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Infecções do Trato Urinário

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Beatriz Tianeze de Castro | SOI IV | P4 - MEDICINA 
 
Introdução 
 
Definições 
 
Infecção do trato urinário 
Presença de agente infeccioso na urina, 
em quantidades maiores a 100.000 
unidades formadoras de colônias 
bacterianas por mililitro de urina. 
Cistite 
 Acometimento do trato urinário baixo. 
Pielonefrite 
Acometimento do trato urinário 
superior. 
Assintomática 
 Infecção subclínica. 
Sintomática 
 Doença. 
Não complicada 
Cistite ou pielonefrite em mulheres não 
grávidas em nível ambulatorial sem 
anormalidades anatômicas, nem 
instrumentação do trato urinário. 
Complicada 
 Anormalidade estrutural do aparelho 
urinário ou funcional e obstrução nas 
vias urinárias. 
 
Epidemiologia 
 
Sexo 
 
Mais frequente em mulheres, exceto em 
lactentes e idosos. 
 
Neonatal 
 
Mais frequente em indivíduos do sexo 
masculino, visto que apresentam mais 
anomalias congênitas do trato urinário. 
 
Idade 
 
♦ Após os 50 anos, a incidência é 
semelhante entre os sexos, visto 
que há um aumento na incidência 
da obstrução por hipertrofia 
prostática. 
♦ Entre 1 e 50 anos, a ITU e a ITU 
recorrente são mais prevalentes 
em mulheres. 
 
Bacteriúria Assintomática BUA 
 
 Maior incidência na população idosa. 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI IV | P4 - MEDICINA 
Fatores de Risco 
 
Infecção do Trato Urinário 
 
♦ Uso de diafragma com 
espermicida, as relações sexuais 
frequentes e história de ITU. 
♦ Mulheres pós-menopausa: 
atividade sexual, diabetes melito e 
incontinência. 
 
Cistite 
 
Relações sexuais com um aumento de 
60x na probabilidade de cistite aguda 
dentro de 48 horas após uma relação 
sexual. 
 
Pielonefrite 
 
Mulheres jovens: relações sexuais 
frequentes, novo parceiro sexual, ITU 
nos 12 meses precedentes, história 
materna de ITU, diabetes e 
incontinência. 
 
Etiologia 
 
Patógenos 
 
Bactérias gram-negativas 
♦ Escherichia coli. 
♦ Klebsiella sp. 
♦ Proteus mirabilis. 
Bactérias gram-positivas 
♦ Ureaplasma urealyticum. 
♦ Staphylococcus aureus. 
♦ Chamydia trachomatis. 
♦ Neisseria gonorrhoeae. 
♦ Herpes vírus. 
 
Patogênese 
 
Processo 
 
Primeiro 
Colonização da mucosa intestinal e 
região perianal por microrganismos 
uropatogênicos. 
Segundo 
Em seguida, ocorrerá a ascensão desses 
microrganismos para a bexiga e/ou rins, 
a depender da virulência do agente 
infeccioso e integridade dos mecanismos 
de defesa do indivíduo. 
Terceiro 
Como consequência da aderência e a 
invasão da parede do trato urinário 
ocasionada pelos fatores de virulência, 
ocorre uma inflamação local. 
 
Fatores Ambientais 
 
Ecologia vaginal 
A colonização vaginal e da área 
periuretral por microrganismos da flora 
intestinal (E. coli) é a etapa inicial 
crítica na patogenia. 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI IV | P4 - MEDICINA 
Anormalidade anatômicas e funcionais 
♦ Corpos estranhos (cálculos e 
cateteres urinários) proporcionam 
uma superfície inerte para a 
colonização das bactérias. 
♦ Refluxo vesicoureteral, obstrução 
ureteral secundária à hipertrofia 
prostática, a bexiga neurogênica e 
a cirurgia de derivação urinária 
criam um ambiente favorável 
para a ITU. 
 
Fatores Microbianos 
 
Fímbrias P 
Estruturas proteicas semelhantes à 
pelos, que interagem com um receptor 
específico nas células epiteliais renais, 
sendo um importante fator para a 
patologia da pielonefrite e invasão da 
corrente sanguínea através do rim. 
Pilus tipo I 
Papel chave na iniciação vesical por E. 
coli, visto que medeiam a ligação a 
uroplaquinas sobre a superfície luminal 
das células uroepiteliais da bexiga. 
 
Quadro Clínico 
 
Bacteriúria Assintomática 
 
Presença de sinais e sintomas 
sistêmicos, como febre, alteração do 
estado mental e leucocitose. 
Cistite 
 
Disúria, polaciúria e urgência miccional 
são os mais frequentes. Sendo 
encontrado também a ocorrência de 
noctúria, hesitação, desconforto 
suprapúbico e hematúria macroscópica. 
 
Pielonefrite 
 
Leve 
Febre baixa, com ou sem dor lombar 
inferior ou no ângulo costovertebral. 
Grave 
Febre alta, tremores, náusea, vômitos e 
dor no flanco e/ou lombar. 
 
Prostatite 
 
Infecções agudas ou crônicas, podendo 
ser de natureza bacteriana, que é o mais 
comum, apresentando disúria, 
polaciúria, dor na área prostática, 
pélvica ou perineal. 
 
Diagnóstico 
 
Exame Físico da Urina 
 
 
 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI IV | P4 - MEDICINA 
Fitas Reagentes 
 
 
 
Potencial hidrogeniônico (pH) 
Fisiologicamente é levemente ácido, mas 
quando ocorrem alterações, pode tanto 
ficar mais ácido quanto mais básico. No 
caso da ITU, o pH tende a ficar básico. 
Densidade 
Varia desde 1005 (mais diluída) até 
1035 (mais concentrada). 
 
 
 
Nitrato 
Metabólito que é convertido em nitrito 
quando existem bactérias gram-
negativas. 
 
 
 
Exame Sedimentar 
 
Leucócitos 
Indicativos de infecção, inflamação ou 
contaminação da amostra. 
Bactérias 
Necessidade da urocultura se +. 
Cilindros 
Leucocitários indicam pielonefrites e 
tuberculose renal. 
 
 
 
Urocultura 
 
É o único exame para confirmação da 
ITU, mas depende de uma boa coleta de 
urina. Sendo considerada positiva 
quando é possível identificar mais que 
100.000 colônias de bactérias após 
48-72 horas de incubação da urina 
em meio de cultura. 
 
Antibiograma 
 
Exame que apresenta uma resposta da 
sensibilidade da bactéria que ocasionou 
a patologia, colaborando para o 
tratamento adequado. 
 
Imagem 
 
Ultrassonografia 
Busca de malformações, obstrução, 
calculose, neoplasia ou outra alteração 
anatômica que dificulte o fluxo de urina. 
Uretrocistografia 
Realizada em crianças com infecção 
urinária, em busca de refluxo 
vesicoureteral e alterações uretrais. 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI IV | P4 - MEDICINA 
Referências 
 
Exame de Urina (EAS): Dominando a Interpretação dos 
Resultados. APhysio, 2018. Disponível em: < 
https://aphysiocursos.maestrus.com/ver/artigo/urinatipo
1/>. 
JAMESON, J. L.; LOSCALZO, J. Nefrologia e 
Distúrbios Acidobásicos de Harrison. 2ª ed. São Paulo: 
Artmed, 2014. 
LOPES, Hélio Vasconcellos; TAVARES, Walter. 
Diagnóstico das infecções do trato urinário. Rev. Assoc. 
Med. Bras. São Paulo, v. 51, n. 6, p. 306-308, Dec. 
2005. 
MCANINCH, J. W.; LUE, T. F. Urologia Geral. 18ª ed. 
São Paulo: Manole, 2014. 
SROUGI, M.; CURY, J. Urologia Básica: curso de 
graduação médica. 1ª ed. São Paulo: Manole, 2006.

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