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WEB 2 Caso Concreto 2 Questão nº 1: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1º grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito. Resposta: A fraude à execução é um instituto de natureza processual, constituindo ato atentatório à dignidade da justiça, frustando a possivél execução. A fraude ao credor é um instituto de natureza matérial. Face o disposto no art 158, caput, e §2º do CC, cabe aos credores quirografários ao tempo da alienação fraudulenta, ajuizar ação pauliana. Com esta ação o credor tem a inteção de anular todos os negocios juridicos realizados pelo devedor insolvente que alienou os bens que seriam usados para pagamento da divida numa ação em execução. A ação Poliana seguira o rito ordinário. De acordo com a Súmula 375 do STJ, o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado. Na falta de registro, imputa-se ao credor o ônus de provar a má-fé do terceiro adquirente, a fim de demonstrar que este tinha ciência da ação em curso.
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