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Plantas Tóxicas do Sistema Digestório Ricinus communis Nomes vulgares: Mamona, carrapateira. Características gerais: Essa planta tem ampla distribuição no território nacional, ocorrendo naturalmente em solos férteis e ricos em material orgânico, embora também possa ser cultivada e seus subprodutos possam ser utilizados para diversas finalidades. Parte tóxica: Sementes. Animais afetados: Ruminantes, não ruminantes e o homem. Princípio tóxico e mecanismo de ação: Ricina (um tipo de lectina). Para que haja a liberação da ricina, é necessário que essas sementes sejam mastigadas. Uma vez liberadas, essas fitotoxinas são deficientemente absorvidas do trato gastrointestinal, embora se liguem as células da parede intestinal. Algumas moléculas de lectina, são translocadas do citosol, atingindo o retículo endoplasmático. Nesse local, ela passa a inibir a síntese proteica agindo sobre os ribossomos e, consequentemente, leva a morte celular. Além disso, a ricina causa distúrbio na homeostase do sistema cardiovascular, promovendo um decréscimo da captação do cálcio no retículo sarcoplasmático. Sinais clínicos: Inapetência ou anorexia, apatia, fezes escuras com muco e sanguinolentas, estrias de sangue (enterite hemorrágica), desidratação e cólica. Tratamento: Não há tratamento especifico para a intoxicação com essas fitotoxinas. O tratamento de suporte e sintomático é indicado. Enterolobium contortisiliquum Nomes vulgares: Timbaúba., tamboril e orelha de negro. Parte tóxica: Favas (frutos) Princípio tóxico: Saponina esteroidal. Animais afetados: Bovinos. Condição de intoxicação: Encontrada no Nordeste, sua intoxicação decorre da ingestão das favas, no período de junho a agosto, misturadas ao pasto. Sinais Clínicos: Inapetência ou anorexia, diarreia de odor fétido, retração ocular, desidratação, fotossensibilização em bovinos e caprinos. Morte em 2 a 3 dias após ingestão ou recuperação após tratamento. Patologia: Enterite hemorrágica, fígado ictérico. Tratamento: O tratamento de suporte e sintomático é indicado. O animal também deve ser colocado a sombra e tirado de contato com a planta. Apresenta porte arbóreo Strypthnodendron coriaceum Nomes vulgares: Barbatimão, barbatimão-do-piauí, barbatimão-do-nordeste. Distribuição geográfica: Chapadas do Nordeste. Parte tóxica: Favas (frutos) Princípio tóxico: Saponinas. Principais animais afetados: Bovinos em período de seca, de julho a setembro. Sinais clínicos: Apatia, emagrecimento progressivo, ressecamento do focinho, atonia ruminal, sonolência e diarreia bem aquosa. Em alguns casos pode causar fotossensibilização. Necropsia: Observa-se edema do mesentério e da parede intestinal, ressecamento do conteúdo dos pré- estômagos, presença de sementes no abomaso e nos pré-estômagos, tonalidade amarelada do fígado e rins pálidos. Tratamento: Consiste no tratamento sintomático e na retirada dos animais da área onde adoeceram, colocando- os na sombra. Plantas Nefrotóxicas Thiloa glaucocarpa Nomes vulgares: Sipaúba, vaqueta. Distribuição geográfica: É observada na caatinga, no litoral do Nordeste, principalmente nos Estados do Piauí e do Ceará, no oeste da Bahia e na região oeste de Minas Gerais. Parte tóxica: Frutos e brotos. Principais animais afetados: Bovinos Sinais clínicos: A doença é caracterizada por edemas subcutâneos, sobretudo na parte posterior da coxa, períneo, escroto e por vezes se estendendo por toda a parte ventral do abdome, tórax e barbela. Outras manifestações relatadas são anorexia com emagrecimento progressivo, atonia ruminal, fezes ressecadas e recobertas por muco, às vezes com estrias de sangue, ou ainda enegrecidas e com cheiro muito desagradável; focinho ressecado, com secreção catarral, às vezes com sangue e posterior formação de crostas nas narinas; pelos ásperos, andar lento e arrastado e polidipsia; alguns animais desenvolvem hipotermia; a urina tem cor normal. Tratamento: Consiste no tratamento sintomático e na retirada dos animais da área onde adoeceram, colocando- os na sombra.
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