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Excelentíssimo (A) Senhor (A) desembargador do Egrégio tribunal Regional Federal da 2ª Região do estado de Espírito Santo
Processo nº xxxxxxxxxx
Embargante: Associação de Proteção dos Pescadores de Devastação/ES
Embargado: Montanha do Rio Sujo e União Federal
Associação de proteção dos Pescadores de Devastação/ES, tendo em vista as qualificações já listadas no respectivo processo originário, vem, cautelosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu Advogado, legalmente acostado e exercendo livremente atividade sem quaisquer obstáculos, assim respectivamente, com endereço na rua xxxxxxx, opor os presentes Embargos de declaração prequestionatórios envolvendo matérias constitucionais mais precisamente o art. 225, § 1º, IV CF c/c art. 225, § 2º CF e nas razões explícitas a seguir:
Dos Fatos:
O presente caso tem correlação com a decisão proferida em Âmbito primário de jurisdição, isto é, pelo Juízo a quo. A embargante desde a primeira ação inicial pedindo que fosse sanado prejuízos ocasionados pela barragem; sendo esta mineradora e armazenando diversos materiais extremamente tóxicos entre si, veio abruptamente se romper e como já relatado em primeira instância, trouxe inimagináveis prejuízos ao Meio Ambiente local, atingindo Flora e fauna simultaneamente. Posto isto pediu-se liminar para tentar corrigir o já mencionado desastre, porém, também evocando uma indenização frente aos trabalhadores prejudicados pelos dejetos, - isso porque estes possuíam labores e dependiam do rio para pescar, no entanto com graves poluições marítimas deixaram-se de continuar exercendo tal função. A consequência fora péssima, outrossim, era o único sustento deles, fazendo a embargante pedir 10 (dez) salário mínimos para cada membro ter algo em razão dos acontecimentos.
Prosseguindo, tais feitos foram levados perante apreciação do Juízo ad quem, quiçá, os pedidos liminares não foram aceitos, tendo que ingressar com agravo de instrumento para serem reconhecidos, e parcialmente se restringiu na tutela de urgência, deixando os demais pedidos sem determinadas conclusões. Finda específica consideração, o juízo primário resolveu julgar improcedentes outros pedidos envoltos quando pôr-se-á terminada a decisão agravada, sob fundamentos visando não respaldo ou comprovação das seguintes interpretações jurídicas focando, inclusive, na culpabilidade: Negligência, imprudência, imperícia. Afastou-se indenizações requeridas, e subsequentemente decidiu-se que naquele caso averiguado os embargantes não tivessem obrigações de cessar danos ambientais ali existentes na região.
II-Do Direito:
Da tempestividade Recursal:
A decisão proferida da sentença deu-se no dia xx/xx/xx, no primeiro dia útil: xxxxx, assim em conformidade com art. 183, § 2º, CPC: ‘’Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação’’. Desta feita o prazo para recorrer iniciou-se na xxxxx, dia xx/xx/xx, tendo os embargantes cinco dia para opor tal recurso de embargos de declaração, previsão expressa do art. 536, CPC. Os cinco dias legais, portanto, fica a critério dos embargantes até o dia xx/xx/xxxx, neste esteio frente o ingresso dos embargos declaratórios.
Mormente, o respectivo recurso é tempestivo por ter sido impetrado no dia xx/xx/xxx.
.
Tempestividade: conforme o art. 1023 do CPC.
 Tendo em vista que a presente ação foi oposta dentro do prazo legal, nos termos do artigo 1023 do CPC.
Cabimento: inciso II do art. 1022 do CPC Quanto a legalidade recursal dos Embargos de Declaração:
Segundo artigo 535 Código de Processo Civil este exemplifica alguns casos onde cabem embargos declaratórios.
Art. 535: ‘’ cabem embargos de declaração: I- Houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; II- For omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. ’’ Em razão de preencher a presente ação todos os atributos intrínsecos e extrínsecos, nos termos do inciso II do artigo 1022 do CPC
Portanto, quando ficar evidente omissão, contradição ou obscuridade os legitimados poderão interpor integralmente sobretudo quaisquer das partes.
Embasando, sobre os postulados aqui presentes em seu rol, algumas inconsistências estão presentes envolta daquela decisão objeto de análise meramente citado, isso justifica-se, pois houve alguns pontos omitidos sobre matérias constitucionais, e pretende-se também com a devida apreciação nascer a favor dos embargantes efeitos prequestionatórios para futuramente interpor tal recurso jurídico perante o Superior Tribunal Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.
Consubstanciados nas razões a seguir aduzidas:
I – DAS RAZÕES DOS PRESENTES EMBARGOS
II – OMISSÃO
Das questões oportunas visando demonstrar omissões e obscuridades da decisão a quo impostas nos autos:
A decisão proferida por Vossa Excelência no recurso de apelação, no entanto ele foi julgado improvido, sendo integralmente mantida a decisão de primeiro grau que afastou o direito de indenização das vítimas. 
No entanto, sob o fundamento de que não foi comprovada a culpa da empresa ré e da União, nas modalidades negligência, imprudência ou imperícia, o TRF-2 afastou o dever de indenizar as vítimas, ignorando totalmente e não se manifestando acerca da alegação de que há a responsabilidade objetiva neste caso, tanto da empresa causadora do dano quanto da União, em razão de omissão e negligência no cumprimento de seu dever fiscalizatório. Isso porque, tendo em vista a natureza da responsabilização, é desnecessária a comprovação de culpa. 
Além disso, a decisão do Tribunal Regional Federal também não se manifestou e nada mencionou a respeito do pedido de imediata interrupção dos danos ambientais, os quais ainda são experimentados na cidade de Devastação, ignorando totalmente o pedido de que houvesse a aplicação de multa diária, para que fossem adotadas medidas que cessassem os danos ambientais na região, assim como que fosse fixado o valor de 10 (dez) salários-mínimos mensais como indenização provisória às vítimas. Contra a decisão do TRF-2, que se mostrou omissa quanto a diversas teses e pedidos formulados no recurso.  Situada nas folhas ...dos autos do processo data vênia é OMISSA, OBSCURA, não reflete a realidade, ou seja, nos seguintes termos:
O Acordão do dia ..., ora atacado, não merece prosperar pois foi omissa em diversos pontos, inclusive no julgamento de documentos e provas juntadas pela parte 
Apreciando a fundamentação nos autos originários alguns pontos essenciais levados para análise não foram considerados úteis perante juízo; imprescindivelmente a decisão segundo determinado Juizado ficou-se pendente demonstração inequívoca das comprovações suscetíveis do ocorrido naquela Empresa- ora pertencente ao agravado.
O juízo até então fundamentou em sentido positivo, contrariando os interesses da embargante, pois, esta queria uma decisão justa, e muito tempo vinha demonstrando os prejuízos ocorridos pela ação inescrupulosa da Empresa, porém nem mesmo grandes convicções ensejara ampla consideração em âmbito primário (juizado primeiro grau).
A conclusão focou-se principalmente nos critérios referentes as modalidades da Negligência; imprudência, imperícia. Outras questões averiguadas restringiram-se concomitantemente no cabimento das indenizações requeridas e na impossibilidade de cessar danos ambientais ali existentes (vide relatado nos autos).
Sendo assim, o polo Ativo entende haver sérias incongruências impostas perante sentença fundamentada que ensejara estes embargos declaratórios. Segundo esta há evidente omissão, obscuridade.
Artigos constitucionais praticamente estão entre matérias violadoras e aqui serão expostos, outrossim, a redação destes.
O artigo 225, § 1º, IV: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial á sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
IV – Exigir, na forma da Lei, para instalação de obraou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
Resumidamente a matéria constitucional acima pretende deixar-nos equiparar a natureza como um todo visando sempre respeitar dignamente o caráter humano. O meio ambiente degradado viola consideravelmente preceitos fundamentais advindas da Carta magna. O Professor Sarlet discorre sobre dignidade humana:
“(...) qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos, mediante o devido respeito aos demais seres que integram a rede da vida”(SARLET, 2012, p. 73). Grifo nosso
A embargada tem deveres na ordem jurídica em questão, porém esta deixou-se de resolver eventuais danos presentes, destarte, o juízo negou provimento impedindo ser obrigatório resguardar aquela região afetada. A facultatividade neste esteio contradiz-se certamente entre princípios tuteladores ambientais, especificamente a responsabilidade objetiva.
Nossos tribunais decidiram:
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS. DANO AMBIENTAL. ROMPIMENTO DE BARRAGEM DA MINERADORA SAMARCO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. TEORIA DO RISCO INTEGRAL. DANO MORAL IN RE IPSA . QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$ 1.000,00. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. I . De acordo com o artigo 225, § 3º, da Constituição Federal e artigo 14, § 1º, da Lei nº 6.938/1981, as empresas respondem objetivamente pelos danos ambientais causados, haja vista restar consagrada a teoria do risco integral. II. A interrupção do fornecimento de água, em virtude do rompimento de barragem da mineradora Samarco que contaminou a água do Rio Doce, gera dano moral in re ipsa. Precedentes deste Egrégio Tribunal de Justiça. III. In casu , em razão do rompimento de barragem da mineradora Samarco, restou interrompido o fornecimento de água na cidade de Colatina e, para minimizar os efeitos do aludido dano, a Recorrida forneceu 02 (dois) litros de água por pessoa que se encontrava na fila, evidenciando o nexo de causalidade entre o dano ambiental e o dano moral sofrido, resultante de violação ao princípio da dignidade da pessoa humana. IV. O valor destinado à reparação do dano moral deve atender a dois fatores: à penalização do agente e à compensação da vítima pela dor sentida com o dano, sem que se cause o seu enriquecimento ilícito. V. Danos morais fixados em R$ 1.000,00 (mil reais). VI. A despeito de as Empresas VALE S/A e BHP BILLITON BRASIL LTDA serem legitimadas para figurar no polo passivo da presente Ação, isto não torna obrigatória a sua condenação em danos morais. VII. Faz-se necessária a condenação apenas da Recorrida SAMARCO MINERAÇÃO S/A ao pagamento de danos morais à Recorrente, tendo em vista não se verificar nexo de causalidade entre a atividade das Recorridas VALE S/A e BHP BILLITON BRASIL LTDA com o rompimento da barragem de Fundão. VIII. Recurso conhecido e parcialmente provido . ACORDA a Egrégia Segunda Câmara Cível, em conformidade da Ata e Notas Taquigráficas da Sessão, que integram este julgado, por maioria dos Votos, CONHECER E CONFERIR PARCIAL PROVIMENTO ao Recurso de Apelação Cível interposto , para julgar procedente o pedido exordial e, via de consequência, condenar exclusivamente a Recorrida SAMARCO MINERAÇÃO S/A ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) em favor da Recorrente , devendo sobre tal montante incidir correção monetária a partir do presente arbitramento pelo INPC/IBGE e juros de mora desde o evento danoso, bem como ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência fixados no valor de R$ 200,00 (duzentos reais). Condeno, outrossim, a Recorrente ao pagamento dos honorários advocatícios, em favor dos advogados das Recorridas VALE S/A e BHP BILLITON BRASIL LTDA, arbitrados em R$ 200,00 (duzentos reais) para cada Causídico, ficando sua exigibilidade suspensa, na forma do § 3º do artigo 98, do Código de Processo Civil, nos termos da fundamentação constante do Voto do Eminente Desembargador Relator.
(TJ-ES - APL: 00009576720178080014, Relator: NAMYR CARLOS DE SOUZA FILHO, Data de Julgamento: 01/10/2019, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 06/11/2019)
Demostrado acima matérias importantíssimas, passemos para o prequestionamento.
Do prequestionamento:
Pede-se análise e prequestionamento dos fatos discorridos nestes embargos declaratórios, sendo de grande valia considera-los válidos, pois serão utilizados para possíveis direcionamentos perante tribunais superiores. Finda mera conceituação, os artigos constitucionais 225, § 2º, 225, § 1º, IV, considerar-se-ão passíveis dos pedidos aqui circunstanciados.
Do pedido:
Levando em conta o direcionamento do recurso, pede-se:
· Que seja acatado e analisado este recurso para fins prequestionatórios;
· A reforma da decisão proferida pelo juízo a quo, para garantir correta adequação com os instrumentos normativos;
· Que seja sanada obscuridades e omissões frente o julgado proferido, quiçá, houve total desconsideração entre preceitos constitucionais vigentes, ou seja, art. 225, § 1º, IV e art. 225, § 2º. Isto posto, requer a embargante seja acolhida à presente medida, no sentido de ver sanada a omissão apontada, de modo a que sejam analisados adequadamente todos os fundamentos que seja complementada a decisão com a resolução da omissão quanto à cessão do dano ambiental, em decorrência da responsabilidade objetiva da empresa e da União, além do pagamento de indenização provisória no valor de 10 (dez) salários-mínimos mensais para cada associado. Apontados na petição inicial, assim como os documentos em anexo, para que seja concedida a rescisão contratual almejada pela parte autora e que seja condenada a parte ré pela má-fé e em honorários advocatícios a ser determinado por este douto juízo, almeja-se a total procedência da petição inicial
 Nesses termos,
Pede-se deferimento.
Local..., data...
Advogada/Mariana
OAB nº xxxxxxxxx/ Estado xxxxxx

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