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Laparotomia exploratória- resumo

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Laparotomia exploratória
Laparotomia é diferente de Celiotomia:
A laparotomia é a abertura do abdômen com finalidade diagnóstica e/ou de tratamento,
podendo ser incisão pelo flanco, paramediana, etc.
A celiotomia é a abertura do abdômen pela linha média, com finalidade de tratamento ou
eletiva.
A linha média é a intersecção de aponeuroses, portanto, na sua incisão não é feita a incisão de
músculos, tem menor sangramento e menor dor no pós operatório.
Incisões: paracostal, transversal, mediana, paramediana, pré- púbica, oblíqua→ podem ser
combinadas.
(pré- umbilical, pré retro-umbilical, retro- umbilical)
Indicações:
Exploração abdominal como meio auxiliar de diagnóstico, para realização de biópsias incisionais ou
excisionais, tratamento.
É necessário observar todo o abdômen.
Laparotomia Exploratória Mediana:
Abertura pela linha média (nos machos, é necessário realizar a o desvio parapeniano, cerca de 2cm
cranial ao pênis, permitindo acessar a linha média abaixo do pênis→ é necessário realizar a ligadura
da artéria e veia epigástrica caudal superficial )
A musculatura não é incisada, ocorrendo menor dor, menor sangramento.
Quando a musculatura é incisada, pode ocorrer ruptura muscular no pós-operatório, devido a
pressão exercida pelas vísceras abdominais.
Pré- operatório:
Realizar exame físico e laboratoriais essenciais, como hemograma, função renal e função hepática;
Preparar o paciente: Jejum (8 a 10 horas, 4-6 horas para filhotes) e restrição hídrica (não é
obrigatória, já que a absorção de água é rápida, ou seja, é feito de acordo conduta do cirurgião),
tricotomia ampla (mecânica/ pré-operatória e cirúrgica/ operatória) , antissepsia (derivados do iodo
ou clorexidina- degermante seguido de alcoólico), sondagem uretral (evitar que urine e contamine o
campo operatório, ou que a vesícula urinária seja incisada), antibioticoterapia (pré-operatória,
transoperatória, pós-operatória→ os princípios devem ser da mesma classe ou compatíveis)
Transoperatório:
Utilização de compressas mornas com solução salina (0,9%) para a manipulação das vísceras→
tentativa de manter a temperatura e não ocorrer desidratação das vísceras.
Evitar a manipulação excessiva das vísceras, que pode acarretar íleo paralítico, desidratação,
contaminação. Manusear de forma delicada, evitando torções (colocando na mesma posição).
Existem várias formas de exploração abdominal sistemática:
Quadrantes (cranial e caudal) e calhas (direita e esquerda):
Quadrante cranial:
Observo sistema hepatobiliar, estômago, duodeno, baço, pâncreas, veia porta e veia cava caudal
Quadrante caudal:
Observo cólon, bexiga, próstata, corno uterino e útero
Calha esquerda→ retração do intestino para
direita:
Avalio cólon descendente, rim e adrenal
esquerda, ureter e ovário esquerdo
Calha direita→ retração do intestino para
esquerda:
Avalio mesoduodeno, rim e adrenal direita,
ureter e ovário direito
Transoperatório:
Omentalização (omento maior) nas vísceras submetidas à incisão, acelera a cicatrização e evita a
ocorrência de aderências.
Síntese:
Musculatura→ suturas interrompidas;
Material: náilon cirúrgico.
Tecido subcutâneo→ suturas contínuas;
Material: náilon cirúrgico ou fio absorvível.
Suturas intradérmicas→ material: fio absorvível ou náilon cirúrgico (realizo em incisões maiores que
3cm).
Pele→ Suturas interrompidas;
Material: náilon cirúrgico.
Pós-operatório:
Verificar hemorragias, contagem de compressas, cuidado para não deixar materiais dentro da
cavidade abdominal, como gaze.
Antibioticoterapia, analgesia, tratamento da ferida cirúrgica e proteção, retornos.
Retirar sutura entre 7 e 10 dias.
Complicações:
Contaminação e sepse pela manipulação excessiva, uso de materiais não esterilizados; deiscência de
suturas por contaminação ou por erro na execução; aderências; íleo paralítico (excesso de
manipulação).

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