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Ana Comin NEOPLASIAS: Proliferação contínua e relativamente autônoma de células atípicas (neoplásicas) independente das leis que regem o crescimento e desenvolvimento dos tecidos. Dependem do suprimento vascular do hospedeiro, às vezes de suporte endócrino também. Mimetizam as células normais de origem; Morfologia, bioquímica, comportamento, arranjo tecidual alterados. Parasitas do organismo: LIPOMA. BENIGNAS: Crescimento lento, expansivas, assintomático, sem metástases. “OMA”: geralmente usado para benignas, exemplo: lipoma. Há exceções: exemplo: granuloma periapical. MALIGNAS: Crescimento rápido, infiltrativos, formando tumores metastáticos. “SARCOMA”: geralmente para malignas. Exceções: linfoma. “CARCINOMA”: também. Há exceções: melanoma, seminoma. “BLASTOMA” “TUMOR”/”Oncologia”: do grego “oncos”: tumor. Estudo do tumor. “CÂNCER”: do grego “karkinos”: crustáceos, carangueijo Infiltram os tecidos vizinhos. De modo geral: denomina neoplasias malignas. “Epônimos”: colocar o nome do descobridor. CÂNCER BUCAL: U PERIGOSO: BORDA LATERAL DE LÍNGUA/LÁBIO INFERIOR/ ASSOALHO BUCAL/GENGIVA INFERIOR. PRINCIPAL neoplasia maligna dos tecidos bucais: CARCINOMA ESPINOCELULAR. Carcinoma de células escamosas, carcinoma epidermóide de boca. 90% de todos os cânceres bucais; Nos homens brasileiros: representa 5% dos cânceres; Poucos casos são diagnosticados pelo CD; Geralmente o diagnóstico é tardio. FATORES DE RISCO: 1. Fumo; 2. Álcool; 3. Luz solar; 4. Vírus. RAIO X: Ela, conforme vai se desenvolvendo ela pode ir envolvendo o tecido ósseo adjacente. Causa uma destruição óssea de maneira irregular, sem delimitações nítidas “Roídos de traça”. CLINICAMENTE: LESÕES ENDOFÍTICAS: A partir do epitélio de revestimento em direção a profundidade dos tecidos. 1. Forma ulcerada superficial: rasa, com limites nítidos, bordas evertidas: para cima, leito vermelho, granular ou liso. O tecido neoplásico pode causar um endurecimento da região, que chamamos de base cartonada: não há dobras na lesão. 2. Úlcero-Infitrativa: tumor parece infiltrar a profundidade dos tecidos, percebida pela palpação. 3. Padrão úlcero-destrutiva: com predomínio de perdas de substâncias. Aparência crateriforme. EXOFÍTICAS: 1. Vegetante moriforme: Padrão de massa tumoral vegetante com superfície granulosa. 2. Vegetante em couve-flor: parece o aspecto de um couve-flor. 3. Vegetante verrucosa: hiperqueratose no local: com aspecto branco. Está presente no carcinoma verrucoso. ATENÇÃO: O Cirurgião-dentista deve estar apto para reconhecer lesões e orientar o paciente. Carcinoma: Metástases nos linfonodos regionais e órgãos distantes (7% dos casos). Estradiamento clínico: Sistema TNM para lábio e cavidade oral. CARCINOMA ESPINOCELULAR: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Úlceras que são persistentes, não regridem, aumentam de tamanho, com o passar do tempo. 1. Paracoccidioidomicose; 2. Leishmaniose; 3. Sífilis; 4. Tuberculose; 5. Hanseníase; 6. Histoplasmose. TRATAMENTO: São procedimentos realizados com a parceria de vários profissionais da área da saúde! 1. PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS; 2. RADIOTERAPIA; 3. QUIMIOTERAPIA. Ana Comin TAXA DE 65% DOS CASOS COM SOBREVIDA DE 5 ANOS (A MAIS)EM CASOS ONDE NÃO HÁ METÁSTASES. PROGNÓSTICO: Imunidade do paciente; Localização do tumor Estadiamento clínico. As metástases dos carcinomas normalmente ocorrem por via linfática, diferente dos sarcomas, que frequentemente metastatizam através da via sanguínea. A metástase do CCE, assim como de outros carcinomas se dá pela via linfática para os linfonodos cervicais. Um linfonodo cervical que contém depósitos tumorais, apresenta-se aumentado, fixo e de consistência pétrea, normalmente se apresenta indolor. Em relação as metástases a distancia, os sítios mais comuns são: Pulmões, fígado e ossos. As metástases dos carcinomas de células escamosas não o correm precocemente, o problema está em relação ao atraso no diagnóstico, pois, a maioria dos pacientes só procuram atendimento quando a lesão já evoluiu bastante. Graduação histopatológica. PATOGÊNESE DO CARCINOMA ESPINOCELULAR: DISPLASIA: Agente de risco sobre o epitélio: atuam sobre os queratinócitos do epitélio de revestimento, particularmente. O epitélio passa a sofrer alterações, em sua morfologia. DISPLASIA: LEVEMODERADASEVERA. LEVE: problemas arquiteturais limitados ao terço inferior do epitélio, acompanhado por mínima atipia citológica: hipercromatismo e pleomorfismo e Estratificação da região. Epitélio apresenta Projeção em “gotas”: cristas inter-papilares mostram-se abauladas. Nitidez perdida. MODERADA: Distúrbios arquiteturais, se estendendo até o terço médio o epitélio, acompanhado por atipia citológica. SEVERA: Distúrbios arquiteturais se estendendo por mais de dois terços do epitélio acompanhado por atipia citológica. (Carcinoma “in situ”EXPRESSÃO SÓ HISTOPATOLÓGICA). Neste caso já existe uma neoplasia maligna, mas restrita a parte epitelial. CARCINOMA IN SITUMICROINVASIVO INVASIVO. HISTOPATOLOGIA: Histologicamente podemos observar uma invasão de células epiteliais no tecido conjuntivo, essas células se arranjam em cordões e ilhas, podemos observar a formação de pérolas de ceratina, infiltrado inflamatório crônico bastante intenso e a presença de muitos vasos sanguíneos (angiogênese). Além disso as células apresentam atipia celular como, relação núcleo- citoplasma aumentada, hipercromatismo, pleomorfismo celular, núcleos e nucléolos aumentados, diversas mitoses e presença de mitoses atípicas. 1-Invasão de células epiteliais no tecido conjuntivo, presença de pérolas de ceratina e hipercromatismo. 2-Invasão celular, pérolas de ceratina, infiltrado inflamatório crônico intenso e atipia celular: SINAIS DA DIFERENCIAÇÃO: Pérolas córneas; Disceratoses; Pontes intercalares; GRAUS DE DIFERENCIAÇÃO HISTOÓGICA DOS CARCINOMAS EPIDERMÓIDES ORAIS E OROFARÍNGEOS (O.M.S): GRAU 1: PÉROLAS: NUMEROSAS; Ana Comin DISCERATOSES: PRESENTES; PONTES INTERCELULARES: PRESENTES; MITOSES POR CAMPO (40X): MENOS DE 2; MITOSES ATIPICAS: RARAS; PLEOMORFISMO: REDUZIDO. GRAU 2: PÉROLAS: ESCASSAS/AUSENTES. DISCERATOSES: APARENTES; PONTES INTERCELULARES: APARENTES; MITOSES POR CAMPO (40X): 2-4; MITOSES ATIPICAS: PRESENTES; PLEOMORFISMO: MODERADO. GRAU 3: PÉROLAS: AUSENTES; DISCERATOSES: AUSENTES; PONTES INTERCELULARES: AUSENTES; MITOSES POR CAMPO (40X): MAIS DE 4; MITOSES ATIPICAS: FREQUENTES; PLEOMORFISMO: PRONUNCIADO. De acordo com a OMS, podemos classificar histopatologicamente o carcinoma de células escamosas em: - Bem diferenciado - Onde podemos encontrar semelhança com o tecido de origem da lesão, ou seja, os ceratinócitos ainda não perderam a capacidade de produzir ceratina, nesse padrão encontramos um maior número de pérolas de ceratina e um menor grau de atipia celular. O tumor cresce em uma velocidade mais lenta e a tendência para metástase é mais baixa. - Pouco diferenciado - Neste padrão, teremos predomínios de células imaturas, sendo difícil reconhecer seu tecido de origem. Assim os CCE pouco diferenciados caracterizam-se por apresentar mínima ceratinização e um grau de atipia celular bastante elevado. Esses tumores crescem com maio velocidade e tendem a metastatizar mais precocemente. - Moderadamente diferenciado - É um padrão intermediário entre os dois acima. LESÕES ORAIS POTENCI ALMENTE MALIGNAS: ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DO TECIDO NA QUAL O C ÂNCER TEM MAIOR PROBABILIDADE DE OCORRER. Exemplos: leucoplasia, líquen plano, eritroplasia, sífilis, queilite actínica, síndrome de Plummer-Vinson. Condições cancerizáveis: Eventos que potencializam ou favorecem os fatores etiológicos do câncer. Ex: imunossupressão (AIDS). ERITROPLASIA: Lesão eritematosada mucosa bucal, por vezes intercalada por áreas leucoplásicas, representada por displasia epitelial moderada a carcinoma in situ/invasivo. Idade: 60-70 anos; Assoalho bucal, palato mole, língua, lábio. Formas: homogênea, eritroleucoplasia (leucoplasia mosqueada/salpicada). HISTOPATOLOGIA: Carcinoma epidermóide (50% dos casos); Carcinoma in situ (40%); Displasia epitelial (10% dos casos). QUEIILTE ACTÍNICA: Etiologia: exposição solar; Em lábio inferior; Lábio ressequido, friável, com erosão, fissuras, áreas leucoplásicas. Queilite actínica adjacente ao carcinoma espinocelular do lábio:
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