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Doença Transmissão Local de infecção Agente etiológico Característica Fatores de virulência Manifestações clínicas Paracoccidioimicose (PCM) Endêmica na América Latina, sendo mais prevalente na América do Sul; Inalação dos conídios fúngicos (forma infectante) presentes no solo, ou inoculação dos mesmos/propágulos por traumas, ou seja, em contato constante com solo contaminado (considerar trabalhadores rurais, garimpeiros, construtor civil) Trato respiratório, mas pode se disseminar, por via hematogênica assintomática, e colonizar outros tecidos Paracoccidioides brasiliensis - Leveduras multibrotantes com aspecto de “roda de leme” - fungo sistêmico Demora na progressão do tratamento Dimorfismo – inalados em forma de hifa/conídios (infectante) e, dentro do corpo, se convertem em levedura (reprodutivo) Síntese de melanina Pode ser portador assintomático; Há possibilidade de causar pneumonia Forma aguda/subaguda (forma juvenil) (5-20%): acomete o sistema reticuloendotelial com disseminação generalizada ao baço, fígado, linfonodos e MO linfadenomegalia, abscesso linfático, ascite com hepatoesplenomegalia, lesões verruciformes ulceradas e pápulo – nodulares. Imunossuprimidos manifestam rapidamente a doença. Forma pulmonar/crônica (do adulto): progressão lenta; lesões nodulares podem abrir fístulas com secreção purulenta; Mimetiza a tuberculose e, por vezes a histoplasmose: Tosse MEDICINA NOVE DE JULHO persistente,escarro purulento, perda de peso, dispneia, febre, dor torácica e perda de peso. Lesões pulmonares com nódulos, infiltrativas, cavitárias e fibróticas. Criptococose O fungo é inalado do meio ambiente, visto que está presente em solos e fezes de pombos. Nessa inalação, atinge primeiro os pulmões. A partir daí, se dissemina para o SNC e produz a doença clínica em indivíduos suscetíveis. SNC, visto que tem tropismo por esse tecido *criptococose se apresenta na forma subaguda ou crônica Cryptococcus neoformans Diag.: micológico direto com tinta nanquim; colônias de Cryptococcus em cultura; punção lombar em pacientes com criptococose pulmonar para descartar possibilidade de meningite - fungo sistêmico e oportunista - Levedura encapsulada - reprodução por gemulação - ambiente: menos encapsuladas, sendo mais facilmente aerossolizadas e inaladas; tecidos: cápsula maior - encontrado no solo e nas fezes de pombos. Crescem nas fezes dessa ave, visto que tem alto teor de compostos nitrogenados Cápsula polissacarídica (espessa) Melanina Fosfolipases, uréase, proteinase e fenol- oxidase Infecção principalmente em pacientes imunossuprimidos, em especial pelo HIV Meningite criptococócica: manifestação mais comum; tende a acontecer em pacientes com baixa imunidade celular; meningoencefalite subaguda a crônica; febre, cefaleia, náuseas, vômitos, distúrbios visuais, alterações mentais e convulsões Criptococose pulmonar: nódulo pleural, podendo ser lobar ou bilateral, sendo mais difusos em infec mais graves Candidíase Por fazer parte da microbiota, não causam TGI, vagina, uretra, pele, unha, boca e unhas Candida albicans Diag.: exame microscópico direto - fungo oportunista - Faz parte da microbiota humana (do TGI – boca até o reto, - Dimorfismo não térmico - cândida toxina - proteinases e - Onicomicose - sapinho placas pseudomembranosas na cavidade oral infecção. Porém, uma perturbação como uso de antibióticos, cateteres intravenosos e uretrais ou um defeito no mecanismo de defesa do hospedeiro, podem manifestar infecções. e cultura com raspados de lesões cutâneas ou da mucosa podem ser examinados diretamente após tratamento com hidróxido de potássio (KOH) a 10% ou 20%, contendo calcoflúor branco. pele, unhas, cavidade oral e geniturinário) - leveduriformes (forma saprófita) ovais, formando brotamentos/blastoconíd ios - pode formar colônias felpudas com pseudo- hifas (forma invasiva) e hifas no tecido fosfolipases - adesinas - infecções cardíacas - infecções urinárias - infecções da mucosa vaginal - infecções cutâneas - quelite angular (com ou sem candidíase oral) Aspergilose Inalação de esporos fúngicos presentes na matéria orgânica vegetal (também pode ser adquirido de conídios em suspensão no ambiente hospitalar e ambulatorial) Pulmão (infecção primária) Em hospedeiros imunocomprometi dos, a doença pode ser invasiva (aspergilose invasiva - nosocomial) Aspergillus fumigatus Diag.: Radiografia de tórax ou tomografia computadorizada (TC) - fungo oportunista - bolor/filamentoso - organismo ubíquo no ambiente externo, incluindo solo, matéria em decomposição e ar, e podem crescer a temperaturas tão elevadas como 40° C a 50° C. Em ambiente hospitalar, podem ser encontrados em chuveiros, ar, tanques de água e plantas em vasos pode estar associado no momento da reforma, com o ar - Esporos - Toxina Aflatoxina (carcinógeno) *as hifas podem adentrar no interior dos vasos sanguíneos e causar trombose - fígado é o órgão mais acometido - pode causar reações alérgicas em hospedeiros hipersensíveis Forma cutânea: lesões necrosantes, pápulas, pústulas, nódulos e abscessos. Forma pulmonar (Aspergilose pulmonar/aspergiloma): bola fúngica, podendo estar associada à tuberculose. Aparece como uma bola em cavidade na radiografia. Tem não filtrado e a ventilação contaminada. - habitat humano como foco primário o pulmão, podendo se disseminar por via hematogênica. Pode colonizar seios paranasais e vias aéreas inferiores podendo resultar em Aspergilose obstrutiva crônica. Pode ser resultante de uma antiga tuberculose ou DPOC. É fracamente invasiva, ou seja, não invade tecidos pulmonares tosse, hemoptise, dispneia, perda de peso, fadiga, dor torácica e febre. Aspergilose alérgica broncopulmonar: pacientes com asma ou fibrose cística; IgE Aspergilose pulmonar invasiva (nosocomial) – em pacientes imunocomprometidos, apresentando febre, infiltrados pulmonares com nódulos ou opacidade semelhantes a infarto. Broncopneumonia. Histoplasmose Inalação dos microconídios (um tipo de conídio), visto que os esporos se disseminam a partir de fezes de morcegos (principalmente) e aves. Os surtos de histoplasmose têm sido associados a exposições a poleiro de aves, cavernas e construções deterioradas ou projetos de renovação urbana envolvendo escavação e demolição. A aerossolização dos microconídios e fragmentos de hifas no solo revolvido, com a subsequente inalação por pessoas expostas, é considerada a base para estes surtos Pulmão (infecção primária) Histoplasma capsulatum Diag.: crescimento do fungo em cultura; hemocultura - fungo sistêmico - forma filamentosa: habitat em solo com alto teor de compostos nitrogenados, como fezes de pássaros e morcegos. - Ao chegar nos pulmões, os microconídios são fagocitados por neutrófilos e, sobretudo, macrófagos pulmonares. Dentro deles, o fungo se converte em leveduriformes, tendo capacidade de sobrevivência e multiplicação dentro dos macrófagos. Assim, o microrganismo fica capacitado em se transportar em linfonodos hilares e mediastinais e ao sistema reticulo- - Dimorfismo térmico: filamentoso a 25°C; leveduras intracelulares com brotamento no tecido/cultura a 37°C. - Quadro semelhante à tuberculose pulmonar (os microconídios se convertem em leveduras dentro dos alvéolos,podendo permanecer localizados aí ou se disseminarem hematogenicamente ou pela via linfática) *a apresentação clínica depende da quantidade de microconídios inalados pelo hospedeiro e de seu estado imunológico. - infecção assintomática – 90% após pequena intensidade de exposição - pode ser fatal ao invadir a MO pancitopenia - considerar pacientes viajantes, sobretudo, de caverna - pode cavitar lobo superior Aguda: sintomas de resfriado com febre, cefaleia, calafrios, tosse, dor torácica e mialgia. Observa-se um infiltrado nodular irregular lobar ou difuso na radiografia de tórax. Endêmica nos EUA. endotelial por disseminação linfo- hematogênica. Crônica: cavidades apicais e fibrose Disseminada: perda de peso, úlceras orofaríngeas, hepatoesplenomegalia, envolvimento da MO. Pode ir para óbito. Coccidioidomicose (febre do vale) Presente no solo, contraindo através da inalação dos astroconídios infecciosos em locais secos/semi- áridos. Comum nas Américas (N, C e S) Texas e Novo México; sítios arqueológicos Pulmão Coccidioides immitis Diag.: teste cutâneo em assintomáticos; Identificação de esférulas em fluidos e tecidos - fungo sistêmico - dimórficos - esférulas: grande quantidade de esporos - crescem abaixoda superfície do solo durantes os períodos de chuva e se desenvolvem a medida que a terra fica seca - Dimórficos - esporos prevalentes em clima semi-árido (Doença dos caçadores de tatu) - inflamação granulomatosa - esférulas - Maioria dos indivíduos: assintomáticos Primária: 1-3 semanas; doença respiratória aguda, semelhante gripe, febre, sudorese noturna, tosse e/ou dor torácica tipo pleurítica. Progressiva: doença pulmonar fibrocavitária, lesões nodulares pu cavitárias, disseminação miliar pulmonar (diagnóstico diferencial de TB) Disseminada: geralmente imunossuprimidos e pequena % dos com primária. Lesões na pele (pápulas cutâneas ou abscessos subcutâneos), SNC e osteoarticulares (joelhos) Adendo: Os fungos podem ser leveduras (unicelular) ou filamentosos/bolores (multicelular) Bolores: constituídos por hifas que, por sua vez, se agrupam e formam o micélio. - quando as hifas crescem sobre ou entre o meio de cultura/substrato: hifas vegetativas - Se as hifas se projetam acima de sua superfície do meio: hifas aéreas; seus fragmentos – conídios (forma infectante) (reprodução Assexuada)
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