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WEB 2- DIREITO PROC CIVIL IV

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Caso Concreto 2 
Questão nº 1: 
 
No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1º grau, o réu vendeu 
seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a 
totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada 
em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou 
seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os 
institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo 
momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na 
prática, possa receber seu crédito. 
 
Resposta: 
 
A fraude à execução é um instituto de natureza processual, constituindo ato 
atentatório à dignidade da justiça, frustando a possivél execução. A fraude ao credor 
é um instituto de natureza matérial. 
Face o disposto no art 158, caput, e §2º do CC, cabe aos credores quirografários ao 
tempo da alienação fraudulenta, ajuizar ação pauliana. Com esta ação o credor tem 
a inteção de anular todos os negocios juridicos realizados pelo devedor insolvente 
que alienou os bens que seriam usados para pagamento da divida numa ação em 
execução. A ação Poliana seguira o rito ordinário. 
De acordo com a Súmula 375 do STJ, o reconhecimento da fraude à execução 
depende do registro da penhora do bem alienado. Na falta de registro, imputa-se ao 
credor o ônus de provar a má-fé do terceiro adquirente, a fim de demonstrar que 
este tinha ciência da ação em curso.

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