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Câncer de colo do útero Introdução ❖ Evolução é lenta, durando 10 a 11 anos para que se torne maligna. Por isso é evitável, através do preventivo ❖ Na grande maioria, são assintomáticos, e quando apresenta sintomas é a sinurragia (sangramento durante o coito), geralmente em pacientes em estados mais avançado ❖ É o quarto tipo mais comum entre mulheres e na região nordeste encontre-se em segundo lugar ❖ Carcinoma epidermóide-90% dos casos, bom prognóstico, epitélio pavimentoso estratificado ❖ Carcinoma glandular: pior prognostico, acomete epitélio glandular Fatores de risco ❖ HPV: não é fator isolado, depende do subtipo, da associação com outros fatores de rico, a classificação histopatológica da lesão. ❖ Multiplicidade de parceiros-acima de quatro ao ano ❖ Tabagismo ❖ Iniciação sexual precoce ❖ Idade: acomete mulheres mais jovens ❖ ISTs Classificação do HPV ❖ HPV cutaneotrópico ❖ HPV mucoso-genitrotópico Manifestações clínicas do HPV FORMA CLÍNICA ▪ Em que se vê a lesão ▪ Condilomas acuminados (cristas de galo). Provocado por HPV 6 ou HPVII ▪ Grupo B- baixo risco, não causam CA ▪ Pode aparecer na observação de colo (interna) FORMA SUBCLÍNCIA ▪ Não possui lesão, precisa de exame para rastreamento ▪ Colpocitologia, microflora e colposcopia (vai depender dos resultados primários, é um complemento) FORMA LATENTE ▪ Técnicas de biologia molecular para fazer rastreamento, é a forma em que o HPV continua integrado nas células basais. Paciente infectada e esse HPV vai ficar presente na paciente. ▪ Só consegue ser rastreada com testes de biologia molecular Diagnóstico do CA de colo do útero ❖ Tripé: citologia e microflora, colposcopia, histopatologia CITOLOGIA E MICROFLORA ▪ Exame barato- é preciso de espátula de ayres, escova, lâmina e solução de Holffman ▪ Passível de ser feito por profissionais não médicos ▪ Técnica: colheita da ectocérvice, colheita da endocérvice ▪ A colheita dupla possui a mesma sensibilidade da colheita tripla ▪ Roda extremidade 360°, introduz a escova, rodando 180 ° (epitélio glandular da endocérvice é fiávrel, ou seja, paciente pode sangrar) COLPOSCOPIA ▪ Consiste em uma lente de contato que aumenta o colo do útero em 3x, para que se mostre onde será feita a biópsia ▪ Após a biópsia, é mandado para anatomia patológica que realmente faz diagnóstico ▪ Aparelhagem cara ▪ Exige especialização médica ▪ Técnica: escolha do espéculo, exame antes da aplicação do ácido acético, exame após a aplicação do ácido acético, teste de Schiller ▪ Escolha do espéculo- pequeno, médio ou grande ▪ Limpar o colo do útero com soro fisiológico, retirando secreção, muco. Esse soro é importante para observação da vascularização, que caso seja atípica, pode ser uma zona de transformação anormal. Além Larissa Cedraz disso, existe uma luz de cor verde no colpocoscópio, que mostra a trajetória do vaso. Depois, se faz teste do ácido acético ▪ As células imaturas (potencial mitótico alto), como as basais, parabasais e profundas, possuem uma maior quantidade proteína. Quando se passa o ácido acético, vai coagular a proteína do núcleo dessas células e assim, na visão colposcópica verá epitélio acetobranco que é zona anormal. Isso significa que é uma zona com poder mitótico muito alto, provavelmente onde será realizada a biópsia. ▪ Teste de Schiller: o epitelo pavimentoso estratificado (recobre ectocévices)- células que possuem alto potencial mitótico ▪ Superficiais e intermediárias- ricas em glicogênio (coloração escura) ▪ Já as mais internas e glandulares não se coram Classificação Condutas frente aos laudos citopatológicos Cobertura, periodicidade, população-alvo ❖ Deve ser organizado e periódico, porém é feito com o padrão oportunístico (paciente vai se consultar com outras queixas e se faz rastreamento) ❖ 25-64 anos de idade ❖ A cada 3 anos (após 2 ou 3 exames anuais consecutivos negativos) SITUAÇÕES ESPECIAIS ▪ Gestantes ▪ Mulheres na pós menopausa: ocorre atrofia ovariana e redução de estrogênio. Por isso podem apresentar resultado de alta lesão, assim se faz uso de estrogênio antes da realização ▪ Histerectomizadas: no caso da total (sem causa maligna), não precisa realizar o preventivo. Se foi devido ao câncer de colo de útero, continua-se fazendo o preventivo, coletando material da cúpula vaginal (cicatriz). Subtotal: caso tenha deixado o colo, continua se fazendo ▪ Mulheres sem história de atividade sexual- NÃO DEVE SER FEITO PREVENTIVO ▪ Imunossuprimidas: portadoras de HIV (CD4 Abaixo de 200- 6 em 6 meses), em tratamento para câncer, uso de corticóides Classificação da colposcopia ZONA DE TRANSFORMAÇÃO NORMAL ❖ Quando o da endocévices (glandular) ocupa ectocevices, esse epitélio impede a saída do epitélio glandular fazendo uma metaplasia (tentativa de cobrir), deixa alguns orifícios glandulares descobertos- ILHOTAS DE ECTOPIA ❖ Um ou dois orifícios descobertos podem ficar descobertos, o que caracteriza os orifícios glandulares ❖ Quando ocorre secreção de conteúdo por essas glândulas, são formados os cistos de Naboth ❖ 8-12° dia do ciclo ZONA DE TRANSFORMAÇÃO ANORMAL ❖ Mosaico, pontilhado, aceto branco, Zona iodo negativa muda, Vasos atípicos ❖ Células parabasais, profundas- são altamente vascularizadas ❖ Quando os vasos chegam perpendicularmente- pontilhada ❖ Paralelamente a superfície: mosaico Biologia molecular ❖ Detecção do DNA ou RNA ❖ Método: PCR, captura híbrica ou hibridização (diz o subtipo de HPV) ❖ Grupo A, de baixo risco (6,11,42, 43, 44) ❖ GRUPO B, alto risco: 16, 18 Tratamento ❖ Vai depender da classificação histopatológica CAUTERIZAÇÃO CAUTERIZAÇÃO QUÍMICA ▪ Cauterização química (ATA 80%, podofilina) LEEP ou CAF (cirurgia de alta frequência) ▪ Cauterização, mas sem necrose da lesão ▪ Consegue saber se as margens ficaram livres ou comprometidas CONIZAÇÃO ▪ CAF mais profunda, lesão que invade muito o epitélio colunar estratificado ▪ É um processo cirúrgico CIRURGIAS DE GRANDE PORTE ▪ Retirada de corpo, colo ▪ Além de trompas ▪ Linfadenectomia (retirada de linfonodos pélvicos) Prevenção ❖ Vacina ❖ Sexo seguro ❖ Rastreamento periódico Carcinoma do endométrio Introdução ❖ De corpo de útero ❖ Possui relação com a hereditariedade ❖ Incidência aumentada devido ao aumento consecutivo da expectativa de vida das mulheres ❖ Principal fator de risco: obesidade, hipertensão e diabetes Idade ❖ Pacientes em faixas mais avançadas ❖ 60-69 ❖ Período de climatério Lesões precursoras ❖ Terapia hormonal: Deve-se fazer juntamente com a progesterona, pois o estrogênio induz uma fase proliferativa de forma persistente ❖ Lesões podem ser glandulares- simples ou complexas ❖ Hiperplasia glandular com atipia possui mais chances de desenvolver carcinoma do endométrio Quadro clínico ❖ Sangramento pós menopausa é mais comum ❖ Sinurragia, corrimento, aumento do volume abdominal Diagnóstico ▪ Biópsia do endométrio CURETAGEM UTERINA ▪ Curetagem uterina (paciente com sangramento): paciente anestesiada, no centro cirúrgico. A biopsia é feita as cegas- raspagem da parede do útero ▪ Essa raspagem retira endométrio proliferado, ajudando no sangramento dessas pacientes ▪ Risco grande de falso-negativo HISTEROSCOPIA ▪ Não pode ser feita em pacientes que estão sangrando ▪ Biópsia é dirigida, se vê cavidade, onde está proliferada ▪ Climatérica: endométrio atrófico é típico desses pacientes ULTRASSONOGRAFIA ▪ Espessura do endométrio ▪ Climatério, sem uso de hormônio- em torno de 4cm (caso esteja maior que isso, deve-se fazerbiópsia) ▪ Com uso de hormônios: 8-10cm ▪ É preventiva, não diagnóstica
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