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DEFINIÇÕES IDADE GESTACIONAL Pretermo: <37 semanas completas • Pretermo tardio: de 33 a 36 semanas e 6 dias • Muito pretermo: 28 e 32 semanas • Pretermo extremo: <28 semanas Termo: 37 e 41 semanas e 6 dias Pós-termo: >42 semanas PESO DE NASCIMENTO • Baixo: <2500g • Muito baixo: <1500g • Extremo: <1000g *peso esperado para idade gestacional ↓Mortalidade ↑Morbidade PLANEJAMENTO DE ALTA • Demonstrar estabilidade fisiológica Capacidade para alimentar-se exclusivamente por VO, sem apresentar engasgo, cianose ou dispneia, em quantidade suficiente para garantir um crescimento adequado (mínimo de 20g/ dia, por pelo menos 3 dias consecutivos) Capacidade de manter temperatura corporal normal, estando vestido e em berço comum, a uma temperatura ambiente de 20 e 25C Função cardiorrespiratória estável e fisiologicamente madura, sem apneia ou bradicardia por um período de 8 dias • For constatado que seus pais e/ ou cuidadores estão treinados, com conhecimento e habilidade para alimentá-lo, prestar os cuidados básicos do dia a dia e de prevenção, administrar medicações e detectar sinais e sintomas de doenças • Estiver concluído o plano de alta e tomadas providências para que as necessidades relativas ao cuidado domiciliar e médica sejam devidamente atendidas • Tiver garantido o acesso a seguimento ambulatorial para monitorização do crescimento, do desenvolvimento e intervenção preventiva e terapêutica *Apneia utilizar cafeína ACOMPANHAMENTO Interdisciplinar Oftalmologista, otorrinolaringologista, assistente social, terapêutica ocupacional, nutricionista, enfermagem, fisioterapeuta, psicólogo infantil, fonoaudiólogo, neurologista pediátrico, pediatra/ neonatologista ORIENTAÇÕES PRÁTICAS • Importância do seguimento • Boa relação médico-paciente • Endereços e telefones de contato atualizados • Resumo da situação a ser encaminhada ao novo profissional • Cuidado da criança • Cartão de felicitação pelo aniversário do paciente • Avaliação abrangente da criança nas consultas • Visitas domiciliares podem ser necessárias nos casos de falhas consecutivas IDADE CORRIGIDA PARA A PREMATURIDADE – ICP GESTAÇÃO NORMAL= 40 SEMANAS • Desconta-se da idade cronológica as semanas que faltaram para a idade gestacional atingir 40 semanas (termo) • IPC = Idade cronológica (dv ou sem) – (40 sem -IG Parto sem) 1. Recém-nascido com 30 semanas de idade gestacional, aos 3 meses de idade cronológica terá idade c – 30 = 10 semanas (2 meses e 15 dias de diferença), 3m- 22m 15dv = 15 dias de idade corrigida para a prematuridade 2. Prematuro com idade gestacional de 32 semanas, recebe alta hospitalar com 3 semanas de vida (doze semanas), sua idade corrigida na alta será de 44 semanas ou um mês de IC (IC = 12 semanas – (40 sem – 32 sem)) *3 anos já deve estar adequado CONSULTAS • 1ª Consulta – 7 a 10 dias após a alta • Revisões mensais- até 6 meses de idade corrigida • Revisões bimestrais ou trimestrais- 6 meses aos 12 meses de idade corrigida • Revisões trimestrais- 13 – 24 meses • Revisões semestrais- 2 a 4 anos de idade cronológica • Revisões anuais- dos 4 anos até a puberdade SEGUIMENTOS DAS CONSULTAS • Baixo ganho ponderal para o esperado • Atraso do desenvolvimento observado na revisão imediatamente anterior • “Potencial de entendimento” materno ou do cuidador correspondente • Frequentes reinternações hospitalares EXAME FÍSICO DA ALTA Objetivo: Avaliar a condição clínica do RN, identificar situações que necessitem monitorização, tratamento, encaminhamento para programa de intervenção precoce ou para ambulatório de especialidades. Descrever os exames realizados. • Inspeção cuidadosa da pele e mucosas • Hérnia umbilical (2 anos fecha, sem maiores complicações- no prematuro o primeiro acesso que tem é pelo cordão umbilical que é feito um cateterismo, passa o acesso venoso pelo cordão umbilical, e essa manipulação pode gerar uma cicatrização mais defeituosa, a abertura pode ser um pouco maior e o fechamento mais lento) • Testículos (podem não ter descidos, costuma descer após a 34ª sem) • Padrão respiratório (precisa de uma concentração de O2 maior – se maior que 21%, é toxico • Quadril (testes de Ortolani, para afastar displasias) • Malformações congênitas • Antropometria Intergrowth21st- recomendação SBP) • Exame neurológico Reflexos primitivos: surgem a partir da 28 semana • Tônico cervical • Marcha • Voracidade (sucção) • Plantar (pressiona e abre os dedos) • Moro (susto, desaparece no 4 ou 5 mês) • Preensão (fecha, mas não sabe abrir) • Tônus passivo • 34 semanas as pernas são fletidas, mas os braços ainda não • 40 semanas é fletido (braços e pernas) • Sinal de cachecol, ao puxar o braço existe a capacidade do cotovelo passar a linha média 34 sem, na 40 sem perde essa capacidade • Vai criando o desenvolvimento craniocaudal, e com isso aumentando a capacidade ângulo-poplítea (colocar o pé na boca) • Tônus ativo (vencendo a gravidade) VACINAÇÃO (DE ACORDO COM A IDADE CRONOLÓGICA) Só podem receber vacinas de vírus inativados ou a própria proteína viral • RN internados na unidade neonatal não devem receber vacinas com vírus atenuado (BCG, poliomielite oral e rotavírus) • BCG: indicada após a alta hospitalar, quando a criança atingir 2Kg, pelo menos • Hepatite B: nos pré-termos com menos de 2Kg recomenda-se 4 doses (nas primeiras 12 horas de vida com 1, 2 e 6 meses) • Poliomielite: a vacina Salk (injetável, com vírus inativado) está indicada em pré- termos com peso ao nascer inferior a 1Kg e em crianças que ainda permaneçam internadas por ocasião da idade de vacinação. É indicado fazer uma dose extra • DTP acelular: indicada em pré-termos com menos de 32 semanas e em crianças que ainda permaneçam internadas por ocasião da idade da vacinação • Rotavírus: indicada após alta hospitalar • Influenza: deve ser feita após os 6 meses de vida (dose inicial + reforço), toda família (bloqueio, faz o relatório) • PALIVIZUMABE (anticorpo contra o vírus sincicial respiratório-prevalente nas IVAS, principalmente a partir dos dois anos, mas em crianças com menos de 2 anos pode fazer um quadro de bronquiolite viral aguda, que é uma inflamação da via área inferior em que o paciente pode cursar com taquidispneia, queda de saturação, fazer uma pneumonia bacteriana associada em quadros mais grave, e em crianças prematuras que já tem uma predisposição respiratória comprometida tende a fazer quadros mais graves com necessidade de internamento com risco de mortalidade) o Região nordeste o Sazonalidade março a junho o Período de aplicação fevereiro a julho MEDICAMENTOS SUPLEMENTAÇÃO DAS VITAMINAS A, D, ZINCO É RECOMENDADA, COM INÍCIO NA 2ª SEMANA, APÓS ATINGIR A DIETA PLENA (GARANTIA DE ABSORÇÃO) • Vitamina A- A dose preconizada pela ESPGHANS5 é de 400 ou 1000mcg/ kg/ d (1mcg = 3,3 UI) • Vitamina D – 400 ou 600UI/ d • Zinco5 mg/d SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA C E ÁCIDO FÓLICO É OPCIONAL • Vitamina C - 11-46 mg/ kg/ d • Ácido fólico – 25-100mcg/ Kg/ d SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO É RECOMENDADA, NO FINAL DO 1º MÊS 1º ANO: • 2 mg/ dia/ d para prematuros de 1500-2500g • 3 mg/ kg/ d para aqueles de 1000 – 1500g • 4 mg/ kg/ d para os <1000g 2º ANO: • 1 mg/ kg/ d para todas as 3 faixas de peso CRESCIMENTO Difícil reproduzir o ganho intrauterino ↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓ • Perda de peso, mais acentuada quando menor o peso de nascimento e a idade gestacional • Até 15% do peso de nascimento • Recuperação não ocorre antes de 10 a 21 dias de vida RECUPERAÇÃO • Perímetro cefálico: entre os escores Z – 2 a +2, entre 6 a 12 meses de ICP • Comprimento: 2 anos ICP • Peso: 3 anos de ICP • Obs.:RN extremo baixo peso (PN<1000g) e/ ou extremos prematuros (IG<28 semanas) podem necessitar de mais tempo para essa recuperação NUTRIÇÃO Orientação nutricional – de forma geral: • Oferta hídrica de 150 – 200 ml/ kg/ dia • Calórica de 120 – 130 cal/ kg/ dia • Proteica de 2,5 – 3,5 g/ kg/ dia • Lipídica de 6 - 8 g/ kg/ dia • Carboidratos de 10 – 14 g/ kg/ dia o O volume de 200 ml/ kg/ dia das fórmulas de início é suficiente para oferta proteica e calórica adequadas. o As fórmulas de partida são utilizadas a partir da 40ª semana o Adendo: ácido docosahexaenoico (DHA)→ melhor desempenho no neurodesenvolvimento (mielinização) o Suplementação de DHA e AA (ácido araquidônico) – LC- PUFAS- no primeiro ano de vida: estimula o ganho de mais massa magra e menos gordura Atenção para as comorbidades DESENVOLVIMENTO • Recuperação: aos 2 anos de ICP • Biológicos X ambientais • Primeiros 2 anos: o Distonias transitórias o Menores escores nos testes de desenvolvimento o Deficiências sensoriais o Atraso na linguagem o Paralisia cerebral IDADE ESCOLAR • Pior desempenho acadêmico • Problemas comportamentais, especialmente hiperatividade e déficit de atenção • Menor fluência verbal • Deficiência cognitiva e de memória • Problemas motores sutis • Maior necessidade de escola especial *Identificar fatores de risco, estimular e valorizar a opinião dos pais sobre problemas no desenvolvimento deste filho DESENVOLVIMENTO SENSORIOMOTOR Linguagem, mímica, dar nomes e atrasar a entrega dos brinquedos INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO • Testes de triagem: Denver II (sugere que há um atraso, geralmente aplicada por psicólogos ou neuropediatra, mas qualquer profissional pode aplicar) • Escalas de diagnóstico: • Escalas de Bayley • Escalas de inteligência de Weschsler: essa avaliação é recomendada na idade pré-escolar/ escolar • RNPT <32 semanas, de muito baixo peso, com restrição do crescimento intrauterino ou grave morbidade neonatal precisa de acompanhamento sistematizado do desenvolvimento • A avaliação do desenvolvimento deve ser iniciada precocemente, realizada de forma sequencial e sistematizada, por equipe multiprofissional, com adequados instrumentos de avaliação • Cabe ao pediatra obter história clínica completa (identificar fatores de risco): realizar exame físico e neurológico (identificar achados de risco) e acompanhar o desenvolvimento por meio do teste de triagem Denver II, que permite saber se o desenvolvimento da criança está dentro da faixa de normalidade e se há algum distúrbio que necessite investigação/ intervenção específica • O diagnóstico de desenvolvimento é realizado no 2º ano de vida, por meio das escalas de Bayley, aplicadas por psicólogos • Nos primeiros dois anos de vida especial atenção deve ser dada ao desenvolvimento sensoriomotor e da linguagem, que podem ser avaliados por meio de instrumentos específicos aplicados por outros profissionais da saúde como: avaliação do desenvolvimento motor pela Escala Motora Infantil de Alberta, avaliação dos movimentos generalizados e TIMP, aplicados por fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais. Avaliação do desenvolvimento da linguagem por meio de testes aplicados por fonoaudiólogos, tais como: ELM, CAT/ CLAMS, inventário de MacCarthur e PPVT-R • Os distúrbios do desenvolvimento do RNPT nos primeiros anos de vida podem comprometer a qualidade de vida futura, mas a identificação precoce deles possibilitam medidas de intervenção precoce e pode melhorar, em muito, o prognóstico do futuro prematuro SINAIS DE ALERTA PARA O ATRASO NO NEURODESENVOLVIMENTO DE 40 SEMANAS A 3 MESES DE IPC • Atitude postural em assimetria por influência do reflexo tônico cervical assimétrico, em flexão dos membros superiores e inferiores devido à hipertonia flexora fisiológica e que seus movimentos sejam de ordem reflexa (puxa a perna e ela volta) DE 4 A 6 MESES DE IPC • Controle cefálico e padrão de simetria corporal, tônus de tronco presente com redução da hipertonia dos membros e início da hipotonia fisiológica DE 7 A 9 MESES DE ICP • Capacidade de se manter sentado sem apoio dos membros superiores, liberando-os para brincar DE 10 AOS 12 MESES DE ICP • Interesse na exploração do ambiente, aceita estímulos, e brincadeiras • Linguagem simbólica: “pa-pa, ma-ma” SINAIS DE ALERTA PARA DOENÇAS CRÔNICAS – VIDA ADULTA • Crescimento • Síndrome metabólica (o ganho de peso acelerado, mas pode levar a diabetes, hipertensão, dislipidemia) • Respiratória (uso de 02, pode levar a displasia broncopulomonar) • Intelecto • Comportamental • Personalidade MORBIDADES FREQUENTES DOENÇA METABÓLICA ÓSSEA DA PREMATURIDADE Conteúdo mineral ósseo diminuído que ocorre principalmente como um resultado da falta de ingestão adequada de cálcio e fósforo na vida extrauterina CONTROLE DO CÁLCIO, FOSFORO E FOSFATASE ALCALINA • Durante leite humano com suplemento ou fórmula de pré-termo – a cada 15 dias • Alimentando ao seio ou fórmula de criança de termo – a cada 3 meses e até 1 ano de idade corrigida *fazer realmente a dosagem RETINOPATIA DA PREMATURIDADE (ROP) É uma doença ocular retiniana vasoproliferativa que ocorre em recém-nascidos pré-termos de muito baixo peso ao nascimento. A ROP é uma das maiores causas de cegueira infantil nos países desenvolvidos PATOLOGIAS RESPIRATÓRIAS
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