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Plantas Cianogênicas

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Plantas Cianogênicas 
As plantas cianogênicas são aquelas nas quais são 
encontrados altos níveis de cianeto. Para considerar uma 
planta pertencente ao grupo cianogênicas, é necessário 
que ela contenha, no mínimo, 10 mg de ácido cianídrico 
(HCN) por kg de planta fresca. 
O cianeto encontrado nas plantas está ligado aos 
glicosídeos. Essa ligação é quebrada por ação de enzimas 
existentes na própria planta ou de microrganismos 
presentes no trato gastrointestinal dos animais. Na planta 
integra, a ruptura dessa ligação não ocorre., já que as 
enzimas responsáveis por essa quebra estão separadas 
dos glicosídeos cianogênicos. No entanto, quando a 
integridade celular se perde, há o contato das enzimas 
com o seu substrato (ou seja, com o glicosídeo), 
acarretando, consequentemente, a liberação do cianeto. 
 Princípio tóxico: Glicosídeo cianogênio (HCN) 
 Mecanismo de ação: O mecanismo de ação do 
cianeto ocorre pela inibição de enzimas que 
possuem metais, particularmente o ferro. O ferro 
trivalente da enzima citocromo-oxidase-CN. 
Mantendo-se o ferro na forma trivalente, paralisa-se 
o sistema de transporte de elétrons da cadeira 
respiratória, produzindo, assim, a hipóxia e anóxia 
citotóxica. A maior concentração de citocromo-
oxidase está nos tecidos que apresentam elevado 
metabolismo oxidativo, como o sistema nervoso 
central e a musculatura cardíaca. A toxicidade aguda 
ocorre quando a quantidade de cianeto absorvido 
excede a concentração mínima necessária para inibir 
a atividade da enzima citocromo-oxidase e quando é 
superior àquela suportada pelas enzimas de 
detoxificação. 
 Sinais clínicos: Sialorréia, paresia, espasmos 
musculares generalizados, convulsões do tipo tônico-
clônicas, membranas variando de vermelho vivo a 
cianóticas, polipnéia, dispneia. Pode apresentar parada 
respiratória. 
 Necropsia: O abomaso e os intestinos podem 
apresentar-se congestos, com a presença de 
petéquias. Pode-se notar o odor característico de 
cianeto, conhecido como odor de amêndoas 
amargas. 
 Tratamento: Quando feito a tempo, o tratamento é 
muito eficiente. Ele se caracteriza pela associação de 
tiossulfato de sódio (220 mg/mL) com nitrito de sódio 
(150mg/mL). 
Sorghum sp. 
 
Nomes vulgares: Sorgo, sorgo de alepo, capim de boi. 
Distribuição geográfica: Está presente em todo o Brasil, 
principalmente em locais com muita água 
Parte tóxica: Toda a planta. A intoxicação (classificada 
com evolução aguda) ocorre quando se tem a ingestão 
do sorgo ainda no período de brotação (até 7 semanas 
de plantio, com 20 a 30 cm de altura). 
Principais animais afetados: Ruminantes e equinos. 
Sinais clínicos: Timpanismo, incoordenação, salivação 
espumosa, nistagmo, queda em decúbito lateral e 
movimentos de pedalagem. 
Manihot esculenta 
 
Nomes vulgares: Mandioca, aipim, macaxeira, mandioca 
mansa. 
Distribuição geográfica: Está presente em todo Brasil. 
Presença de espiga. 
Parte tóxica: Folhas. A intoxicação é classificada com 
evolução superaguda. 
Principais animais afetados: Ruminantes e equinos. 
Sinais clínicos: Ereção das orelhas, incoordenação, 
nistagmo, queda em decúbito lateral e movimentos de 
pedalagem. 
Manihot glaziovi 
 
Nomes vulgares: Mandioca branca, maniçoba. 
Distribuição geográfica: Está presente em todo Brasil. 
Parte tóxica: Folhas. A intoxicação é classificada com 
evolução superaguda. 
Principais animais afetados: Ruminantes e equinos. 
Sinais clínicos: Ereção das orelhas, incoordenação, 
nistagmo, queda em decúbito lateral e movimentos de 
pedalagem. 
Piptadenia macrocarpa 
 
 
Nomes vulgares: Angico, angico-preto. 
Distribuição geográfica: Nordeste. 
Parte tóxica: Folhas. 
Animais afetados: Bovinos e caprinos. 
Sinais clínicos: Timpanismo, incoordenação, nistagmo, 
queda em decúbito lateral e movimentos de pedalagem. 
Possui evolução mais lenta (intoxicação subaguda), o 
animal demora cerca de 10 dias para morrer caso não 
haja o tratamento da intoxicação. 
 
Apresenta tronco escuro e vagem bem segmentada

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