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Universidade Estácio de Sá – Campus Macaé Curso: Direito Disciplina: Direito Civil V Código: Turma: Data da prova: Professor (a): Felipe Isidório da Silva Prova: AV1 Semestre 2020.2 A ser preenchido pelo (a) Aluno (a) Nome do Aluno (a) Jady Cordeiro de Barros Nº da matrícula 201802103473 1) Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação declaratória de nulidade do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado? R: Sobre o caso narrado, pode-se dizer que o Código Civil proíbe expressamente o casamento entre nora e sogro, mesmo que a cônjuge seja falecida, uma vez que o vínculo em linha reta não é extinto, de acordo com o disposto no art. 1595, CC. Deste modo, conclui-se que o Ministério Público possui legitimidade para ajuizar a ação de nulidade do casamento de parentes em linha reta, conforme o disposto no art. 1549, CC. Não há o que se falar em prazos para esse tipode de nulidade, a ação pode ser oposta a qualquer momento. 2) Discorra sobre três princípios ligados ao Direito de Família R: Os princípios são normas jurídicas que diferem das regras não só pelo alto grau de especifidade, mas também por serem mandados de otimização. Nesses termos, observa-se três princípios norteadores do Direito da Famíliia: Princípio da dignidade humana, função social da família e igualdade entre os filhos. Sobre o princípio da dignidade humana, podemos classificar como ampara de sustentação dos ordenamentos jurídicos comtemporêneos. Foi esse princípio que iniciou a maior atenção nas situações existenciais, passando a possuir tutelas jurídicas do homem direicionadas à sua qualidade humana. Ao falar doo princípio da função social da família, devemos considerar a afirmação de que “a família ´´e a célula mater da sociedade”, uma vez que a família é a base da sociedade, tendo proteção do Estado. Deste modo, conclui-se que as relações familiares devem ser analisadas através do contexto social perante as diferenças regionais de cada localidade. Por fim, o princípio da igualdade entre os filhos discorre que todos os filhos, sucedidos ou não dentro do casamento, tem os mesmos direitos e deveres, havendo assim a isonomia entre eles. Destaca-se que antes da Constituição de 88, os filhos concebidos fora do casamento não tinham os mesmos direitos que os filhos “de fato”. 3) João está realizando a pintura de um telhado, quando por descuido cai e sofre sérios danos físicos. Rapidamente é levado ao hospital, tendo como diagnóstico inicial risco iminente de morte e necessidade urgente de cirurgia. A namorada de João chega desesperada ao hospital e consegue conversar com ele. Antes de entrar para cirurgia João e sua namorada conversam com o médico sobre a vontade de se casarem. Neste caso seria possível o casamento? Caso positivo quais os requisitos e como seria o procedimento? R: O caso exposto trata-se de possibilidade de casamento nuncupativo, ou seja, aquele que é reallizado quando uma das partes está em risco eminente de morte e não há tempo para a celebraçãao do matrimônio nas cormidades previstas no Código Civil. Os requisitos necessários para esse tipo de casamento são que os nubentes possuam capacidade e que não estejam impedidos para o casamento, além de que tenham que declarar livre e espontânea vontade de se casar em presença de no mínimo seis testemunhas que não possuam parentesco em linha reta ou colatral, essas deverão confirmar em processo judicail posterior a celebração. 4) Carlos e Juliana, após 7 anos de namoro, tomaram a importante decisão de firmar um noivado para, então, começar os preparativos do matrimônio, que perduraram 12 meses, entre organização da moradia do casal e festa de casamento. Tudo estava pronto! A casa mobiliada, a festa inteiramente paga, padrinhos preparados, convites distribuídos e os noivos aguardavam o grande dia quando Juliana foi surpreendida por uma decisão de Carlos: Não quero mais casar! Após momentos desesperados de dúvida e sofrimento, Juliana descobriu que Carlos mantinha um relacionamento paralelo há 2 anos com uma moça que residia na mesma cidade. Por se tratar de uma cidade pequena, em que praticamente todos os habitantes se conhecem, Juliana ficou muito envergonhada e tinha a certeza de que a história da traição e abandono de Carlos rapidamente se espalharia. E assim, de fato, ocorreu, tendo Juliana de desmarcar a festa, informar aos padrinhos e convidados do cancelamento, além de se submeter aos constantes questionamentos e comentários a respeito do que acontecera. Diante desta situação, que orientações você daria a Juliana, na qualidade de advogado(a) dela? R: Destaca-se no caso concreto que Carlos agiu de má fé com Juliana pois escondeu um segundo relacionamento e deixou Juliana na mão as vésperas do então casamento. O namoro de sete anos e o então noivado de 12 meses entre as partes gerou reponsabilidade civil de ambas as partes, essa advém da consequência de infração de deveer preexistente , causador de lesão ao interesse jurídico. Pode-se concluir que Carlos causou transtornos indenizáveis, o fato violador atingiu os aspectos mais íntimos de Juliana, a sua intimidade e consideração pessoal e até mesmo a sua própria valoração perante a comunidade, ainda mais por residir em cidade pequena.Caberá então ao magistrado mensurar de maneira equitativa o valor da devida reparação para que não haja desproporção enre dano e gravidade de culpa de Carlos. Conclui-se que o rompimento da proposta de casamento, por dolo e culpa de Carlos, é fato gerador do deveer de indenizar, com base no art. 927 e támbém nos princípios gerais da responsábilidade civil objetiva, elencada no art. 186, do CC/02. 5) Durante o processo de habilitação para o casamento de Marina e Josias, Ricardo, antigo noivo de Marina, apresenta ao oficial do registro declaração escrita e assinada, instruída com devidas as provas, afirmando serem aqueles irmãos, o que representa clarividente impedimento para a realização do casamento entre Marina e Josias. O oficial do registro, conforme determina a legislação, cientifica os nubentes acerca da oposição formulada por Ricardo, para que possam promover sua defesa, em obediência ao princípio do contraditório e ampla defesa. Ao analisar as provas colacionadas por Ricardo, Marina identifica a falsidade dos documentos apresentados. Diante destes fatos, como devem proceder Marina e Josias, para que possam dar seguimento ao processo de habilitação do enlace matrimonial? R: Primeiramente devem, Maria e Josias, munidos de suas certidões de nascimento atualizadas em cartório, bem como seus RGs, comparecerem ao cartóio com os documentos para dar seguimento ao processoo de casamento. Uma vez que os documentos apresentados por Ricardos são falsos, devem comparecer a uma delegacia para realizar um registro de ocorrência, isso pois o uso de documentos falsos é crime, conforme disposto no código penal. O artigo 304, CP, constitui delito o ato de “fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, aque se referem os artigos 297 e 302”.
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