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SLIDE 1 Na aula de hoje veremos sobre a dormência e vigor de sementes Vamos a dormência primeiramente. SLIDE 2 Antes de introduzirmos ao estudo da dormência vamos relembrar o conteúdo da aula passada sobre germinação de sementes: A formação da semente se da pela fusão ou união dos gametas masculinos e femininos, a partir dai temos a formação do zigoto, que passa por um processo de crescimento e diferenciação, e se torna um embrião maduro. SLIDE 3 Esse embrião maduro passará por alguns processos, no caso das sementes ortodoxas (que são aquelas que sobrevivem a secagem e congelamento durante a conservação ex situ- fora do local de origem), esses processos permitiram que a semente ortodoxa entre no chamado repouso fisiológico ou criptobiose (que é um processo realizado diante de condições adversas. Nesse estado, elas cessam a atividade metabólica, de modo que não se desenvolvem até que as condições se tornem favoráveis novamente), mas através do que? Primeiramente da redução ou perda do seu conteúdo de água livre e depois da diminuição do consumo de oxigênio por consequência da diminuição do processo de respiração a ação de inibidores (é aqui, que entra a questão da dormência que nós iremos ver daqui para frente), e também a baixa atividade do metabolismo, principalmente através das proteínas com ação enzimática. Então para permanecer no processo de quiescência que é estimulado na ausência de um dos principais fatores para a retomada do crescimento do eixo embrionário ou da germinação como a falta de água, ou falta de temperatura, ou ausência de oxigênio suficiente, para que o processo de germinação possa ocorrer. Se na presença de todos esses fatores, uma semente viva e apta a germinar, não germinar, nós entendemos que ela esta sofrendo a ação de algum mecanismo de bloqueio, mecanismo de bloqueio esse denominado de dormência. SLIDE 4 Então qual a diferença de quiescência para dormência? Enquanto a dormência seria causada por um bloqueio situado na própria semente ou unidade de dispersão, a quiescência seria provocada pela ausência ou insuficiência de um ou mais fatores externos (particularmente, condições atmosféricas, temperatura e água), necessários à germinação. SLIDE 5 Quando a dormência esta ativa o processo de germinação não ocorre, então a partir de agora nós vamos entender como que ocorre a dormência, quais os tipos de dormência e como superá-las. SLIDE 6 Um fator muito importante a ser levado em consideração é não confundir a dormência, com sementes mal formadas ou sementes mortas. Para isso podemos visualizar esta foto que demonstra através de imagens de raio-x o que ocorre com a semente em função da sua conformação. No primeiro caso nós temos uma semente bem formada sem nenhum tipo de dano dando origem a uma plântula normal. No segundo caso nos temos uma semente que tem um pequeno dano no embrião, Então ela dará origem a uma plântula, mas essa plântula não terá uma boa formação. No terceiro caso a semente está mal formada, assim ela não irá germinar. E por fim nos temos as chamadas sementes chochas ou sementes vazias, que são aquelas sementes que não possuem o embrião, então pelo raio-X vemos que não há estruturas de desenvolvimento aqui dentro, mesmo que semeada ela não ira se desenvolver. Então há uma diferença bem grande entre dormência e sementes mal formadas ou mortas, na dormência essa primeira plântula que não possui nenhum tipo de problema ou uma má formação, não irá germinar mesmo sob condições ideais, ai entra ação dos mecanismos de bloqueio que causam ou provocam a chamada dormência. SLIDE 7 Para entender a dormência primeiro nós precisamos conceitua-la. O conceito de dormência se baseia na condição de uma semente viável, ou seja, lembrando novamente da aula de germinação, a semente tem que estar viva, que quando na presença de fatores ambientais propícios tais como temperatura, umidade e ambiente gasoso adequado para germinação ela vai continuar com seus processos fisiológicos bloqueados, toda dormência tem um período variável em função da espécie, é uma característica genética, tornando-se menos intenso com o decorrer do tempo até que ele seja superado. Em relação a nomenclatura o correto é dizer superação de dormência e não quebra da dormência, pois nem toda dormência é uma dormência mecânica a qual você retira a estrutura física que impede o desenvolvimento da semente e ela irá germinar. Nós temos processos de inibição através de hormônio, que é quando o hormônio existente não pode ser quebrado, ele passa a ser superado por outro hormônio que ira estimular o processo de desenvolvimento e germinação. Então atentem o nome correto é a superação de dormência. SLIDE 8 Continuando com os conceitos, a suspensão temporária do processo de germinação, não e acidental, ela resulta da ação de mecanismos físicos ou fisiológicos que são bloqueadores do processo de germinação, e tem uma razão para isso que voou explicar mais a frente. Bom, o homem através do melhoramento genético vem selecionando a ausência da dormência nas sementes, principalmente naquelas de interesse econômico, de forma que algumas espécies não sobrevivem mais de forma autônoma no ambiente, como é o caso do milho moderno, que nós conhecemos, ele não consegue se desenvolver no campo e manter descendentes férteis sem a ação do homem, ele precisa ser colhido e replantado para que possa se manter vivo. SLIDE 9 Mas qual é a relação entre dormência e sobrevivência? Aqui há um fator muito importante de uma das vantagens da dormência para espécies vegetais, em termos de sobrevivência a dormência é fundamental. Lá no inicio do processo de desenvolvimento das sementes, vocês devem lembrar que as sementes são um organismo impar e que tem característica de distribuir a germinação ao longo do tempo e espaço através de mecanismos de dispersão, e através dos mecanismos de dormência à germinação é distribuída ao longo do tempo. Isso para que ocasionalmente uma semente possa germinar em uma condição mais favorável ao desenvolvimento da plântula. Caso não haja dormência e se tenham condições ideais, todas as sementes irão germinar ao mesmo tempo. E isso para evolução não é interessante, pois pode haver adversidades que podem acarretar no processo de extinção de uma espécie, após a germinação, durante o desenvolvimento da plântula. Por isso a característica de dormência foi selecionada através dos anos naturalmente e ela é um mecanismo importante de sobrevivência e perpetuação. Sendo assim, a dormência é uma habilidade da semente para retardar sua germinação, até que as condições sejam adequadas. SLIDE 10 Lembrando também que dentre as modificações bioquímicas e fisiológicas que ocorrem no processo, uma delas em especial é a dormência, ou seja, são alterações bioquímicas e fisiológicas que causam a ação desse mecanismo de bloqueio, impedindo a germinação de sementes mesmo em condições ideais. Ela é a estratégia principal de sementes denominadas pioneiras (um termo utilizado para se referir às espécies vegetais que podem colonizar ecossistemas inóspitos para outras espécies, em que as condições são pouco favoráveis para a sobrevivência. Elas são capazes de se manter perfeitamente desenvolvidas em locais com poucos nutrientes e água), ou também aquelas chamadas de clímax (são espécies de maior porte, além de mostrar alta eficiência entre produção e consumo de nutrientes. Nela encontramos as espécies que são melhores competidoras em um local), para que no momento de recomposição de uma mata ou de uma determinada área, essas sementes que estavam sombreadas permanecem com seus mecanismos de desenvolvimento bloqueados, a partir do momento que se abre uma clareira ou que se limpa a área, a luz atinge a semente, e essa semente passa a germinar, compondo a região. SLIDE 11 O processode dormência versus germinação. Nós temos que falar de germinação quando falamos de dormência e vice e versa, pois são processos contínuos intimamente ligados, a germinação não ocorre se a dormência estiver presente, e a dormência só pode ocorrer se o processo de germinação estiver em desenvolvimento. A relação entre elas se da através do equilíbrio entre substâncias inibidoras e substancias promotoras de desenvolvimento do embrião. Como inibidores temos o acido abscísico e cumarinas, já como substâncias promotoras, as giberelinas como principal hormônio, tem atuação de promover o desenvolvimento do embrião e iniciar o processo de germinação como também de reduzir a resistência dos tecidos que envolvem o embrião, permitindo o desenvolvimento da raiz primaria e parte aérea, sendo assim para que haja germinação é necessário que ocorra o reestabelecimento do equilíbrio favorável das giberelinas, sendo esta a superação da dormência e amolecimento da casca da semente. SLIDE 12 Quais as vantagens da superação da dormência? Primeiramente a sobrevivência da espécie, como nós falamos antes, a exemplo das espécies de clima árido ou semiárido, por exemplo, as espécies do cerrado, que passam por um período de seca ou até pela presença de fogo e outras condições indesejáveis para o desenvolvimento de uma planta, sendo assim não e ideal que todas as sementes produzidas nessas situações germinem ao mesmo tempo, outro fator importante é impedir a germinação das sementes dentro da própria mãe, a exemplo de espécies que possuem frutos carnosos como o mamão e o maracujá, em que seria extremamente desvantajoso para a espécie, se as sementes germinassem dentro do fruto. Pois no fruto existem condições ideais de umidade, temperatura e substâncias para que essa semente germine. Então não seria vantajosa para a espécie a germinação antes do processo de dispersão. Assim a dormência que ocorre durante o processo de maturação impedindo a germinação na própria planta mãe é uma condição substancial de desenvolvimento e perpetuação da espécie. Já as desvantagens são para o homem, principalmente quando nós falamos em termos de agricultura, devido a dificuldade de conseguir que todas as plantas germinem ao mesmo tempo, como podemos ver nas lavouras de soja, plantada. Imagine, se cada uma dessas sementes germinasse numa época ou período diferente?! Seria praticamente impossível aplicar os tratos culturais para o desenvolvimento da cultura. Assim a principal desvantagem da dormência se da para o homem, em termos de agricultura causando desuniformidade na emergência de plântulas, longos períodos para sua superação. No caso da avaliação da qualidade de sementes no laboratório, seria praticamente impossível determinar a porcentagem de germinação dessas sementes num curto intervalo de tempo e, além disso, há uma maior dificuldade no controle de plantas invasoras ou das chamadas plantas daninhas que são aquelas consideradas estrategistas. Portanto as plantas daninhas em sua maioria possuem sim mecanismos de bloqueio ativados e constantes nas suas sementes, portanto sementes de plantas daninhas possuem sim mecanismos de dormência ativados. Slide 13 Quais os tipos de dormência de sementes? Quanto aos tipos de dormência, nós temos a chamada dormência primaria ou endógena (dentro – interior - relacionado ao próprio embrião) que é dita como natural, ela tem origem genética, ela é hereditária e ocorre por ocasião do processo de maturação dessas sementes. Ela impede a germinação na planta mãe, como nos citamos antes, e normalmente é superada ao longo do armazenamento. SLIDE 14 Já a dormência secundaria ou exógena (fora – exterior - extra-embrionária é causada primariamente pelo tegumento, pelo endocarpo, pelo pericarpo e/ou por órgãos extraflorais, em geral por pouca ou nenhuma participação direta do embrião na sua superação) é induzida por fatores ambientais, ela se da por condições desfavoráveis ocorridas após o processo de maturação e ela é dita induzida pelo ambiente tais como, excesso de temperatura, falta de agua ou ate mesmo algum estresse fisiológico que essa planta passe. SLIDE 15 Assim temos aquela dormência chamada tegumentar ou exógena e embrionária ou endógena, que em geral podem ocorrer de forma independente ou simultânea, e são classificadas como: dormência física: representada pela impermeabilidade do tegumento a agua ou a gases; dormência química: representada por ação de inibidores do pericarpo; dormência mecânica: aquela que apresenta resistência tegumentar impedindo o crescimento ou desenvolvimento do embrião em condições ideias; a morfológica: que se da pela imaturidade do embrião ou dos tecidos que compõe esse embrião; e por fim a dormência fisiológica: que é um mecanismo fisiológico de inibição do embrião. SLIDE 16 Quais são as causas dessas dormências? Nós temos três sistemas causadores de dormência, sendo eles: o sistema de controle de entrada de água no interior da semente; O sistema de controle do desenvolvimento do eixo embrionário; E o sistema de controle do equilíbrio entre substancias promotoras e inibidoras do crescimento e desenvolvimento. SLIDE 17 Vamos aos exemplos do acionamento do bloqueio – dormência: Primeiro no caso do embrião rudimentar ou imaturo: são estruturas do embrião do tecido meristemático, pouco desenvolvidas ou ainda não totalmente desenvolvidas que impediram o desenvolvimento desse embrião; no caso de dureza tegumentar: devido a condições de armazenamento ela impede a saída do embrião; inibidores químicos presentes no tegumento: como cafeína, cocaína, ácidos, óleos e outros. A maioria desses são compostos fenólicos altamente solúveis em agua, por isso que a dormência consegue ser superada ao longo do tempo para algumas espécies, basta deixar essas sementes em agua corrente por 24 horas ou ate menos que a dormência é superada. Impermeabilidade do tegumento a líquidos: essas sementes ela possui alguma substancia como no caso suberinas, ligninas ou cutinas que impedem a entrada de agua, essas substancias são depositadas na testa do pericarpo ou na membrana nucelar, que repelem a agua ou simplesmente impedem a entrada de água fazendo com que as sementes não retomem o seu desenvolvimento através do processo de embebisão, ela é mais comum nas leguminosas como no caso do guandu, da mucuna preta ou ate mesmo na soja. As sementes são denominadas de sementes duras e não absorvem agua em condições adequadas para tal absorção, e no caso da soja nós observamos ainda hoje em torno de 1% das sementes avaliadas com o processo de dormência através da dureza ou impedimento da entrada de agua. no teste de germinação quando abrimos os rolos para avaliação você observa que a semente esta com a forma redonda e brilhosa, ou seja, ela não absorveu a agua. E o ultimo exemplo a impermeabilidade a gases: lembra que nós vimos na aula de germinação que o oxigênio é fundamental para o desenvolvimento do embrião? ou seja, o processo de germinação é exigido em pequenas quantidades de oxigenio, mas é altamente limitante, então se há uma resistência quanto a entrada ou saída de gases, o processo de germinação não ira ocorrer de forma uniforme, Segundo pesquisas realizadas por EDWARD et al (1973), a presença de compostos fenólicos principalmente na casca, sendo eles floridizin, acido clorogenico, acido paracumaril químico. Outros fatores que podem causar a impermeabilidade a gases são a espessura da casca, o tamanho da semente, a posição dos meristemas e a temperatura. Para a maioria das espécies denominadas de grandes culturas ou de culturas econômicas, aquelas que não possuem dormência mecânica como no caso da impermeabilidade a agua, irão absorver a agua, entretanto na fase em que deveriam ocorrer a produção da raiz primaria por ação do acido abscísicoocorre a manutenção do processo de dormência ate que ele seja superado. SLIDE 18 Quais são os métodos de superação de dormência utilizados hoje? Os principais métodos são: estratificação térmica: principalmente através do meio úmido ou seja, com substrato úmido a baixas temperaturas próximo ao ponto de congelamento a exemplo de 5°c por 30 dias ; a exposição a luz: nos devemos lembrar que existem sementes denominadas fotoblasticas positivas que são aquelas que respondem a germinação na presença de luz; fotoblasticas negativas que respondem a germinação ou superação da dormencia no escuro; e as intermediarias que as vezes são como positivas e as vezes negativas. Lembrando que para que a semente seja sensível a luz temos que entender o funcionamento dessas estruturas denominadas de fitocromos. Os fitocromos são cromo proteínas solúveis em citoplasma celular no eixo embrionário. Que atuam na liberação de citicininas permitindo ou não a germinação. Os fitocromos são denominados de forma ativa ou inativa. A forma inativa é chamada de p660 por possuir um pico de absorção no espectro de 660 nanometros, quando esse fitocromo é exposto a irradiação de cor vermelha ele passa para sua forma ativa chamada de p 730, esse fitocromo não absorve mais a luz do comprimento de onda vermelha, promovendo germinação nas sementes fotoblasticas positivas. Então quando o p660 é irradiado com comprimento de onda 660 ele passa para sua forma ativa e a semente fotoblastica positiva terá o processo de retomada do crescimento do eixo embrionário, promovendo a sua germinação. Já o p730 se for exposto a radiação vermelho distante ou ao escuro ele passa para sua forma inativa retornando ao p660 e no caso das fotoblasticas positivas não mais irão germinar. Escarificação mecânica: quando das sementes denominadas de duras, em que nós podemos remover essa camada que impede o desenvolvimento do embrião ou a camada que impede a entrada de agua e/ou gases, então a utilização de lixas ou abrasão com areia promovem o rompimento do tecido lignificado favorecendo assim a absorção de água e retomada do processo de germinação. Existem tambem a escarificação ácida, muito usual de sementes forrageiras como no caso das braquiárias, e ela ocorre da mesma forma de escarificação mecânica, só que, por ação de um produto químico no caso de um acido forte ou chamado acido sulfúrico, lembrando que sempre após o processo de escarificação, esse acido deve ser neutralizado. Outros exemplos de processos para superação da dormencia é o uso de agua quente; lavagem em água corrente; o processo de secagem; o pre esfriamento; termoperiodo ou termoestratificação; e a ação de microorganismo como no caso das orquídeas. Recapitulando então. Somente sementes ortodoxas passam pelo processo de quiescência e/ou dormência. SLIDE 19 Vigor Como o vigor pode influenciar dentro do padrão de germinação? Níveis distintos de vigor terão comportamentos muito diferentes em condições extremas? o vigor “segura” a semente em condições adversas, e está relacionado a energia inicial que a semente tem disponível para germinar, emergir, e ter seu desenvolvimento. Com o vigor médio a 80% mais o tratamento de sementes consegue-se aguentar cerca de uma semana sem chuvas, sem nenhum dano ao embrião. A semente mesmo com alto vigor, após germinar e chegar a camada superficial e encontra temperatura de 50 °C do solo, não consegue prolongar seu desenvolvimento e perece, por isso a importância da palhada no solo. Alguns produtores preferem ao invés de deixar a camada de palhada no solo, aumentar a profundidade do plantio das sementes, essa profundidade também influência no vigor, mesmo que a semente possua alto vigor, não irá apresentar-se vigorosa em campo, ou ate mesmo não conseguirá emergir, pois esse aumento em profundidade, também aumenta o gasto de energia que será necessário. Existem casos que aumentam a profundidade para 7 cm. Uso de um bom tratamento e sementes de alto vigor fornece a semente condições de aguentar a esses tipos de adversidades, sem necessidade de alteração nos processos de plantio. SLIDE 20 Teste de vigor de sementes O teste de vigor, testa a semente em condições adversas, o teste de envelhecimento acelerado é um teste que se coloca a semente em câmara de aquecimento em temperatura alta e em ambiente úmido (41°C a 48 horas). Essa semente absorve a água do ambiente e começa a reidratação e a partir dai o metabolismo começa a acelerar. Quando retiramos do ambiente adverso e colocamos para germinar, as que germinam plântulas normais mesmo com essa condição são consideradas vigorosas (depois fazemos o calculo da porcentagem do lote). Determinamos a capacidade de armazenamento mas também temos uma ideia de como se comportara no campo. Tambem temos o teste de condutividade elétrica que medimos o quanto de corrente elétrica passa dentro da semente, em função do quanto de nutrientes que passa da semente para o solo, então a semente que perde muito nutriente para o solo é menos vigorosa, por perder açúcar, sais minerais, vitaminas e proteinas que seriam utilizadas para o arranque e desenvolvimento da plantas, então o vigor é a capacidade que a semente tem de ir para o campo e germinar de forma rápida e uniforme, que é isso que queremos, todas crescendo juntas para a lavoura seguir de forma adequada. SLIDE 21 Para falar de vigor precisamos entender seu conceito, e a conceituação do vigor é algo muito discutido, as primeiras tentativas para conceituar destacavam a habilidade da semente para germinar em condições desfavoráveis e a evolução do estudo demonstrou que o vigor de sementes traduzem um potencial de seu desempenho, assim muitos pesquisadores trouxeram a sua própria definição de vigor, entre os conceitos aplicados sobre os atributos da qualidade da semente temos alguns que se destacam, como Isley (1957) que diz que o vigor é a ação conjunta de todos os atributos da semente que permite a obtenção de stands sob condições favoráveis de campo; já schoorel em 1960 diz que o termo vigor deve ser definido em concessão com a capacidade de germinação, uma semente é considerada mais ou menos vigorosa na dependência da sua habilidade para originar plântulas normais sob certas condições sub otimas, já delouche e caldwell, 1960, tambem disseram que o vigor é a soma de todos os atributos da semente que favorecem um rápido e uniforme desenvolvimento e estabelecimento dessas plantas a campo. Woodstok, 1965 disse que o vigor é um estado de boa saúde e robustez natural da semente que permite germinação rápida e completa sobre uma larga faixa de condições de ambiente; já grabe 1966 disse que um conceito de vigor não pode ser emitido simplesmente em termos de germinação, uma definição completa deve incluir o comportamento durante o armazenamento e efeitos sobre a produção bem mais abrangente que este.] E assim por diante segue em vários conceitos de vigor que se sobrepõe em assuntos, mas que nem sempre são conclusivos. Por tanto, a definição do vigor ainda é hoje algo muito contraditório, entretanto o vigor ele vem sendo sempre muito exigido pelos produtores rurais na entrega dos lotes de sementes como um complemento do teste de germinação que nós vimos nas aulas passadas que feito sob condições ideais. SLIDE 22 O que nos temos que entender é que o vigor é a expressão da capacidade dessa semente germinar sobre condições ótimas ou não ótimas ou seja sobre uma amplitude de condições de campo por isso que o teste de emergência a campo realizado nas propriedades rurais antes da semeadura é muito elucidativo em termos do potencial de desempenho daquele lote na área onde ele será plantado. SLIDE 23 Um fator importante de se levar em consideração são as diferenças entre vigor e germinação O potencial de germinação ou a germinação das sementesé calculado sob condições ideias, ele avalia se a plântula possui estruturas essenciais para o desenvolvimento do embrião que tem a capacidade de dar origem a plântula produtiva, isso só ira se repetir se condições muito próximas aquelas condições onde o teste de germinação foi realizado acontecerem a campo, e nós sabemos que isso normalmente não acontece. Já o vigor é uma característica fisiológica que é definida geneticamente e que governa a capacidade dessa semente germinar de forma rápida e uniforme isso ocorrendo em condições de campo sob condições ideais e ate certo ponto em condições não ideais, mas por que ate certo ponto? porque uma semente mesmo vigorosa não tolera temperatura excessivas acima de 45°c no solo e também a falta de agua após o inicio do processo de embebeçam. Assim se nos somarmos a capacidade de germinação juntamente com o vigor nos temos o chamado potencial fisiológico de desenvolvimento dessas sementes. SLIDE 24 Nesse gráfico podemos observar de forma bem clara as variações entre potencial ou porcentagem de germinação das sementes e emergência de plântulas a campo então aqui nos temos um numero de amostras porque esse trabalho avaliou 94 amostras de sementes de lotes submetidos a fiscalização do comercio de sementes de soja no estado do missisipi USA. E aqui nos temos a porcentagem de germinação variando de menos 40% de 40-49% 59- 59% até acima de 90% então observem aqui, dos 94 lotes avaliados das 94 amostras todas estavam com germinação acima de 80% então essas barras mostram que nos tínhamos dos 94 aproximadamente 30 lotes com germinação acima de 90% e em torno de 65 lotes entre 80-89% de germinação. Germinação esta avaliada em laboratório sob condições ideais. A emergência das plântulas a campo a distribuição é bem diferente, esses 94 lotes que tinham acima de 80% de germinação apresentaram a campo variações de acima de 90% até variações abaixo de 40 % então a uma distribuição na sua capacidade de emergir e dar origem a uma plântula normal a campo. Isso é o efeito da interação da qualidade da semente com um ambiente a qual ela esta esposta. SLIDE 25 Essa outra tabela tras um exemplo hipotético da variação da germinação em diferentes condições ambientais então aqui nos temos 2 lotes que apresentam a mesma porcentagem de germinação realizada em laboratório sob condições ideais, esses mesmos dois lotes foram semeados em três locais distintos a partir dai nos podemos observar as variações do vigor da emergência das plântulas a campo, então o primeiro lote apresentou germinação de 88 no ambiente a e o segundo de 87 ; no ambiente b essa emergência de plântulas apresentou uma outra % e no ambiente c considerando um ambiente menos propicio para germinar a expressão da emergência de plântulas a campo e bem variável portanto os resultados de germinação em condições ideais eles não são parâmetro para que nos possamos avaliar o desenvolvimento dessas plântulas a campo. SLIDE 26 Esse outro exemplo hipotético mostra como o vigor apresenta uma quda muito mais acentuada quando comparado com a germinação na mesma forma que nos vimos na tabela anterior um lote que apresenta 98% de germinação e 80% de vigor ao longo do armazenamento a queda do vigor é mais acentuada sendo que após 4 meses de armazenamento a germinação se mantem ainda em 98% e o vigor já caiu para 63% e assim por diante ate culminar na morte da semente SLIDE 27 Para que possamos avaliar o vigor das semente nos temos que aplicar alguns testes que simulam condições ambientais adversas a semente, sob condições de estresse e alguns testes de avaliação diretos que avaliam desde a taxa de deterioração das sementes ate se as suas estruturas moleculares ou de membranas estão adequadas. Qual é o objetivo do teste de vigor? Primeiramente detectar diferenças significativas em lotes com poderes de germinativos semelhantes, aquilo que nos vimos na tabela anterior, e isso se da atraves do desempenho da sementes após a semeadura e do potencial de armazenamento dessa semente pois é no armazenamento que a semente pode perder toda a sua qualidade incluindo a sua capacidade de germinação. SLIDE 28 Os testes de vigor são classificados em 4 formas, primeiramente os testes que avaliam o potencial físico das sementes, os testes fisiologicos os testes bioquímicos e os testes de resistência AO estresse SLIDE 29 Os testes físicos eles avaliam os aspectos morfológicos e ou físicos das Sementes a exemplo do tamanho, a massa unitária a densidade a cor o teste de raio x , para verificar como as estrututras internas das sementes estão sem fazer sua destruilão. Uma desvantagem desses testes físicos que na maioria das vezes são subjetivos, eles podem não apresentar relação direta com o vigor. SLIDE 30 Testes fisiológicos: avaliam atividades fisiológicas ligadas ao vigor. São mais expressivos a exemplo da classificação do vigor de plântulas a primeira contagem da germinação a velocidade de germinação e emergência de plântulas a campo, o crescimento de plântulas, a transferência de matéria seca, ou a precocidade de emissão de raiz primaria. SLIDE 31 Testes bioquímicos: avaliar as atividade bioquímicas ligadas ao vigor das sementes: o teste de tetrazólio é o mais utilizado no mundo para avaliar o vigor e a viabilidade da semente como nos podemos ver nessa primeira foto, o teste de condutividade elétrica que se baseia na integridade das membranas ele avalia a condutividade das solução de embebição da semente, tambem temos o teste de lixiviação de potássio, a atividade respiratória, a atividade da descarboxilase do acido glutâmico, a avaliação de aldeídos voláteis, e tambem de ácidos graxos livres. SLIDE 32 Teste de resistência ao estresse: dentre os testes de resistência ao estresse nos temos aqueles que avaliam o desempenho das sementes em condições desfavoraveis como o teste de envelhecimento acelerado, a deterioração controlada, teste de frio, germinação a baixa temperatura, imersão em água quente, teste de submersão, imersão em solução osmótica/toxicas. SLIDE 33 Qual é a característica de um bom teste de vigor, todo o bom teste de vigor ele deve ser simples, objetivo rápido reproduzível (protocolo pode ser repetido em diferentes laboratórios obtendo-se o mesmo resultado) e de baixo custo. Assim cumprindo com esses requisitos o teste de vigor se enquadra como favorável a sua adaptação e utilização num laboratório de rotina para verificação da qualidade e comparação dos lotes que serão comercializados.
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