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Dislipidemia e Risco Cardiovascular Clínica Médica e Suas Especialidades - Aula 02/ 03/ 2021 Relembrando: LDL = Lipoproteína de baixa densidade; IDL = Lipoproteína de densidade intermediária; HDL = Lipoproteína de alta densidade; VLDL = Lipoproteína de muito baixa densidade (TG = 5 x VLDL). Definição: A dislipidemia (hiperlipidemia) está presente quando o colesterol total é elevado, seja pelo valor da LDL (low-density lipoprotein) ou dos triglicerídeos ser elevado, seja pelo valor de HDL (hig-density lipoprotein) ser baixo, ou ainda por uma combinação de fatores. Cálculo do LDL colesterol (Fórmula de Friedewald): CT = LDL + HDL+ (TG/5) ∴LDL = CT-HDL-(TG/5) (válido apenas para TG até 400mg/dl, acima disso, pedir LDL dosado) - http://educacao.cardiol.br/2014/calculos/ldl.asp Colesterol não HDL = CT - HDL Epidemiologia: Nas últimas décas a indicencial mundial de doença cardiovascular se apresentou com uma grande progressão, em 1990 eram cerca de 14 milhões de casos, já a perspectiva para 2020 chegou nos 25 milhões no oriente e no ocidente. Em um estudo brasileiro realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, investigaram a presença de dislipidemia em 22.542 indivíduos com mais de 20 anos, eles puderam observar alterações nos níveis de colesterol total, LDL-C e triglicerídeos em adultos até 60 anos, em 44%, 38% e 37%, respectivamente, e em 55%, 48% e 41%, nos idosos acima de 60 anos. Os estudos também demonstraram, que 35% dos adultos e 32% dos idosos tinham níveis de HDL-C reduzidos. Com esse estudo, pode-se indicar que a dislipidemia é um importante problema de saúde pública no Brasil. Metabolismo Lipídico: Aspectos Gerais: Lípides são substâncias insolúveis no meio aquoso, representadas principalmente, por triglicerídeos (TG), fosfolípides (FL) e colesterol. Seu transporte na circulação linfática e sanguínea é realizado pelas lipoproteínas (LP). Estes agregados macromoleculares são formados por um núcleo hidrofóbico que abriga lípides neutros, como colesterol esterificado e TG, além de vitaminas lipossolúveis. Em sua superfície hidrofílica inserem-se colesterol livre ou não esterificado, fosfolípides e diversas apolipoproteínas as quais garante a solubilidade, estrutura e direcionamento metabólico, uma fez que também atuam como ligantes de receptores celulares e cofatores para diversas proteínas e enzimas. Do ponto de vista fisiológico e clínico, os lípides biologicamente mais relevantes são os fosfolípides, o colesterol, os triglicerídes e os ácidos graxos. Os fosfolipides fazem parte da estrutura básica das membranas celulares. O colesterol é precursos dos hormônios esteróides, dos ácidos biliares e da vitamina D. Além de atuar na fluidez das membranas celulares e na ativação de enzimas ai situadas. Os TG são formados por três ácidos graxos e são uma das formas de armazenamento energético mais importantes no organismo, sendo depositados no tecido adiposo e no muscular. Metabolismo das lipoproteínas: As lipoproteínas participam de três ciclos básicos de transporte de lípides no plasma: (1) ciclo exógeno, no qual as gorduras são absorvidas no intestino e chegam ao plasma, sob a forma de quilomícrons, e, após a degradação pela lipase lipoproteica (LPL), ao fígado ou aos tecidos periféricos. (2) ciclo endógeno, em que as gorduras do fígado se direcionam aos tecido periféricos; a lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) é secretada pelo fígado e, por ação da LPL, transforma-se em lipoproteína de http://educacao.cardiol.br/2014/calculos/ldl.asp densidade intermediária e, posteriormente, em LDL, a qual carrega os lípides, principalmente o colesterol, para os tecidos periféricos. (3) transporte reverso do colesterol, em que as gorduras, principalmente o colesterol dos tecidos, retorna para o fígado; as HDL nascentes captam colesterol não esterificado dos tecidos periféricos pela ação da lecitina-colesterol aciltransferase (LCAT), formando as HDL maduras; por meio da proteína de transferência de CE (CETP), ocorre também a transferência de ésteres de colesterol da HDL para outras lipoproteínas, como as VLDL, AGL: ácidos graxos livres; HPL: lipase hepática. Dislipidemia e aterosclerose: A aterosclerose tem como característica a formação de lesões na íntima chamadas de ateromas (placas ateromatosas ou ateroscleróticas). Essas placas são lesões elevadas com centro mole e grumoso de lipídios, principalmente colesterol e ésteres de colesterol, com restos necróticos, que são recorbertos por uma cápsula fibrosa. As placas aterosclerótica podem obstruir mecanicamente o lúmen vascular e se romper, caso isso aconteceça pode evoluir para uma trombose catastrófica dos vasos. Elas enfraquecem também a média subjacente e levam à formação de aneurisma. As lipoproteínas de baixa densidade (LDL) transitam da corrente sanguínea para a íntima arterial e acumulam-se sob a camada de células endoteliais. As partículas de LDL sofrem modificação oxidativa na íntima, conduzindo, assim, a sua ligação ao receptor varredor e entrada nos macrófagos, que acumulam colesterol e se desenvolvem em células espumosas. O efluxo de colesterol para lipoproteína de alta densidade (HDL) neutraliza a tendência para a formação de células espumosas. As moléculas liberadas do LDL oxidado (oxLDL) ativam as células endoteliais para expressar as moléculas de adesão de leucócitos, que promovem a ligação de monócitos e células T na superfície da artéria. As quimiocinas estimulam monócitos e células T para migrar para a íntima, onde os monócitos diferenciam-se em macrófagos. Embora muitos macrófagos desenvolvem-se em células espumosas, alguns são ativados, levando à liberação de citocinas pró-inflamatórias, eicosanóides, radicais e proteases. As células T, que entram através de mecanismos similares aos monócitos, podem reconhecer os antígenos locais, como os componentes de LDL, que são apresentados a elas por células apresentadoras de antígeno (células dendríticas e macrófagos) que expressam as moléculas do antígeno leucocitário humano (HLA, do inglês, human leukocyte antigen). As células T cujos receptores podem reconhecer os antígenos locais são ativadas, levando à liberação de uma série de citocinas que podem ativar os macrófagos e aumentar a inflamação vascular. Hiperlipidemia crônico, em especial hipercolesterolemia, ela pode comprometer diretamente a função endotelial, pois, provoca um aumento local da produção de radicais livres, esses produtos aceleram a redução de óxido nítrico, consequentemente, diminuindo sua atividade vasodilatadora. A hiperlipidemia crônica, leva à um acúmulo de lipoproteínas na camada íntima, lá produzem dois derivados patogênicos, LDL oxidada e cristais de colesterol. A primeira, é oxidada pela ação de radicais livres de oxigênio que são produzidos localmente por macrófagos e células endoteliais, e ingeridos pelos magrófagos atráves do receptor depurador, resultando na formação de células espumosas. Ademais, a LDL oxidada estimula a secreção de fatores de crescimento local, citocinas e quimiocinas, aumentando o recrutamento de monócitos,, e também possui ação citotóxica para as células endoteliais e musculares lisas. Ruptura da Placa e Aterotrombose: A placa aterosclerótica avançada tem um núcleo central com lipídios, especialmente o colesterol, células vivas e mortas, material necrótico das células espumosas mortas e sais de cálcio. A placa é coberta por uma capa fibrosa que consiste em células musculares lisas e colágeno (produzido pelas células do músculo) e coberta por uma camada intacta de células endoteliais. As células inflamatórias (macrófagos, células T, mastócitos, células dendríticas e as células B ocasionais) são intercaladas com esses componentes e são particularmente abundantes nas regiões dos ombros das placas, onde as fissuras (também chamadas rupturas) podem expor o material do núcleo trombogênico (p. ex., lipídios, colágeno, fator tecidual) para os componentes sanguíneos. Esse evento desencadeia a agregação plaquetária e a coagulação humoral, conduzindoassim à formação de trombos no local da fissura. Os trombos podem expandir-se localmente para obstruir o fluxo sanguíneo ou podem separar-se para causar embolização. Classificação: Podem ser classificadas em hiperlipidemias e hiperlipidemias, tanto uma quanto a outra podem ter suas causas sendo primárias ou secundárias. As primárias são aquelas de origem genética. Já as secundárias, são decorrentes do estilo de vida inadequado, de certas condições mórbidas, ou de medicamentos. Na classificação laboratorial, das dislipidemias podem ser divididas de acordo com a fração lipídica alterada em: * A mais utilizada na prática clínica. - Hipercolesterolemia isolada: Aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL). - Hipertrigliceridemia isolada: Aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum). - Hiperlipidemia mista: Aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL. - HDL-c baixo: Redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG. Causas Secundárias: Quadro Clínico: As hiperlipidemias, no geral, não apresentam manifestações clínicas. Quando os casos são mais severos, pode ocorrer a formação de xantomas. Existem diversos tipos de xantomas, os quais podem caracterizar as diferentes dislipidemias. O desenvolvimento de xantomas tendinosos e tuberosos, xantelasmas e arco córneo são sinais clínicos característicos das hipercolesterolemias primárias, esses refletem o acúmulo de colesterol em macrófagos infiltrados nos tendões e na pele. Quando a hiperlipidemia está acima de 1.000 mg/dL indica a presença de quilomícrons, o qual pode ser observado pelo plasma leitoso. São observados com frequência, xantomas eruptivos nas regiões dorsal e glútea, nos braços, nas mãos e nas coxas, além de hepatoesplenomegalia, pancreatite ou dores abdominais recorrentes. Em metade dos pacientes portadores de disbetalipoproteinemia familiar é frequente o aparecimento de xantomas, nessa doença é característico o aparecimento de xantoma palmar, presente de forma plana nas linhas das palmas das mãos, é um sinal patognomônico da doença. Xantomas tuberosos ou tuberoeruptivos também são comuns, além da ocorrência de doença aterosclerótica prematura. Como consequência da elevação plasmática do LDL colesterol, ocorre uma maior captação de LDL, levando a um desenvolvimento acelerado de aterosclerose, levando a uma maior incidência de doença cardiovascular. Diagnóstico: A avaliação inicial deve incluir histórico completo e exame físico com atenção às potenciais causas secundárias. As diretrizes têm como recomendação que os adultos avaliem o perfil lipídico. Nos casos em que os exames não apresentam alteração, eles podem ser repetidos após 5 anos. Os valores de referência e de alvo terapêutico do perfil lipidico (adultos > 20 anos) devem ser apresentados de acordo com o estado metabólico que antecede a coleta da amostra, sem jejum e com jejum de 12 horas. Em casos que o CT em adultos é > 310 mg/dL e em crianças > 230 mg/dL pode haver um indicativo de hipercolesterolemia familiar, se forem excluídas as causas de dislipidemia secundária. Para o LDL-c e o não HDL-c, os valores de referência variam de acordo com o risco cardiovascular estimado, a sugestão é que seja definido valores de alvo terapêutico para estas variáveis, de acordo com a categoria de risco. Os parâmetros CT, HDL-c, LDL-c e não HDL-c (É a soma de todos os tipos de colesterol considerados ruins: IDL+LDL+VLDL. Supõe-se que o colesterol não-HDL seja um marcador mais sensível de risco de aterosclerose do que o LDL isoladamente.) não sofrem influência do estado alimentar. Para os TG sem jejum o valor desejável é < 175 mg/dL. Avaliação de risco cardiovascular: Existem várias formas de se calcular o risco cardiovascular, como o Escore de Risco global (ERG), ele estima o risco de infarto do miocárdio, AVC, insuficiência cardíaca e insuficiência cardiovascular periférica em 10 anos. Esse escore deve ser utilizado na avaliação inicial. Estratificação de risco em pacientes sem tratamento hipoglicemiante: Risco muito alto: Indivíduos que apresentam doença aterosclerótica significativa (coronária, cerebrovascular, vascular periférica), com ou sem eventos clínicos, ou obstrução > 50% em qualquer território arterial. Alto risco: São considerados de alto risco os indivíduos em prevenção primária: - Portadores de aterosclerose na forma subclínica documentada por metodología diagnóstica; - Aneurisma de aorta abdominal; - Doença renal crônica definida por TFG < 60 mL/min, e fase não dialítica; - Aqueles com concentração de LDL-c > 190 md/dL; - Presença de DM tipo 1 ou 2, e com LDL-c entre 70 e 189 mg/dL e presença de Estratificadores de Risco (ER) ou Doença Aterosclerótica Subclínica (DASC). Risco intermediário: Individuos ERG entre 5% e 20% no sexo masculino e entre 5% e 10% no sexo feminino ou ainda os dibéticos sem critérios de DASC ou ER. Baixo risco: Pacientes do sexo masculino e femino com risco em 10 anos < 5%, calculado pelo ERG. Estratificação de risco em pacientes em uso de estatinas: A diretriz de dislipidemias propõe que seja utilizado um fator de correção para o CT pra o cálculo do ERG nesse pacientes, multiplicando-se o CT por 1,43. Tratamento: Tratamento Não Medicamentoso: O tratamento da dislipidemia inclui outros fatores além dos farmacológicos, esses são direcionados não somente para reduzir os níveis lipídicos, mas também outros fatores de risco cardiovascular. A conduta é indicada para todos os pacientes com dislipidemia, a qual inclui, terapia nutricional, exercícios físicos e cessação do tabagismo. Tratamento Medicamentoso: Para se decidir qual o melhor tratamento farmacológico o ideal é que se saiba o nível do risco cardiovascular. Risco cardiovascular: Para pacientes de muito alto ou alto risco cardiovascular, os medicamentos escolhidos devem ser associados a mudanças no estilo de vida. Os pacientes de risco moderado ou baixo, o tratamento se inicia com a mudança no estilo de vida, e em uma segunda etapa, se necessários são inseridos os medicamentos. O tempo pra uma reavaliação vai de 3 a 6 meses. Tipo de dislipidemia: Na hipercolesterolemia isolada, a recomendação é que se utilize as estatinas, que podem ser associadas à ezetimiba, à colestiramina e, eventualmente, aos fibratos ou ácido nicotínico. No tratamento da hipertrigliceridemia isolada são prioritariamente indicados os fibratos, outra opção, é o ácido nicotínico ou associação de ambos. Podem também se utilizar os ácidos graxos ômega 3, isoladamente ou em associação com outros fármacos. Na hiperlipidemia mista, o que orienta o tratamento é a taxa sérica de TG. Quando os valores estão acima de 500 mg/dL, deve-se iniciar o tratamento com fibrato, caso seja necessário, deve ser adicionado ácido nicotínico e/ ou omêga 3. Nesta situação, a meta é reduzir o risco de pancreatite. Não se propõem metas para o HDL-c e não se recomenda tratamento medicamentosos visando a elevação dos níveis de HDL-c. Estatinas São inibidores da HMG-CoA redutase. A depleção intracelular de colesterol estimula a liberação de fatores transcricionais e, consequentemente, a síntese e a expressão na membrana celular de receptores para captação do colesterol circulante, como o LDLR. Assim, a ação das estatinas pode potencialmente influenciar em todo conjunto das lipoproteínas circulantes que interagem com o LDLR, como a LDL, a VLDL e os remanescentes de quilomícrons. O uso de estatina está indicado em terapias de prevenção primária e secundária como primeira opção. Esses inibidores são bem tolerados. Os efeitos colaterais mais frequentes são mialgia e intolerância gástrica. Os pacientes devem ser monitorados pela medida da CPK (creatino fosfoquinase) e transaminases hepáticas noinício do tratamento e todas as vezes que houverem mudanças na dose. O risco de rabdomiólise é baixo, mas não deve ser desprezado, principalmente quando houver associação com outros medicamentos como fibratos, além dos medicamentos que são metabolizados pela mesma via, como imunossupressores, antibióticos macrólidos, antifúngicos imidazólicos, bloqueadores de canal de cálcio e inibidores das proteases, entre outros. A redução do LDL-c varia entre as estatinas, e esta diferença está fundamentalmente relacionada à dose inicial. A cada vez que dobramos a dose de qualquer uma destas estatinas, a redução média adicional do LDL-c é de 6 a 7 %. Todas foram capazes, em estudos clínicos randomizados, de reduzir eventos e mortes cardiovasculares. As estatinas reduzem os TG, em geral, tanto mais quanto maior sua capacidade de reduzir o LDL-c. Com relação à HDL-c, as estatinas podem elevar suas taxas, mas, em geral, com pequeno aumento percentual. No entanto, nos estudos de prevenção primária ou secundária com estatinas, a variação do HDL-C ou TG não influenciou na redução de eventos cardiovasculares. Ezetimiba: Esse medicamento reduz o colesterol plasmático, pois tem como mecanismo inibir a absorção intestinal de colesterol alimentar e biliar, sem alterar a absorção de sais biliares. Essa inibição acontece no transportador específico de colesterol Niemann-Pick C1 Like 1 Protein (NCPL1). O uso isolado do ezetimibe (10 mg/dia) no tratamento da hipercolesterolemia reduz o LDL-C em aproximadamente 18%, porém a administração associada à estatina potencializa em 15-20% a redução do colesterol. A co-administração de ezetimibe 10 mg/dia com estatina em sua menor dose provoca redução da colesterolemia semelhante à dose máxima desta. Apresenta poucos efeitos colaterais, como mialgias e artralgias. Fibratos: Esses fármacos conseguem reduzir os triglicérides plasmáticos em até 60%, aumentam o HDL-c em cerca de 20% e têm um efeito variável no LDL-C. Atua ativando o receptor nuclear PPAR-alfa (peroxisome proliferator-activated receptor), o qual provoca maior oxidação de ácidos graxos, síntese de lipoproteína lipase periférica e redução da produção de ApoC-III, o que contribui para a redução da trigliceridemia. No entanto, a redução deve ser mais pronunciada quanto maior o valor basal da trigliceridemia. Além de aumentarem a síntese de apos A-I e A-II, elevando a produção de HDL. Entre os efeitos colaterais mais frequentes estão os desconfortos gastrointestinais e mialgias. Deve-se ter cautela renal quando utilizados, também é necessário ter cuidado com associações. Os efeitos do fenofibrato sobre a doença microvascular do paciente com diabetes melito tipo 2 foram examinados em dois grandes estudos de forma isolada ou associado com a sinvastatina. O tratamento reduziu a incidência e a progressão da retinopatia, diminuiu micro e macroalbuminúria, e retardou a perda de função renal. Além disso, diminuiu as amputações, principalmente as distais. Os fibratos são fármacos indicados para hipertrigliceridemia endógeno nos casos em que as medidas de tratamento não farmacológicas não apresentarem bons resultados. Quando os TG forem muito elevados (> 500 mg/dL) são recomendados, inicialmente, junto das medidas não farmacológicas e no tratamento da dislipidemia mista com predomínio de hipertrigliceridemia. Fatores de Risco DCV: Hipertensão arterial sistêmica; Dislipidemia; Tabagismo; Diabetes; Obesidade; Histórico familiar precoce de eventos ateroscleróticos em um familiar de primeiro grau. Escore de Risco de Framingham: O escore de risco global (ERG) de Framingham inclui uma estimativa de 10 anos de eventos coronarianos, cerebrovasculares, doença arterial periférica ou IC. Calculadoras de Risco Cardiovascular: http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADOR AER2017/index.html http://static.heart.org/riskcalc/app/index.html#!/baseline-risk Estratificadores de risco Cardiovascular em diabéticos: HDL : hoje Deus livra LDL: logo Deus leva http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/index.html http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/index.html http://static.heart.org/riskcalc/app/index.html#!/baseline-risk
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