SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 MÉTODO ABA: ANÁLISE COMPORTAMENTAL APLICADA (APPLIED BEHAVIOR ANALYSIS) .............................................................................................. 5 2.1 Currículo ............................................................................................. 11 2.2 A “pizza” curricular ............................................................................. 12 2.3 Exemplo de Conteúdo em Cada Categoria da “Pizza Curricular” ...... 13 2.4 Quantos Programas Ensinar de Uma Só Vez? .................................. 15 2.5 Análise de Tarefa ............................................................................... 15 2.6 Como fazer uma Análise de Tarefa .................................................... 16 3 MÉTODO TEACCH (Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children) .................................................................... 18 3.1 Objetivos do Teacch: .......................................................................... 21 4 TÉCNICAS EDUCATIVAS DO MÉTODO TEACCH: ................................ 21 4.1 Informação visual: .............................................................................. 21 4.2 Organizando o espaço físico segundo o TEACCH ............................. 23 5 Rotina da sala de aula com as figuras indicativas .................................... 25 5.1 Rotinas e programação diária ............................................................ 25 5.2 Metodologia do ensino ....................................................................... 26 5.3 Alfabetização ...................................................................................... 30 5.4 Trabalhando as cores ......................................................................... 30 5.5 Trabalhando a matemática ................................................................. 31 6 MÉTODO PECS ....................................................................................... 32 6.1 O que é PECS? .................................................................................. 32 6.2 As seis fases do PECS....................................................................... 33 7 MÉTODO SONRISE ................................................................................. 40 8 PRINCÍPIOS QUE FAZEM DO THE SON-RISE PROGRAM® UM MÉTODO ÚNICO E EFETIVO DE TRATAMENTO DO AUTISMO ............................................ 41 8.1 O potencial da sua criança é ilimitado. ............................................... 41 8.2 O Autismo nunca é uma perturbação comportamental: ..................... 41 8.3 Motivação, e a não repetição, são a chave de toda a aprendizagem. 41 8.4 A sua criança pode evoluir no ambiente adequado. ........................... 42 9 MODELO DE DESENVOLVIMENTO E CURRÍCULO SOCIAL ................ 43 9.1 Os Quatro Fundamentos .................................................................... 43 9.2 Contato Visual e Comunicação Não-Verbal ..................................... 44 9.3 Comunicação ..................................................................................... 45 9.4 Período de Atenção Compartilhada ................................................... 46 9.5 Flexibilidade ....................................................................................... 47 9.6 Criando um Currículo Social para Sua Criança .................................. 47 10 ESTÁGIO 5 ............................................................................................ 74 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 78 1 INTRODUÇÃO O tratamento do autismo envolve intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação. O recomendado é que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção orientado a satisfazer as necessidades particulares a cada indivíduo. Dentre alguns profissionais que podem ser necessários, podemos citar: psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores físicos. Existem vários tipos de tratamento que podem ser usados para ajudar uma criança com autismo. Independente da linha escolhida, a maioria dos especialistas ressalta que: o tratamento deve começar o mais cedo possível; as terapias devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada criança e a eficácia do tratamento deve ser medida com os avanços da criança. Sabe-se que uma boa intervenção consegue reduzir comportamentos inadequados e minimizar os prejuízos nas áreas do desenvolvimento. Os tratamentos visam tornar os indivíduos mais independentes em todas as suas áreas de atuação, favorecendo uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com autismo e suas famílias. (Ribeiro, 2010). Embora os pesquisadores não tenham tido sucesso até o momento em identificar as causas do autismo, eles têm desenvolvido métodos eficazes para o tratamento do transtorno. Pesquisas têm demonstrado que, enquanto as crianças autistas não aprendem facilmente nos ambientes típicos de ensino, elas podem aprender muito quando o ambiente é devidamente adaptado, pesquisas demonstraram também que tratamentos bem sucedidos para crianças com autismo são aqueles baseados nos princípios da Análise Comportamental Aplicada (ABA), esta intervenção comportamental entre outras, são mais eficazes quando são realizadas em um espaço de tempo de 30- 40 horas por semana e começam em tenra idade (3-5 anos), essas mesmas estratégias, entretanto, têm sido utilizadas com sucesso com os alunos mais velhos também. 2 MÉTODO ABA: ANÁLISE COMPORTAMENTAL APLICADA (APPLIED BEHAVIOR ANALYSIS) Fonte: www.autism.com.br A análise do comportamento aplicada, ou ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês) é uma abordagem da psicologia que é usada para a compreensão do comportamento e vem sendo amplamente utilizada no atendimento a pessoas com desenvolvimento atípico, como os transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs). ABA vem do behaviorismo e observa, analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem (Lear, K., 2004). As origens experimentais da terapia comportamental trouxeram algumas vantagens importantes ao clínico: ele foi treinado na observação de comportamentos verbais e não verbais, seja em casa, na escola e/ou no próprio consultório, o que é fonte de dados relevantes. Ele estuda o papel que o ambiente desempenha – ambiente este onde é possível interferir e verificar as hipóteses levantadas. Outra habilidade é o entendimento do que é observado como um processo comportamental, com contínuas interações e, portanto, sujeito a mudanças (Windholz, 2002). As técnicas de modificação comportamental têm se mostrado bastante eficazes no tratamento, principalmente em casos mais graves de autismo. Para o analista do comportamento ser terapeuta significa atuar como educador, uma vez que o tratamento envolve um processo abrangente e estruturado de ensinoaprendizagem ou reaprendizagem (Windholz, 1995). Um dos princípios básicos da ABA é que um comportamento é qualquer ação que pode ser observada e contada, com uma frequência e duração, e que este comportamento pode ser explicado pela identificação dos antecedentes e de suas consequências. É a identificação das relações entre os eventos ambientais e as ações do organismo. Para estabelecer estas relações devemos especificar a ocasião em que a resposta ocorre, a própria resposta e as consequências