. No Brasil, embora seja registrado para uso agrícola exclusivo, tem sido frequentemente apontado como o responsável por diversos casos de intoxicação em seres humanos e em animais. Em casos de intoxicação ele atua com um mecanismo de ação dado através da inibição reversível da enzima acetilcolinesterase, que degrada, o neurotransmissor acetilcolina, provocando seu acúmulo na fenda sináptica, exacerbando as ações dos receptores nicotínicos e muscarínicos. Os sinais apresentados são: vômitos, salivação excessiva, diarreia, miose, tremores, fasciculados musculares, incoordenação, convulsões e morte. O diagnóstico clínico se baseia no histórico e nos sinais apresentados e o diagnóstico laboratorial na dosagem de colinesterase no sangue total, plasma ou eritrócitos. Deve se associar ao tratamento às medidas de descontaminação, terapia de suporte e tratamento sintomático.
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