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PRÓTESE FIXA III MATÉRIA COMPLETA PUC MINAS 2019 (Conflito de codificação Unicode)

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PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO EM 
PRÓTESE FIXA CONVENCIONAL E SOBRE 
IMPLANTE: EXAME CLÍNICO, RADIOGRÁ-
FICO E MODELOS 
Um bom planejamento depende 
de um bom diagnóstico: deve-se conhe-
cer para enxergar (mind’s eye – observe 
closely). Enxergar os problemas do pa-
ciente através da anamnese. 
O exame deve ser bem feito pa-
ra conseguir realizar um diagnóstico 
correto. A anamnese deve ser mais a-
profundada de acordo com o procedi-
mento que será realizado. 
QUEIXA PRINCIPAL 
 Desconforto, dor, sensibilidade, 
inchaço; 
 Função (dificuldade na mastiga-
ção ou na fala); 
 Social (gosto ruim ou odor desa-
gradável); 
 Aparência (fraturas, dentes fei-
os, restaurações insatisfatórias, 
descoloração, assimetria). 
HISTÓRIA DENTAL 
 Periodontal; 
 Restauradora; 
 Endodôntica; 
 Ortodôntica; 
 Prótese removível; 
 Cirurgia oral; 
 Radiográfica; 
 ATM: avaliar deslocamentos, 
maneiras de fechar e abrir, mo-
vimentos de lateralidade es-
querda e direita. 
HISTÓRIA MÉDICA 
 Condição geral de saúde; 
 Internações e hospitalizações; 
 Medicamentos utilizados; 
 Condições que podem afetar o 
plano de tratamento; 
 Condições sistêmicas com mani-
festações orais; 
 Fatores de possíveis riscos ao 
dentista; 
 Hábitos e vícios; 
EXAME EXTRAORAL 
 Geral: aparência, peso, pele, ca-
belo, unhas; 
 Sinais vitais, disposição; 
 Face e relações labiais; 
 Músculos da mastigação; 
 Planos oclusais; 
 Corredores bucais; 
 Sorriso; 
 ATM. 
Os movimentos mandibulares do 
paciente devem ser sempre verificados. 
Para colocá-lo em RC a melhor técnica é 
colocar o polegar no queixo e os dedos 
no corpo da mandíbula. Deve-se obser-
var qual é o dente que toca primeiro 
(existe algum contato prematuro?). 
Algumas pessoas têm adaptação fun-
cional nos músculos devido aos conta-
tos prematuros. 
EXAME INTRAORAL 
 Língua; 
 Bochecha; 
 Assoalho bucal; 
 Dentes: aspecto geral da denti-
ção; 
PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
 Periodonto: profundidade de 
sondagem e mobilidade, sem-
pre sondar; 
 Presença de exostoses; 
 Relações entre os arcos dentais 
(classificação de Angle); 
 Contato dental inicial; 
 Alinhamento geral; 
 Contatos laterais e protusivo: 
manuseio da relação central 
OCLUSÃO MUTUAMENTE PROTEGIDA 
Os côndilos devem estar na po-
sição correta, os dentes encaixados e 
com contatos simultâneos e bilaterais 
de mesma intensidade, sendo que os 
dentes anteriores não tocam. 
Os dentes posteriores protegem 
os anteriores na mastigação nos movi-
mentos protrusivos e de lateralidade os 
anteriores protegem os posteriores. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
1. Exame radiográfico completo: 
O exame radiográfico de escolha 
em prótese é o periapical para permitir 
visualização mais detalhada das áreas 
de interesse (qualidade do tratamento 
endodôntico, suporte ósseo, forma e 
tamanho das raízes, lesões periapicais, 
reabsorções, trincas, fraturas, espessa-
mento ósseo). 
A radiografia panorâmica é inte-
ressante para ter uma visão geral das 
condições do paciente e a bitewing é 
mais utilizada para doença periodontal 
inicial e cáries interproximais, mas às 
vezes também podem ser utilizadas em 
prótese. 
A radiografia digital tem recur-
sos a mais para ajudar no diagnóstico. 
Dente em hipofunção: é um dente sem 
funcionalidade. Ele não pode ser usado 
para suportar uma prótese de uma hora 
para a outra. Deve-se ir adaptando o 
dente aos poucos para não sofrer reab-
sorções. 
Dente em hiperfunção: é um dente com 
sobrecarga. É possível observar um li-
gamento periodontal mais espesso e o 
osso mais calcificado ao seu redor. 
Trauma: quando o dente recebe uma 
força maior que o dente pode suportar. 
Se for um trauma primário, é possível 
observar perda óssea na radiografia e 
quando o fator causal é removido, a 
altura óssea retorna ao normal. Se for 
um trauma secundário, o dente em 
questão já possui um suporte ósseo 
menor, então quando o fator causal é 
removido a altura óssea não retorna ao 
normal. 
OBS: é necessário fazer ferulização nes-
ses casos de trauma secundário. 
2. Testes de vitalidade; 
3. Biópsias, culturas laboratoriais. 
MODELOS DIAGNÓSTICOS 
 Os modelos de estudo em próte-
se fixa são, de preferência, totais. Sendo 
eles os mais fiéis possíveis, utilizando 
gesso tipo III e IV e montados em articu-
ladores semi-ajustáveis com o auxílio de 
arcos faciais e de registros (JIG, protru-
são, lateralidade esquerda e direita). 
PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
 Devem ser utilizados alginatos 
de boa qualidade ou silicones. 
TECNICA DE IMPRESSÃO DIAGNÓSTICA 
o Seleção das moldeiras; 
o Tomada da impressão; 
o Avaliação dos moldes; 
o Obtenção dos modelos. 
ANÁLISE DOS MODELOS 
o Estudo das relações oclusais: ân-
tero-posteiores, horizontais, ver-
ticais; 
o Relações dessas posições com as 
posições condilares (onde está o 
côndilo quando o paciente está 
em MIH? Eles estão na posição 
correta?); 
o Determinação da posição maxi-
lo-mandibular de tratamento; 
o Enceramento diagnóstico. 
OBS: deve-se ter estabilidade da ATM, 
da mandíbula e dos dentes. 
MONTAGEM DOS MODELOS 
o Ponto de referencia anterior; 
o Preparo do garfo do arco facial; 
o Procedimento passo a passo; 
o Registro da RC; 
o Manipulação da mandíbula; 
o Desprogramadores (jig, daf, leaf 
gauge); 
o Técnica de registro da relação 
cêntrica. 
Razão de usar o arco facial: posi-
cionar a maxila em relação ao maciço 
craniofacial e registrar a distância inter-
condilar. 
 
PASSOS 
1. Plano de Frankfurt. 
2. Posicionar o garfo no paciente já 
com a godiva ou cera e conferir 
se está na linha média do paci-
ente. 
3. Afrouxar o os parafusos do arco. 
4. Introduzir a haste do garfo no 
anel correspondente do arco fa-
cial até o fim. 
5. Pedir ao paciente que posicione 
o arco facial com as olivas den-
tro da orelha. 
6. Apertar bem os três parafusos 
superiores do arco facial. 
7. Apertar os parafusos inferiores 
do arco (que prendem o garfo). 
8. Conferir a posição do arco se es-
tá coincidente com plano de 
Frankfurt. 
9. Afrouxar (1/4 a meia volta) os 
três parafusos superiores do ar-
co. 
10. Posicionar o arco no ramo supe-
rior do ASA de cabeça para bai-
xo. 
11. Posicionar o modelo superior 
sobre o garfo e o conjunto sobre 
a ramo inferior do ASA. 
12. Prender o modelo superior com 
gesso tipo IV. 
Depois, a mandíbula será mon-
tada em relação a maxila por meio dos 
registros interoclusais, que pode ser 
feito com cera, silicone ou resina acrílica 
ativada quimicamente. 
 
 
PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
MONTAGEM DO MODELO INFERIOR 
o Deve-se virar o articulador para 
baixo e inserir o pino incisal em 
zero; 
o Posicionar o registro e logo em 
seguida o modelo inferior sobre 
o registro; 
o Fixar o modelo para que ele não 
mude de posição ao colocar o 
gesso tipo IV (NÃO pode fixar 
com elástico, pois pode dar alte-
ração); 
o Fixar o modelo inferior no ramo 
inferior do articulador com ges-
so densita (tipo IV). 
Após montar no articulador o 
importante é que haja coincidência 
do/dos contatos em boca e nos mode-
los. 
OBJETIVOS DO TRATAMENTO 
o Correção de doença existente; 
o Prevenção de futura doença; 
o Restauração da função; 
o Melhorar a aparência; 
o Conforto e estabilidade. 
SEQUÊNCIA DE TRATAMENTO 
FASE 1 
o Tratamento de sintomas: trata-
mento urgente de problemas 
não ocultos; 
o Estabilização das condições de-
teriorantes: cáries, doença peri-
odontal, oclusão. 
FASE 2 
o Cirurgias; 
o Periodontia; 
o Implantes; 
o Endodontia; 
o Ortodontia; 
o Próteses fixas temporárias; 
o Ajustes na oclusão; 
o Restaurações anteriores e pos-
teriores; 
FASE 3 
o Preparosdefinitivos; 
o Seleção de componentes; 
o Novas próteses fixas temporá-
rias; 
o Refinamento oclusal; 
o Moldagens e moldes de traba-
lho; 
o Confecção das próteses definiti-
vas; 
o Manutenção. 
MATERIAIS E TÉCNICAS DISPONÍVEIS 
o Tipos de prótese – PPF (a melhor 
– 100% de função – término em 
esmalte se possível), PPR, PT, 
implantes; 
o Materiais possíveis – plásticos, 
metálicos, cerâmicos; 
o Restaurações – intracoronárias, 
extracoronárias, facetas lamina-
das. 
PILARES PROTÉTICOS 
o Implante ou dente? Dente; 
o Substituição de um único dente 
perdido; 
o Cantilever em PPF; 
o Eleição dos pilares – periodonto 
saudável, raízes longas. Os me-
lhores são os primeiros molares 
e caninos; 
o Pilares tratados endodontica-
mente – não têm a mesma resis-
tência; 
PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
o Pilares sem restauração – dois 
dentes ao lado de uma falha – 
fazer de tudo para preservar o 
pilar; 
o Segundos molares mesializados 
– até 17° é possível restaurar; 
o Doença periodontal: indicações 
para PPR; 
o Substituição de quantos dentes 
perdidos; 
o Sobrecarga oclusal; 
o Direção das forças; 
o Área de superfície suportada por 
osso; 
o Coroa e raiz clinica; 
o Forma e angulação. 
SELEÇÃO DOS DENTES PILARES 
Quanto maior o espaço protéti-
co – 4 elementos ou mais suportados 
por dois pilares – situações de risco. 
PROCEDIMENTOS DE MOLDAGEM E 
MODELOS EM PRÓTESE FIXA 
o Modelos de estudo: para diag-
nóstico e planejamento 
o Modelos de trabalho: para tra-
tamento 
Os modelos devem ter a maior 
fidelidade possível, para não ter erros 
no diagnóstico e insucesso no trata-
mento. 
CLASSIFICAÇÃO 
1. Articuladores não ajustáveis (A-
NA) – charneira. Só corresponde 
a MIH do paciente. Não há pos-
sibilidade de ajuste de valores e 
ângulos. 
2. Articuladores semi-ajustáveis (A-
SA): é possível ajustar o ângulo 
da eminência, o ângulo de Ben-
net e a distância intercondilar; 
3. Articuladores totalmente ajustá-
veis (ATA). 
MODELO DE ESTUDO 
OBJETIVOS 
o Reproduzir os movimentos se-
melhantes aos movimentos 
mandibulares; 
o Auxiliar no estudo da oclusão; 
o Possibilitar diagnóstico de pro-
blemas existentes, tanto na o-
clusão natural como na artificial; 
o Analisar a forma, posição e con-
torno dos dentes naturais e arti-
ficiais; 
o Melhorar a visualização estática 
e dinâmica dos dentes; 
o Permitir um exame lingual da o-
clusão do paciente; 
o Execução dos movimentos sem 
que os reflexos protetores atu-
em; 
o Observar interferências que não 
podem ser observadas em boca. 
MONTAGEM DOS MODELOS EM ARTI-
CULADOR – ARCO FACIAL 
 O articulador é projetado de 
maneira que se tenha a mesma situação 
que o paciente tem em boca. O modelo 
é posicionado da mesma forma que o 
arco está no crânio do paciente. 
 A referência para montagem dos 
modelos é o plano de Frankfurt: condu-
to auditivo ao forame infraorbitário (o 
braço do arco facial deve passar por 
esse plano). 
PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
 Os articuladores que utilizam o 
ponto nasion consideram que este refe-
rencial anatômico se encontra 23mm 
acima do forame infraorbitário (medi-
das médias). 
 Feita a tomada do arco facial, o 
modelo superior é posicionado sobre o 
garfo e o arco facial é encaixado no arti-
culador. Prende-se o modelo superior 
na mesa de montagem do articulador. 
 Para montar o modelo inferior, 
utiliza-se registro da relação cêntrica 
(RC). Estabiliza-se o modelo inferior no 
superior com palito e godiva e prende 
na mesa de montagem. 
OBS: se montar o modelo em MIH, não 
consegue levar em RC no articulador. Se 
montar em RC, você ainda consegue 
levar em MIH. 
CONFERÊNCIA DE MONTAGEM 
 Observar se os contatos no arti-
culador coincidem com os contatos em 
boca. 
MODELOS DE TRABALHO 
OBJETIVOS 
o Reprodução fiel dos elementos 
preparados e tecidos circundan-
tes (permitir acesso à área cervi-
cal dos dentes preparados). 
o Obter um troquel – sob o tro-
quel é que se faz o trabalho, pa-
ra obter correta execução dos 
procedimentos laboratoriais de 
enceramento e selamento mar-
ginal. 
OBS: próteses feitas sobre moldes par-
ciais normalmente precisam de mais 
ajustes em boca. 
MOLDAGEM DE PRECISÃO EM PRÓTESE 
FIXA 
 A obtenção do molde deve ser 
feita de maneira mais fiel possível para 
garantir sucesso e longevidade da res-
tauração. 
 É importante obter um molde 
estendido perifericamente, de modo a 
incluir parte da superfície dental apical 
à linha de término. 
PREPAROS SUPRAGENGIVAIS 
o Preservação dos tecidos moles; 
o Facilidade de higienização; 
o Facilidade nos procedimentos de 
moldagem; 
o Visualização da adaptação da 
prótese. 
PREPAROS SUBGENGIVAIS 
o Campo visual reduzido; 
o Presença de fluido gengival; 
o Tendência da gengiva a justapor-
se ao preparo; 
o Necessidade de afastamento 
gengival. 
É necessário o afastamento, 
porque os materiais não conseguem 
penetrar no sulco gengival. 
AFASTAMENTO MECÂNICO-QUÍMICO 
o Tempo médio de permanência 
de 5 a 8 minutos; 
o O fio tem substâncias adstrin-
gentes; 
PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
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99654-2337 
 
o Migração apical de 0,1mm da in-
serção epitelial pode ser espe-
rada. 
TÉCNICA DO FIO ÚNICO 
o Feito sob isolamento relativo; 
o Indicada em tecidos gengivais 
normais e sem sangramento; 
o Aguarda o tempo e retira o fio 
para moldar. 
TÉCNICA DO FIO DUPLO 
o Em casos de gengivas hipertrófi-
cas e muito fibrosas ou em casos 
de sangramento discreto; 
o Insere um fio mais fino e outro 
mais grosso por cima; 
o O fio mais grosso é retirado e o 
primeiro fio inserido fica dentro 
do sulco durante a moldagem; 
TÉCNICAS DE MOLDAGEM 
1. Técnica de dupla impressão: 
Silicone de adição e condensa-
ção – molda com o material denso e 
com alívio e depois molda com o fluido. 
Na área de preparo não deve aparecer 
o material denso, pois pode haver inter-
ferência na adaptação posterior do tra-
balho. 
2. Técnica de impressão única: 
Injeta o fluido e o denso logo em 
seguida – remove o molde somente 
uma vez, então tem menos alteração 
dimensional. 
3. Técnica de casquete; 
 
4. Técnica de moldagem digital: 
Não usa materiais. É feito o es-
caneamento da boca e máquina fresa-
dora esculpe o modelo protético. Se 
aproxima do ajuste zero, pois como não 
se usa materiais, não existe alteração 
dimensional. O trabalho fica melhor 
adaptado. 
MOLDEIRAS 
 A moldeira deve apresentar es-
paço de 2 a 3mm entre sua superfície 
interna e a região a ser moldada. 
o Espaços maiores que 3mm au-
mentam a contração e possibili-
dade de falhas; 
o Espaços menores que 2mm po-
dem distorcer ou rasgar o mate-
rial durante a remoção. 
CUIDADOS 
o Molde limpo e seco; 
o Correta relação água/pó; 
o Colocação de pó sobre a água; 
o Espatulação contra as paredes 
do gral; 
o Vibração para a remoção de bo-
lhas; 
o Preenchimento sob vibração 
deixando o gesso fluir nos deta-
lhes do molde; 
o Aguardar a presa final do gesso 
para desenformar o modelo (40 
minutos). 
BIOMECÂNICA DE PRÓTESE SOBRE IM-
PLANTE 
Fatores relacionados aos implan-
tes osseointegráveis (forma, tipo e 
PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
composição química de superfície) e ao 
hospedeiro (fatores locais e sistêmicos) 
que devem ser avaliados previamente, 
para obter sucesso do implante. 
OSSEOINTEGRAÇÃO 
 A proliferação das células osteo-
progenitoras em osteoblastos iniciam o 
depósito de matriz óssea sobre a super-
fície do implante. 
Superfícies de implantes trata-
das ou texturizadas podem receber car-
ga mastigatória em períodos mais cur-
tos (plasma de titânio, hidroxiapatita, 
jateamento de óxido de alumínio, áci-
dos ou laser) – a osseointegração é mais 
rápida (mais contato com os osteoblas-
tos). O percentual deosseointegração 
depende da microestrutura do implan-
te. 
POSICIONAMENTO TRIDIMENSIONAL 
DO IMPLANTE 
o Distância dente / implante: 
2mm; 
o Distância implante / implante: 
3mm. 
o Distância crista óssea(cabeça do 
implante)/ponto de contato 
proximal: 5mm. 
Deve-se ter essa distância para 
não induzir a reabsorção do osso entre 
o dente/implante ou entre o implan-
te/implante. 
OBS: a gengiva deve voltar a arquitetura 
que ela tinha antes do implante, para 
favorecer a estética. Isso deve ser con-
seguido por meio de um provisório bem 
feito e adaptado. 
PLANEJAMENTO DE PRÓTESE SOBRE 
IMPLANTE 
Planejamento reverso: o planejamento 
da cirurgia é iniciado pela prótese. 
A identificação dos procedimen-
tos pré-operatórios que estão relacio-
nados com a reabilitação protética, for-
necendo segurança e previsibilidade 
para a instalação dos implantes, consis-
te na elaboração de passos prévios ao 
procedimento cirúrgico que irão identifi-
car fatores decisivos quanto à localiza-
ção, tamanho, tipo e número de implan-
tes. 
1. Modelo montados em ASA com 
enceramento diagnóstico; 
2. Guia cirúrgico para orientação 
do posicionamento tridimensio-
nal dos implantes: 
GUIA CIRÚRGICO 
Constituem-se de aparelhos re-
movíveis com base nos modelos de es-
tudo e no enceramento diagnóstico, são 
duplicações em acrílico da futura próte-
se implanto-suportada. 
Tem como finalidade o correto 
posicionamento dos implantes em boca, 
visando uma perfeita relação protéti-
co/cirúrgica. 
OBS: são montados em cima do modelo 
de enceramento. 
 Na hora da cirurgia, o guia é co-
locado em boca e o cirurgião instala o 
implante no lugar demarcado. 
Forças axiais: suportadas e neu-
tralizadas pelo implante e componente 
intermediário, transmitida ao osso alve-
olar de maneira uniforme. 
PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
Os guias devem se adaptar per-
feitamente à área cirúrgica, sem interfe-
rir com a visualização e acesso à mes-
ma. 
GUIA RADIOGRÁFICO E TOMOGRÁFICO 
Eles permitem a visualização da 
parte protética do implante nos exames 
por imagem. 
São colocados dispositivos ra-
diopacos nas áreas de eleição para os 
implantes, permitindo a visualização da 
futura coroa protética com o implante. 
Posteriormente, pode ser transformado 
no guia cirúrgico. 
TIPOS DE CONEXÕES DE IMPLANTES 
1. Externo (não se usa mais); 
2. Interno (interno de hexágono e 
cone Morse) 
CONEXÃO EXTERNA 
 O desenho do hexágono externo 
foi originalmente concebido como um 
mecanismo de engrenagem e transfe-
rência do torque rotacional para segu-
rar o implante durante a instalação ci-
rúrgica no leito ósseo. 
o Protocolos: componente rota-
cional (adaptação passiva); 
o Prótese unitária sobre implante: 
componente antirrotacional. 
A configuração geométrica da 
conexão externa permite a adaptação e 
o assentamento do intermediário, o 
qual é fixado ao implante por meio de 
um parafuso. 
O movimento rotacional e a es-
tabilidade do parafuso do intermediário 
estão diretamente relacionados ao ajus-
te do hexágono externo do implante às 
paredes do hexágono interno do com-
ponente protético. 
Desvantagens: baixa resistência aos mo-
vimentos rotacionais e laterais, forma-
ção de microgap, espaço interno em 
componente rotacional. 
CONEXÃO INTERNA (HEXÁGONO) 
 As conexões internas são utiliza-
das com o intuito de superar algumas 
limitações inerentes ao desenho da con-
figuração geométrica externa. 
 Redução da possibilidade de 
complicações mecânicas: maior estabili-
dade e diminuição do afrouxamento ou 
fratura de parafusos. Tem maior estabi-
lidade mecânica. 
Vantagens: maior extensão de contato 
entre intermediário e implante, forças 
transmitidas às paredes laterais do im-
plante, maior resistência à cargas rota-
cionais e laterais. O potencial de reten-
ção friccional é 4x maior do que no he-
xágono externo. 
CONE MORSE (adaptação ativa) 
 O termo “cone Morse”, originá-
rio da engenharia mecânica, designa um 
mecanismo de encaixe no qual um cone 
é ajustado dentro de um outro cone. Os 
princípios básicos de conexão cônica 
são a forma de travamento e fricção 
entre os componentes. 
 O atrito entre duas superfícies 
levemente divergentes, combinado com 
uma pressão criada pela força de inser-
ção, fixa o cone macho ao cone fêmea 
(conexão interna ativa). Não tem micro-
gap (sem bactérias). 
PRÓTESE FIXA III – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
OBS: os outros tipos são conexão passi-
va. 
 A ação de aperto ao íntimo con-
tato e travamento mecânico por fricção 
desenvolvida entre ambos os compo-
nentes, quando o cone (macho) é adap-
tado dentro do outro cone (fêmea), leva 
a uma soldadura fria entre eles. 
 Nenhum microgap existe entre 
os dois componentes e isto confere 
uma maior resistência aos movimentos 
rotacionais. 
 O tipo de conexão tem um papel 
importante na estabilidade da peça pro-
tética, sendo ainda um fator fundamen-
tal na força de união, estabilidade da 
interface implante/componente proté-
tico e, consequentemente, na longevi-
dade das próteses implantossuportadas. 
OBS: os implantes cone morse são colo-
cados infraósseos. A gengiva tem menos 
migração apical, pois ela fica em conta-
to com o osso e não com a junção entre 
implante (parafuso) e componente pro-
tético (onde normalmente acumulam 
bactérias). 
Vantagens: ausência de microgap, me-
nor possibilidade de micromovimenta-
ção, maior estabilidade, interface com-
ponente/implante afastada da união 
implante/tecido ósseo. 
Desvantagens: menos opções de solu-
ções protéticas e maior dificuldade na 
seleção componente protético. 
 Do ponto de vista biomecânico, 
a maior distinção entre os sistemas de 
implantes diz respeito à forma do hexá-
gono, classificados como conexões ex-
ternas, conexões internas, conexões do 
tipo cone Morse ou combinação entre 
elas. 
 As conexões hexágono interno e 
externo não são autotravantes, já a co-
nexão cone Morse é considerada auto-
travante. 
QUATRO PILARES DO SUCESSO PROFIS-
SIONAL NA ODONTOLOGIA REABILITA-
DORA 
1. Conhecimento científico abran-
gente: estudo; 
2. Desenvolvimento de habilida-
des: treinamento sob supervi-
são; 
3. Maturidade de atitudes: profis-
sionalismo; 
4. Sensibilidade no tratamento dos 
pacientes: respeito e ética. 
OSTEOINTEGRAÇÃO 
 Conexão direta estrutural e fun-
cional entre o osso vivo, ordenado e a 
superfície de um implante submetido a 
carga funcional. 
OBS: um implante osteointegrado é 
igual um dente anquilosado – não tem 
ligamento, movimento e propriocepção. 
Eles têm nocicepção. 
CARACTERÍSTICAS DE UM IMPLANTE 
OSSEOINTEGRADO 
o Ancoragem diretamente no os-
so; 
o Imobilidade; 
o Não possui propriocepção; 
o Capacidade de suportar as for-
ças fisiológicas de mastigação; 
o Implantes isolados uns dos ou-
tros ou unidos por barras; 
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o Comprimento e diâmetro tem 
influência na capacidade de su-
portar esforços; 
o Adesão de placa bacteriana (a 
especificidade da placa é dife-
rente da placa do dente). 
OBS: a força que o implante aguenta é a 
força que o próprio osso aguenta – o 
impacto é absorvido no primeiro terço 
do osso. 
FATORES CHAVE PARA A OSSEOINTE-
GRAÇÃO 
o Composição do implante; 
o Superfície estéril não deve ter 
contato com ambiente externo; 
o Desenho do implante: tipo de 
rosca; 
o Tratamento da superfície; 
o Imobilidade e estabilidade inicial 
ou primária; 
o Não aquecer o tecido ósseo a-
lém de 43 graus; 
o Controle de rotação e torque do 
motor; 
o Sequência de brocas de perfura-
ção; 
o Sem carga inicial, dois estágios 
cirúrgicos; 
o Remodelagem óssea durante e 
após osteointegração. 
INTERFACE DO TECIDO MOLDE 
o Epitélio sulcular ou periimplan-
te; 
o Epitélio juncional; 
o Tecido conjuntivo; 
o Flora bacteriana;o Profundidade do sulco (3mm) – 
não pode estar muito profundo, 
senão tem problema de higieni-
zação; 
o Segurança clínica comprovada. 
A inflamação ao redor de um 
implante é muito mais perigosa do que 
ao redor de um dente. 
CRITÉRIOS DE SUCESSO 
o Completa imobilidade clínica; 
o União justa entre osso e implan-
te ao rx; 
o Perda óssea vertical máxima a-
nual de 0,2mm; 
o Ausência de dor, inflamação ou 
infecção; 
o Não violação de elementos ana-
tômicos nobres; 
o Mínimo de 85% de sucesso após 
5 anos de uso em maxila e 90% 
em mandíbula. 
CLASSIFICAÇÃO DE OSSO 
Tipo I, II, III e IV (do mais cortical 
para o mais medular). Existe implante 
para cada tipo de osso. 
 
É preciso de tipos diferentes de 
parafusos para tipos diferentes de osso, 
cada um tem um formato, tamanho e 
acabamento de superfície. 
PRÓTESES FIXAS SOBRE IMPLANTE 
O implante é dividido em corpo 
e plataforma (cabeça). Sobre ele será 
colocado um componente protético, 
para que seja possível a adaptação da 
nova coroa. 
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OBS: marcas comerciais – Nobel bioca-
re, neodent, biomet 3i, SIN, Straumann 
e conexão. 
O implante não tem LP, então a 
oclusão deve ser bem equilibrada (dire-
cionamento de forças, ajuste oclusal, 
movimentos excursivos da mandíbula – 
para evitar traumas). 
Observar o sulco periimplantar e 
o perfil de emergência (a coroa deve ter 
o perfil certinho do tecido gengival ao 
redor do implante). 
TIPOS 
o Prótese total implanto-
suportada (chamada de protoco-
lo); 
o Prótese unitária sobre implante; 
o Prótese múltipla sobre implante 
(ponte fixa). 
GLOSSÁRIO DE TERMOS 
o Kit – protético – chaves e tor-
químetro; 
o Implante: pino; 
o Plataforma ou cabeça: hexágono 
externo, interno e cone Morse; 
o Cicatrizador: comunica o meio 
oral ao implante – mantém o 
perfil de emergência e a arquite-
tura do tecido mole; 
o Transferente ou transfer: parafu-
sos para moldar; 
o Análogo: réplica do implante em 
metal; 
o Componentes protéticos: abut-
ment, intermediários ou pilares 
protéticos. 
 
OBS: é na cabeça do implante (plata-
forma ou conexão) que se faz a conexão 
do componente protético (abutment). 
As principais vantagens do uso 
de implante unitário em relação às pró-
teses fixas convencionais são: 
1. Não se sacrifica tecidos dentários 
sadios dos dentes adjacentes ao 
espaço protético; 
2. Dentes individualizados, sem ne-
cessidade de união de três ele-
mentos; 
3. Perfil de emergência saindo do 
sulco perimplantar em substitui-
ção ao pôntico em sobreposição 
à gengiva; 
4. Preservação da integridade e es-
tética dos tecidos gengivais mar-
ginais e dos dentes vizinhos ao 
espaço protético; 
5. Eventuais reparos ou substitui-
ção são mais simples que uma 
ponte fixa (prótese fixa); 
6. Supremacia estética inicial e ao 
decorrer do tempo. 
 
 
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CONEXÕES DOS IMPLANTES (PLATA-
FORMA/CABEÇA) 
 É a conexão entre o implante e o 
componente protético. O componente 
protético se encaixa nessa plataforma. 
1. Hexágono externo; 
 
2. Hexágono interno; 
 
3. Cone Morse. 
 
OBS: implantes straumann – bone level 
ou tissue level (no nível do tecido ou no 
nível ósseo). 
 As próteses sobre implante po-
dem ser cimentadas ou parafusadas. 
Nas próteses cimentadas a pró-
tese e o componente protético são se-
parados, primeiro você parafusa o com-
ponente e depois cimenta a coroa por 
cima. 
 Nas próteses parafusadas a pró-
tese está unida ao componente protéti-
co. Você insere os dois (corpo único) e 
parafusa. 
CICATRIZADORES 
 Dispositivos em titânio que são 
rosqueados aos implantes na segunda 
etapa cirúrgica. Tem como objetivo 
proporcionar ao tecido mole circundan-
te uma cicatrização adequada facilitan-
do e viabilizando a confecção da próte-
se. 
 Eles variam em altura (vai dar a 
profundidade do sulco gengival), diâme-
tro e perfil (paralelo e divergente). 
OBS: ele mantém o perfil de emergên-
cia. 
 
COMPONENTES DA MOLDAGEM 
1. Transfer: são componentes res-
ponsáveis pela transferência da 
posição em boca dos implantes, 
reproduzindo essas informações 
em modelos de gesso, de estudo 
e/ou trabalho. Eles se adaptam à 
cabeça do implante, reprodu-
zindo sua posição e angulação. 
Podem ser colocados com mol-
deira fechada ou aberta. 
OBS: reproduz a posição e a angulação 
do implante. 
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Na moldeira aberta é feita uma 
moldeira individual, com um furo na 
região do implante. Parafusa-se o trans-
fer em boca, realiza-se a moldagem e, 
durante a moldagem, desparafusa o 
transfer antes de retirar a moldeira. Ao 
retirar a moldeira, o transfer já estará 
encaixado no molde, aí adapta-se o aná-
logo e vaza o gesso. 
 Na moldeira fechada, o transfer 
é encaixado em boca e depois disso 
realiza-se a moldagem. Ao retirar o 
molde, o transfer ainda está encaixado 
em boca, aí faz a remoção do transfer, 
adapta-se o análogo no transfer e o 
conjunto é colocado no molde para rea-
lizar o vazamento do gesso. 
2. Análogo: depois de moldar, é co-
locado o análogo na moldagem, 
encaixado no transfer. 
Depois de colocar o análogo, va-
za-se o gesso. 
PASSOS – MOLDEIRA FECHADA 
o e ar em posi o os trans ers 
ros eando-os nos respec os 
pi ares prot cos o nas p ata-
formas dos implantes; 
o Preparar o material leve para 
moldagem e colocar em torno 
dos transfers; 
o Carregar a moldeira com o ma-
teria pesado e e ar em posi o 
fazendo a press o a it a ; 
o Esperar o tempo determinado 
pelo fabricante e remover a 
moldeira da boca; 
o emo er os trans eridores m 
por m, adaptar m an ogo 
correspondente, e co ocar em 
posi o (cada transferidor deve 
ser colocado na moldagem, no 
seu respectivo local); 
o on eccionar, se necess rio, 
gengiva artificial; 
o Vazar o gesso de boa qualidade; 
o Remover o modelo; 
o Remover os transfers do modelo 
de gesso, permanecendo os aná-
logos. 
RESUMINDO... 
Transfer: responsável pela transferência 
da posição em boca dos implantes, re-
produzindo essas informações em mo-
delos de gesso, de estudo e/ou traba-
lho. 
Análogo: é a cópia do implante, de suas 
plataformas ou dos componentes sobre 
eles instalados, e serve para reproduzi-
los em modelos de gesso – é sobre ele 
que o técnico constrói a coroa. O análo-
go é acoplado no transfer e ele fica no 
modelo de gesso, imitando o implante 
que está em boca. 
OBS: o transfer de moldeira aberta pos-
sui um parafuso longo e o de moldeira 
fechada é menor. 
TÉCNICAS 
1. Sacar: moldeira fechada – acopla 
o transfer em boca, parafusa e 
molda. Ao retirar a moldeira, o 
transfer está parafusado em bo-
ca, aí retira-se o transfer, aco-
pla-se o análogo e insere o con-
junto no molde para vazar o 
gesso. 
2. Transferir: moldeira aberta – 
componente de duas peças, 
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moldeira individual com abertu-
ra na porção superior (janela) 
para passagem do componente. 
É considerada mais precisa. A-
copla o transfer em boca e, no 
final da moldagem, desaprafusa 
antes de retirar a moldeira. Ao 
retirar, o transfer já estará en-
caixado no molde, aí adapta o 
análogo e vaza o gesso. 
OBS: na moldeira aberta, ao remover o 
molde, o transfer sai junto. Em moldeira 
fechada não. 
PILARES/COMPONENTES PROTÉTICOS 
São dispositivos utilizados para 
fazer a ligação entre o implante e a pró-
tese. 
CRITÉTIOS PARA A SELEÇÃO DOS COM-
PONENTES PROTÉTICOS 
o Angulação do implante: se o im-
plante está muito pra V, L, M o 
componente ficaria para fora, 
então devemos usar componen-
tes protéticos angulados para 
corrigir a situação; 
o O contorno do tecido mole; 
o A estética: vai depender do ma-
terial da coroa. Se for uma coroaem cerâmica pura, o componen-
te protético deverá ser livre de 
metal, se for coroa metalocera-
mica, o componente pode ser 
metálico; 
o A necessidade de travamento 
anti-rotacional; 
o O acesso para higiene; 
o A possibilidade de remoção para 
manutenção do parafuso, para 
profilaxia; 
OBS: a prótese sobre implante unitária 
precisam de componentes anti-
rotacionais. As múltiplas têm compo-
nentes rotacionais. 
RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS SOBRE 
IMPLANTE 
FINALIDADES 
o Previsibilidade – estética e fun-
cional; 
o Perfil de emergência; 
o Cicatrização; 
o Modelação tecidual; 
o Cargas progressivas sobre os 
implantes: pequenas cargas pro-
gressivas auxiliam no processo 
mais rápido de osseointegração; 
Para fazer a coroa provisória so-
bre implante, necessita-se de um com-
ponente protético provisório e uma 
coroa provisória. 
Componente protético provisório + 
cora provisória. 
TÉCNICAS 
1. Direta: 
Acopla o componente protético 
provisório na boca, faz o preparo com 
uma broca diamantada em forma de 
pêra e coloca um dente de estoque, ou 
também com por meio de uma molda-
gem prévia pode-se fazer uma coroa 
com acrílico. 
2. Indireta: fase de laboratório. 
 
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INSUCESSOS CLÍNICOS EM TRATAMENTO 
RESTAURADORES 
o Origem mecânica: fratura, res-
tauração que se solta, proble-
mas de cimentação; 
o Origem biológica: associado à 
microrganismos; 
o Origem estética. 
FATORES MECÂNICOS 
 O papel da oclusão na prática 
clínica diária está relacionado à longevi-
dade dos tratamentos e do próprio sis-
tema mastigatório dos pacientes. 
 No caso específico das reabilita-
ções de alta complexidade, os conceitos 
de oclusão, ao longo do tempo, foram 
desenvolvidos para que pudéssemos 
construir tratamentos dentro dos crité-
rios de idealidade. 
OBS: prótese tipo protocolo não tem 
propriocepção – forças excessivas po-
dem acontecer e causar fraturas de 
dentes. 
 Os contatos oclusais são mais 
importantes na parafunção do que na 
função. Eles devem ser muito bem equi-
librados. Deve haver o máximo de esta-
bilidade oclusal, principalmente durante 
as fases de apertamento dentário. 
OBS: estabilidade das forças mastigató-
rias, afim de harmonizar a oclusão e a 
musculatura. 
 Ao fazer um tratamento de lon-
ga complexidade, é fundamental que, 
ao iniciar, a mandíbula já esteja em uma 
posição que não se altere de maneira 
significativa com o passar do tempo. O 
sucesso do tratamento de alta comple-
xidade passa pela obtenção prévia da 
posição de RC e, portanto, todo plane-
jamento e execução devem ser feitos 
respeitando essa posição. 
Em RC os dentes estão receben-
do as forças em seu longo eixo e os côn-
dilos estão em uma posição mais fisio-
lógica. Se for fazer apenas uma restau-
ração e o paciente não tiver queixa de 
problemas oclusais e discrepâncias, po-
de-se planejar e executar o trabalho em 
MIH e depois manipula em RC para ob-
servar se há interferências. 
PROTEÇÃO CONTRA AS FORÇAS GERA-
DAS PELOS MÚSCULOS DA MASTIGA-
ÇÃO DURANTE O APERTAMENTO DEN-
TÁRIO 
o Contenção posterior: quando o 
paciente ocluir os dentes, os 
contatos devem ser de maneira 
simultânea e uniforme nos den-
tes posteriores e com ausência 
de contato nos dentes anterio-
res; 
o Contatos simultâneos e equili-
brados nos dentes posteriores; 
HISTOLOGIA DO PERIODONTO 
o 70% das fibras com disposição 
oblíqua, capazes de transformar 
o movimento de intrusão dentá-
ria em tração sobre o tecido ós-
seo (osso responde bem às for-
ças de tração, mas não responde 
a força de compressão que pode 
levar a uma reabsorção óssea); 
o 30% com disposição capazes de 
resistir à forças horizontais. 
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PROTEÇÃO DURANTE OS MOVIMENTOS 
DA MANDÍBULA 
Movimentos excursivos da man-
díbula: 
o Lateralidade; 
o Protrusão. 
 Durante os movimentos de late-
ralidade e protrusão os dentes anterio-
res devem guiar esses movimentos. Eles 
suportam bem as forças laterais. 
OBS: se durante esses movimentos, 
houver um contato prematuro em um 
dente posterior, ele pode sofrer reab-
sorção ou gerar problemas na ATM. 
LONGEVIDADE DE RESTAURAÇÕES CE-
RÂMICAS 
 Falta de respeito às proprieda-
des mecânicas do material cerâmico – 
preparos e contatos oclusais inadequa-
dos podem levar a insucessos. 
 Os contatos devem ser distribuí-
dos corretamente, para que não fiquem 
esforços muito grandes em dentes es-
pecíficos. 
 As cerâmicas usadas em odonto-
logia podem ser de microestrutura ví-
trea, como as porcelanas feldspáticas e 
a fluorapatita, que são usadas geral-
mente como material de cobertura es-
tética para copings e infraestruturas de 
dissilicato de lítio ou zircônia. 
OBS: a cerâmica feldspática tem baixa 
resistência, mas tem estética excelente. 
 Estas cerâmicas são mais friáveis 
e necessitam de um desenho da infraes-
trutura que proporcione suporte de 
1mm à cerâmica ao redor, principal-
mente nos casos de pacientes com bru-
xismo. 
OBS: o condicionamento ácido na cerâ-
mica vítrea é feita com ácido hidrofluo-
rídrico a 10%. 
As próteses de zircônia são con-
feccionadas com uma estrutura cerâmi-
ca que pode ser realizada de forma mo-
nolítica com maquiagem da superfície 
ou ceramocerâmica em duas camadas 
com revestimento estético de cerâmica 
vítrea ou de fluorapatita. 
A zircônia não sofre ação do áci-
do hidrofluorídrico a 5% ou 10%, desta 
forma, a retenção das coroas depende 
das características do preparo dentário 
que, de maneira geral, precisa de altura 
mínima de 5mm e pouca expulsividade. 
» Uso de cimentos com adesivos 
que possuam monômeros e fos-
fatados, como o MDP, ou pri-
mers de metal/zircônia, que 
aumentam a adesão dos cimen-
tos resionosos à zircônia. 
» Evitar clorexidina em qualquer 
concentração na limpeza do 
preparo, pois pode gerar dimi-
nuição significativa na adesão 
dos cimentos à dentina. 
OBS: antes de cimentar a peça, se lava a 
mesma com álcool, pricipalmente 
quando ela tiver recebido o jateamento 
abrasivo com jato de óxido de alumínio 
ou óxido de sílica (silicatização), sendo 
esse considerado como o que promove 
uma melhor adesão entre a zircônia e 
os sistemas adesivos de cimentação. 
 
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FATORES BIOLÓGICOS 
o Oclusão traumatogênica; 
o Doença periodontal. 
A combinação da lesão traumá-
tica com inflamação periodontal resulta 
em diferença drástica na morfologia 
óssea alveolar nos níveis da crista e api-
cal. 
Não existe relação entre a oclu-
são e o comprometimento periodontal, 
ou existe um papel mínimo dos fatores 
oclusais na evolução da doença perio-
dontal, e que o fator traumatizante o-
clusal não pode ser considerado um 
cofator de destruição periodontal. 
A relação trauma oclusal com a 
doença periodontal permanece um as-
sunto controverso. As pesquisas são 
baseadas em humanos, modelos ani-
mais e modelos finitos. 
Caso a demanda funcional ultra-
passe a capacidade de adaptação, po-
dem ocorrer alterações patológicas. 
Podemos observar alterações clínicas, 
radiográficas e histológicas no perio-
donto. 
SINAIS CLÍNICOS DE OCLUSÃO TRAU-
MATOGÊNICA 
o Mobilidade dentária; 
o Contato oclusal prematuro; 
o Facetas de desgaste; 
o Sensibilidade térmica; 
o Fraturas. 
ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS 
o Afunilamento da crista óssea; 
o Modificação do aspecto da lâ-
mina dura; 
o Espaço do LP aumentado; 
o Radiolucidez do osso alveolar; 
o Reabsorção radicular e destrui-
ção óssea. 
O que fazer em casos de DP associado ao 
trauma oclusal? RAR, tratamento perio-
dontal cirúrgico, ajuste oclusal para re-
mover os contatos oclusais excessivos. 
Ao final do tratamento, observa-se que 
a perda óssea tem regressão, com re-
dução da mobilidade e da sintomatolo-
gia. 
INSUCESSOSDE PRÓTESE SOBRE IM-
PLANTE 
Após o primeiro ano em função 
do implante a perda óssea em altura 
seria de 1,5mm, e de 0,2mm nos anos 
subsequentes. 
DISTRIBUIÇÃO DE FORÇAS SOBRE OS 
IMPLANTES 
o Forças axiais: 
São suportadas e neutralizadas 
pelo implante e componente interme-
diário e transmitidas ao osso de manei-
ra uniforme 
o Forças não axiais: 
Suportadas pelos componentes 
mais frágeis, parafusos da prótese e 
intermediário. Originam forças de ala-
vanca, com concentração no tecido ós-
seo ao redor da cabeça do implante. 
OBS: a colocação do implante em uma 
posição proteticamente desfavorável, 
geralmente vestibularizada, acarreta 
uma sobrecarga oclusal em uma tábua 
óssea fina, provocando a reabsorção 
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precoce, com recessão gengival e o apa-
recimento das roscas do implante. 
A perda do implante pode ser 
gerada por: 
o Trauma cirúrgico por técnica i-
nadequada; 
o Sobrecarga oclusal; 
o Mau posicionamento dos im-
plantes, gerando sobrecargas o-
clusais e estresse em região de 
parede óssea delgada; 
o Reabsorção fisiológica do rebor-
do residual; 
o Inflamação dos tecidos moles 
induzida pela placa bacteriana. 
TRAUMA SOBRE IMPLANTES 
o Ausência de sinais e sintomas 
clínicos; 
o Fratura de parafusos, compo-
nentes ou da prótese; 
o Perda de osseointegração e do 
implante.

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