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Liana Ribeiro Cirurgias do Trato Gastrointestinal em Equinos Duodeno: ❏ Mesoduodeno - localizado na parede dorsal; ❏ 1 a 2 metros; ❏ Localização: parede abdominal direita, caudal a base do ceco; ❏ Ligado ao fígado pelo mesentério; ❏ Ductos pancreáticos e biliares se abrem pela papila duodenal (sem vesícula, liberação constante); ❏ Prega duodenocólica; ❏ Transição duodeno - jejuno: histológica; Jejuno: ❏ Mesojejuno; ❏ 18 a 25 metros; ❏ Longo mesentério preso à parede abdominal dorsal - 50cm (ajuda a diferenciar) ❏ Artérias mesentéricas em arco; Íleo: ❏ Mesoíleo; ❏ 30cm a 1 metro de comprimento; ❏ Camada muscular espessa; Intestino Grosso - Ceco: ❏ Localização: a direita da linha média; ❏ Formato de vírgula; ❏ Função: fermentação; ❏ 1 metro de comprimento e 40L de ingesta; ❏ Base, corpo e ápice; ❏ Haustras: sacolações; ❏ 4 tênias: pregas; ❏ Prega cecocólica; Cólon maior: ❏ 25 a 50 cm de diâmetro; ❏ 4 porções: ventral direito, esquerdo e dorsal direito, esquerdo; ❏ Marcapasso: atividade retropulsiva - partículas grandes voltam e pequenas continuam; Cólon transverso: ❏ 8cm de diâmetro; ❏ conecta cólon maior com cólon menor; Cólon menor: ❏ 3 a 4 metros; ❏ Saculações - cíbalos; ❏ Tênia antimesentérica: larga e palpável pelo reto; 1. Cólica: SINAL CLÍNICO ❏ Abordagem clínica: sondagem, auscultação, paracentese (coleta de líquido) e palpação transretal; ❏ Exames complementares: laboratoriais e US; Indicação Cirúrgica da Cólica: Contra indicação da cirurgia: Afecções Cirúrgicas: ❏ Obstruções simples (impactação intraluminal): compactação, neoplasias, intussuscepção, deslocamento, sablose (compactação por areia); ❏ Obstruções estrangulantes (oclusão simultânea do intestino e vasos sanguíneos): vólvulo, intussuscepção, torção, estrangulamento por lipoma, hérnia estrangulada; ❏ Hemorrágica: congestão lesiona a mucosa mas há oxigenação (veias ocluídas; Liana Ribeiro ❏ Isquêmica: rápida degeneração da mucosa, palidez devido a ausência da oxigenação (artérias ocluídas); Preparação do paciente: ❏ Estabilização: evitar desidratação e choque; ❏ ATB profilático; ❏ Antiinflamatório; ❏ Tricotomia; ❏ Antissepsia rigorosa; ❏ Cateterizar bexiga urinária em machos: sondagem uretral própria e sutura do prepúcio; ❏ Preparação do local! Acesso Cirúrgico Acesso 1: pela linha média ventral - mais utilizado; ❏ Linha alba: visualização de 75% do TGI; ❏ Hemorragia mínima; ❏ Fácil execução; ❏ Pode ser estendido; ❏ Tecidos fibrosos fortes para fechamento; ❏ Acesso paramediana ventral: cistotomia, cesariana, ovariectomia, criptordectomia.; ❏ Inguinal: em conjunto com linha média - hérnias inguinais ou inguinoescrotais; ❏ Flanco: raro em equino - ovariectomia, alterações em cólon menor; Exploração Cirúrgica: ❏ Incisão na linha alba; ❏ Hemostasia de pequenos vasos; ❏ 1ª porção: ceco (geralmente distendido); ❏ Descompressão por sucção das alças; ❏ Exploração sistemática: encontrar alteração; ❏ Correção da alteração; ❏ Fechamento da cavidade: nylon 0 - PIS, wolf, simples contínuo; ❏ Cuidar manuseio: entra com o braço e puxa alça com o antebraço; I. Afecções Cirúrgicas do Intestino Delgado: 1. Obstrução NÃO estrangulante: Impactação do íleo: ❏ Primária ou secundária por parasitas; ❏ Massa tubular pastosa a sólida; ❏ Etiologia: introdução recente ou alimentação com feno de baixa qualidade; ❏ Sinais clínicos: dor pela contração intestinal próximo a obstrução e segue pela distensão intestinal; ❏ Refluxo enterogástrico; ❏ Exame retal: distensão ID; ❏ Exames complementares: US, distensão intestinal; ❏ Tratamento: médico em casos iniciais; ❏ Cirúrgico: ordenha do conteúdo para o ceco - em casos sem lesões; ❏ Jejunocecostomia: remoção da porção afetada e o que sobra faz uma conexão - lesões predisponentes ou lesão muscular grave na parede do íleo; ❏ Ressecção do segmento danificado/necrosado e sutura da porção restante; ❏ Abertura na região da base do ceco, entre a tênia dorsal e medial na altura da prega cecocólica; Liana Ribeiro ❏ Enterotomia: não indicada; ❏ Complicações: íleo adinâmico (refluxo), ruptura gástrica, laminite, necrose da mucosa, perfuração do íleo; ❏ Hipertrofia muscular do íleo; ❏ Compactação por parascaris equorum; ❏ Neoplasias; 2. Obstruções estrangulantes: ❏ Afeta a circulação; Vólvulo: ❏ Deslocamento primário ou secundário: hérnia inguinal adquirida, banda mesodiverticular, divertículo de meckel, estrangulamento da raiz mesentérica; ❏ Indicação mais comum para cirurgia intestinal em potros; ❏ Sinais clínicos: graves, palpação transretal; ❏ Ressecção e anastomose: a. Avaliar viabilidade: coloração, movimentação (observação ou pressão com dedos); b. Descompressão do intestino; c. Ligadura dos vasos sanguíneos da região (fio absorvível 2 - 0); d. Ressecção do mesentério; e. Ligadura do mesentério; f. Ressecção do segmento afetado; g. Padrão de sutura: isolado simples com fio absorvível 2,0 ou 3,0 para submucosa e mucosa; i. Padrão contínuo Lembert ou Cushing na seromuscular; ii. OU lemert interrompido - camada única; Encarceramento no forame epiplóico: ❏ Wislow; ❏ Forame: 4 cm de largura em frente ao fígado; ❏ Várias estruturas próximas que formam um espaço e o intestino entra e encarcera - obstrui vascularização; ❏ Da esquerda para direita ou direita para esquerda; ❏ Sinais clínicos: leves a graves; ❏ Fechamento do diagnóstico da cirurgia; ❏ Espessamento da parede: duodenojejunite; ❏ Tratamento cirúrgico: desfazer encarceramento - tração horizontal leve da alça encarcerada, enquanto realiza introdução da alça saudável - ressecção e anastomose da porção desvitalizada; Lipoma pedunculado: ❏ Tumor de gordura suspenso por um pedículo mesentérico fino; ❏ únicos ou múltiplos; ❏ Cavalos mais velhos; ❏ Sinais clínicos: leves a graves; ❏ Tratamento: ressecção do pedículo do lipoma; ❏ Avaliar viabilidade das alças; ❏ Ressecção e anastomose: depende da gravidade da obstrução; Intussuscepção: ❏ De acordo com a parte afetada - jejunojejunal, iliais, cecais; ❏ Fatores predisponentes: enterite, infestação parasitária, alterações da dieta; ❏ Intussuscepto/piente: um entra e outro recebe; ❏ Ileocecal é mais comum; ❏ Longa: sinais leves de obstrução intestinal; ❏ Curta: cólicas leves, intermitentes - geralmente após alimentação; Crônica: curto e não estrangulado com obstrução incompleta (ileoileal); ❏ Jejunojejunal: segmentos longos do intestino e causam obstruções completa; Liana Ribeiro ❏ Curtas: cólicas recorrentes; ❏ Diagnóstico: exames complementares - visualização de olho de boi na US; ❏ Tratamento: quando é no íleo em segmentos curtos - redução é difícil, nesse caso pode ser realizado um bypass parcial por ileocolostomia, não sendo necessário ressecar o íleo ou jejuno hipertrofiado em casos crônicos; ❏ Complicações: impactação de estômago, hipertrofia do íleo, ruptura do orifício; Aguda: estrangulante - íleo e jejuno - edematoso e hemorrágico não permitindo redução; ❏ Bypass por jejunocecostomia; ❏ Ressecção do jejuno proximal à intussuscepção; ❏ Incisão de 10 cm no ceco para permitir que a intussuscepção seja exteriorizada; ❏ Incisão na parede externa do intussuscepto para expor alça interna; ❏ Tração da porção interna através da incisão na camada externa; ❏ Sutura; ❏ Observar se existe desvitalização; Jejunojejunal: configuração de saca-rolhas; ❏ Redução por tração lentano intussuscepto e massagem suave da extremidade distal dos intussuscipiente; ❏ Não redutível; ressecção da intussuscepção - dificulta a ligação dos vasos mesentéricos; ❏ Prognóstico favorável; ❏ Recuperação prolongada; ❏ A. perfoliata pode estar envolvida na patogênese - tratamento com pamoato de pirantel e praziquantel; Hérnia inguinal/inguinoescrotal: ❏ Indireta: + comum; ❏ Direta; ❏ Fatores predisponentes: exercícios; ❏ Hérnias congênitas; ❏ Tratamento: a. Somente na região inguinal pelo acesso inguinal; b. Disseca região e incisão da túnica vaginal até o anel constritivo; c. Mantém túnica pinçada; d. Incisão do anel e liberação do intestino; e. Fechamento com fio absorvível; f. Pele e fáscia: sutura ou segunda intenção; g. Cuidar com veia pudenda e ramos; ❏ Recomenda-se castração unilateral com fechamento mais completo e evitar recorrência; ❏ Prevenção: fechamento do anel vaginal pra impedir que o intestino passe para a região inguinal; Hérnia umbilical estrangulada: ❏ Hérnia de richter: uma porção da parede antimesentérica do íleo é encarcerada; ❏ Sinais clínicos: irredutível, grande, firme, edemaciada, cólica; ❏ Tratamento: celiotomia - dissecção; Estrangulamento em falha mesentérica; II. Afecções Cirúrgicas do Ceco: ❏ Multifatorial: ingesta desidratada (dentição, consumo de água, hospitalização); ❏ Injeta hidratada: disfunção cecal; ❏ + Comum; ❏ Sinais clínicos: cólica leve e intermitente; ❏ Tratamento: chance de ruptura espontânea em casos de tratamento clínico; ❏ Tratamento cirúrgico: tiflotomia (incisão do ceco e remoção do conteúdo), bypass, cecocolostomia; ❏ Prognóstico: reservado a bom; Liana Ribeiro Tiflotomia: ❏ Exposição do ápice; ❏ Incisão de 8 a 12 cm entre a tênia lateral e ventral; ❏ Infusão de água morna para desfazer o conteúdo; ❏ Fechamento: padrão de invaginação duplo ou aposicional seguido de um padrão de invaginação - poliglactina 910 2.0 ou 0; Intussuscepção cecocal e cecocólica: ❏ Sinais clínicos: aguda, subaguda e crônica; ❏ US: auxilia diagnóstico; ❏ Líquido peritoneal: sem alterações iniciais; ❏ Primeiro, remove-se o gás do ceco para reduzir o volume e depois desfazer a intussuscepção; ❏ Tratamento cirúrgico: tração manual do intussuscepto (30 min); ❏ Após desfazer, avalia-se o intussuscepto; ❏ Se tiver desvitalização, precisa remover = tiflectomia parcial (remoção da parte que tem comprometimento vascular); III. Afecções cirúrgicas do Cólon Maior: Obstrução simples e compactação de cólon maior: ❏ Segunda causa mais comum de cólica; ❏ Locais: flexura pélvica e cólon transverso; ❏ Fatores predisponentes: dietas ricas em grãos, privação de água; ❏ Sinais clínicos: dor leve à moderada (obstrução parcial), dor grave (total), diminuição ou ausência de sons abdominais e produção fecal, distensão abdominal; ❏ Palpação transretal: identificar quando é na flexura pélvica; ❏ Tratamento médico em casos iniciais e cirúrgico quando há deterioração do quadro: enterotomia da flexura pélvica; ❏ Sutura com fio absorvível 2.0 na camada seromuscular (simples contínuo) e cushing ou lembert na segunda camada (estéril); Enterolitíase: ❏ Cálculos intestinais; ❏ Fatores predisponentes: feno de alfafa, raças, localização geográfica; ❏ Obstrução luminal aguda grave ou cólica intermitente; ❏ Sinais clínicos: depende da localização e tamanho; ❏ Cólon dorsal: sinais leves; ❏ Cólon transverso/menor: obstrução luminal aguda com distensão abdominal; ❏ Tratamento cirúrgico: remoção do enterólito, enterotomia da flexura pélvica (condução do enterólito até o local) ou cólon dorsal direito; Deslocamentos: ❏ Cólon maior é móvel - não há ligação mesentérica com a parede abdominal; ❏ Movimentação da flexura pélvica; Deslocamento à esquerda: encarceramento nefro esplênico: ❏ Não estrangulante; ❏ Entre baço e rim; ❏ Sinais clínicos variáveis; ❏ Diagnóstico: sinais clínicos, sangue no líquido peritoneal, refluxo na sondagem nasogástrica pela compressão do ID; ❏ Palpação transretal: cólon no espaço nefroesplênico; ❏ Tratamento médico: uso de fenilefrina, exercícios e rolamentos / resultados positivos? pode piorar o problema; ❏ Tratamento cirúrgico: abertura na linha média ventral; Deslocamento à direita; ❏ Movimento retropulsão da flexão pélvica; ❏ Tratamento: laparotomia com reposição das alças; Retroflexão do cólon: sentido cranial; Encarceramento no ligamento nefroesplênico; Torção/vólvulo: ❏ Doloroso e devastador - intervenção rápida; ❏ Coloração da mucosa vaginal para identificar problemas de cólon; ❏ Tratamento: estabilizar e descompressão percutânea; ❏ Lidocaína: relaxamento; Liana Ribeiro ❏ Desfazer a rotação do cólon: enterotomia da flexura pélvica; ❏ Ressecção de cólon maior: depende da localização; ❏ Prognóstico: reservado a mau; Complicações: dor pós operatória - íleo paralítico, falha na enterorrafia, deslocamentos, persistência da isquemia, lesão por reperfusão; ❏ 2 a 7 dias: obstrução na anastomose, peritonite, íleo paralítico, úlcera gástrica, compactação de cólon; ❏ Após 7 dias: aderências, recorrência da primeira afecção; Íleo paralítico: ausência de sons intestinais, distensão do ID e estômago, refluxo enterogástrico - monitorar a cada 2 - 4 horas por 48 horas; ❏ Tratamento: uso de procinéticos - lidocaína, metoclopramida, betanecol; ❏ Jejum alimentar e hídrico; ❏ Equilíbrio hídrico, eletrolítico e ácido básico; ❏ Drenagem do refluxo a cada 2 horas; Tromboflebite jugular: cateterização prolongada; ❏ Preparação inadequada do local; ❏ Falta de cuidado com o cateter; ❏ Endotoxemia, salmonelose, hipoproteinemia; ❏ Sinais: aumento de temperatura e volume; ❏ Tratamento: retirar cateter, cultura e antibiograma; ❏ Trombose vascular: impede drenagem - unilateral (ingurgitamento das veias da cabeça) ou bilateral (edema de narina e face); Infecções da ferida cirúrgica: 3 a 5 dias pós operatório; ❏ Uso de bandagem abdominal; Aderência: atrito com panos de campo, manipulação das alças, talco da luva; ❏ Prevenção: uso de heparina ; Laminite: causada decorrente da endotoxemia - lesões estrangulantes e isquêmicas;
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