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Distúrbios e Dificuldades de Aprendizagem na Educação

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DISTÚRBIOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
 Este trabalho tem como objetivo abordar as principais causas de dificuldades de aprendizagem na educação. Analisar de forma específica cada aspecto dela. Abordar quais as principais disfunções, qual o papel do professional e como deve interagir com a criança desde os primeiros anos escolares até a fase adulta. Qual a diferença entre distúrbio de aprendizagem e dificuldade de aprendizagem. Irá refletir psicopedagogicamente sobre os maiores problemas de aprendizagem que se impõe no processo de aquisição da linguagem como forma de melhorar a qualidade do ensino das classes de alfabetização.
 Neste estudo iremos entender o papel da psicopedagogia na identificação de problema, que podem ser dificuldades ou até mesmo transtornos, encontrar alternativas para melhorar o processo de ensino e garantir que os conteúdos possam ser absrovidos e compreendidos.
Palavras Chaves: Alfabetização, Dificuldades de Aprendizagem, Distúrbios de Aprendizagem, Psicopedagogia
1. INTRODUÇÃO
DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM 
O distúrbio de aprendizagem é, conceitualmente, uma disfunção cerebral mínima (D.C.M.).
Moysés e Colares (1992) definem distúrbios de aprendizagem quando afirmam que: Distúrbios de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso de audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Desta maneira, é mais fácil encaminhar a criança para tratar o distúrbio com especialistas. Muitas crianças são ditas como crianças com problemas de aprendizagem por não conseguirem acompanhar o resto da turma, ou não conseguirem expressar-se. É preciso uma autoavaliação do professor para ver se ele está correspondendo aos anseios dos alunos. Dentre os alunos, muitos têm culturas diferentes, linguagens, e o professor tem que saber corresponder a estas necessidades. 
É necessário um atendimento especializado para crianças que apresentam necessidades educativa especial, esse atendimento não costuma ser comum nas escolas públicas, nas em escolas privadas é mais comum diagnosticar e tratar essas necessidades. Por isso é necessário profissionais capacitados para ajudar as crianças em escolas públicas, é preciso melhorar a gestão escolar e assim poder suprir estas dificuldades. 
Os distúrbios de aprendizagem são caracterizados pela presença de uma disfunção neurológica e há inúmeras dificuldades que uma criança, jovem ou adulto vem a desenvolver ao longo da vida e por isso é muito importante ter um diagnóstico preciso, como por exemplo, em pessoas destras, os problemas de linguagem tendem a ocorrer após um dano ao lado esquerdo, ao invés do lado direito do cérebro. E a metade esquerda, ou hemisfério esquerdo do cérebro, na maioria das pessoas é primariamente responsável por capacidades de linguagem, incluindo as habilidades de leitura e escrita (MOYSÉS; COLLARES, 1992). 
Com a consequência de um dano cerebral, os problemas que afetam a compreensão ou produção da linguagem são conhecidos como afasia, e o sintoma predominante do paciente afásico é a dificuldade de leitura. Partindo deste contexto, podemos falar sobre a dislexia adquirida. A partir de meados dos anos 70, neuropsicólogos cognitivos investigaram quais as partes do processo normal da leitura foram danificadas ou perdidas, ocasionando perturbações como dislexias adquiridas periféricas (transtorno nos quais os sistemas de análise visual estão danificados) e dislexias adquiridas centrais (agrupamento de transtornos em que o sistema visual é danificado na compreensão e/ou comunicação das palavras escritas) (ELLIS, 1995). 
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 
O termo dificuldades de aprendizagem está focado no indivíduo que não responde ao desenvolvimento que se poderia supor e esperar do seu potencial intelectual e, por essa circunstância específica cognitiva da aprendizagem, ele tende a apresentar desempenhos abaixo do esperado. 
Bos e Vaughw (1989, apud FONSECA, 1995) sustentam que, apesar de que muitas crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem evidenciam uma competência social inadequada, ainda hoje não surgiu uma identificação psicopedagógica, no sentido científico, que esteja em comum acordo com os critérios médicos psicopedagógicos relacionados com o potencial dinâmico de aprendizagem e com o comportamento social. 
Por falta dessas teorias, os alunos são, muitas vezes, diagnosticados por pediatras, neurologistas ou psiquiatras, pois a dificuldade de aprendizagem refere-se a um grupo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na hora de utilizar e fazer a compreensão da audição, da fala, leitura, escrita, e do raciocínio lógico. 
Vale lembrar que a pessoa que apresenta qualquer tipo de dificuldades de aprendizagem não é deficiente, é uma pessoa normal que, num determinado momento, mostrou não compreender determinadas coisas, porém pode compreender em qualquer outro momento. 
Conforme Castaño (2003), o termo dificuldade de aprendizagem pode ser caracterizado por alterações no processo de desenvolvimento do aprendizado da leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático, podendo estar associada ou não a comprometimentos da linguagem oral. 
Para o professor é mais fácil identificar um problema de aprendizagem do que um distúrbio. Este último compete aos especialistas da área em que o sintoma se apresenta, podendo dar esclarecimentos sobre o distúrbio, bem como, a prescrição do tratamento. 
As dificuldades de aprendizagem podem ocorrer por fatores psicológicos e sociais. O fator social está relacionado com as funções ecológicas, fatores culturais e envolvimentos, forças sociais, relações interpessoais e movimento de ações como palavras, gestos, sinais, expressões, entre outros. 
E o fator psicológico contribui para as funções do desenvolvimento, fatores de aprendizagem, forças psicológicas, identificação de pensamentos e cognitividade e contribui para o processamento de rememorização, intenção, na autoconsciência e no autoconceito. As causas mais comuns que favorecem as dificuldades de aprendizagem são: inibição, ansiedade, angústia, inadequação à realidade, sentimento generalizado de rejeição. Estes sintomas estão sempre ligados a causas pessoais, os sintomas são diversos, e é variável de pessoa para pessoa. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A palavra distúrbio, conforme Moysés e Colares (1992), compõe-se do radical turbare, que significa “alteração violenta na ordem natural” e pode ser identificado também nas palavras turvas, turbilhão, perturbar, conturbar etc. O prefixo dispor tem seu significado como “alteração com sentido anormal patológico”, possui, intrinsecamente, valor negativo. 
Segundo (MOYSÉS; COLLARES, 1992, p.126). O distúrbio de aprendizagem é, conceitualmente, uma disfunção cerebral mínima: “Se uma doença neurológica pode comprometer o domínio da linguagem escrita, será que a criança que não aprende a ler e a escrever não teria uma doença neurológica?” 
Dificuldades de aprendizagem: reflexões a partir da Teoria Histórico-Cultural Dentre as definições mais apontadas ao abordar os problemas de aprendizagem podemos citar a do DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), da CID-10 (The ICD-10 Classification of Mental and Behavioural Disorders: Clinical descripitions and diagnostic guidelines – Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas) e da NJCLD (Joint Committee of Learning Disabilities – Comissão Mista de Dificuldades de Aprendizagem). Destas a que mais impressiona e é assinalada como a que reúne maior consenso é a da NJCLD, segundo a qual:
Dificuldades de aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio matemático. Tais desordens, consideradas intrínsecasao indivíduo, presumindo-se que sejam devidas a uma disfunção do sistema nervoso central, podem ocorrer durante toda a vida. Problemas na auto-regulação do comportamento, na percepção social e na interação social podem existir com as DA. Apesar das DA ocorrerem com outras deficiências (por exemplo, deficiência sensorial, deficiência mental, distúrbios sócio-emocionais) ou com influências extrínsecas (por exemplo, diferenças culturais, insuficiente ou inapropriada instrução, etc.), elas não são o resultado dessas condições (FONSECA, 1995, p.71). 
 Segundo França (1996), a distinção feita entre os termos dificuldade e distúrbios de aprendizagem está baseada na concepção de que o termo “dificuldade” está relacionado a problemas de ordem pedagógica e/ou socioculturais, logo, o problema não está centrado apenas no aluno, sendo que essa visão é mais utilizada em uma perspectiva preventiva; por outro lado, o termo “distúrbio” está vinculado ao aluno, o que sugere a existência de comprometimento neurológico em funções corticais específicas, sendo mais utilizado pela perspectiva clínica ou remediativa.

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