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Medicina Vitória Araújo ➢ É uma síndrome clínica caracterizada por dor abdominal, não traumática, de início súbito, devido a perfuração de vísceras ocas. ➢ É a terceira síndrome abdominal mais frequente, vindo após o inflamatório e obstrutivo. Pode ocorrer devido: © Processos inflamatórios (úlcera péptica, doenças inflamatórias intestinais) © Processos neoplásicas © Processos infecciosos do aparelho digestivo (infecções por Salmonella tiphy). ➢ Também pode decorrer da ingestão de corpos estranhos e iatrogenias (procedimentos invasivos e terapêuticos). Fisiopatologia ➢ Inicialmente, com extravasamento de secreção luminal para a cavidade temos uma inflamação peritoneal de natureza química de intensidade variável, seguida de invasão bacteriana e progressivo processo infeccioso, com repercussões locais e sistêmicas. Quadro clínico ✓ Náuseas, vômito e anorexia; ✓ Sinais precoces de peritonite; ✓ Sinais de sepse (hipotensão ou choque são comuns); ✓ Intervalo curto de início da dor até a chegada na emergência; ✓ Dor súbita, intensa e difusa. Diagnóstico ➢ Clínico – anamnese + exame físico A característica principal é a presença de ar/ líquido na cavidade peritoneal, retroperitônio ou na parede dos órgãos. ➢Imagem: - Radiografia - Tomografia computadorizada - Endoscopia - Exames laboratoriais ➢ Incidências: - Sinal de Rigler: vemos o delineamento da parede gástrica ou intestinal pela presença de gás na luz e na cavidade peritoneal. - Sinal do ligamento falciforme: o gás tende a delinear estruturas que normalmente não são vistas. Úlcera péptica É uma das principais causas de abdome agudo perfurativo. ➢ É causada por um desiquilíbrio entre o sistema protetor da mucosa e fatores agressores (causando uma ferida). Localizações possíveis – esôfago, estômago e duodeno. ➢ Pode ser causada pelo uso indiscriminado de medicamentos (como anti-inflamatórios não esteroides) ou infecção bacteriana por H. pylori, principal agente etiológico. 📌 Fatores de risco para o surgimento da úlcera péptica: - Tabaco - Álcool - Dieta rica em alimentos apimentados - Refrigerantes, café. 📌 Diagnóstico ➢História clínica ➢Exames complementares: Endoscopia Biópsia/ histopatológico 📌 Tratamento Farmacológico ➢ O principal objetico é a diminuição da secreção da acidez gástrica, através do uso de fármacos como os ARH2 ou de IBPs. Fármacos Citoprotetores – Quelato de Bismuto, Sucralfato ou Misoprostol. ➢ Cirúrgico somente quando temos complicações da úlcera péptica. Neoplasia gástrica 📌 Fatores de risco: Meio ambiente, genético, anemia perniciosa, pólipos gástricos, gastrite hipertrófica, gastrite Abdome Agudo Perfurativo Abdome Agudo Perfurativo Medicina Vitória Araújo atrófica crônica, Metaplasias intestinais, cirurgia gástrica prévia, infecção por helicobater Pylori. ↓ consumo de frutas e verduras ↑ Consumo de nitratos ↑ Consumo de carboidratos complexos. 📌 Patologia: ➢ Tipo histológico: • Adenocarcinomas • Linfomas • Carcinoides ➢ Localização: • Antro gástrico • Corpo gástrico • Cárdia (maior incidência). ➢ Classificação histológica de Lauren: Divisão de carcinoma em 2 tipos: • Intestinal – maias frequente no idoso, está associado com metaplasia e gastrite crônica. • Difuso – mais comum em jovens sem histórico de gastrites, tende a difundir-se por vias linfáticas. Associada a células em anel de sinete. 📌 Quadro clínico: ✓ Plenitude pós-prandial (mais precoce); ✓ Perda de peso ✓ Anemia ✓ Massa palpável ✓ Náuseas e vômitos ✓ Disfagia. 📌 Diagnóstico Classificação de Borrmann 📌 Tratamento ➢ É cirúrgico!! A radioquimioterapia é utilizada como terapia adjuvante em alguns casos. Neoplasia colorretal Compreende uma gama de tumores malignos que afetam o intestino grosso e o reto, em casos graves pode causar perfuração. 📌 Sinais e sintomas: ✓ Fadiga ✓ Cólicas abdominais ✓ Tenesmo (espasmo doloroso do esfíncter anal ou vesical com desejo urgente de defecar ou urinar). ✓ Constipação alternada com diarreia ✓ Evacuação dolorosa ✓ Sangue nas fezes. 📌 Fatores de risco ✓ Dieta rica em açucares e gorduras e pobre em fibras. ✓ Obesidade ✓ Tabagismo ✓ Consumo excessivo de álcool ✓ Sedentarismo ✓ História familiar 📌 Diagnóstico ✓Exames de imagem ✓Colonoscopia com biópsia ✓Histopatológico 📌 Tratamento Cirurgia!! Radioterapia Quimioterapia Corpo estranho Na maioria dos casos são eliminados de forma natural. Obstáculos mais comuns: junção faringo- esofágica, constrição do brônquio, contrição da aorta, válvula ileocecal. Após a perfuração, o corpo estranho pode: - Permanecer no local de perfuração; - Ir para cavidade peritoneal; Medicina Vitória Araújo - Continuar o seu curso pelo tubo digestivo. 📌 Quadro clínico – dependem de alguns fatores: • Depende da víscera perfurada • Depende do tamanho da perfuração • Depende do tempo da perfuração. 📌 Sintomas ✓ Dor – sintoma mais comum ✓ Náuseas ✓ Vômitos ✓ Pode haver lesão de vasos com hemorragia. 📌 Exame físico O paciente prefere a imobilidade; Apresenta sinais de sepse; Distensão ou irritação peritoneal; Pneumoperitônio; Pode apresentar crepitações ao toque retal. 📌 Exames complementares Leucócitos com desvio a esquerda VSH aumentado Amilase elevada 📌 Exames de imagem Radiografia simples; RNM (ressonância) não pode ser usada como objeto metálico; Endoscopia alta e baixa. 📌 Tratamento Cirúrgico!!! Perfuração por Iatrogenia 📌 Etiopatogenia É definida como um estado de doença, efeitos adversos ou complicações causadas por ou resultantes do tratamento médico. Perfurações iatrogênicas podem ser por ulcerações medicamentosa ou procedimento invasivo Perfuração iotrogênica do reto ou do cólon sigmóide é um evento raro. Pode ser causado por colonoscopia, enema opaco e inserção do corpo estranho. 📌 Diagnóstico Exames de imagem. 📌 Tratamento Cirúrgico!!!
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