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Edema Agudo de Pulmão CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA - UBM Profª. Enfª. Msc. Verônica Lopes Louzada Vidal INTRODUÇÃO É uma síndrome cardiorespiratória que pode resultar de causas diversas. Decorre do acúmulo anormal de fluidos nos espaços intersticiais e alveolares dos pulmões, resultando em: Hipoxemia Complacência pulmonar diminuída Trabalho respiratório aumentado Relação ventilação-perfusão anormal. PRINCIPAIS PATOLOGIAS QUE DETERMINAM O EAP Infarto agudo do miocárdio Hipertensão arterial sistêmica Doença valvar Insuficiência renal Doença miocárdica Cardiopatias congênitas Arritmias cardíacas FISIOPATOLOGIA Ocorre em geral em consequência da pressão microvascular aumentada devido a função cardíaca anormal O liquido extravasa para dentro do espaço intersticial e para dentro dos alvéolos Quadro Clínico Dispneia súbita Ansiedade Tosse (seca / espumosa) Hemoptise Sensação de afogamento O paciente assume a posição sentada e exibe ¨fome de ar¨. Cianose Central ACHADOS AO EXAME FÍSICO • Taquicardia e Taquidispnéia • Retração inspiratória dos espaços intercostais • Batimento de asa do nariz • Sudorese profusa • Pele fria • Roncos, sibilos e estertores crepitantes DIAGNÓSTICO O diagnóstico é essencialmente clínico, tendo base na anamnese e exame físico. • Gasometria arterial • Radiografia de tórax • Peptídeo natiurético tipo B (BNP) • Eletrocardiograma • Cateterismo cardíaco TRATAMENTO MEDIDAS GERAIS: • Posição do paciente • Monitorização cardíaca contínua • Oxigenoterapia • Cardioversão e desfibrilação • Marcapasso provisório • Angioplastia primária • Valvuloplastia •Balão intra-aórtico •Cirurgia de revascularização do miocárdio Oxigenoterapia: Paciente deve receber O2 suplementar por máscara facial aberta com fluxo inicial de 5 a 10L/min. Ventilação não-invasiva: reduz a pré e pós-carga promovendo a melhora da contratilidade do VE. Aumenta a complacência pulmonar recrutando alvéolos pulmonares previamente colabados. Ventilação invasiva: Indicada na presença de rebaixamento do nível de consciência, no aparecimento de sinais clínicos de fadiga de musculatura acessória, nos casos de hipoxemia refratária e na presença de Acidose respiratória. As formas de ventilação não-invasiva aceleram a melhora clínica e gasométrica, diminuindo a necessidade de intubação orotraqueal. Tratamento Classe Medicamento Diuréticos de alça Furosemida 20 a 80 mg IV Venodilatação com diminuição da congestão Opióides Morfina 1 a 4 mg IV em 3 minutos Reduz o esforço respiratório, diminui a pós-carga e a ansiedade. Nitratos Isordil 5 mg SB a cada 5 min. se PS > 90 mmHg Venodilatação Com diminuição da pré carga. Vasodilatadores Nipride e Enalapril Inotrópicos Dobutamina ou Milrinone 2 a 20 mg/kg/min PROGNÓSTICO Depende da doença subjacente. A mortalidade intra-hospitalar é em torno de 12%, sendo 80% relacionada a falência de bomba cardíaca. É maior quando há IAM, estenose mitral, disfunção do VE, choque cardiogênico e necessidade de assistência ventilatória mecânica. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Volume de líquidos excessivo relacionado a mecanismos reguladores comprometidos Troca de gases prejudicada relacionado a desequilíbrio na ventilação-perfusão Intolerância à atividade relacionada a desequilíbrio entre demanda e oferta de oxigênio Ansiedade relacionada à ameaça de morte, afetando as necessidades de segurança, comunicação e orientação. Intervenções de Enfermagem Monitorar SSVV Avaliar circulação periférica (pulsos periféricos, tempo de enchimento capilar, cor e temperatura) Promover cuidados com suporte ventilatório Orientar o paciente quanto os sinais de piora da cianose. Instruir o paciente sobre a importância da tomada da medicação e a importância da adesão ao tratamento. Estimular atividades que demandem um menor gasto energético.
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