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A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NA CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA

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ANHANGUERA EDUCACIONAL POLO IV- CAMPO GRANDE-MS
 
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------1
 2- DESENVOLVIMENTO--------------------------------------------------------------------2
 3- CONCLUSÃO-------------------------------------------------------------------------------7
 4- REFERÊNCIAS-----------------------------------------------------------------------------8
 
1	INTRODUÇÃO
Visando a construção de uma sociedade mais justa e democrática com base no saber e no conhecimento a escola tem um papel fundamental na conscientização social . Essa atuação deve estar alicerçada nos deveres e direitos que todos possuem, sem nenhum tipo de discriminação por religião, gênero e etnia. Já houve um grande avanço e conquistas em relação às questões étnico-raciais, mas, ainda se faz necessário debater e refletir sobre os preconceitos estruturais na sociedade brasileira. A partir da Lei no 11.645 de 2008, podemos garantir essas discussões na escola ,a qual estabelece a inclusão obrigatória da temática “História e Cultura-Afro Brasileira e Indígena” nos currículos escolares. Essa política torna se um avanço e instrumento para a luta dos direitos sociais , requerendo dos professores uma maior reflexão sobre esta questão. 
Este trabalho vem abordar a necessidade de se enfatizar a importância da cultura afro brasileira e índigina em sala de aula, não apenas por ser obrigatório mas para que haja maior conscientização de suas influencias em nosso dia a dia e cultura .Construindo através do conhecimento uma nação democrática ,educando enquanto aluno para se tornarem cidadãos livres de discriminação e preconceitos.
2	
3	DESENVOLVIMENTO
Baseado na formação da nação Brasileira que é fruto da miscigenação das raças, é mais que necessário que se pontue dentro de sala de aula desde o ensino fundamental a influencia da cultura Afro-brasileira e Indígena; quando uso a palavra pontue é porque já esta na Lei, porém esta claro que não tem sido efetivamente usada conforme a determinação legal, existindo ainda uma grande lacuna a ser superada. Então vejamos, não podemos apenas saber que o dia 13 de maio de 1888 foi é o dia da libertação dos escravos, mas lembrar deste povo de sua cultura,de suas lutas, suas mortes ,seus sofrimentos e sangue envolto neste holocausto negro, somente na semana da conscientização negra. Assim também o povo e a cultura indígena não deve somente ser lembrado no dia 19 de Abril. Engraçado, porém triste, é que estas influências estão em nossas vidas de formas tão intrínsecas que não notamos, porém como não há um cultivo dessas heranças em todo nosso modelo de vida e sociedade fica evidênciado que há uma negação velada disto, mesmo porque nós temos a cultura de valorizar o modelo Europeu e com isto fica quase impossível colocar em pratica a verdadeira história do Brasil. 
Sabemos que a escola tem um papel fundamental na conscientização social , e o fato de sabermos disto e ter determinação legal tem que surtir efeito, olha o quanto estamos aquém daquilo que podemos produzir, é só pensar na ferramenta internet o quanto ela pode nos ajudar, se propormos o uso sistemático dentro das nossas redes sociais a abordagem dos temas em questão olha o salto que daríamos dentro deste Universo que esta sendo ignorado dentro da formação dos nossos alunos e mestres. E literalmente esta claro que a nossa verdadeira identidade cultural esta sendo apagada, isto fica cristalino quando não fazemos menção das nossas matrizes religiosas e nem tão pouco respeitamos as várias correntes de formação religiosa vindo das culturas africanas e indígenas, quando estudamos história apenas nos é passado a grande missão da Igreja Católica que foi Evangelizar os índios más dentro desta missão não falam que ela era corrompida com os desbravadores que andavam matavam em busca de riquezas, ou seja, mais uma vez fica a Igreja Católica usando de meios fraudulentos para impor a sua fé, este é apenas um exemplo de como estamos vilipendiando a nossa formação deste o ensinos iniciais. Olha o quanto não podemos negligenciar o o legado que nos foi passado, digo mais, passado e mantido, basta vermos os nossos modelos de vida, nossos versos e nossos contos, para exemplificar isto basta ver que os nossos poetas exaltam a natureza com uma visão totalmente herdada da cultura indígena, ou seja, esta cultura esta presente porém não perceptível por conta da padronização e cultura estrutural de apenas fazermos menção da cultura importada europeia. 
 Pensando no papel que a escola tem de proporcionar essa igualdade reduzindo o preconceito e discriminação contribuindo para a democratização a pedagoga Ana e o diretor Fernando representantes da gestão escolar na escola estadual “Machado de Assis” onde é ofertado o Ensino Fundamental e Médio na modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA) já tendo conhecimento da lei, , buscam na reunião realizada no inicio do ano letivo , juntamente com todos os professores analisar o currículo escolar onde esta estruturado a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pensar um projeto onde se destaca a importância da cultura afro-basileira e indígina como herança da nossa história e ferramenta para o extermínio do racismo social.
 Com a Lei 10. 639, de 2003 e a Lei 11.645 ,de 2008, a Educação brasileira visando reparar alguns danos causados durante séculos à identidade e ao direito da cultura afro-brasileira e indígena incluiu no seu currículo a História da Cultura Afro-Brasileira e Indígena .. O objetivo da Lei 10.639, de 2003 não é apenas mudar o foco etnocêntrico marcado pela raiz europeia para o africano ,mas ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural , racial, social e econômica brasileira. 
 Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
 educação nacional, para incluir no currículo
 oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da
 temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e
 dá outras providências. 
 Devido o Brasil ser um País multicultural ,houve uma necessidade de ter diferentes etnias representadas nos currículos escolares .Fazendo se necessário uma alteração na Lei 10,639 de 2003, pois esta não previa o ensino da cultura indígena , sendo então ampliada e criada a Lei 11,645 de 2008. Através de politicas afirmativas ,acesso aos conhecimentos científicos , a registros culturais diferenciados ,a conquista de racionalidades ,que rege as alterações sociais e racionais , a interculturalidade iremos enaltecer não apenas a cultura mas também a historia desses povos e suas contribuições em nossa formação cultural. A 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9394/96 – trata no seu artigo 26 (alterado), em seus parágrafos 1º e 2º:
 
§ 1ºO conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a
formação da população brasileira, a partir desses dois grupos
étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a
luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e
indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade
nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,
econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos
povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o
currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de
 literatura e história brasileira (BRASIL, 1996, p. 56).Segundo o IBGE nossa população é composta por 45% da população negra ,e mesmo sendo um país multicultural convivemos com ideologias, desigualdades e estereótipos racistas .A inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da Educação básica brasileira ,é de fato de suma importância para a redução do preconceito e discriminação ,contribuindo com a democratização cultural, valorizando as heranças históricas , e reparando danos, que vem se repetindo á séculos, à sua identidade e a seus direitos. A abordagem dessa temática pode contribuir para a construção de identidades dos diferentes sujeitos:
 
 O grande desafio da escola é investir na superação da discriminação e dar a
conhecer a riqueza representada pela diversidade etnocultural que compõe o
patrimônio sociocultural brasileiro, valorizando a trajetória particular dos
grupos que compõe a sociedade. Nesse sentido, a escola pode de ser local de
dialogo, de aprender a conviver, vivenciando a própria cultura e respeitando
as diferentes formas de expressão cultural. (MINISTERIO DA
EDUCAÇÃO/ SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL, 2000
P.32).
Segundo Vigotsky nos professores servimos como mediadores para a aprendizagem do aluno contribuindo para sua formação. E para que esta aprendizagem ocorra de maneira significativa, a escola precisa se tonar um ambiente motivador propulsor de novos saberes( teoria de Ausubel).Dentro das competências da BNCC (Base Nacional Curricular Comum) que visa valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais exercitando a empatia ,o dialogo, respeitando o próximo e se fazendo respeitar ,e utilizando os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, e continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva abordaremos, o filme “Vista Minha Pele”, de direção de Joel Zito Araújo & Dandara, que trata se de uma história invertida da realidade brasileira, onde os brancos foram os escravizados, e os negros são a classe dominante, e os países europeus são subdesenvolvidos enquanto os países da África são desenvolvidos. O filme evidencia o ambiente escolar , que narra a historia de Maria, uma menina branca e pobre que ganhou uma bolsa de estudos no colégio particular a qual sua mãe é faxineira. O sonho de Maria é se tornar “Miss Festa Junina” , e ter sua raça sua cor representada nas mídias sociais. Podemos observar no filme o preconceito por parte do próprio pai de ao afirmar ,que não adianta ela sonhar ,pois o dinheiro e poder esta nas mãos dos negros e os brancos só trabalham e carregam o país nas costas. Maria cresceu ouvindo isso do seu pai o que a desencorajava profundamente. Outro fato é as diferenças sociais e econômicas ,seus professores à olhavam com pena, e por sua condição etnorracial e financeira julgavam muitas vezes que ela não tinha nem o que comer. Mas Maria com a ajuda de uma amiga e tendo conhecimento das Leis já existentes no Brasil, através das aulas , vai em busca de seus sonhos e decide concorrer ao “Miss Festa Junina” com outra candidata por nome Sueli que é negra. O filme “Vista minha pele” traz a tona uma reflexão o sobre preconceito e racismo, faz com que tenhamos atitude de empatia, de nos colocar no lugar dos outros. 
educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL, 2013)3, mostrando-se também alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)4
 
4	CONCLUSÃO
Este trabalho foi de suma importância para o meu processo formativo como futuro docente. Pude compreender a responsabilidade e compromisso da escola gestores ,professores , para a formação de cidadãos atuantes e democráticos. Nosso País é constituído de várias etnias e por isso se fez necessário a criação da Lei 11,645/2008 , onde se tornou obrigatório a inclusão no currículo educacional a temática História e Cultura Afro-brasileira e Indigna, afim de reparar alguns danos e desigualdades causadas por séculos a identidade e direito deste povo ( Afro-brasileiro e Indigna).
A escola tem um papel fundamental para auxiliar na correção dessas injustiças, eliminando o preconceito ,a desigualdade ,a descriminação , proporcionando de fato a inclusão social deste povo .Mas ainda há uma grande lacuna a ser superada .Os conteúdos que já são obrigatórios por lei precisam fazer parte do cotidiano escolar , e não serem enfatizado somente no dia do índio em abril e no dia da consciência negra em novembro.
Ainda há uma grande desigualdade entre brancos e negros ,que precisa ser rompida ,e é através da Educação, com debates , reflexões e interculturalidade que alcançaremos a proposta almejada na lei, que é promover a inclusão social e cidadania para todas no sistema educacional brasileira. 
REFERÊNCIAS
 BORGES, Elizabeth Maria de Fátima. A inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da educação básica. Vassouras. v. 12. n. 1. p. 71-84. 2010. Disponível em: https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/vw/1IN8l5YjrMDY_MDA_606d5_/05A_Inclusaodahistoriaculturaafro.pdf Acesso em: 16. jul. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site_110518.pdf Acesso em: 16. jul. 2020. 
BORGES, Elizabeth Maria de Fátima. A inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da educação básica. Vassouras. v. 12. n. 1. p. 71-84. 2010. Disponível em: https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/vw/1IN8l5YjrMDY_MDA_606d5_/05A_Inclusaodahistoriaculturaafro.pdf Acesso em: 16. jul. 2020. CURITIBA. Secretaria da Justiça. Relatório de atividades. Curitiba, 2004.
Diário Oficial da União, DF. 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm Acesso em: 16. jul.2020.xxxx
https://www.youtube.com/channel/UCJl0_GGv2-WEDFQ-LZGf5pQ

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